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Capítulo XXXXIII


 Depois de sair da tenda, fui andando sem rumo pelo acampamento da tribo.

 Como ele pode falar daquele jeito comigo?

 Sei que estou errada, não deveria ter feito o que fiz, mas o que custava ele conversar civilizadamente comigo como minha irmã fez?

 Eu não omiti nada da Nala, contei tudo da forma mais sincera possível, mas também confessei que aquele beijo só serviu pra mostrar que eu e Akin não temos mais nada em comum e que o tempo dissipou todos nossos planos passados.

 Ele devia ter me perguntado antes, ou simplesmente ter me deixado falar.

 Antes de ultrapassar os limites territoriais da tribo, avisei a Eva que John queria conversar com ela, mas ignorei sua pergunta se eu estava me sentindo bem. Eu não queria explicar, mas também queria mentir, então apenas continuei andando.

 Meus pés me levaram até a antiga localização de Ekom, o verdadeiro lugar onde nasci e, quando percebi isso, me direcionei até o lugar onde meus pais estavam enterrados.

— Se estivessem vivos, seria mais fácil. - falei ao me sentar no chão - Poderia perguntar como faz pra esse sentimento sumir e não voltar nunca mais, ou até mesmo como não deixar isso aparecer no coração. - coloquei o rosto entre as mãos - Por que tudo tem que ser tão difícil?

 Não sei ao certo quanto tempo fiquei sentada enquanto refletia sobre minha discussão com John, mas tive de voltar para a tribo quando um dos guerreiros foi até mim dizendo que a Eva estava me procurando.

 Mal entrei em Ekom novamente e já vi John caminhando enquanto a Eva segurava sua mão. Ele ficou surpreso ao me ver, mas demonstrou indiferença em sua postura.

— Mamãe, mamãe... - a menina veio correndo até mim - Vamos com o John até a praia?

 Ainda sinto meu coração pular ao escutá-la me chamando de mãe.

— O que?

— Ele está indo embora. - explicou com o olhar triste - Por isso quero ir acompanhá-lo até a praia, mas ele diz que é perigoso eu voltar sozinha.

— E é mesmo! - reforcei.

— Então, vai comigo, por favor. - pediu juntando as mãos em frente ao rosto.

 Por mais que eu estivesse extremamente desconfortável com a presença de John, decidi ceder ao pedido de Eva. Sei o quanto essa garota gosta dele e seria injusto não deixá-la aproveitar esses últimos momentos ao seu lado.

 Durante o trajeto, Eva não se lembrou de mim, apenas segurou a mão de John e se perdeu em sua conversa com ele. Permaneci um pouco distante usando a justificativa de que iria mostrar o caminho, mas na verdade era só pra deixá-los mais à vontade.

 Quando demos os primeiros passos na praia, percebi dois homens sentados na areia enquanto comiam peixe.

— Adam? - perguntei de longe - Joseff?

— Ayla! - o mais jovem disse animado e veio correndo até mim para me dar um abraço - Céus, como você está linda! - sorri.

— Impossível! - Joseff disse ao olhar atrás de mim.

 Ambos os homens não esperaram uma explicação, apenas foram até John para abraçá-lo de forma calorosa. Pelo alívio que demonstraram, eles estavam aflitos por notícias de seu capitão.

— Me sinto muito feliz em revê-los. - falei - Mas, o que fazem aqui?

— Não achamos vantajoso voltar para o navio ontem e ter de remar até aqui hoje, por isso decidimos passar a noite aqui e esperar por notícias. - Joseff explicou ao parar de me abraçar - Mas, achávamos que iria demorar um pouco mais para termos esse reencontro.

— A curandeira de Ekom sabe o que faz! - John explicou - Mas então, estão prontos para partir?

— Já, capitão? - Adam perguntou.

— Quanto mais rápido eu voltar, mais rápido podemos seguir viagem. - o capitão afirmou e os dois não questionaram.

 Adam e Joseff se apressaram em colocar o bote que havia nos trazido ao mar novamente, mas antes deram mais um abraço de despedida em mim e em Eva.

 Quando ambos se distanciaram, chamei o nome de John em voz alta.

— Antes de sairmos de Ekom, a Ziza pediu pra lhe entregar isto. - estendi uma "bolsa" com ervas e um jarro dentro - As folhas são para o seu machucado, e o chá é pra tosse.

— Obrigada. - agradeceu um pouco receoso - Sei que o clima entre nós não está dos melhores, mas antes de partir, quero te perguntar uma coisa.

— Pergunte então. - lhe dei permissão.

— O que eu sou pra você, Ayla?

 Uma simples pergunta como essa causou quase que um colapso em minha mente.

 Meu cérebro conseguiu pensar em um milhão de características e respostas num curto instante, mas ao mesmo tempo, não conseguia formular frases que pudessem oferecer sentido aos meus pensamentos. Só pude dizer:

— Bom... Você me salvou, John. - sorri de leve - Devo minha vida a você por isso.

