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Capítulo 1

- Amora! - acordo com um balde de água fria na cara, literalmente.

- Quê!? Oi? O que foi? - caio da cama ao sentir a água fria em contato com a minha pele.

- Você vai se atrasar! Primeiro dia de aula - minha tia Cláudia diz irritada, com as sobrancelhas arqueadas, as mãos na cintura e o balde debaixo de seu braço esquerdo.

- Precisava me acordar assim!? - me levanto, ficando na altura de seus olhos, pois, a "baixes", é de família.

- Assim você não perde tempo com o banho - ela se vira, indo em direção à porta de meu quarto.

- É aí que você se engana! - grito irritada, mesmo ela já longe o suficiente para não me escutar.

- Eu nunca me engano! - ela ouviu.

- Ahh! - tento desabafar com um grito de fúria.

Minha tia me pegou para criar quando eu tinha 6 anos de idade apenas. Depois que encontrei minha mãe caída no chão em frente ao meu quarto. Uma morte que nem os médicos conseguiram descobrir a causa exata. Desde então, vivo um inferno com a dona Cláudia.

Hoje, com os meus 15 anos, entro no 1° ano do Ensino Médio. Uma nova etapa na minha carreira estudantil, mas que não muda nada na minha vida pessoal. Continuarei na casa onde sou tudo, menos feliz. 

Dona Cláudia não me deixa fazer nada! E, quando o milagre acontece, ela me castiga.

Ela é doida.

Já teve vezes que, com muito custo e encheção de saco, ela me deixou sair com Arthur, meu melhor amigo.

Porém, quando eu cheguei em casa, ela fez uma palestra de quase cinco horas, dizendo que eu não devia chegar tão tarde e que ela já estava cansada de receber a polícia em casa, dizendo que eu pichei outro muro.

Ou seja, preciso ser advinha quando algo vai enfurecê-la.

Me canso de ficar pensando no passado e me apresso em tomar banho e visto uma calça jeans escura que acentua as minhas curvas, uma blusa vinho, com a manga curta, um pequeno decote na frente e as costas descobertas, calço um tênis preto com strass e faço uma trança simples de lado, meu cabelo batendo um pouco abaixo de meus seios, sem me importar com os frizz, pois dá um toque especial em meu cabelo cacheado escuro com as pontas verdes.

E, para finalizar, passo o lápis preto para destacar os meus olhos cor de âmbar e um batom marrom, que destaca a minha boca carnuda, ficando em harmonia com a minha pele mais escura e combinando com as poucas sardas em minhas maçãs do rosto.

Gatíssima!

Desço correndo para conseguir comer pelo menos uma maçã e não sair em jejum.

- Escola virou lugar para exibir o corpo agora? - minha tia diz carrancuda e eu reviro os meus olhos.

- Não..., mas eu me valorizo. Acho que a senhora deveria fazer o mesmo - sorrio sarcástica.

- Olha aqui menina...

- Tchau tia - pego uma maçã e corro porta à fora, sem lhe dar a chance de continuar.

Antes de ir para o colégio, vou para a casa de Arthur, que não deixa de ser caminho. Ele deve estar tendo um treco agora, por eu não ter chegado à sua humilde residência pontualmente.

Ele que aguente.

- Até que enfim. Pensei que tinha esquecido de minha pessoa - Arthur diz, me fuzilando com o seu olhar de jabuticaba madura e com as mãos ao lado de seu corpo atlético, já na calçada.

- Nunca te esqueceria, meu querido - dou um sorriso e pestanejo para ele.

- Como ficar bravo com você assim...? - ele suspira.

- Pois é - bagunço o seu cabelo castanho, que antes estava em um topete, agora, todo avacalhado - Vamos? - Art me olha irado.

- Você sabe quanto tempo demorou para eu arrumar o meu cabelo!? - ele tenta concertar o meu estrago.

- Não consigo evitar - faço cara de arrependida.

- Já pensou em fazer teatro? - ele roda sua mão em minha cintura após melhorar seu visu.

- Já. Mas a falta de grana me impede de brilhar - volto a sorrir e faço o mesmo gesto dele, e começamos a caminhar em sincronia.

- Você ainda vai brilhar - ele beija minha testa.

- Mas primeiro... Preciso ter as melhores notas. E para isso, precisamos nos apressar para podermos chegar a tempo.

- Não sei quando você começou a pensar assim. No entanto, não vou contrariar - ele ri e começamos a correr, pois faltava apenas 3 minutos para o primeiro horário.

Conheci Arthur assim que me mudei para cá. Meu melhor amigo, confidente, meu irmão. Sempre disposto a ajudar, incluindo, em me tirar de muitas enrascadas que eu nem sei como entrei.

- Me lembre de te lembrar para sair mais cedo de casa - Art diz ofegante assim que chegamos ao portão do colégio.

- Claro, mas você vai precisar me lembrar, de te lembrar, pra me lembrar, para sair de casa.

- Acho que vamos precisar de uma terceira pessoa nessa equação. Porque, se não, estaremos esquecidos - gargalhamos com o seu comentário.

O sinal toca, nos forçando a voltar para a realidade.

- Acho melhor irmos - ele diz mais recuperado.

