Pura humildade
KURT
Eu preciso me ver livre dessa praga. Se ela morresse, tudo seria mais fácil! Que inferno! Eu quero passar o aniversário de Rosa ao lado dela, mas ela me rejeitou. Disse que isso só tornaria as coisas mais difíceis e eu sei disso.
Não posso matar a maldita da Giselle, não porque o pai dela faria algo. Por favor, ele é irrelevante. Mas o Rei era um problema. Darius ia me pagar por isso! Enquanto tomava banho, eu cheguei a conclusão de que o melhor que eu tenho a fazer é ficar de olho nela. Uma hora ela vai derrapar e eu usarei todo e qualquer erro dela para pedir um divórcio.
— Você está menos nervoso — Ela falou, levando a colher de sopa à boca.
— Eu sei de mim.
— Não precisa ser grosso, Kurt. Somos casados. Devemos conversar.
— Ah, é verdade. Sim, claro, vamos conversar — Eu disse — Como estão as instalações dos Ômegas?
Ela parou a colherada no meio do caminho e me olhou confusa.
— Do que está falando? Aconteceu algo lá?
Ela era patética...
— Você é a Luna, não é? É o seu trabalho verificar como andam as coisas dentro do bando, Giselle.
Ela engoliu em seco e me olhou sem jeito.
— Você não me disse o que era responsabilidade minha.
— E você não pareceu preocupada em saber. Você não foi treinada para ser uma Luna? Por que eu precisaria dar ordens a você? No máximo, você me perguntaria se há prioridades, ou algo que estivesse fora do seu alcance por determinação minha — Agora, vamos remexer na ferida — Eu não precisei falar nada a Rosa. Ela sabia exatamente o que deveria fazer.
Eu vi o rosto dela se contorcendo. Ah, Giselle, você vai pagar por ter se casado comigo.
— Não gosto que me compare com aquela...
— Muito cuidado com as suas próximas palavras, meu bem — Eu falei e sorri para ela. Incrivelmente, o rosto dela empalideceu mais ainda — Rosa é a Luna que você jamais conseguirá ser. Ela era perfeita. Você não passa de uma farsa.
— Kurt!
— Sim, Giselle? — perguntei calmamente e continuei a comer.
— Eu exijo respeito!
— Aqui você não exige nada, Giselle. Aqui no bando você está como Luna por determinação Real, mas você não é a Luna. Há uma grande diferença.
— Eu sou sua esposa! — Ela se levantou e eu via o quão irritada ela estava. O cheiro dela estava pela primeira vez, sendo mais agradável.
— Sim, como eu disse, por determinação legal. Mas esse casamento não se consumará. Eu não a marcarei... Sabe, mesmo que eu te fod*sse, ainda assim, sem que eu a marque, o seu status de Luna nunca será firmado. F**er eu posso f**er com qualquer uma. Não é grande coisa.
— Você vai se arrepender por isso! Ainda vai me implorar para que eu o deixe me marcar!
— Claro. Quem sou eu para destruir as suas ilusões, não é mesmo?
Ela se virou e saiu irritada. Uma ômega que estava entrando na sala levou um empurrão dela e isso eu não permitiria.
Rapidamente, eu estava segurando Giselle pelo braço.
— Peça desculpas.
— O quê? Do que está falando? Pra quem?
Ela me olhou com confusão e isso me deixou com mais raiva ainda! Ela não tinha nem consciência?
— Você empurrou a ômega de propósito, Giselle. Olhe toda essa comida espalhada pelo chão! — eu a olhei profundamente e pude ver que o terror estava se apoderando de Giselle — Aria!
Aria não demorou nada a chegar e olhou para a comida, mas logo se virou para mim.
— Sim, Alfa?
— Traga os utensílios, por favor. A nossa Luna vai dar o exemplo da mais pura humildade.
— O que... o que disse? – Giselle perguntou e olhou para Aria, que também parecia confusa.
— Faça o que eu digo, Aria – não precisei falar uma segunda vez — E você, Giselle, eu aconselho que tire esses anéis, e essa pulseira, ou vai acabar perdendo-os ou se machucando.
— Eu não..
Usei a minha aura Alfa sobre ela e não havia escapatória. Ela era minha esposa e, ainda que não fosse marcada por mim, ela precisou jurar lealdade ao bando, desprendendo-se do pai dela de uma vez por todas. Se eu me divorciar dela, caso nenhum outro bando estendesse a mão para ela, ela seria uma Rogue.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro