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Convite irrecusável

Elizabeth sentiu a tensão apoderar-se do ambiente. O olhar severo, a boca cerrada e a musculatura contraída da face do seu marido denunciavam o quanto ele estava enciumado com a proximidade entre ela e Charles.

Era bem verdade que se esta inusitada situação tivesse ocorrido num período mais tranquilo do seu casamento, Elizabeth poderia sentir-se lisonjeada com os cuidados do marido ou até mesmo achar graça do ciúme dele — sem nem sequer dispensar significativa atenção para o fato —, porém o contexto atual não era dos mais favoráveis para que as inseguranças dele viessem à tona.

Fitzwilliam ainda não fora capaz de compreender o quão sólida era a amizade que o unia à Bingley, portanto sua reação poderia ser imprevisível. Lizzy não imaginava que ele descontrolaria-se a ponto de ferir o amigo de alguma maneira; contudo Darcy poderia dizer algo que por ora constrangesse a todos e futuramente a si mesmo, tão logo recuperasse a memória.

Elizabeth, portanto, decidiu que o melhor seria agir com cautela e tentar não provocar sentimentos que pudessem provocar atritos entre entre ela e Darcy. Também não estava disposta a colocar em risco o que ela sentia que estava recuperando: o amor de Darcy.

Todos estes pensamentos e resoluções da Sra. Darcy trancorreram num espaço tão curto de tempo, que os demais nem se deram conta de nada, distraídos entre si. Lizzy sentia-se intimamente feliz por Jane, Charles e Georgiana serem pessoas de caráter mais ingênuo que o seu. Não que lhes faltasse inteligência, entretanto a malícia para perceber possíveis adversidades momentâneas não era o ponto forte de nenhum dos três. A perspicácia era uma característica apenas dela e do próprio Darcy, mas ele não estava em sua melhor fase.

Fitzwilliam, inclusive, sentiu-se aliviado quando ambos — Elizabeth e Bingley — afastaram-se. Sua postura tornou-se menos rígida, esboçou um sorriso e até deu um leve suspiro. Tudo isto sob o olhar atento de sua esposa que percebia, satisfeita consigo mesma, ter sido capaz de tomar a decisão mais sensata.

A decisão de Lizzy de desvencilhar-se — delicada mas decididamente —, do abraço do cunhado; mostrou-se sábia. Não fora tomada com base no medo, na insegurança ou muito menos na submissão; mas sim na prudência que as atuais circunstâncias exigiam. Atenta às reações do marido, ela pôde comprovar — aliviada por evitar qualquer tipo de constrangimento entre os amigos — que agiu com bastante sensatez. A expressão do semblante de Darcy suavizara instantaneamente.

                                                                                            ***

Atendendo a pedidos, Georgiana tocava o seu piano, enquanto a sua criada fora a encarregada de ser a viradora de partituras.

O incontestável talento da jovem enchia o irmão de orgulho, enquanto encantava à Lizzy e aos visitantes. O final da indefectível apresentação foi seguida por calorosos aplausos de todos os que estavam ali presentes.

Charles Bingley aproveitou-se do encerramento para fazer um convite aos amigos. Colocando o cálice do vinho que degustava até então sobre o aparador, anunciou:

— Meus queridos, o dia do meu aniversário de 25 anos aproxima-se. Visando agradar meus amigos, pretendo realizar um baile de máscaras no salão de minha residência. Ela não é tão extensa quanto Pemberley, mas certamente será o suficiente para tal evento. O que me dizem? — aguardando as respostas, ansiosamente olhando um por um.

Jane já conhecia as intenções do marido, Georgiana era tímida demais para expressar sua opinião, e Fitzwilliam temia ser inconveniente ao esclarecer que para sempre lhe fora uma atividade maçante participar de qualquer evento social. Coube à Elizabeth a função de quebrar o constrangedor silêncio:

— Eu considero uma ideia extremamente agradável. Não deixa de ser uma oportunidade de conhecer novas e interessantes pessoas. No que depender de mim, sua intenção está mais do que aprovada.

— Eu também aprovo — manifestou-se Georgiana, para a surpresa de todos. Ela logo baixou o olhar, intimidada.

A jovem quis com isso apoiar e agradar Elizabeth, e também era verdade que ela gostava de; vez ou outra; se libertar das fronteiras de Pemberley. Foi a vez de Darcy comentar.

— Se ambas sentem-se inclinadas a participar desta comemoração, não serei eu a fazer qualquer tipo de objeção. — externou, com o intuito de agradar as mulheres de sua vida.

— Bem, acho que já devemos começar a cuidar dos preparativos, não é mesmo, Sr. Bingley? — era Jane, afirmando mais do que perguntando ao marido.

Jane não fazia ideia, mas sempre que ela referia-se ao esposo com tamanha formalidade, Lizzy sentia-se incomodada: " 'Sr. Bingley'! Por que ela fala assim, com tanta formalidade? Que meu casamento termine antes que chegue à tal ponto! - refletia a jovem senhora - Fitzwilliam era 'Sr. Darcy' para mim até o nosso enlace. Da noite de núpcias em diante, nunca mais... Ainda comentarei com Jane sobre isso", decidiu mentalmente.

Bingley decidiu, interrompendo as reflexões da cunhada:

— Assim sendo, está decidido: realizarei um baile de máscaras. Obviamente que até lá, todos receberão formalmente os seus convites, especialmente a família Darcy. — sorrindo para os três anfitriões, que lhe retribuiram.

— Se não se importa, Bingley, gostaria de "raptar" Jane para o meu quarto. Temos alguns assuntos pendentes para tratar. — Elizabeth dizia, enquanto posicionava-se ao lado da irmã.

Bingley estava ciente de que aquele gesto de sua cunhada não passava de mera formalidade, afinal se Elizabeth queria "raptar" — segundo ela mesma dissera — a irmã, ela o faria com ou sem sua permissão. Sabendo bem disso, fez uma brincadeira.

— Deixe-me ver... — levando a mão direita ao queixo, fazendo ar de quem está analisando uma proposta.

Durante estes breves instantes, Darcy fez uma expressão de apreensão: ainda não se readaptara às traquinagens de seu amigo. Georgiana ficou em dúvida sobre as reais intenções de Bingley, Jane lançou-lhe um olhar do tipo "Não acredito que farás tamanha desfeita!", e Elizabeth dava um de seus sorrisos enigmáticos, sabendo perfeitamente onde aquilo iria parar.

— É claro que eu permito! Apenas peço que não critiquem este que vos fala. — sorriu abertamente, descontraído.

— Então vamos, minha irmã — Jane pegou a mão que Lizzy lhe estendia, levantando-se da poltrona.

Ambas subiram as escadas, animadamente. A única coisa que preocupava Jane no momento era que Bingley havia tomado alguns cálices de vinho, e por isso estava ainda mais "animado" do que de costume. Temia que ele se tornasse inconveniente.

Georgiana retirou-se do recinto logo depois. Não queria ficar à sós com seu irmão e Bingley. Além da própria timidez, não desejava ser inconveniente, frustrando um provável diálogo entre os dois cavalheiros.

Logo depois da garota ausentar-se, Darcy propôs ao amigo:

— Vamos para a minha sala de jogos, temos muito o que conversar.

E assim foi feito.

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