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Capítulo 21

- Amora meu amor, vem jantar - ouço a voz muito conhecida, porém enterrada já a muito tempo em minha mente.

- Já vou mamãe - escuto minha própria voz, embora não saída de minha boca - Desculpe pela demora. É que eu ainda não estou me sentindo muito bem - então, abro os meus olhos e me deparo com o eu mais nova e minha... mãe.

"- Mãe! Mãe! Sou eu. Sua filha!" - grito e começo a correr em sua direção, porém, acabo a atravessando.

"- Mãe!" - A chamo mais uma vez, mas ela não me escuta.

"- Mãe. Por favor!" - Lágrimas começam a descer de meus olhos.

- Ainda não melhorou?

- Mamãe, por que meu corpo dói tanto?

- Meu amor, eu te prometo, essa dor vai sumir. Você não vai sofrer mais.

- Como tem tanta certeza disso? Não quero sofrer mais...

- Você não vai sofrer mais! Você vai melhorar.

Vejo a cena, incapaz de fazer as minhas lágrimas pararem de brotarem de meus olhos. Eu estava com muita saudade. E poder vê-la, mas não poder tocá-la, foi como um castigo pra mim. Senti como se o meu coração estivesse quebrado, despedaçado.

Essa é a minha lembrança mais profundamente guardada que eu tenho. Foi a última vez que eu senti dor. Mas, também foi a última vez que vi a minha mãe com vida.

- Consegue tomar pelo menos uma sopinha? - as sigo até o meu antigo quarto.

- Não... Desculpe mamãe. Eu sei que devia tomar. Mas acho que se eu tomar, vou pôr tudo pra fora.

- Não tem problema. Pelo menos, você conseguiu se alimentar hoje mais cedo.

- Obrigada por entender.

- Boa noite, meu amor. Durma com os anjos. E nunca se esqueça que eu te amo muito. Sempre amei e sempre te amarei. E eu vou tirar essa dor de você! - ao ouvir minha mãe dizer isso, foi como se um alarme soasse em minha cabeça.

- Eu confio em você, mamãe. Também te amo. Do tamanho do universo – vejo minha mãe cochichar algo para a minha versão pequena. Eu não consegui escutar naquele dia, porém, me aproximo e consigo entender agora.

- Eu vou te encontrar, aonde quer que eu vá - meu coração se acelera ao compreender sua fala. Ela sabia!

- Tem certeza de que ela vai ficar bem? - vejo ela conversar com alguém encapuzado, me impedindo de ver quem era. Todavia, só podia ser quem eu vi naquele dia.

- Absoluta! - ele diz irritado - O que desejas? A morte certeira ou a opção de uma vida saudável? - sua pergunta causou arrepios na minha espinha.

- Quero que ela viva, sem dúvidas! - Quem!?

- Então me deixe trabalhar! - nesse momento, vejo as lágrimas de minha mãe começarem a cair descontroladamente.

- Salve a vida de minha filha - NÃO! Ela está se sacrificando por mim?

Tento pensar em alguma coisa rápido, mas nada aparece em minha mente, não consigo pegar nada com as minhas mãos. Porém, meu tempo acaba quando o vejo começar a sugar a alma da minha mãe.

- NÃO! - penso ter conseguido fazer com que me escutassem, mas, ao olhar pro lado, vejo a minha versão criança tentando impedir.

- Filha - ouço a voz fraca de minha mãe - Vai... embora - ela diz com dificuldade.

- Mãe! - me vejo correr para os braços de minha mãe, mas antes mesmo de se aproximar, houve uma grande explosão de luz.

Fico paralisada, incapaz de me mexer, piscar e até respirar. Entretanto, de acordo com que foi focando a minha visão, vejo que não estou mais no corredor da minha antiga casa, estou ao lado de Arthur e Lorenzo, passando ao lado do muro onde eu havia atravessado anteriormente.

- E então? O que você acha? - ouço a voz de Arthur.

- Oi? - paro de caminhar e corro o meu olhar por todo o lugar, tentando entender o que aconteceu.

- Estava em que mundo? - Enzo pergunta brincalhão.

- Eu...? Vocês...? Nós...? - eles enrugam a testa.

- Você está bem...?

- Não! - me viro para o muro e me aproximo. Ergo a palma das minhas mãos e tento me lembrar de como fiz para atravessar.

- Amora...?

- Vamos continuar? - prendo meu olhar no muro por mais algum tempo antes de me virar para os meus amigos.

- Claro! - forço um sorriso - E então, para onde vamos? - volto a ficar ao lado deles.

- Já falamos que é uma surpresa. Mas, relaxa. Você vai gostar.

- Confio em vocês.

Depois de mais 5 minutos, mais ou menos, chegamos e ficamos em frente a um lugar com uma faixa no alto escrito Boliche do Bohr.

