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Capítulo XXXXI


 — O que você quer saber exatamente? - perguntei ao me sentar ao seu lado.

— Tudo que se sinta à vontade pra contar.

— A moça que estava aqui quando você acordou é a Nala, minha irmã, nós duas somos filhas de Nkosi e Kieza, antigos rei e rainha de Ekom. - seus olhos se arregalaram.

— Uau, então você é filha de um rei?

— Algum problema?

— Claro que não, mas isso explica muita coisa.

— Como assim?

— Sua bravura e coragem são, claramente, consequência da realeza. - dei um pequeno sorriso - Devo me curvar na sua presença, majestade?

— Não faço parte da realeza. Pelo menos, não mais.

— Não sei falar iorubá, mas acho que a população de Ekom não concorda com isso. - se expressou - Eles veem uma rainha em você

— Ekom foi atacada a alguns anos atrás. Nesse ataque vi meus pais morrerem e fui entregue aos brancos, mas pelo menos consegui salvar minha irmã e um pouco da população. - expliquei olhando para o chão - Não foram tantas pessoas, mas o suficiente para não deixar nossa história cair no esquecimento. - encarei seus olhos - Eles me veem como uma guerreira ou heroína, por isso acham que deveria ocupar o posto de rainha, mas não acho que esse título cabe a mim.

— Bom, eu acho que você seria uma ótima rainha.

— Pra ser uma rainha, eu precisaria me casar com o homem que você me viu mais cedo. - sua feição mudou drasticamente, me fazendo rir.

— Sendo assim, prefiro que não reivindique esse cargo. - soltei outra gargalhada - Quem é ele, afinal?

— Akin era líder dos guerreiros e meu noivo. Estávamos prestes a nos casar, mas o ataque mudou todo o rumo da nossa história. - ele prestou atenção em minhas palavras.

— Pode ter mudado a história, mas não o sentimento. - franzi o cenho - Ah, fala sério, Ayla. Vai me dizer que não percebeu a forma como ele te olha?

— Ele sempre me olhou daquele jeito, John. - dei de ombros.

— E mesmo depois de anos longe, ele ainda mantém o olhar apaixonado. - falou um pouco alterado.

— Ainda não entendi o motivo da sua revolta.

— E se ele quiser se casar com você de novo? Se quiser recuperar o tempo perdido agora que você voltou? - continuei calada olhando para o chão - Você não tá pensando em...

— Claro que não. O que eu e Akin vivemos ficou no passado, nossas vidas são completamente diferentes agora. - me adiantei em dizer - Ele se casou com a minha irmã, os dois têm uma família linda juntos, algo que eu jamais poderia oferecer a ele.

— E esse é o único motivo pra você não se casar com ele?

— Têm outro? - perguntei e sua feição ficou vazia ao desviar o olhar do meu.

— Não. - respondeu depois de um tempo - Eva disse que a tia dela lhe deu esse vestido. - mudou de assunto - Como assim?

 John estava, visivelmente, incomodado com a minha pergunta, mas não consegui entender o motivo. Pensei em voltar naquele assunto, mas sabia que ele iria se recusar a explicar, por isso deixei de lado meu pensamento.

— Apresentei a Eva como minha filha quando chegamos aqui. - sorri ao explicar - E ela concordou em continuarmos com isso. - a menina veio até mim, então comecei a mexer em seus cachos.

— Foi uma atitude linda da sua parte. - disse olhando de forma terna para a garota.

— Eu só disse a verdade. - falei me levantando quando percebi Eva bocejar - Essa garota me completa de um jeito inexplicável!

 Peguei a menina no colo e comecei a balançá-la com calma, enquanto sua cabeça se escorava em meu ombro.

— Acredito que você não me trouxe até aqui sozinha. Estou certo? - assenti - Quem te ajudou?

— Os médicos do navio não viram solução pro seu caso, então pedi permissão a Finley para te trazer até aqui. - expliquei desde o início - Adam e Joseff nos acompanharam até uma certa parte da mata, mas quando encontramos alguns guerreiros de Ekom, eles tiveram de voltar.

— E depois?

— Prometi que me encontraria com eles na praia amanhã, antes do anoitecer, para dar notícias.

