Bônus I
Mariana Muniz
Estava com a cintura apoiada na janela e olhando a vista da cidade de Madri com uma taça de vinho Bordon. Depois que a minha empresa Genoma de telecomunicações, começou o segundo ano inteiro trabalhando no azul, tive a certeza de que irei transformar o meu sonho em realidade de fazer da minha empresa um sucesso.
Mas para isso preciso fechar o contrato com a empresa Iluminion que é bem conceituada no ramo da tecnologia no mercado. Trabalhei duramente com a minha equipe por dez meses para suprir as necessidades da empresa Iluminion aceitar o nosso projeto de uma internet de 6k de velocidade que seja acessível a todos por um preço razoável, daqui a cinco dias para o diretor da empresa. Se a Iluminion aceitar o nosso projeto irá nos tirar de uma situação financeira muito desagradável que estamos.
Preciso manter o meu sangue frio para as negociações não posso transparecer o meu nervosismo, a minha insegurança e medo. Atrás de mim ouvi o telefone tocar, me viro e o encaro vejo que é a minha secretária.
— Larissa o que houve?
— Senhora mariana, a senhorita Laura deseja entrar.
— Tudo bem, pode deixá-la entrar.
— OK, senhora.
Ouço a porta ser aberta e vejo Laura entrar.
— O que houve com o seu celular?— O tom de voz repreensível me pegou de surpresa.
— Está na minha bolsa, provavelmente descarregou. Qual o motivo dessa pergunta?
— O senhor Luigi tentou entrar em contato com você várias vezes e não conseguiu.
— Ele poderia ter ligado para o escritório e Larissa me passaria a ligação.
— Disse que não conseguiu completar a ligação e por isso ligou para o seu celular.
— Tá certo, mas o que ele queria? Não me diga que ele fechou o contato com outra empresa? — Perguntei já me sentando na cadeira e bebendo o resto do vinho em um só gole.
— Você precisa se acalmar sabia.
Mariana recostou-se na cadeira e respirou profundamente.
— Só irei me acalmar, quando você me disser o que ele queria. Você esta me deixando mais nervosa do que eu já estou.
— Você precisa trabalhar esse seu lado nervoso, já te disse isso.
Passei oito anos da minha vida em uma posição de submissa que obedecia tudo que o meu ex noivo mandava com ele eu não podia demonstrar os meus sentimentos que estava sentindo, se demonstrasse ele me humilhava, me surrava e me torturava. Todos os dias era isso quando bebia depois do trabalho. Quando eu ouvia o som da chave na porta já ficava tensa e nervosa porque sabia que iria apanhar de novo e mal estava me recuperando da surra do dia anterior.
Quando terminei com o relacionamento abusivo que vivia, decidi abrir a minha própria empresa e mostrar para qualquer um que posso ser independente e dona do meu próprio nariz.
— Terra para Mariana, tem alguém ai?
Pisco o olho duas vezes e olho para Laura.
— Desculpa me distrai um pouco, mas o que você dizia mesmo?
— Estava falando que você está precisando se divertir, sair para dançar e espairecer um pouco tem trabalhado demais e quem sabe acaba conhecendo alguém interessante.
— Você tem razão preciso me divertir um pouco, nos poderíamos sair para dançar e nos divertir. Termos a nossa noite das meninas.
— Já faz um bom tempo que não saímos para a baladinha.
— Então, você topa?
— Claro que sim.
— Vamos dançar, beber e beijar muito.
— Só você amiga que irá beijar muito, porque você que estou de casamento marcado com o Carl.
— Tudo bem só eu. Agora me fale sobre a ligação.
— A Ilumination decidiu antecipar a reunião para daqui a dois dias.
— É sério, isso?
— Sim.
— Agora estou mais nervosa do que antes. - Começo a andar de um lado para o outro, coma cabeça a mil por hora.
— Desse jeito você ira fazer um buraco no chão.
