Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo XIII


 Os dentes amarelados do senhor de meia idade foram expostos em um sorriso irônico, enquanto eu forçava meu cérebro a achar qualquer coisa que pudesse nos tirar daquela situação.

— Olha só rapazes, viemos atrás do desgraçado e, pelo visto, ganhamos um bônus. - ele analisou o corpo dela - Como vai, Ana?

 Como ele sabe o nome dela?

— Deixe-a fora disso. - falei colocando o corpo de Ayla cada vez mais atrás do meu - Seu problema é comigo!

 Minha mente trabalhou para achar uma saída, mas não consegui pensar em nada. Íamos morrer ali, eu sentia isso.

 Lentamente senti o calor do corpo de Ayla se afastar do meu, só então percebi que ela estava se afastando de mim. Olhei para trás e a mesma encarou meus olhos pela última vez antes de ir até o senhor à minha frente.

 Quando ela estava se aproximando dele, os dois homens que o acompanhavam baixaram suas armas por ordem do velho. Ela chegou bem perto dele.

 Perto até demais.

— Acabe logo com isso, Sr. Albuquerque. - ela disse se virando levemente para mim.

— Conhece ele? - perguntei incrédulo.

— Ora, ora, ora. - ele sorriu - Parece que alguém está querendo voltar a trabalhar para mim.

— Ayla... - chamei e ela me olhou rapidamente com desdém.

 Desgraçada, mentirosa, traiçoeira.

— Mal posso esperar para ir para casa, senhor.

— Eu poderia matar você também. - ele disse apontando a arma para a cabeça dela - Junto com esse navegante metido a besta.

— Poderia... - ela falou sem nem mesmo tremer a voz - Mas, não vai!

 Ayla se pôs ao lado do velho assim que ele deu passagem, enquanto os olhos do mesmo brilhavam em vitória.

 Por algum motivo, meu peito estava doendo. Já havia sido traído muitas vezes, mas dessa vez, eu me senti o maior dos tolos por ter oferecido minha confiança a alguém que me traiu na primeira oportunidade.

 O velho apontou a arma para mim e eu respirei fundo, torcendo para que aquilo acabasse logo.

— Deixe que eu faço. - ela falou em voz alta.

 Isso não pode estar acontecendo. Como eu pude confiar nessa vadia?

 O velho entregou a pistola nas mãos dela, enquanto a mesma voltou a chegar perto de mim. Sem hesitar, ela apontou aquela droga de arma para a minha testa.

 Suas mãos não tremiam, seus olhos nem sequer apresentavam remorso quando ela engatilhou a pistola.

— Ayla... - falei tentando achar algum resquício de sentimento naquele ser desprezível - Eu cuidei de você, te ajudei. Eu confiei em você!

 Seus olhos vazios se encontraram com os meus, enquanto eu tentava achar argumentos cabíveis para aquela cena.

— Eu sei. - disse tranquilamente - Pensa rápido, navegante.

— O que?

 Dois segundos. Esse foi o tempo que levou para ela se virar e enterrar uma bala na cabeça do velho.

 Não tive muito tempo para digerir o que tinha acontecido, mesmo em choque peguei minha arma e atirei contra os outros dois.

— O que você...

— Não temos tempo. Vamos! - ela falou recolhendo as armas dos corpos estirados no chão - Os capangas desse velho são como pragas, aparecem até de buracos no chão.

 Sem remorso algum, ela saiu andando rapidamente como se nada tivesse acontecido. Ainda surpreso, comecei a segui-la por entre as ruas.

— Você me traiu. - falei com raiva - Ia atirar em mim.

— É tão doloroso para vocês homens assumirem que as mulheres são mais inteligentes?

— O que traição tem haver com inteligência?

— Você não tinha uma saída para aquela situação. Tinha? - ela parou de andar para encarar meus olhos e eu apenas desviei o olhar - Foi o que eu pensei.

 Ayla voltou andar em passos rápidos, mas precisei agarrar sua cintura e puxá-la para a parede quando ouvi passos vindo da rua em frente.