— Então o navio não está ancorado muito longe daqui? - neguei com a cabeça.

— Por que a pergunta?

— Curiosidade. - se limitou a dizer - Ela dormiu?

— Por incrível que pareça, sim. Foi um dia bem cheio para todos nós, não me admira que ela esteja exausta.

— E você? Não está cansada?

— Agora que acordou estou muito mais aliviada, então acho que não vai demorar pro sono me invadir também.

— E onde você vai dormir? - suspirei.

— Não faço a mínima ideia!

— Por que não dorme aqui comigo?

— Aqui? - assentiu - Não sei, e se a Ziza achar ruim?

— Ziza?

— A curandeira que cuidou de você.

— Acredito que essa tal Ziza tenha o coração bom demais para te expulsar daqui enquanto estivermos dormindo. - sorri.

— Promete que vai se comportar? - ele concordou colocando as mãos para o alto - Tudo bem, então eu fico.

 Coloquei Eva em uma maca que não ficava muito longe de onde John estava deitado, cobri seu corpo e me direcionei até o homem que sorria vitorioso.

— Não se empolga, navegante.

— Mas, eu não disse nada. - falou rindo.

— E precisa dizer? - perguntei me deitando ao seu lado.

 Tivemos sorte que a maca de John era bem maior se comparada com as outras daquela tenda.

 Fiquei um pouco receosa em qual posição deveria me deitar porque tive medo de machucá-lo ainda mais, mas John insistiu para que eu deitasse a cabeça em seu peito.

— Se sentir dor, ou algum desconforto, me avisa e eu levanto.

— Pra quê? - perguntou acariciando meu cabelo - Se meu remédio é ficar perto de você?! - ri de leve.

— Boa noite, navegante.

— Boa noite, minha rainha. - sussurrou e senti um arrepio intenso causado por sua voz.


⇆♕⇆♔⇆♕⇆♔⇆ ⇹♔⇹♕⇹♔⇹♕⇹


 A noite foi bem calma e relaxante, não demorou para que nós dois caíssemos no sono.

 A confissão da Ayla na noite passada me causou um desconforto enorme, principalmente pela forma que falou. Talvez eu esteja sendo um pouco equivocado por achar que ela ainda nutre sentimentos pelo atual marido de sua irmã e pai de seus sobrinhos, mas não consigo afastar essa ideia da minha mente.

— Já acordou? - perguntou olhando para cima com cara de sono.

— Já. - sorri e acariciei seu rosto - Dormiu bem?

— Muito bem.

 É incrível como o sorriso daquela mulher consegue afastar minhas dúvidas e incertezas sem o mínimo de esforço. Ela se levantou com calma para se apoiar em um de seus cotovelos enquanto uma pequena parte de seu corpo se debruçava sobre o meu.

— Posso te pedir uma coisa? - perguntei acariciando seu rosto e encarando seus lábios.

— Acho que já sei o que você vai pedir.

— E, pelo seu sorriso, já sei que você concorda.

— John, seu machucado ainda não está totalmente curado.

— Minha barriga está ferida, mas minha boca continua saudável como sempre. - ela riu.

— Você não presta!

— E você gosta disso. - respondi puxando seu rosto pra mais perto do meu.

 Sem rodeios, encostei nossos lábios já me adiantando em agarrar os cabelos de sua nuca, o que a fez ficar rendida no mesmo instante. Não demorou para que o beijo ficasse intenso e nos deixasse sem ar, por isso guiei minha boca até seu pescoço enquanto minha outra mão passeava por suas coxas, trazendo uma de suas pernas para cima de mim.

— Ei, ei... Calma. - sussurrou quando apertei sua bunda - A Eva tá ali do lado.

— Não tá, não. - continuei beijando seu pescoço enquanto puxava a barra de seu vestido para cima - Ela acordou mais cedo que eu.

— E onde está minha filha?

— A Nala veio buscá-la para ir comer. - expliquei adentrando meus dedos pelo tecido, tendo acesso livre a extensão de sua coxa.

— Como sabe disso? Entende iorubá?

— Não, mas ela fez um sinal que significa "comer". - falei e cheguei minha boca perto de seu ouvido - Ela tá bem, não se preocupe. - sussurrei - Concentra só em mim agora, minha rainha.

 Depois de dizer isso, ela se rendeu de novo, pois a tensão de seu corpo sumiu em instantes. Voltei a beijá-la ainda sem tirar a mão de sua nuca, mas fui um pouco mais ousado ao tirar a outra mão de sua coxa e guiá-la até sua bunda, dessa vez por baixo do vestido.

 Ela não relutou, nem mesmo quando o volume da minha calça roçou em sua perna.

 Deus, eu devo estar sonhando.

 Meus batimentos aceleraram ainda mais quando senti sua respiração ofegante. Pensei em ser mais atrevido e descer um pouco mais minha mão por baixo de seu vestido, mas parei ao escutar alguém coçando a garganta atrás de nós dois.

 Ayla se levantou com pressa ao encarar a senhora, já arrumando seu vestido.

— E kaaro, Ayla. - a senhora disse calmamente.

— E kaaro, Ziza. - a mulher que à pouco estava sobre mim, respondeu envergonhada com a respiração um pouco ofegante.

— Nala pe e lati jeun!

— Ah, sim. - respondeu em inglês - Emi yoo lọ ni iṣẹju kan.

 Ayla veio até mim novamente e selou minha bochecha carinhosamente.

 Ela me deixou duro como uma rocha e agora me dá um beijo na bochecha?

— Nala me chamou para comer, daqui a pouco eu trago algo para você. - assenti ainda um pouco frustrado pela interrupção.

 Quando a Ayla se retirou, a senhora me ajudou a sentar, levantou minha camisa e não demorou em passar um tipo de erva no ferimento em minha barriga.

— E kaaro, Ziza. - uma voz masculina disse de longe.

 Olhei para a porta de entrada e percebi o tal Akin parado me encarando.

— Oba wa! - a senhora disse se curvando levemente.

— Ṣe o le fun mi ni iṣẹju kan? - ele perguntou e a senhora assentiu se adiantando para sair da tenda - Não precisa ficar tão tenso, não vou demorar.

— Sabe falar inglês? - perguntei quando ele se aproximou.

— Você não é o primeiro branco que vem até Ekom. - Akin se colocou à minha frente - Como está se sentindo?

— Melhor.

— Hum, bom saber.

— Sei que não veio até aqui apenas pra saber da minha saúde.

— Se está se sentindo melhor, então acho que já pode partir. - sorri de canto.

— Minha presença te deixa inseguro?

— Nada deixa um rei inseguro.

— Não é o que parece.

— Minha tribo está comentando sobre o ocorrido. - franzi o cenho - Da sua ceninha lá fora com a Ayla.

— Então é isso? Ciúmes dela?

— Não tenho ciúmes do que já é meu! - sorri ironicamente.

— Se ela é sua, por que estávamos nos beijando a pouco tempo atrás?

— Ah... Eu vi vocês dois atracados quando a Ziza chegou. - explicou cruzando os braços - Tem coragem de chamar aquilo de beijo? - sorriu cinicamente - Devia ter visto o que fizemos ontem, antes de você acordar.

 Não, não, não.

 Senti meu sangue fervilhar só por imaginar a cena dos dois.

—Então você não deve ter feito direito porque, quando voltaram, foi pros meus braços que ela correu. - mantive a tranquilidade mesmo estando a um passo de explodir.

 Akin engoliu seco com impaciência e se aproximou ainda mais de mim. Seu maxilar ficou travado ao apontar o dedo indicador para meu rosto.

— Hoje, quando anoitecer, eu quero você longe daqui! - falou entredentes.

 Quando ele se retirou, deixei transparecer minha raiva.

 Então eu não estava tão louco assim, ela realmente ainda gosta dele. Tanto que já se entregou pro desgraçado.

 Fiquei com vontade de gritar e sair quebrando tudo daquela tenda, mas me contive o máximo que pude.

 Ao entardecer, eu mesmo vou até a praia encontrar Adam e Joseff, de lá eu volto para o meu navio e acabo logo com essa palhaçada.





*Relevem os erros, por favor.*

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