Eu não consigo tirar a minha "última viajem" da cabeça. Eu queria compreender. Queria poder falar com Ryder. Queria entender o que está acontecendo comigo e o que foi aquilo com a minha mãe.

- Gostou?

- Muito - digo no automático.

- Então vamos nos divertir - Enzo diz e os dois começam a me puxar para dentro do estabelecimento.

- Não! - digo firme e eles me soltam e começam a me analisar.

- Mas...

- Preciso ir. Depois nos falamos - impeço Art de continuar e digo, já me afastando deles. Preciso ir para a casa da minha tia. Algo me diz para ir pra lá.

- Amora, tem certeza que está tudo bem...? - Enzo pergunta preocupado.

- Não - os dois arregalam os olhos – Quer dizer... Eu preciso voltar pra casa, agora!

- Vamos juntos...

- Não - me afasto mais um passo – Depois falo com vocês - começo a correr em direção à minha casa.

- Tia! - chego gritando por dona Cláudia - Tia! - vou para a cozinha, seu canteiro, quarto e até banheiro. Porém, não encontro absolutamente nada - Que droga! Sabia que aquilo não era a escolha certa! Mas, quando eu escuto? - minhas pernas bambeiam e eu caio no chão do corredor mesmo, abraço minas pernas e começo a chorar - Eu preciso encontrar o Ryder. Ele é o único que pode me ajudar. Mas, como... Depois do que eu fiz, aposto que ele não vai querer me ajudar.

Tento me levantar, mas não consigo. Me sinto fraca, perdida, sozinha. E tudo porque eu acreditei no diabo, fiz um pacto com ele. Que idiota faz uma coisa dessas!?

- Eu preciso chegar até Ryder! - sou preenchida de repente por uma determinação que eu desconhecia até aquele momento - Eu posso chegar até ele! Atravessei um muro e parei em outra dimensão, posso repetir - falo para mim mesma, tentando eu mesma me passar confiança - Tá, relaxa...

Ryder falou alguma coisa de eu também ter, ou não conseguiríamos acessar a mente um do outro, embora eu não tenha acessado a dele.

Não entendi o que exatamente eu tenho, mas deduzo que consigo viajar entre os mundos.

Eu não tenho o relógio e também não sei, ou seja, corro o risco de ficar presa entre as dimensões.

Porém, o meu extinto dizia que eu conseguia por conta própria. Mas, eu só vou saber se eu tentar.

Puxo meu tapetinho de meditação e me sento com perna de índio. Fecho os meus olhos e tento eliminar todos os pensamentos de minha cabeça, a esvazio. E, quando senti que eu estava preparada, me imaginei com Ryder, na casa dele.

Tentei me lembrar de todos os detalhes possíveis. A cama de madeira branca com uma rosa no travesseiro, a bancada cinza com uma fruteira sem frutas, as panelas desorganizadas em cima do fogão, as vasilhas na pia, os livros na prateleira e alguns caídos no chão...

- Ihhhh!! Eu... sou... demais! - sinto uma mudança no ambiente e arrisco abrir os olhos, me deparando com a casa de Ryder - Caraca!!! - eu me levanto e começo a pular de alegria, até me esquecendo do porquê que eu vim pra cá.

Porém, os últimos acontecimentos vêm à minha mente e fico séria rapidamente. Mantenho o foco e começo a chamar, gritar, por Ryder, rezando mentalmente para ele estar, no entanto, minhas orações não foram atendidas.

- Ryder! - mordo o lábio inferior, tentando pensar no meu próximo passo. Entretanto, algo chama a minha atenção para a prateleira. Havia um livro que não se encaixava na prateleira, diferente. Enquanto que todos os livros eram de tons de branco e cinza, esse, em especial, tinha um tom de rosa.

Pego-o rapidamente e começo a analisar a capa, contracapa, síntese... Estava escrito 'A ELABORAÇÃO DA MUDANÇA' na capa, mas, nada atrás. O abro e começo a fazer uma leitura rápida.

"A existência do equilíbrio no início (...).

O desleixo de um ser (...).

As consequências de uma escolha (...).

A aparição de uma nova chance (...).

O surgimento de um novo mundo (...)."

Passo algumas páginas

"A possibilidade de uma viagem (...).

A discordância entre as diferenças (...).

A dominação do querer poder (...).

Ser o único e nada mais (...).

Viajar e ser descoberto (...).

Mas o filho ter a proeza do silêncio (...).

A união de dois serem impossíveis (...)."

- Droga!! - não tem continuação, todas as outras páginas foram rasgadas – Agora, mais do que nunca. Preciso encontrar Ryder e descobrir tudo o que ele escondeu de mim, mas, a verdade dessa vez! - fecho o livro, furiosa.

E, novamente sou transportada para outro lugar. Sinto um puxão e acabo perdendo os meus sentidos. 

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