Chegando na cabana
Elizabeth finalmente chegara à cabana. Pisou no chão lamacento, e puxou o cavalo pelas rédeas. Procurou por algum lugar onde pudesse prende-lo com segurança. Andou alguns metros, até achar uma árvore nos fundos da casa. Prendeu o animal no tronco da árvore, e retornou ao casebre.
A construção era rústica e pequena, mas aconchegante. Em meio àquela chuva torrencial, já parecia-lhe até um palacete!
Tirou as botas e o xale que trazia sobre os ombros. Girou a fechadura, e constatou que, para a sua sorte, a porta estava destrancada.
Entrou e colocou as botas num canto. Retirou a maior parte das roupas, que estavam encharcadas. Pelo menos as roupas apropriadas para montaria eram mais fáceis de tirar.
Tateando no escuro total, procurou por algum móvel. Esbarrou num baú antigo, que ficava aos pés da cama. Assim como a porta da choupana, o baú também estava destrancado. Vasculhou, até encontrar velas. Encontrou algumas e acendeu uma delas logo em seguida. Pelo menos já podia enxergar novamente.
Encontrou também um castiçal, onde colocou e acendeu as quatro velas que havia achado.
E ali ficou, ouvindo o som dos trovões.
***
Darcy já não sabia mais o que fazer. Olhava em todas as direções, e não via nada que se parecesse com Elizabeth.
Como já estava longe da sede de Pemberley e ela não havia dado um sinal de vida sequer, ele decidiu apear. Estava exausto e precisava recuperar as forças para continuar à procura de algum vestígio da esposa.
Lembrou-se da existência da cabana de caça. A última vez em que se recordava de ter ido ali fora com seu falecido e amado pai, quando ainda era um rapazinho. Tais recordações o entristeceram, e ele decidiu focar no presente.
Não sabia muito bem que direção tomar. Cavalgou por mais alguns metros, e deparou-se com um riacho. Esse trecho de suas terras ele conhecia bem, e sabia que estava perto da cabana.
Percorreu mais alguns metros e deparou-se com uma pequena construção de madeira. Chegara ao seu destino. Elegantemente, desmontou do animal, pisando no solo.
Conduzia o equino, tentando achar algum lugar onde pudesse protegê-lo. Porém, um imprevisto aconteceu. Um raio caiu perto do animal, assustando-o. O quadrúpede empinou, ameaçador.
Naquele instante, Darcy teve seu primeiro lampejo de memória. Lembrara de pouco antes da queda, quando perdeu o controle do cavalo que montava, caindo em seguida.
Esse breve momento de hesitação do seu dono foi o suficiente para que o cavalo disparasse, partindo para longe. Darcy jogou a cartola no chão, irritado e preocupado. Agora estava na chuva, havia perdido o cavalo e ainda nem tinha encontrado sua esposa.
Entrou na cabana não só com o intuito de proteger-se da chuva, como também para recuperar as energias e esfriar a cabeça, que fervilhava em meio à tantas preocupações.
Entretanto, no momento em que abriu a porta, já deu-se conta de que mais alguém estava ali. Velas estavam acesas num castiçal, que encontrava-se sobre o criado-mudo. Mas antes que pudesse avaliar melhor o ambiente, sentiu o forte golpe de algum objeto muito duro em sua cabeça, fazendo-o sangrar de imediato.
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