— Você realmente ia ter coragem de atirar em mim? - perguntei ofegante pelo cansaço.

 Ayla suspirou ao abaixar a cabeça, depois voltou sua atenção para mim.

— Aquele velho foi a pior pessoa que já conheci na minha vida. - falou sinceramente - Foi ele quem marcou meu rosto e minhas costas pela primeira vez, além de ter sido o primeiro a me forçar a fazer o trabalho que ninguém queria. O Sr. Albuquerque é o tipo de senhor que qualquer escravo treme só de ouvir o nome! - vários homens passaram correndo, mas sem perceber nossa presença.

— Mas, você estava tão determinada. Não parecia estar fingindo!

— Aquele velho acabou com a última parte sentimental que havia em mim. Minha maior vontade era acabar com ele, e assim o fiz. - ela afastou meu corpo do dela, saindo de perto da parede - Mas, precisei usar a maior fraqueza dos homens para tal feito.

 Ayla voltou a andar com rapidez.

— E qual é a maior fraqueza dos homens?

 Ela me olhou sorrindo, como se a resposta fosse óbvia.

— Uma mulher!

 Segundos depois desse diálogo, estávamos correndo pelas ruas com um bando de homens armados jurando nossa morte aos sete mares.

 Os tiros ecoavam pela cidade, as pessoas corriam para suas casas enquanto eu e Ayla tentávamos pensar para onde iríamos, já que meu navio havia zarpado.

— O que vamos fazer? - ela perguntou cansada quando paramos em um uma espécie de viela.

— Continua correndo, decidimos depois.

— Não sei se consigo mais.

— Ayla, por favor. Só mais alguns metros até chegarmos na área das fazendas, depois de lá a gente descansa.

 Ela respirou fundo mais algumas vezes antes de sentar no chão.

— Ei. - ouvi uma voz fina e me virei rapidamente - Por aqui.

 Era a garotinha loira que eu havia ajudado ontem. Ela correu para uma parte apertada e escura da viela, onde apenas uma pessoa conseguia passar por vez.

 Fiz menção de segui-la e senti a mão de Ayla segurar a minha.

— O que está fazendo?

— Achando a nossa saída!

— E para isso vai seguir uma garota de 5 anos no meio dessas ruas escuras que não sabemos nem onde dão?

— Que outra opção nós temos, Ayla? - falei quase em forma de pedido.

 Ela pensou por alguns segundos e decidiu vir comigo quando ouvimos os barulhos dos passos outra vez.

 Para não correr risco de nos perder, segurei a mão de Ayla e comecei a seguir os fios claros iluminados pelos pequenos flashes de luz daqueles corredores.

 Estávamos nos afastando da cidade, percebi isso depois de ouvir o som das carroças e murmúrios ficando distantes. Devemos ter ficado apenas 5 minutos naquele escuro, até voltarmos às ruas normais.

 Sorri aliviado ao perceber que estávamos nos limites da cidade, onde o muro separava as casas do mar.

— Muito obrigada, princesa. - falei me agachando para ficar da altura da menina.

— Por nada, senhor. - disse sorrindo antes de correr de volta para os corredores escuros.

 Alguns segundos depois dela sumir, Ayla resolveu dizer algo.

— Não acha perigoso?

— O que?

— Uma garota tão nova andando sozinha por essas ruas.

— Pelo jeito ela sabe se virar muito bem por aqui. Melhor que nós, pelo menos. - olhei para o muro - Acho que ainda temos uma chance de entrarmos no meu navio.

— Como? Ele está muito longe, não dá pra alcançar nadando.

— Mas, talvez dê para nos verem.

 O muro tinha uma espécie de escada embutida, que dava acesso ao topo do mesmo. Coloquei a caixa da encomenda dentro da bolsa para começar a subir os degraus em um ritmo, consideravelmente, lento. Mesmo não concordando muito, Ayla me seguiu e também começou a subir as escadas.

