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Capítulo 22

- Nossa... - abro meus olhos e fico de boca aberta - Caramba! - passo meu olhar por todo o local, desejando que essa vista fosse real.

Me deparo com o paraíso.

Eu estava em um lugar aberto, com o sol renovador, a brisa refrescante e o aroma doce.

Eu conseguia ouvir o canto dos pássaros, embora eu não os enxergasse.

A grama debaixo de meus calçados eram de um verde claro e algumas partes brancas, porém, eu sabia que isso, de alguma forma, era natural, é sinal de saúde.

Até fiquei com vontade de tirar o meu tênis para poder sentir a grama entre os meus dedos dos pés.

Dito e feito, caí na gargalhada ao sentir cócegas com a terra molhada em meus pés. E, como uma criança pequena, abri o meu maior sorriso e comecei a correr, ver até onde eu podia ir, a quão rápida eu podia ir.

E, durante minha corrida, pude apreciar a mais bela paisagem.

Entrei na floresta e foi como se ela se abrisse para mim, como se fizesse uma trilha para eu seguir. As árvores frondosas me guiavam e me protegia dos raios do sol.

Havia frutos que eu nem imaginava que existia. Pareciam tão suculentas, que não contive a minha vontade de pegar uma e comer.

Escalei uma árvore com os galhos que mais pareciam formar uma escada, estiquei o meu braço e peguei uma fruta azul, porém, no formato de uma maçã. Mordi e logo fui preenchida por explosões de sabor, primeiro o amargo, depois o azedo e, por fim, o doce. Foi onde percebi que essas frutas não existiam no meu mundo.

Terminei de degustar e voltei a correr. Até chegar a um riacho.

Eu estava com muita cede, quando vi um animal bebendo da água. De primeira vista, pensei ser um cavalo. No entanto, seu olhar cruzou com o meu e eu pude ver melhor. Suas patas eram de um verde claro com listras amarronzadas, seu corpo com um tom de verde musgo e os olhos azuis cristalinos.

- Olá - digo meio receosa, mas me aproximando com as mãos levantadas para mostrar que eu não ia fazer nada de mal com ele. E, foi como se ele assentisse, "autorizando" eu me aproximar - Qual o seu nome? - abro o meu sorriso e me aproximo mais.

- Escon - ouço uma voz em minha cabeça.

- Ahhh! - grito e me afasto - V-você, v-você falou!? - arregalo os meus olhos em espanto.

- Você me perguntou - novamente a voz em minha cabeça.

- Eu posso te entender!?

- Eu não sou um animal de terceira categoria! - seu tom soou ofendido.

- Desculpa, desculpa - achei melhor dizer - É que eu sou nova por aqui... sabe?

- Se você não tivesse falado, eu nem teria notado - Escon diz com tom de deboche e volta a beber da água do riacho.

- Como estamos conversando? - pergunto cautelosa.

- Eu sou um animal de primeira categoria, ou seja, posso te transmitir ondas cerebrais para você me entender.

- Entendi... - também bebo da água do riacho - E os outros?

- Os de segunda categoria são animais que podem entender, mas não podem comunicar. Os de terceira, nem entender conseguem. E te aconselho a nem chegar perto dos de quarta. Eles podem ser bem agressivos.

- Recado recebido. Então, que lugar é esse? Onde estou? - me lembro da situação em que me encontro e começo a procurar por respostas.

- Onde você acha? - Escon ri com deboche.

- E como vim parar aqui?

- Eu que vou saber? - pude jurar que o vi revirar os olhos.

- Tenho muitas perguntas para fazer - digo com completa animação. Porém, sou obrigada a tampar os ouvidos por causa do grito estridente que soou em meio às árvores atrás de mim - O que é isso!? - grito para Escon poder me escutar, no entanto, não o encontro quando olho para o local onde ele estava. E é quando eu começo a entrar em pânico.

Será que são os animais de quarta categoria que ele citou?

- Ei!? O que está fazendo? Se esconde - o ouço, mas não o vejo.

- O-onde você está!? - grito mais alto, pois o barulho não havia cessado e ainda aumentou de volume.

- Se esconde! - desisto de o procurar e fico atrás de uma grande rocha - Ele vai sentir o seu cheiro - escuto e, no segundo seguinte, sou puxada para dentro do riacho. Sem tempo de protestar - Fica quieta! - escuto e sinto ser presa debaixo da água. Entretanto, ao invés de ficar desesperada e sentir falta do oxigênio, eu estava "bem". Como se eu pudesse respirar debaixo d'água.

