Capítulo 4 - Clube Drink do Inferno
Louise Leblanc
A ansiedade tomava conta do meu corpo percorria como se eu estivesse em uma montanha-russa alucinada e desgovernada, indo da cabeça aos pés e depois voltando outra vez.
Quando o táxi parou de frente ao clube o visual é bem charmoso e, ao mesmo tempo, sombrio, senti uma agitação tomando conta do meu corpo, só não entendo porque hoje ela está mais crescente do que o normal. É como se o meu corpo quisesse me alertar sobre algo. Mas sobre o quê?
Vamos lá Louise é só mais uma noite de trabalho contudo com um diferencial sendo uma despedida de solteiro, mas o show é o mesmo de sempre com homens bem animadinhos que darão uma boa gorjeta. Tenho que entrar no jogo e fazer valer a pena até porque o clube já deve está lotado, os homens embriagados e felizes para gastar o dinheiro e está é a minha oportunidade de lucrar bastante está noite.
O gerente do clube solicitou para que eu estivesse vestida como uma dançarina árabe. Sorte a minha que não precisarei fazer o papel de submissa. Na verdade, esse papel me faz ficar um pouco desconfortável. Só tenho que aguentar por uma hora.
Fui para os fundos da boate ajeitei os meus cabelos, alisei o meu casaco e bati na porta o meu coração acelerou. Droga, droga,droga. Calma Louise irá dar tudo certo. Droga, deveria ter bebido algo antes de vir para cá o meu rosto deve está na cor de um tomate-vermelho.
Lohan abriu a porta e o cumprimentei.
- Bonsoir.
- Bonsoir, Rose Scarlette.
Caminhei até o camarim entrei e comecei a trocar de roupa e quando já estava finalizando a maquiagem ouço me chamando:
- Rose minha estrela está na hora de subir naquele palco e brilhar. - Luc me chama entrando no meu camarim.
Viro a minha cadeira para o lado e o vejo encostado no batente da porta com um sorriso iluminado. Luc é um homem bonito que chama a atenção por onde passa com os seus 1,92 de altura, musculoso, moreno, olhos verdes, mas há um, porém, ele curte homem como eu, mas em questão de homem ele tem mais sorte do que eu, tem um namorado lindíssimo.
- Só preciso de mais um minuto e estarei pronta. - Peço terminando de passar o batom vermelho e ele me dá uma piscada de olho e sai.
Dou mais uma verificada no espelho se está tudo certo ou se falta mais algum detalhe.
Não! Eu não esqueci nada.
Olho novamente para o espelho e verifico a minha maquiagem com uma sombra perolada, para manter o meu olhar marcante faço um delineado na pálpebra superior, uso um kajal na linha d'água dos olhos e blush para completar a maquiagem. Como acessório uso um hand chain, anel vazado, um colar com flor e um brinco com pedras vermelhas. Estou vestida com um top de cetim amarelo de seda com paetê com argola e correntes, uma saia amarela de cetim de seda com musseline de seda com sete véus e um véu amarelo de musseline de seda com colar.
- Estou pronta, está na hora de começar o show. - Falo indo em direção ao palco.
Ontem o Luc mandou uma mensagem para mim, informando que hoje eu iria fazer um show para despedida de solteiro para o dono da boate e que eu teria que superar o meu melhor.
Quando estou chegando próximo do palco ouço o meu nome sendo anunciado em um tom sensual.
"E agora com vocês... a nossa irresistível, ela que é a rainha do strip-tease, com suas curvas avassaladoras e com sua dança que enlouquece os homens porque ela é a mulher mais sexy que já existiu... segurem as suas ereções rapazes... ela é a nossa estrela, ela é, é, é... Rose Scarlette!"
Começo a ouvir os aplausos e assobios...
- Preparada para seduzir? - Luc pergunta me dando o seu melhor sorriso de confiança.
- Sim, porém, confesso que estou mais nervosa do que o meu primeiro dia aqui. - Respondo segurando em sua mão.
- Não precisa ficar assim, até porque você irá arrasar e quando você acabar o seu show todos eles estarão tendo uma pré-ereção. Agora entre neste palco e mostre para eles do que você é capaz de fazer.
Estou parada em frente a cortina e dava para ver entre a brecha homens com colarinhos das camisas abertas parando de flertar com as garçonetes usando minissaias minúsculas, outros homens voltando para suas mesas e muitos deles que aqui estão provavelmente são casados, noivos ou solteiros, mas todos eles sem exceção estavam com os olhos fixos neste palco ansiosos pela minha entrada.
Danço três vezes por semana na sexta, no sábado e no domingo, desde a noite que estreei me tornei um das stripper mais renomadas do clube. Por que danço com emoção, elegância e as minhas curvas são naturais fazem todos os homens que me olham perguntarem a si mesmo como seria tocar a minha pele macia.
Eu não tiro a minha roupa e sim me dispo lentamente, sedutoramente, como se tivesse todo o tempo do mundo para dar prazer a cada homem.
Requebrava o meu corpo a cada movimento com graça que fluía em todos os meus gestos. Cada vibração minha é sensual, erótica e expressiva que fazem os homens fecharem os olhos e imaginá-las.
Eles gostam de me ver dançar.
As luzes do palco continuam apagadas e a cortina vermelha fechada para manter o mistério.
Finalmente a música Zahma ya Donya começa a tocar com alguns decibéis mais altos, os holofotes foram centralizados no meio do palco, iluminando e indo para frente e para trás.
- Agora para o deleite de vocês a mais bela e perfeita, Rose Scarlette. - Luc diz em voz suave.
Emergi entre a cortina sem pressa, lentamente e me em sinuando. A música pulsava e eu comecei a dançar, com os meus lábios fartos, vermelhos e umedecidos estavam entreabertos, enviando imagens eróticas a mente de todos os homens que me observavam a dançar e me imaginavam dando prazer a cada um dos presentes. Requebrando sedutoramente e mostrando um vislumbre de parte das minhas pernas de fora e dos meus seios. Mas para a maioria que me assistia eu implorava para ser saciada.
Qualquer um desses homens ficariam felizes em me saciar, olhavam para mim com luxúria.
Continuei dançando e retiro primeiro o véu rosa e ele cai, vejo os homens remexendo na cadeira e olhando para mim com olhar de desejo, mas continuo dançando e retirando o véu branco e em seguida o vermelho, o verde, decido descer do palco e dançar entre eles e cai mais um véu púrpura, danço mais um pouco e um homem loiro me segura pela cintura passa a mão nela e decido retirar mais um véu o cinza e passar pela cabeça dele até o rosto e foi a minha deixa para sair e parar mais na frente em uma mesa continuar com a dança e coloco o meu pé na coxa de um senhor moreno começo a mexer o ombro e ele não tirava o olhar dos meus seios e em sequência cai o meu ultimo véu o preto. Quando finalmente só me resta nada além de um fio dental e um top, passei a minha vista pela plateia e vi que os homens pareciam um bando de lobos famintos e que alguns estavam com as mãos no meio das pernas tentando conter uma ejaculação enquanto lançam um olhar faminto para mim, direciono o meu olhar para o bar e a minha atenção foi capturada por um homem com ar sombrio no balcão do bar bebericando sua bebida e conversando com Luc e não desviava o seu olhar de mim, comecei a me sentir um pouco incomodada e excitada com o estranho. Ignoro o silêncio cheio de expectativa de todos que estavam aguardando pelo desfecho compensador que tinham ido ver, mas concentro toda a minha atenção nele.
Da distância que estou não dá para ver muita coisa, porque a luz do holofote está batendo em meu rosto. Mas vi o suficiente para que o meu coração desse um descompasso e batesse mais acelerado. A única coisa que pude distinguir dele foram os ombros largos e a sua presença alta e sombria. Ele pode ser até perigoso, mas agora observando estou me sentindo fascinada e atraída por ele como há muito tempo não me sentia assim.
