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Esquisita


ROSA

O dia foi maravilhoso com Gini! Eu não tinha noção de como poderia ser bom estar trabalhando!

No bando com Kurt, eu tinha Ária para conversar e ela era ótima, mas não era da minha idade e basicamente falávamos da cozinha e do bando. Ali com Gini, além de poder interagir com alguém da minha idade, eu pude falar de muitas coisas e nenhuma delas tinha a ver com lobisomens.

Eu amava Kurt, amava as pessoas do bando, porém, eu queria mais! E Gini estava me dando exatamente aquilo. Além disso, ela era muito animada, não me deixava ficar pra baixo.

Contei a ela que eu gostava de um homem, mas ele foi obrigado pela família dele a se casar com outra. E eu ainda fui ameaçada.

— É tão romântico! — Ela falou, sonhadora, quando contei a ela — Sabe... as coisas vão dar certo, Rosa. Vão, sim!

Ela era tão doce.

Porém, eu não posso dizer o mesmo das pessoas ali daquele lugar. Gini e eu saímos para comer algo, fomos à cafeteria e as pessoas nos olharam assim que entramos.

Percebi que elas não olhavam estranho apenas para mim, mas também lançavam olhares estranho a Gini. Eu era forasteira, portanto, dava pra entender. Mas por que para ela, também?

Mas Gini parecia não ligar ou não perceber. De todas as formas, ela parecia feliz em estar ali comigo.

— Sabe, Rosa, eu não tenho muitos amigos aqui. Então, estou muito feliz que você tenha aparecido!

— Eu também não tenho muitos amigos. A senhora com quem eu mais conversava trabalha na casa do meu ex, então...

— Eu entendo — ela soltou um muxoxo, mas logo sorriu — Você disse que morava meio que isolada, né? Então, acredito que nunca foi num shopping, certo?

Eu sacudi a cabeça negativamente. Eu não podia falar para ela que eu era uma lobisomem e que morava em um bando. Portanto, falei apenas que morava numa comunidade da floresta. Ela me contou que as pessoas sabiam dessas comunidades, e que tinha uma próxima à cidade, mas ninguém ia lá. Ela, aparentemente, era louca para conhecer.

— Vamos ao shopping. Fim de semana a loja fecha. Domingo, mais especificamente. Tem uma outra cidade aqui perto. Eu tenho um carro, podemos dar um pulo lá!

— Eu vou adorar!

— Isso! — Ela falou, toda sorrisos.

— Hmm, essas pessoas estão nos encarando — Eu cochichei para ela, que deu de ombros e sugou o frappuccino dela pelo canudo, despreocupadamente.

— Eles são assim mesmo. As duas estranhas estão juntas, o que você esperava?

— Como assim? Eles não gostam de você?

— Não sei. Eu nunca perguntei.

A resposta dela, tão natural e de quem não estava nem aí, foi interessante.

— Você é daqui mesmo?

— Não. Eu sou de outra cidade. Oakland, Indiana — Ela falou e eu quase engasguei.

— Indiana? E o que faz aqui em Bigfork, Montana? — Perguntei, assustada. Eu podia não ser uma pessoa viajada, mas adorava mapas e eu sabia que a distância entre indiana e Montana era imensa.

Ela deu de ombros, novamente

— Problemas familiares. Digamos que eu não queria seguir o caminho deles, então... — Ela falou calmamente — Resolvi usar a grana que o vovô me deixou e abri essa livraria.

— Hmm, entendi.

— Chega de assuntos pesados! — Ela disse, mudando de expressão. Eu vi como ela pareceu fingir que não se importava, mas quando falou da família dela, ela ficou mexida. Agora, eu podia ver claramente que ela estava sorrindo como se fosse uma máscara no rosto dela.

— E sobre o que quer conversar? – Eu perguntei e olhei no celular a hora — Está um pouco tarde, não?

— Sim... é verdade. Eu esqueci que você não mora aqui. Por sinal, Rosa... como vai pra casa? Quer que eu te leve?

— Não precisa. Eu vou pegar o caminho na floresta.

— Floresta? — Ela perguntou — Mas não é perigoso? Eu ouvi dizer que tem uns lobos gigantes zanzando por aí.