 Mesmo tendo sido uma fala profunda, parece não ter sido suficiente para ele, já que sua feição expressou uma leve pontada de decepção.

— O que foi? - perguntei - Eu disse alguma coisa errada?

— Claro que não. - respondeu com calma e, surpreendentemente, passou o polegar por meu rosto - Você foi sincera, disse o que está em seu coração. - suspirei pesadamente quando ele me puxou para um abraço.

 Circundei seu corpo com força na esperança de que aquilo o faria ficar, mas no fundo, eu sabia que era em vão.

— Vou sentir sua falta, navegante. - falei por impulso tentando conter as lágrimas.

 John se distanciou um pouco apenas para conseguir beijar minha testa sem impedimentos.

— Sabe onde me encontrar, minha dama. - sorriu fraco se afastando totalmente.

 Ele se abaixou para ficar da altura da Eva que, por sua vez, o encarou com os olhos marejados.

— Não quero te ver chorar, princesa. - ele acariciou seu rosto e, sem aviso prévio, ela o abraçou.

— Vou sentir saudades!

— Eu também. - disse sorrindo levemente - Até mesmo dos seus questionamentos intermináveis. - ela riu também ao se afastar.

 John a encarou nos olhos por um curto período de tempo antes de beijar sua testa e se levantar.

 Ele virou as costas e foi andando em direção ao bote que já estava no mar, mas de repente Eva gritou seu nome outra vez. Quando o mesmo se virou, ela saiu correndo em sua direção enquanto ele se abaixava com os braços abertos.

 O abraço dos dois foi uma das cenas mais lindas que já presenciei, uma pena que estivesse acontecendo em um momento tão triste.

 As lágrimas de John começaram a rolar por seu rosto pouco depois de Eva voltar a chorar com força. Ele apertava seu pequeno corpo como se não quisesse soltá-la de jeito nenhum.

— Te amo, papai. - ouvi Eva dizer e abri os lábios em surpresa já sentindo vontade de chorar.

— Também te amo, filha. - John respondeu sem vacilar mesmo com a voz embargada - Cuida da mamãe pra mim? - perguntou ao se afastar e ela assentiu - Essa é minha garota! - sorriu.

 Ele fez questão de abraçá-la uma última vez antes de se levantar, mas antes de entrar no bote, ainda distante, o mesmo encarou meus olhos de novo. Foi a primeira vez que o vi chorar e senti meu coração se despedaçar por isso, tanto que senti algumas lágrimas rolarem por minhas bochechas.

 John entrou na pequena embarcação de madeira acompanhado por Joseff e Adam, já Eva ficou na beira da praia com os pés imersos na água vendo o bote se afastar. Me juntei a ela e segurei sua mão quando ouvi um soluço escapar de sua boca.

— Tá na hora de ir, meu amor. - falei e a mesma assentiu ainda encarando o mar.

 Antes de sairmos da praia, abracei-a tentando oferecer conforto, mas eu sabia que a minha presença não iria substituir a de John.

 Ambas saímos da praia enxugando as lágrimas de nossos próprios rostos.

 A cada passo que eu dava em direção a mata, era uma pontada de dor em meu peito.


⇆♕⇆♔⇆♕⇆♔⇆      ⇹♔⇹♕⇹♔⇹♕⇹


— Se está tão triste por deixá-las, por que não ficou, capitão? - Adam perguntou quando me viu chorando.

— Eu não relutaria em ficar se ela me pedisse.

— E por que precisa esperar ela pedir? - questionou outra vez.

— Nas últimas semanas, eu nunca soube o que realmente se passava na cabeça da Ayla. Ela agia como se gostasse de mim, mas não assumia em voz alta e, quando perguntei o que sou pra ela, ela apenas se lembrou do meu ato de salvar sua vida. - expliquei - Não quero que ela me veja como um salvador a quem se sente grata, quero que ela enxergue em mim o homem em quem ela pode confiar a ponto de entregar seu coração voluntariamente.

— E caso ela tivesse dito isso, você abandonaria sua tripulação? - foi a vez de Joseff perguntar.

— Virei navegante por ver a liberdade refletida no mar, mas encontrei alguém tão incontrolável, imprevisível, forte e avassaladora quanto ele. - sorri de leve - A Ayla provoca ansiedade, medo e raiva, ao mesmo tempo que é capaz de transmitir conforto e paz. Por muito tempo acreditei que essas ondas fossem meu único amor, mas mudei de ideia quando me apaixonei pela mulher que conseguiu me proporcionar os mesmos sentimentos mesmo estando em terra firme. - sorri olhando para praia, vendo ela caminhar de volta para a mata - Ela é meu mar, Joseff! 



*Relevem os erros, por favor.*

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