A minha única vontade neste momento é de aproximar-me do bar para ver o seu rosto e desvendar o mistério deste homem.
De repente começaram os assobios e os pedidos para continuar. Percebi estar parada e a música continuava.
Voltei ao meu papel e lancei um olhar sexy para a plateia, como se tivesse feito a pausa propositalmente. Continuei com o olhar sexy puxei pela imaginação deles da sedução e excitação, voltei para o palco continuei dançando e pus a mão no meu top e o arranquei a plateia começou a sobiar e gritar e eu desapareci por entre a cortina, ainda dei uma olhada por entre a cortina em direção ao bar e ele não se encontrava mais lá. Ando até o meu camarim troco de roupa, pego o meu celular na bolsa faço uma ligação pedindo um táxi e o devolvo na minha bolsa quando ando em direção a porta a Jaqueline para na minha frente.
- Aonde pensa que vai? O nosso chefe mandou todas nós irmos para o andar de cima para dançarmos. - Ela passou por mim e foi retocar a maquiagem. - É melhor você colocar a roupa de volta porque a noite é só uma criança.
- Divirta-se porque irei para casa e o meu trabalho já está encerrado. - Respondi começando a caminhar em direção a saída quando ouço a voz dela.
- Você sabe o que é melhor para você, mas fique sabendo que ele não aceita um não como resposta, então é melhor você dar a meia volta e se trocar se quiser continuar nesse emprego, porque saindo daqui não será contratada em nenhum outro lugar e se sair com vida daqui. Não ouse o ver contrariado.
- Essa sua história não me assusta e ele não pode me obrigar além do meu horários.
- Bom tentei te alertar, mas se eu estivesse no seu lugar eu iria. E o nosso horário de trabalho só acaba quando ele diz. Até onde eu sei a fama dele não é boa e ele é o nosso novo chefe não o conhecemos direito. É melhor obedecer as ordens dele.
Abri a boca para lhe responder mas desisti. Quem esse homem pensa que é?
- Não rejeite o pedido dele, é um conselho que lhe dou.
Se eu for estarei indo além do horário pelo qual fui contratada e estava indo contrariada seria obrigada a continuar dançando.
- Tudo bem irei com você. - Termino de falar e começo a trocar de roupa. Faço a maquiagem. Dou mais uma olhada no espelho verificando se está faltando algum detalhe.
- Coloque a máscara ele exigiu estarmos com ela.
- Tudo bem.
Agora parando pra pensar há uma grande possibilidade de encontrá-lo novamente. Tenho certeza disso.
- Você vem Scarlette? - A Jaqueline me pergunta já na porta.
- Sim, claro. - Falei balançando a cabeça.
- Vamos nos divertir como se não houvesse o amanhã.
- Não sei o que é diversão já faz algum tempo.
- Deu para perceber com a sua cara carrancuda e o seu temperamento sério. Você precisa apreciar o bom da vida.
A boate parecia mais cheia do que antes nesse andar mal estava tendo espaço para movimentar-se. Cheguei a conclusão que preciso dançar um pouco para notarem a minha presença e depois irei para casa.
Depois de quinze músicas tocadas fiquei um pouco decepcionada por não ter visto o homem misterioso dessa noite. Marquei a minha presença, mas agora preciso voltar para casa tenho trabalho a concluir, mas antes preciso hidratar-me, então, caminhei até o bar tentando desvencilhar das pessoas.
- O que vai querer beber, gatinha? - O bar tender perguntou inclinando-se na minha direção.
- Um mojito, por favor.
- Uma mulher bela que gosta de mojito, pensei que pediria um dry Martíni. Você acabou de me conquistar e roubou o meu coração.
- Roubei o seu coração como uma ladra na calada da noite.