— Bingo. - falei sorrindo.

 Quando cheguei ao topo do muro, tive a resposta que queria. Meu navio estava na redondeza, provavelmente Finley ainda esperava algum sinal de que eu iria aparecer.

— Como faremos para chamar a atenção deles? - Ayla disse ao se pôr ao meu lado - Não vão nos ver se apenas sacudirmos os braços.

 Coloquei o dedo médio e o polegar em forma de círculo dentro da boca para assobiar. O som produzido foi tão alto que chegou a ecoar.

— O que está fazendo? Ficou maluco? - Ayla disse afastando minha mão da minha boca - Nós ainda estamos sendo seguidos.

 Quando encarei as ruas da cidade, percebi que o movimento se iniciou outra vez. As pessoas começaram a correr de novo, os tiros voltaram a ecoar e, como um ato reflexo, encarei o navio de novo.

— Vamos, Finley! - assobiei de novo - Vamos! - outro assobio, dessa vez ainda mais alto.

— Para com isso. Tá querendo morrer? - ela disse brava - Era para não chamarmos atenção, sabia?!

 Eu até teria debatido o comentário da Ayla se não tivesse ouvido outro assobio ainda mais alto que o meu vindo do mar. Sorri vitorioso, enquanto o bote para nosso "resgate" era colocado nas águas.

— ELES ESTÃO ALI! - ouvi um comentário em voz alta e me virei.

— Merda! - Olhei para o mar, dessa vez focando no muro - Temos que pular.

— O que? - me olhou assustada.

 Fiquei de pé, tirei meu casaco ou qualquer outro peso além da minha bolsa.

— Vamos. - falei estendendo a mão e, lentamente, Ayla ficou de pé no muro ao meu lado - Pronta? - ela olhou para baixo - Ayla?

— Não dá. - falou em um tom desesperado - Não consigo.

— PEGUEM ELES!

— O que? - olhei para a cidade - "Não consegue" o que?

— Altura. - ela disse encarando as águas que batiam no muro lá embaixo - Não sou muito apreciadora de altura.

 Começaram a atirar na gente sem dó ou piedade, Ayla pegou as armas e atirou de volta. Como estavam sendo atacados, os tiros rivais diminuíram e foi aí que eu segurei o rosto da mulher a minha frente tentando fazê-la focar em mim.

— Ayla, preciso de um favor. - ela me olhou - Me abraça!

— O que?

— Não temos tempo para explicações, Ayla. - os homens começaram a se organizar lá embaixo de novo - Por favor.

 Ela encarou meus olhos mais uma vez antes de passar os braços pela minha cintura e encostar a cabeça em meu peito. Ela me segurou com força sem medo nenhum do que eu faria em seguida e me senti imensuravelmente feliz por isso.

Ela confia em mim!

 Apertei seu corpo ao meu na mesma intensidade, não iria deixá-la cair por nada. Me virei ficando de costas para o mar, e então me inclinei trazendo a Ayla comigo.

 Escutei seu grito quando começamos a cair, mas logo ele foi substituído pelo barulho da água. Desvinculei meus braços dela quando ficamos submersos, nadei até a superfície e, imediatamente, procurei por seu rosto.

 Nos primeiros segundos não vi nada, mas depois ela apareceu tossindo pela falta de ar.

 Olhamos para cima ao mesmo tempo e vimos que os homens que estavam nos seguindo haviam desistido da perseguição, já que eles nem sequer se aproximaram do topo do muro.

— Aquele bote é nossa salvação. - apontei - Não vai demorar muito para ele chegar até aqui.

— Posso te perguntar uma coisa, navegante?

— Diga.

— Qual seu nome? - sorri.

— John Carter. - olhei em seus olhos - É um prazer te conhecer, Ayla.

— Igualmente! - respondeu retribuindo o sorriso.  



*Relevem os erros, por favor.*

Pra compensar meu atraso, esse capítulo foi mais grandinho. 

   Até quinta, nenéns.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro