Adrian deixou seu carro no estacionamento de sua casa e seguiu para a entrada, ao abrir a grade porta de madeira feita de cedros ele caminhou lentamente até seu sofá se jogando sobre o couro branco.

Mirando o teto ele passou a pensar no que faria, não podia contar a ninguém sobre Aless, isso representaria perigo para ambos. Visto que nem todos querem voltar a serem humanos. E mesmo ele também não desejava abrir mão de sua imortalidade, porém sua maldição não lhe permitia viver com plenitude condenando o a solidão eterna, e o medo de que um dia Tamura lhe desse o fim.

Foi então que uma ideia lhe veio, iria até Aless tentaria descobrir se ela sabe de onde veio e de seu legado. Caso não  soubesse seria muito mais fácil engana-la.

[...]

Lentamente Aless abriu os olhos se deparando com a escuridão do quarto, ela sentiu uma dor aguda em sua cabeça e ao tentar se levantar uma tontura lhe sobreveio a derrubando novamente sobre a cama.

Sem forças ela puxou lentamente os lençóis embaixo de si, se cobrindo.

De manhã alguém bateu na porta havisando que era hora de levantar.
Aless abriu os olhos e ao jogar os lençóis para o lado, se sentou na beirada da cama. Ainda estava nua, a toalha com que se cobria estava jogada no chão ao pé da cama.

Puxando em sua memória, ela se lembrou do homem misterioso que esteve ali com ela, da maneira  como ele a envolveu em seus braços e tocou seu corpo, sem precisar de muito para fazer com que atingisse seu clímax apenas usando seus dedos esguios e frios, e a forma como lhe beijava o pescoço o sugando, sem dúvidas havia deixado alguma marca ali.

Rapidamente ela se levantou e correu para o banheiro se olhando no espelho procurando pela marca. E ali estava ela uma mancha avermelhada na curva de seu pescoço. Com as pontas do dedo indicador ela tocou sobre a marca.

- Você tinha que ter desmaido Aless. - Ele se recliminou. - sem duvidas teria sido incrível. - Ela lamentou que só tivesse provado isso dele.

Exasperada ela espalmou as mãos sobre a pia. Ainda tinha com que se preocupar. Afinal se ela não fez o que foi paga para fazer, com toda a certeza Roru já estava sabendo.

- A só faltava essa.

Ao apanhar suas roupas do chão, Aless se vestiu em seguida lavou o rosto e dividindo o cabelo em duas partes tentou esconder inutilmente a marca em seu pescoço.

Ao deixar o quarto ela seguiu pelo corredor até sair no salão principal, onde algumas das meninas limpavam e organizavam tudo para mais uma noite.

Ao sair nos fundo do salão ela avistou o sobrado de cor creme onde morava. Ao entrar todas as garotas estavam sentadas a mesa tomando café.

- Nathasa finamente deu o ar da sua graça. - Grace uma moça ruiva e o que ela tinha mais próxima a uma amiga correu até ela e segurando em suas mãos a puxou para o canto longe da mesa. - me conta tudo.

- Grace me deixa comer primeiro, estou faminta. - Ela falou ao ir até a mesa e apanhar uma maçã.

- Humm, a noite foi tão boa assim? - Ela perguntou risonha e recebeu um olhar enviesado de Aless. - que foi?

Ele perguntou ao segui-la até uma das janelas com descanso onde Aless se sentou, e sem cerimônias Grace se sentou na frente dela.

- Sabe e que Tereza me contou que ele era um homem bonito e que pagou m verdinhas por uma noite com você.

- Aaaa.. - Ela exaperou chateada.

- O que aconteceu lá?

- Nada. - Ela respondeu por fim ao morder mais uma vez a maçã.

- A fala sério. - Grace cruzou os braços.

- E sério. Ele me segurou com força começou a me beijar e...

- E... - Ela perguntou animada.

- E nada, eu apagaguei simples assim, e sem dúvidas daqui a pouco o Roru vai vir aqui e reclamar comigo.

- Eu posso acreditar. Se não aconteceu  nada e essa marca de chupão no seu pescoço? - Ela ergueu sua sobrancelha.

- Ele estava fazendo isso quando eu desmaiei. - Ela deu de ombros.

- Nossa que fora em.

- Pois é.

- Onde está ela? - a voz de Roru foi ouvida em alto e em bom som.

- É agora. - Aless falou ao se por de pé.

- A aí está você. - Ele sorriu para ela.

Aless se entender olhou para sua amiga que apenas riu.

- Ei essa sim é uma mina de ouro. - Ele a puxou para perto.

Aless olhou para ele descrente, quando Roru puxou a cadeira para ela  sentar.

- Você é muito valiosa para mim Aless. - Ele sussurrou no pé do ouvido dela.

E fazendo um sinal com a mão, duas garotas entraram na sala trazendo duas bandejas com frutas, sucos, bolos e salgados. E sem demora colocaram na frente dela.

- Para que tudo isso Roru? - Ela perguntou sem acreditar.

- O seu cliente de ontem me ligou hoje de manhã para marcar mais uma noite com você. - Aless não acreditava no que estava ouvindo. - e pediu que estivesse bem alimentada e forte o suficiente. Então hoje é por conta da casa. - Ele concluiu ao bater duas vezes no ombro dela, e se afastar.

Grace correu para perto dela. - mentirosa - ela sussurrou ao sentar-se ao seu lado.

- Eu não menti. Realmente não aconteceu nada.

- Bom então acho que agora vai ter que acontecer afinal, imagina só o quanto ele deve ter pago para o Raru trazer tudo isso de comida e de graça.

Aless não sabia o que pensar, porém estava feliz, pois ia vê-lo novamente.

- Você vai dividir comigo, não vai? - Grace perguntou ao apanar um cupcake.

Aless apenas sorriu, acentido com a cabeça.