O bar tender depositou a bebida na minha frente.
- Para a ladra mais gata da casa e por conta da casa.
De repente sinto alguém atrás de mim e fala:
- Sirva-me com Whisky Royal salute 62 e mais uma bebida que a bela dama pediu.
Já estava pronta para recusar a bebida do desconhecido, mas ele inclinou e o seu hálito quente soprou em minha nuca.
- Não preciso que homem nenhum pague uma bebida para mim.
O meu coração deu um descompasso antes de voltar a bater acelerado novamente. Tomei um gole longo da minha bebida e senti um calafrio passar entre a minha espinha.
O bar tender ficou analisando nós dois, principalmente o homem atrás de mim, parecia até que se conheciam.
- O senhor ouviu o que a moça informou não precisa que ninguém lhe pague uma bebida.
- Agradeço a sua generosidade. - Falei colando o meu corpo ao dele forte.
O bar tender deu mais uma olhada para nós e foi atender os outros clientes.
Virei e acabei encarando um par de olhos enigmáticos entre a máscara.
- Obrigada.
- Pelo que vejo você se decidiu por mim. - O tom do homem era tranquilo.
- Na verdade, não. Eu só imagino que você estava sendo cavalheiro. - Tomei mais um gole da minha bebida. - Você não vai dançar?
O homem segurou a minha mão e levou o meu Drink aos lábios, dando um gole generoso e demorado.
Não consegui desviar o meu olhar do pomo de adão dele que movimentava enquanto ele engolia.
Uma loira apareceu do nada e envolveu o seu pescoço com as mãos.
Ele passou uma das mãos em sua cintura, soltou a minha bebida.
- Querido você estava demorando demais.
A loira aguada parecia um carrapato grudada no pescoço dele.
- Estava conversando com uma amiga quando você nos interrompeu.
- Querido estava sentindo-me abandonada sem a sua presença lá.
- Hum. Daqui a pouco irei para lá.
- Estou precisando da sua atenção. Essa mulher parece ser frigida que não gosta de sexo, que só se aquece após tomar algumas bebidas. Não de atenção a ela e sim a mim.
Abri a boca.
- Frigida...Eu não...
A loira empinou o peito siliconado para o homem.
- Vamos dançar. É para isso que estamos aqui.
A irritação tomou conta de mim quando vi os dois indo para a pista de dança e ele saiu sem dizer nada. O que há de errado comigo? Normalmente sou delicada e controlada em situações que envolvam homens, mas nunca deixava um confronto, calada. Estava a um passo de voar no pescoço daquela mulher, olhei na direção dos dois e estavam se divertindo juntos.
- Você está parecendo com raiva, linda.
Olhei para o meu lado esquerdo onde estava o dono da voz o bar tender.
- É só impressão sua.
- Vamos lá. - Ele pegou a minha mão e me puxou para a pista de dança. - O meu nome é Murilo.
- O meu Scarlette.
- Tenho certeza que não é o seu nome verdadeiro, mas tudo bem se não quer dizer, sei que até o final desta festa não me negará o prazer de te levar para casa.
Arqueei a minha sobrancelha.
- Não sei de onde tirou a certeza de que o meu nome não é Scarlette e de que poderia supor que eu iria para sua casa. Não sei se devo admirar a sua autoconfiança ou mandar você se ferrar.
- Ficaria feliz só com a sua admiração.
Comecei a rir.
- Gostei de você, Murilo.
A música começou a tocar e eu fechei os olhos e comecei a me movimentar, seguindo as sugestões das mãos de Murilo, deixando-o moldar o meu corpo. Uma batida entrou no meu coração. Abri os olhos e vi que o homem desconhecido não tirava os olhos de mim, continuei a dançar absorvendo cada letra da música que prometia um sexo descomplicado, sem compromisso, sem vínculos. A irritação dele era quase palpável e a cada batida da música se transformou numa avidez sensual para mim e uma sedução.
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