Agora deixe de bobagem que tudo irá dá certo porque esse contrato já é nosso. Já comprei a passagem e amanhã às nove horas o seu vôo sairá para o Brasil.
— Você tem razão nada dará errado nessa reunião e quando voltar nós teremos a nossa carrinha de comemoração com o nosso novo contrato e a sua despedida de solteira.
— Uma despedida de solteira? - Laura perguntou com uma cara de incrédula.
— Sim, uma despedida solteira não pensou que eu iria deixar passar em branco. Gatinha nós vamos ficar muito loucas se prepare.
— Loucas quanto? No que você está pensando?
— Você só saberá, no dia lhe deixarei na curiosidade.
— Você começou agora tem que terminar. Não pode me deixar nessa curiosidade, tenho que pelo menos ter uma ideia.
— Só precisa saber que iremos nos divertir muito.
— Você é muito chata sabia. - Laura disse fazendo cara de chateada.
— Desculpa amiga mas não posso estragar a surpresa.
— Fazer o que não é, ficarei aqui com a curiosidade me corroendo por dentro e com milhões de suposições em minha mente. Depois não reclame se eu não trabalhar direito.
— Perdoarei essa sua distração se ocorrer, porque será por uma causa nobre. - disse rindo.
— Você é impossível. - disse com raiva.
— Eu sei que você me ama. - disse a abraçando.
— Não mesmo. - Laura falou me mostrando a língua.
— Irei para casa arrumar a minha mala, mas quando voltar da viagem iremos marcar a nossa festinha.
— Ok. Boa sorte amanhã.
— Qualquer problema ligue para mim.
— Pode deixar, agora ande você precisa descansar um pouco.
Sai da minha e caminhei para o estacionamento enquanto andava me veio a mente em como abri o meu negócio com o pouco do dinheiro que eu tinha guardado e com um um enorme só hoje de que desse tudo certo porque joguei todas as minhas fichas nessa realização do meu sonho. E agora estava muito perto de concretizá-lo com esse negócio de amanhã. Quando a empresa começou a ficar no vermelho tive que conseguir um trabalho extra para pagar as contas da empresa e as minhas pessoais.
Quando o contrato estiver assinado, poderei respirar aliviada, mas até assiná-lo tenho trabalho a fazer no meu segundo turno que me tomará a noite toda.
Quando estava prestes a entrar no carro, ouço alguém me chamar.
— Senhora Mariana, espere por favor.
— Preciso que a senhora assine essa papelada.
— Do que se trata? - Pergunto enquanto pegava os papéis.
— É a folha de pagamento, senhora.
Droga!!!!
Senti o meu estômago embrulhar porque sabia que iria usar a linha de crédito. Mas tento disfarçar e dou um meio sorriso. Porque como dona da empresa preciso manter o lado financeiro em ordem e a permanência da empresa no mercado.
Entreguei os documentos para a minha secretária, me despedi, entrei no carro e fui para o escritório do meu diretor contábil.
Malcon é um dos melhores em sua área, além de ser meu amigo desde a adolescência. O chamei para trabalhar comigo desde quando abri a empresa. Ele sabe fazer o dinheiro render como ninguém mas ultimamente está um pouco difícil, mas espero que ele tenha uma solução para o nosso caixa que está no negativo.
Entrei na sala dele ele vi trabalhando em vários papéis.
— Já até sei o que veio fazer aqui é sobre a folha de pagamento e já vou logo avisando que a nossa linha de crédito está em seu limite total e precisamos de um fluxo de caixa como por exemplo a sua outra fonte de renda para podermos respirarmos um pouco melhor esse mês. — Aliás, você ainda não me disse em que anda trabalhando.
Coloquei a mão na cintura e olhei para a janela.
— Só o necessário para mantermos a empresa em pé.
— Mari não é nada ilegal, não é? - Malcon me pergunta carinhosamente e com uma expressão de preocupado.
— Não é não.
Na verdade qualquer coisa que precisasse ser feita o meu segundo eu a Ruby Cameron, stripper do Club Calvet Dancing, iria fazer.
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