Eu estava bebendo o meu café e quase engasguei quando ela disse aquilo. Então as pessoas sabiam dos lobos?

— Hmm, não é perigoso. Eu não vi nenhum lobo.

— Eu tenho uma bicicleta, se você quiser. Tenho duas, na verdade. Pode levar uma. Assim você não vai demorar muito pra chegar em casa.

— Obrigada! — Eu agradeci, contente, mas então, me dei conta de que seria inútil – Mas eu não sei andar de bicicleta.

Como eu poderia saber? Lobos não usam bicicletas. Se não usarem um carro, eles usam suas próprias patas.

O rosto dela empalideceu, pois estava claramente perplexa.

— Sério? Hmm... desculpa, eu não quis te deixar desconfortável! — Ela falou, sorrindo — Vamos fazer assim, eu te levo o mais longe que eu puder, de bike, já que o carro não vai conseguir entrar na floresta, e eu te ensino a andar a partir de amanhã.

— Você vai me ensinar?

Eu não estava acreditando. Onde Gini esteve durante toda a minha vida?

— Com certeza. Você vai aprender a pilotar essa maravilha. E, claro, depois te ensino a dirigir o carro.

— Eu posso? – Perguntei.

— Claro. Só lembre de estar com seus documentos quando formos andar de carro. A cidade é pequena, não temos acidentes aqui, mas como você bem apontou, as pessoas dessa cidade não vão muito com a nossa cara. Eles arranjaram qualquer coisa pra nos prejudicar.

Claro, em todos os lugares sempre tinha esse tipo de gente, não é mesmo? Humano ou lobo.

E eu não tinha documentos. Como eu poderia ter? Eu sabia o meu nome, eu tinha uma documentação dentro do bando, mas não era uma carteira nacional. Eu falaria com Henry, pois todos os lobos tinham certidões de nascimento e, com ela, eu poderia pedir uma identidade para mim.

Saimos da cafeteria e fomos para a livraria, onde Gini pediu que eu esperasse enquanto ela ia até a parte de trás buscar a bicicleta.

Eu fiquei ali, na frente da loja e não demorou muito para que alguém gritasse um "Ei!" perto de mim.

Um grupo de rapazes, uns quatro jovens de aproximadamente dezoito anos ou por aí, começou a se aproximar, olhando para mim.

Eu não gostei nada do sorriso deles para mim.

O que andava na frente, provavelmente o líder deles, foi quem falou comigo. Ele era alto, pele clara, usava um gorro preto na cabeça, roupas largas.

— E aí, princesa! Perdida?

Eu engoli em seco. Kurt me chamava de "princesa", mas era completamente diferente. A forma como aquele rapaz falou me fez sentir um arrepio na espinha.

— Não — eu respondi o mais firme que pude. Eu não podia abaixar a cabeça.

— Eu nunca te vi pelas redondezas — Ele parou próximo a mim, os outros rapazes logo atrás dele — Você é gata demais.

— Ah, obrigada. Hmm... Eu tenho que ir — Eu falei, tentando manter a calma, mas a minha voz saiu tremida.

— Já? A gente tá se conhecendo! Qual o seu nome?

— Eu tive que encher o p... O que tá rolando? — Gini perguntou, olhando para os rapazes.

— Ah, ela tá com a esquisitona — ele falou — Você não é de se jogar fora. A gente pode ir beber alguma coisa — Ele falou com Gini, que fechou a cara na hora.

— Não. Vamos — Ela olhou para mim e eu concordei. Porém, um dos rapazes que estava com aquele que usava o gorro segurou o braço de Gini.

— Não tão depressa, gracinha. Sabe, eu te acho uma delícia.

— Me solta, agora! — Ela falou e puxou o braço, mas ele a segurou com força — Eu vou gritar!

A rua estava praticamente vazia e os meninos riram. Gini então, começou a gritar e um carro de polícia passou por ali.

Os rapazes rapidamente mudaram de atitude quando o carro parou quase em frente da gente. O vidro do passageiro desceu e um homem fardado olhou pra gente.

— Tudo bem por aqui? — Ele perguntou, olhando dos meninos para nós duas. 

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