No topo do riacho, pude ver uma imagem destorcida de alguém. E, ao focar minha visão, eu podia jurar que reconhecia ele. Mesmo o corpo mais jovem, eu pude ver a semelhança. Mas não consegui acreditar, não podia ser ele. Não pode ser ele!

- Mas, se você fizer isso - vejo alguém se aproximar do rapaz - Vamos ser expulsos - o homem de aparência mais velha diz.

- Você não entende!? Estou apaixonado! - o rapaz diz.

- Mas você não pode estar apaixonado por ela!

- Tanto posso, como estou! - pude sentir indignação na voz do rapaz - E se fosse você e a sua amada? Você conseguiria se afastar dela?

- Mas tem uma diferença muito grande. Ela não é uma humana.

- Mas e se fosse? - o outro ficou sem fala - Foi o que eu pensei - o rapaz faz um gesto e asas negras aparecem em suas costas.

- Você ainda vai se arrepender de suas ações - o mais velho faz o mesmo gesto e as mesmas asas surgem.

Ao ter certeza de que eles se foram, retorno para a superfície.

- Quem eram eles e que barulho foi aquele!? - pergunto tirando o excesso de água da minha roupa.

- Outra dica. Fique longe deles. Principalmente do guardião.

- Que guardião?

- O dono daquele grito estridente.

- Mas, quem eram?

- Os anjos - começo a rir.

- Mas não precisamos ter medo dos anjos. Eles são do bem.

- Quem te disse isso?

- De onde eu venho, os anjos são do bem e os demônios são do mal.

- E o que seria "demônios"?

- Tá falando sério? - ele me encara com um enorme ponto de interrogação na cara.

- Olha. É esse o momento que nos separamos.

- Espera. Não. Eu preciso de você. Preciso de mais respostas.

- Nem era para você estar aqui! - Escon diz firme e some na paisagem, me deixando de queixo caído.

- Aí está você! - não tenho tempo de me indignar, pois logo sinto um aperto em meu braço - Não sabe que aqui é zona proibida? - sou virada rudemente e minhas dúvidas desaparecem. É ele!

Seu corpo mais jovem não consegue o esconder. Sua pele está mais nova, sem as rugas em volta dos olhos, na verdade, sem imperfeições aparente. E, mesmo com o cabelo preto na altura dos ombros, a barba rala e o tanquinho à mostra, eu conseguia ver que era Álvaro. O mesmo olhar obscuro que minha tia está apaixonada. E é o mesmo olhar negro que sugou a alma da minha mãe naquele dia.

- C-como? Como você está aqui? - meu coração se acelera ao juntar as peças.

- Porque você está aqui? - ele aperta mais o meu braço.

- Al! - uma voz feminina é soada e o rapaz vira para trás - Al? Quantas vezes eu já pedi pra você pegar mais leve com as crianças? - uma linda mulher se aproxima. Sua pele bronzeada parecia reluzir com a luz do sol, seus longos cachos laranjas pareciam bailar com a brisa, seu corpo modelado com o vestido rosa que realçava seu colo e cintura e olhos verdes, como a mais brilhante esmeralda.

- Vivian! - o rapaz parece me esquecer, pois, me solta e corre em direção à bela moça - Senti tanta falta sua... - ele a pega pela cintura, a gira no alto e a beija apaixonadamente.

- Eu também meu amor - ela se separa para pegar ar e diz.

- Caetano pode dizer ser meu amigo, mas creio que não ficará do meu lado depois. Precisamos fugir - o rapaz diz sem delongas.

- Merilinda também - Vivian se entristece.

- Vamos fugir. Eu quero te fazer feliz!

- Al... Você seria caçado até a morte. Não poderia viver sabendo que eu fui a causadora de sua morte.

- Não posso morrer.

- Mas pode ser torturado.

- Eles nunca irão nos achar. Eu te prometo. Você poderia conhecer o mundo. Não é isso o que você sempre sonhou? - consigo ver a esperança no olhar dele por uma resposta positiva.

- Mas também tem Alana. Não posso deixá-la com Merilinda. Mesmo ela sendo minha amiga, sei que não gosta de crianças. Não posso abandonar Alana como os nossos pais.

- Mas, meu amor, ela pode vir com a gente! - ele diz com um sorriso no rosto.

