Capítulo 11
Estou na minha sessão de fisioterapia, pois é necessário para que minhas pernas não atrofiem, é quando ouço um bip no meu celular anunciando uma nova mensagem. Fico imediatamente curioso para saber quem é, meu pai não pode ser, ele sabe que estou na fisio, o Henrique tá aqui do meu lado, então sem que eu possa controlar penso que talvez seja da Sophie.
Assim que termino pego meu celular para olhar a mensagem.
Sophie: Eii, como está garoto?
A mensagem é dela afinal, confesso que não esperava e mesmo que procure não encontro um motivo para não responder uma garota que foi tão legal comigo.
Gabriel: Ei, tô bem e você?
Sophie é uma garota peculiar, e eu ainda estou tentando entendê-la, ela é diferente de todas as garotas que eu já conheci, e sinceramente isso é novidade para mim, e eu gosto.
Sophie: Quando podemos nos ver novamente? Afinal tenho que te ajudar, como prometi.
Ao ver essa mensagem fico pensando que talvez não esteja pronto para vê-la de novo, tenho medo do meu comportamento, as vezes não consigo controlar meus excesso de raiva, e prefiro adiar o máximo que eu conseguir, até me sentir realmente pronto.
Gabriel: Vamos ver.
Envio a mensagem e espero que ela me compreenda, espero que perceba que preciso de um pouco de espaço.
Henrique me coloca no carro aquele momento e dirige para casa, pego meu celular e coloco os fones de ouvido, normalmente não costumo ouvir musica, mas hoje não tô afim de papo furado então prefiro ficar na minha, evitando conversas paralelas até em casa.
Tirou a roupa, entrou no mar
Pensei: Meu Deus que bom que fosse
Tu me apresenta essa mulher
Meu irmão, te dava até um doce
Sem roupa ela é demais
Também por isso
Eu creio em Deus
Meu bom, meu Deus
Meu bom, me traz
Ainda bem que eu trouxe até meu guarda-sol
Tenho toda tarde, tenho a vida inteira
Já se foi aquele tempo da ladeira, irmão
Já que se foi aquele tempo da ladeira, irmão.
Zóio de Lula (CBJ)
❤️❤️❤️
Na manhã de segunda feira acordo cedo, pois meu pai me avisou de uma tal entrevista para a imprensa que ele daria na empresa e queria minha presença, mesmo eu me recusando veementemente, ele insistiu como sempre, e eu falei que iria. Mas nesse momento estou prestes a desistir novamente. Nunca gostei de aparecer nessas entrevista que meu pai participa com frequência, agora que estou em uma cadeira de rodas gosto menos ainda. Não quero pessoas desconhecidas se penalizando por mim, já bastam os conhecidos.
Meu pai saiu bem cedo de casa, eu ainda estava dormindo, mas garantiu ao Henrique que me faria ir de qualquer jeito, tipico dele.
Henrique está me ajudando a vestir o terno que escolhemos quando meu celular toca, olho para o visor já sabendo exatamente quem é.
—Fala pai, tô me arrumando. – Atendo sua chamada.
—Filho, eu sei que você não gosta dessas coisas de tv, então se quiser ficar em casa hoje tudo bem. – Diz ele rapidamente, parecendo um pouco nervoso.
—Como assim não preciso mais ir? –Pergunto desconfiado. Parece bom demais para ser verdade.
—É filho, eu vou entender, afinal é uma besteira mesmo. – Diz meu pai repetindo minhas palavras da noite anterior, quando eu disse que não queria ir.
—Ok - Digo, e ele parece suspirar do outro lado da linha, tinha alguma coisa errada, eu não queria ir nessa entrevista, mas agora vou, com toda certeza. Meu pai tá escondendo alguma coisa e eu irei descobrir o que é.
❤️❤️❤️
Chego a empresa próximo a hora do almoço, pois havíamos combinado antes que iriamos almoçar juntos antes da coletiva, até ele me ligar dizendo que tudo bem eu ficar em casa, mas eu vim mesmo assim, sem o conhecimento do meu pai.
Henrique estaciona o carro e pega minha cadeira no banco de trás, enquanto eu aguardo olhando para a empresa, nesse momento avisto uma garota do outro lado da rua de cabelos longos e ondulados que parecem muito com os da Sophie, então olho novamente, e sim é ela, tem que ser!
—Rápido Henrique, rápido!! – Chamo o apressando. Pois preciso saber o que ela faz por aqui. Será que ela conhece alguém da empresa? Será que ela conhece meu pai? Mas porque não me falaria algo assim? Ou talvez ela não saiba que sou seu filho. São várias perguntas e dúvidas que atormentam minha mente nesse momento.
Henrique me coloca na cadeira de rodas e arrasta em direção a empresa.
—Vai logo, Henrique. Eu acho que vi a Sophie. – Digo.
—Como assim cara? Tá maluco?
—Eu tenho certeza que era ela! Ela não disse que trabalha em algum lugar, onde é Henrique? Não consigo lembrar. –Digo tentando entender toda a situação, mas quando olho novamente para onde a garota se encontrava não há mais ninguém.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro