A luz do sol envadiu o quarto clareando o piso branco de porcelana. Aless abriu lentamente os olhos piscando algumas vezes para se acostumar com a claridade. Ao tentar se levantar um zumbido atingiu seus ouvidos e sua cabeça parecia vibrar.

- Aí... - Ela sussurrou.

- Epa, vai com calma. - Ela ouviu avoz de Algustus e sentiu as mão dele a empurrando levemente para os travesseiros.

- Onde eu estou? - perguntou com os olhos fechados.

- Está na minha casa.

- O que? - Ela tentou novamente se levantar, seu estômago embrulhou e sua boca salivou com o enjoou.

- Fique calma, Adrian pediu que eu cuidasse de você, ele precisou sair da cidade por uns tempos. - mentiu.

Seria melhor para Aless ficar ali, afinal Adrian está tendo outro de seus surtos, sendo atormentado pelos fantasmas de seu passado. E houve tempos que ele levava meses para voltar ao normal. Sem mencionar o fato de se tornar mais perigoso. Algustus sentia em seu ser a necessidade de proteger a garota. Não sabia se pelo fato dela parecer com Patrícia ou se por ser parente dela. Talvez agora pudesse acabar com a dívida de muitos anos atrás.

- Mas ele não me disse nada. - Ela o encarou.

- Você estava desacordada. - Ele falou ao puxar a bandeija ao lado da cama.

- Era tão urgente assim? - perguntou triste.

- Sim. - Ele apontou para bandeija. - coma, você precisa recuperar suas forças.

Ele se levantou. Aless apanhou o prato com ovos mechidos e Bacon, e o taler. Suas mãos tremeram derramando um pouco de comida.

- Me deixe ajudar. - Algustus sentou-se novamente do seu lado, e apanhado o prato a ajudou a comer.

- Eu não quero te dar trabalho. - Ela falou colocando a mão na frente da boca.

- Não é trabalho para mim. - Ele sorriu.

Depois de alguns. Minutos ele recolheu a bandeija. E ao seguir para porta, olhou por cima do ombro.

- Se precisar de qualquer coisa basta chamar.

- Obrigada. - ela agradeceu.

Sua mente estava confusa, a última coisa da qual lembrava era de estar nos braços de Adrian. Depois disso as lembranças estavam embaçadas, o mais estranho era estar ali. Adrian mandar outra pessoa cuidar dela.

[...]

Algustus seguiu para cozinha colocando o prato na pia.

- Olha em todas essas décadas que estou com você, nunca o vi cozinhar. - Amélia falou ao entrar.

Algustus sorriu para a loira que usava  uma camisola vermelha de renda.

- Temos visita. - respondeu.

- Eu sei, senti o cheiro. Minha pergunta é, se não é comida o que faz no quarto de hóspedes? - Ela se aproximou enlaçando os braços entorno do pescoço dele.

- Adrian pediu que cuidasse dela.

- E porque ele pediria uma coisa dessas? - Ela prescutinou o rosto.

- Quem o intendi? Talvez queira transformá-la. Porém está tendo outros de seus surtos e não pode fazer isso.

- Adrian Smth quer transformar uma garota. Isso é novidade. - Ela se pendurou nele. - Ela sabe sobre nós?

- Não. E ainda não podemos contar.

- Posso vê-la? - Ela perguntou sorrindo.

- Se prometer se comportar.

- Prometo. - Ela o soltou.

- Venha. - Ele a chamou.

- Aless. - falou ao abrir a porta do quarto.

- Pode entrar. - respondeu sonolenta.

Algustus passou e em seguida a vampira loira.

- Aless, essa é minha noiva Amélia.

- Oi. - Aless tentou parecer educada.

Amélia a olhava com curiosidade, os pontos de luz que corriam pelas veias de Aless a concedia um brilho reluzente a pele.

- Oi. - Ela cumprimentou. - Espero que melhore logo. - Ela concluiu ao se retirar.

Algustus a seguiu fechando a porta por trás de si.

- O que é Ela? - Amélia perguntou sem rodeios.

- Eu disse amiga de Adrian. - Ele cruzou os braços.

- Ela é diferente o cheiro e o sangue. Tem algo nela que mecheu comigo. - a vampira falou assustada.

- Eu entendo. E como um ar imponente. Aless é especial, por isso precisamos cuidar dela. Ninguém pode saber que ela está aqui. Ninguém.

- Está bem. - Ela falou ao beijá-lo. - se você pede eu faço.