- Não concordo. Mas não tenho outra opção.

- Uai? Não queria as melhores notas agora a poco? - ele enruga a testa.

- Já mudei de opinião - ele praticamente me arrasta para a aula.

- Todos para o auditório! Todos para o auditório! - o guarda manda, tentando manter a ordem.

Ao chegarmos no local pedido, sentamos nos fundos.

- Espero que vá rápido - Art cochicha para apenas eu escutar. Entretanto, não era necessário, pois estávamos bastante longe dos outros alunos.

- Já eu, espero que demore - cruzo os braços - Melhor que aula.

- Bom dia, queridos alunos. Aos novatos, sejam muito bem vindos à escola e aos que estão passando para uma nova fase, seja do fundamental 1 para o 2 ou para o Ensino Médio, sejam bem vindos também - bufo com a sua introdução.

Quantos "bem vindos"...

Depois de meia hora ouvindo um discurso incrivelmente chato e repetitivo, a diretora decide nos liberar para o restinho do primeiro horário.

Nem sei o porquê d'ela fazer esse discurso todo. Carmen, a diretora, apenas encheu linguiça dizendo que é muito grata por estarmos aqui. Mas eu sei que está grata é pelo dinheiro que ganha por conta das matrículas.

- Está tudo bem? - Art me pergunta.

- Claro. Só me cansei com essa entrada fenomenal - finjo abrir a boca de sono, o fazendo rir.

- Que aula tem agora? - o vejo cruzando os dedos.

- Matemática.

- Droga - ele fecha a cara.

- Quê? - eu sabia exatamente o porquê de sua irritação.

- Biologia. Depois física.

- Ótimo. Também. Nos encontramos em 20 minutos então - lhe dirijo um sorriso e saio em disparada para a minha aula.

Não que eu esteja com pressa para ter aula... Não. Mas não tô afim de ser chamada atenção logo no primeiro dia de aula por estar "fazendo hora". Quer dizer, nunca me importei, para falar a verdade, porém, hoje estou de saco cheio já.

- Boa tarde turma - a professora entra na sala 1 segundo após eu entrar - Meu nome é Adriana e, como falta apenas 15 minutos para finalizar, além de ser o primeiro dia de aula, deixarei que seja apenas conversas. É até melhor para nos conhecermos melhor - ela sorri amigavelmente.

Após o melhor recado até agora ser dito, a baderna começa.

Acho até que ela se arrependeu.

- Posso me sentar aqui? - um garoto magricela, com o cabelo de fios longos, escuros e bagunçados, tampando um pouco de seus olhos azuis, com algumas sardas abaixo dos olhos esbugalhados e boca fina, pergunta pra mim.

- Não precisa me pedir permissão, não tem o meu nome escrito aí - digo ríspida, como eu faria em qualquer outro momento e com qualquer outra pessoa, porém, não sei o porquê, mas me arrependo logo em seguida - Foi mal. Botão automático - tento lhe dar um sorriso. Entretanto, acaba saindo amarelado.

- Por que tanto mau humor? - ele se senta e enruga a testa. Mordo a língua para não lhe dar outra resposta mal educada.

Eu me considero uma pessoa extrovertida, porém, apenas com quem quero. Porque, tenho medo de me abrir e me machucarem, ou seja, só o Arthur que eu deixo ver quem eu sou realmente.

- TPM - digo qualquer coisa que me vem à mente e ele pareceu compreender.

Ótimo!

- Me chamo Lorenzo - Não mais ótimo - E o seu? - Suspiro e respondo.

- Amora - forço outro sorriso.

- Prazer, Amora - ele sorri, me fazendo repensar na forma que eu estou o tratando.

- Prazer - sorrio, de verdade dessa vez.

- Estuda aqui muito tempo? - ele vira a cadeira, ficando de frente pra mim.

- Um tempinho já.

- Então, se eu tiver alguma dúvida, posso te perguntar, certo? - não consigo e acabo soltando uma risada - Quê? - ele não parece indignado de fato, apenas perdido.

- Você é engraçado.

- Vou encarar isso como um elogio - Lorenzo pisca pra mim e cruza os braços em minha mesa - Posso saber o que realmente te deixou de mal humor? - ele volta a repetir – cerro os dentes.  

- Todos acordamos com o pé esquerdo algum dia - reviro os olhos.

Mordo o lábio inferior, na tentativa de conter o meu cérebro. Esse garoto já está me dando nos nervos.

- Verdade - ele faz cara de pensativo - O que gosta de fazer nos intervalos?

- Han... Fico conversando com Arthur, meu amigo.

- Hun...

- Se quiser, pode ficar com a gente - Caramba... Quem está no controle de meu corpo? O que esse garoto fez comigo!?

- Eu ia adorar! - ele abre o sorriso. 

- Que bom. Nos encontre na cantina - talvez eu tenha ficado um pouco feliz com a sua resposta... 

- Combinado - ele outra vez me dirige um dos seus sorrisos amigáveis.

O sinal toca, me fazendo levantar, seguida por Lorenzo.

- Tome - ele me entrega um papelzinho amarelo e sai da sala.

Quando abro, vejo escrito "Enzo" e, suponho, seu número de telefone.

Quando ele teve tempo para escrever?

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