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Abrindo o jogo

Enquanto as damas conversavam no dormitório da Sra. Darcy, os cavalheiros jogavam bilhar na sala de jogos do Sr. Darcy. Por alguns instantes, mantiveram-se em silêncio, como à analisar não apenas o jogo, mas principalmente um ao outro.

Fitzwilliam ainda não sentia-se plenamente à vontade com Charles. Ele parecia-lhe uma boa pessoa, entretanto sua crescente estima pelo amigo diminuiu drasticamente após presenciar o afetuoso abraço deste em sua esposa.

Ele ficara enciumado, muito mais do que seria capaz de supor. Bingley, como que pressentindo que algo não ia bem, repousou o taco sobre a mesa verde logo após a sua última tacada, iniciando o diálogo:

— Fitzwilliam, meu amigo, fiz alguma coisa que lhe ofendeu? Desde que viemos até aqui, não pronunciastes uma palavra sequer. Pensei que viríamos não apenas para nos distrair, como também para colocar nossos assuntos em dia. Há semanas não nos vemos, deveríamos aproveitar um pouco melhor esse momento juntos, não concordas? — fitando o amigo, com certa apreensão na voz.

Darcy estava inclinado sobre a mesa, avaliando as possibilidades do jogo. Apenas depois de encaçapar mais uma bola, respondeu ao concunhado:

— Não houve nada, é apenas impressão sua. — fazendo um gesto com a mão, permitindo que o outro prosseguisse no jogo.

— Tu podes até tentar enganar-me, mas não conseguirás. Podes não recordar bem de mim, mas eu sei perfeitamente como tu és. Alguma coisa o incomoda — concluiu, acertando sua jogada.

O anfitrião irritou-se ainda mais depois deste comentário. Não só Bingley havia sido inconveniente com sua esposa, como agora esfregava-lhe na cara que recordava mais de si do que ele mesmo!Sentindo-se ofendido e humilhado, Darcy retrucou:

— Tu acreditas ser mesmo muito esperto, não é? Aproveitaste do fato de que eu não me lembro sobre nada relacionado à minha esposa para tentar seduzi-la, sob a minha vista e sob o meu teto! — desabafou, por fim.

Bingley estava incrédulo. "Então é esta péssima imagem que Fitzwilliam criou a meu respeito?!", lamentava intimamente.

Respirou fundo. Sabia que o melhor seria responder com franqueza mas sem ser rude, afinal, o amigo ainda não estava totalmente recuperado. Decidiu que agiria do modo apaziguador que lhe era peculiar, e assim o fez:

— Fitzwilliam, eu apenas gostaria de saber a partir de qual situação tu imaginastes que existe tal intenção da minha parte para com sua esposa. Elizabeth é uma pessoa querida para mim por motivos óbvios, mas lhe peço sinceras desculpas se lhe ofendi de algum modo. Jamais agi mal, pelo menos não intencionalmente. — explicava-se ao amigo da maneira mais diplomática possível.

Darcy começava à suspeitar de que havia sido precipitado em seu julgamento, porém não convenceria-se tão facilmente. Precisava sondar mais à fundo, buscando certificar-se de que poderia confiar em Charles dali por diante. Assim pensando, prosseguiu:

— Queres compreender em que momento me parecestes inconveniente para com minha esposa? Pois bem, lhe direi. Saibas que foi justo quando tu a abraçastes. Por que tinhas que ser tão caloroso em tua demonstração de afeto? Ela é uma mulher casada, não uma qualquer. E tu és esposo da irmã dela, deverias te dar ao respeito também.

O clima que se instalou era tão pesado que chegava a ser quase palpável. O jogo de sinuca foi "oficialmente" suspenso. Bingley teve que ser muito resistente para não socar o amigo. Por mais que fosse paciente e compreensivo, aqueles insultos eram muito graves e maculavam a sua moral, o que era extremamente ofensivo para um cavalheiro digno como ele. Mas em respeito à velha amizade e às esposas de ambos, manteve o seu tom inicial:

— Se te recordastes de mim, saberia perfeitamente que este sempre foi o meu modo de agir. Nunca fui tão taciturno nem tampouco distante como tu costumas ser. Sempre fui querido e bem recebido onde quer que tenha ido justamente pela pessoa sociável que sou. Não posso pedir-lhe desculpas se minha personalidade lhe ofende ou agride de alguma maneira. Pura e simplesmente, é assim que sempre fui e continuarei sendo. As minhas características pessoais nunca foram empecilhos para a nossa amizade, todavia se agora minha presença e postura lhe desagradam, a única sugestão que poderei lhe dar é a de convidar-me à saída de sua residência para que eu não mais ponha os pés nela. Pelo menos enquanto tu não recobrares a memória e com ela, a confiança em minha pessoa. E então, o que decides? É isto o que queres? — lacrimejava, lamentando de antemão a decisão do antigo parceiro.