- Vamos curtir o pouco tempo que ainda temos. Está bem? - Vivian sugere.

- Tudo bem - a mulher volta a sorri e o beija.

Fiquei tão distraída com a cena, que não vi onde pisei e acabei escorregando e caindo na água. No entanto, dessa vez, eu não conseguia respirar.

Porém, felizmente, não fico muito tempo na água e logo sou resgatada pela mulher.

- Você está bem? Desculpe. Eu esqueci de você - ela sorri envergonhada.

- S-sem - engulo em seco - sem problemas.

- De que aldeia você é? Não parece ser daqui - ele pergunta friamente.

- Eu...

- Al!? - Vivian o repreende - Está tudo bem agora - ela volta seu tom doce para mim.

- Obrigada.

- Me chamo Vivian. E você?

- Amora.

- É um lindo nome.

- Obrigada - digo em quanto ela me ajuda a ficar de pé novamente.

- E esse carrancudo aqui. É Alejandro - ela diz com uma voz brincalhona.

- Prazer - ele força um sorriso - Agora, é melhor você esquecer que nos viu aqui. Ou vai se arrepender - ele diz com a voz ameaçadora.

- Al!? - ela o olha repreendendo novamente - Amora não dirá nada - ela me olha - Né? - seu sorriso parecia genuíno.

- Juro que não falarei nada - me apresso em dizer.

- Ótimo! - seu sorriso se alarga - Meu bem, por que não diz onde vive para eu poder te levar?

- Vivian!? Você vai gastar o nosso tempo com ela? Não sei quando poderei a ver novamente.

- Não vou deixá-la aqui sozinha. Esse lado não é muito seguro para uma criança - sério, quantos anos eles acham que eu tenho?

- Não me importa! - ele cruza os braços.

- Que pena...

- Não se preocupem comigo.

- Onde vive meu bem?

- Eu... - penso em uma história rápido - Meus pais me abandonaram... - me forço a começar a chorar - Eles não me amam! Não posso voltar pra casa - penso em toda a história com minha mãe para me ajudar a cair lágrimas.

- Oh! - ela se assusta - Não chore. Eu vou te ajudar - ela me abraça e, surpreendentemente, pela primeira vez desde que minha mãe morreu, pude sentir o amor materno.

- Vivian! Você não pode pegar todas as crianças abandonadas do mundo para criar! E nós? Como ficamos?

- Al! Eu já tomei a minha decisão! - ela ergue o queixo, ganhando um ar mais autoritário - Vou garantir que ela fique segura na aldeia e depois... eu vou com você para onde você quiser. E vamos ser felizes. Eu, você e Alana. Tudo bem?

- Mais que bem meu amor - ele desfaz sua carranca a abre um grande sorriso de orelha a orelha - É ótimo! Não sabe o quanto esperei por essa resposta - ele corre em direção à amada e a levanta para o alto - Prometo que você será a mulher mais feliz desse mundo! - eles se beijam apaixonadamente e, novamente, esquecem da minha existência.

Bom. Pelo menos vou ter um lugar para ficar até conseguir voltar para o meu mundo.

Espera, mas o Escon não disse que os anjos eram do mal? Então, como ela está apaixonada por um?

Essa pergunta vem à mente.

- Amora. Vem. Eu vou te levar até a minha aldeia. A Snapdragon.

- Snap... o quê?

- Snapdragon - ela ri - É uma flor, mais conhecida como flor-crânio-do-dragão. Tem esse nome porque a vagem da planta, após sua morte, passa a se assemelhar com uma caveira. Aí, nomeamos a nossa aldeia em homenagem - ela sorri e estende o braço para mim.

Mesmo eu achando não ter idade para isso, corri e peguei em sua mão, como uma criança que vai até a sua mãe.

- Já que você prefere desperdiçar o nosso tempo com essa daí...

- Meu amor - ela o interrompe - Nós temos todo o tempo do mundo. Eu te amo e você sabe disso - ela o beija e ele retribui.

- Eu te amo Vivian - ele diz e alça voou.

- Vocês estão muito apaixonados um pelo outro - comento.

- Eu o amo - Vivian abre mais o sorriso.

- E você não se importa dele ser um anjo?

- Ele é diferente. Eu o amo. E... tanto. Que carrego o fruto do nosso amor - e só então percebo o tamanho de sua barriga.

E outra vez a escuridão. Como se suas simples palavras tivessem ativado algo dentro de mim.

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