Darcy via-se numa encruzilhada. Se em parte a proximidade de Charles lhe incomodava — sobretudo quando se tratava de Elizabeth —, por outro ele lhe agradava e parecia um bom sujeito. Resolveu confiar mais na escolha que provavelmente faria se ainda recordasse do outro:

— Creio que não seja para tanto. Ao afastarmo-nos, provocaremos uma situação constrangedora para nossas respectivas esposas. Apenas peço-lhe que modere suas demonstrações de carinho para com Lizzy — concluindo a questão com sua costumeira seriedade.

Bingley esboçou um sorriso. Estava satisfeito não apenas com a decisão do amigo, como também por perceber o que se passava com este:

— Entenderei sua justificativa como um convite para que eu e minha esposa continuemos frequentando a sua casa. Também compreendo que o ciúme pode cegar mesmo alguém equilibrado como tu... — insinuando aquilo que, para si, já era uma certeza, apenas no intuito de encorajar Fitzwilliam à revelar.

— Não é uma questão de ciúmes, e sim de modos. Há regras que não devem ser quebradas, muito menos aquelas que regem as relações humanas. — retomando o jogo, mais para desviar a atenção do amigo do que por real interesse no bilhar.

Errou a jogada e resmungou qualquer coisa para si mesmo. Charles continuou tentando extrair uma "confissão" de Darcy:

— Eu não acho que tu discutirias comigo apenas com o intuito de zelar pelas convenções. Por mais que tudo isto seja importante, o abraço ocorreu num momento de descontração, sob seu teto e suas vistas, como tu próprio dissestes. Fosse em casa de terceiros ou ainda num lugar reservado para que ninguém nos visse, era digno de suspeitas. Porém, sendo como foi, e ainda assim causado tamanha polêmica, só posso supor que há ciúme de sua parte, sim — divertindo-se com a expressão do outro à sua frente, que tornava-se mais incômoda ele falava.

Darcy avaliou. Não o jogo, do qual já havia desistido há tempos, mas as palavras de Bingley. Minutos depois, respondeu:

— De fato, senti ciúmes de Elizabeth. — admitiu, num lamentoso suspiro.

— Oh, disso não me resta a menor dúvida! — sorrindo abertamente, como habitualmente fazia.

— Sorris? — questionou Darcy, não tão irritado quanto gostaria de parecer — Não vejo graça em tal situação. Não estou acostumado à lidar com tal sentimento — teve que admitir, baixando o olhar.

Charles deu a volta na mesa de bilhar, posicionando-se ao lado de Fitzwilliam. Colocando uma das mãos sobre o seu ombro, disse-lhe:

— Nada mais natural do que sentir ciúmes quando há amor. Creio que não recuperastes as lembranças, mas tua paixão por Elizabeth é tão forte que ressurgiu, mesmo em meio à esta adversidade. Ao invés de lamentares, deves sentir-se feliz. É uma dádiva que tenhas sido capaz de vivenciar sentimento tão nobre novamente. Deverá ser ainda mais encantador na visão dela, já que conseguiu reconquistar o marido uma vez mais. — avaliava a questão, animado pelo casal de amigos.

— Pode ser bom teoricamente, entretanto ainda não sei como lidar com isto. Tudo parece-me muito recente, embora eu saiba que de fato não é. Elizabeth é minha esposa e sinto que há um sentimento intenso preenchendo-me, porém ainda não existe intimidade suficiente entre nós, se é que me compreendes... — confessou Darcy, ruborizado diante da própria revelação.

— Então, queres dizer-me que desde o teu retorno à Pemberley depois do acidente, nunca mais tivestes... — foi interrompido nessa altura.

— Intimidades com minha esposa. — completou Fitzwilliam, fitando o rosto próximo do amigo.

— Mas terás que corrigir isto em breve. Uma mulher não deve ficar muito tempo privada de amor carnal, e um homem muito menos. Deves estar sofrendo muito com a ausência de tais prazeres, não é mesmo? — questionando o outro, impaciente.

— O pior é que não. — revelou Darcy, para espanto de Charles.

— Que dizes?! Por que e como não? — interrogou, entre surpreso e confuso.

— Aos dezoito anos, período até onde a minha mente alcança, eu ainda era virgem. — revelou o Sr. de Pemberley.

Charles ficou abismado.

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