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Capítulo VIII- Confidências


Alec percebeu que ela demonstrou confiança bastante para contar-lhe tudo... Ele só esperava que sua atitude não a fizesse se afastar dele, que ao contrário, eles pudessem se aproximar mais ainda.

Ele então admitiu seus sentimentos.

- Preciso confidenciar que tenho a observado atentamente. Constatei que eu sei o horário do dia pela luz do sol no seu cabelo. Pela manhã, ele possui um tom ruivo alaranjado. Ao meio dia, ele fica castanho e no fim da tarde ele adquire a mesma cor dos meus só que ainda mais reluzente e bonito... Durante estes últimos dias eu senti e sinto sua falta a cada instante. Ao acordar eu penso em você e no quanto você é linda logo cedo. Em como a tonalidade dos seus olhos parece mais suave nesse horário. O azul do seu olhar é semelhante ao céu mais lindo de um dia fresco de verão. Quando você me olha eu sinto como se você estivesse enxergando meu interior, minha alma, meus sentimentos mais profundos. Quando a vejo penso que você é a única pessoa que eu conheço capaz de me deixar sem palavras, de despertar o meu melhor. Sua voz é a melodia mais doce que eu já ouvi em toda a minha existência, quero ouvi-la todos os dias... Eu quero proteger e cuidar de você e juro que se me permitir eu dedicarei cada minuto da minha vida para fazer você feliz. Porque eu estou irremediavelmente apaixonado por você. Eu a amo e desejo profundamente. Eu só peço... não, imploro que me aceite e dê a chance de provar o meu amor... Por favor, case-se comigo e me dê a honra de torná-la minha esposa. - Dizendo isto ele se ajoelhou diante dela e tomou sua mão com um gesto suave e esperou que ela desse sua resposta.

A surpresa não poderia ser maior. Ela estava em choque, atônita, paralisada, sem poder articular nenhuma resposta...

- Por favor, diga alguma coisa!

- Alec, eu... não sei o que dizer!

- Perdão, sei que está surpresa. Eu não pretendia agir de forma tão entusiasmada, mas não suportava mais guardar essa verdade só para mim.

- Não sei o que você espera de mim. Mas receio que não possa dar a resposta que deseja.

- Kate, não precisa responder aqui e agora. Eu darei o tempo que você necessitar para que pense bem e pondere todos os pontos importantes...

- A questão não é bem esta. Eu deixei claro desde o início que não desejava me casar. Então...

- Me diga qual é a razão que a faz ficar tão desconfiada? Qual o motivo que a impede de dar uma chance a nós dois?

- Não sei se consigo fazer isso...

- Fazer o que? Me dizer o que a impede? Ou aceitar meu pedido?

- Exatamente...

- Preciso que você seja mais específica. Não entendo o que quer dizer...

- Eu não sei se consigo falar sobre isso. Não posso aceitar seu pedido...eu não posso!! - Ela recolheu as mãos bruscamente.

- Eu não entendo...me diga você não sente algo por mim... Quero dizer, você não gosta de mim de um modo especial?- Nesse momento ela se virou de costas, não conseguia conter as lágrimas causadas pela dor das mágoas do passado...
Ele se levantou, a tocou de leve nos ombros virando-a de frente para ele novamente. Ao ver seus olhos repletos de lágrimas ele entendeu que não era fácil para ela aceitá-lo. Apesar de não entender os motivos ele compreendeu que precisaria de muito tempo para que ambos pudessem ficar juntos... E ele estava disposto a esperar o quanto fosse preciso.

- Alec, eu...

- Não, não diga nada agora. - E com essas palavras ele a abraçou. E isso foi o bastante para fazer com que ela vertesse todas as lágrimas que havia guardado por muito tempo. Kate chorou compulsivamente enquanto Alec afagava seus cabelos e a mantinha segura em seus braços.

Depois de um longo tempo, eles se separaram devagar. Alec se dedicou a limpar as lágrimas ainda restantes no rosto dela que estava avermelhado e inchado pelo choro. Ainda assim ele só conseguia pensar o quanto ela estava bonita, tão frágil ali diante dele. Ele manteve o silêncio esperando com paciência que ela pudesse se recompor porque qual fosse o problema ele sabia que era sério o suficiente para causar tamanho alvoroço emocional.
Ela ainda fungando na tentativa de retomar o controle de suas emoções aceitou o lenço que Alec lhe entregou nas mãos.

- Se me lembro bem, existe um banco de pedra aqui no jardim em algum lugar. Venha, vamos nos sentar nele. - Ele a seguiu sem questionar admirado com a familiaridade dela com o ambiente ao redor deles. Segundos após já sentados no pequeno banco. Ele aguardava que ela falasse alguma coisa afinal não a queria pressionar ainda mais.

- Perdão pela minha falta de controle. Eu apenas...

- Não se preocupe, eu compreendo se não quiser falar sobre isso agora. Nós podemos conversar em outro dia...

- Não, quero dizer... Eu preciso lhe contar, só dessa forma você me entenderá.

- Tudo bem, mas não precisa dizer nada se não se sentir confortável.

- Confortável não é bem a palavra ideal. Eu diria que imprescindível, seria melhor nesta situação. Alec, não existe jeito melhor de fazer isso. Então, vamos ao que interessa. Sobre a morte dos meus pais você já deve saber o bastante, mas não sabe o que aconteceu depois disso...- Ele negou com a cabeça mesmo sabendo que ela não veria seu gesto. - Ainda convalescendo eu fui convencida a morar com minha tia, única parente que me restava além do meu primo que como tal se tornou o herdeiro natural do título e demais posses de papai. Durante minha estadia fui muito bem tratada, todos faziam questão de me ajudar em tudo que precisava. Meu primo Frederick dedicava a passar a maior parte do seu dia ao meu lado. Mesmo quando fui diagnosticada com a cegueira ele permaneceu. Ele e sua mãe me arranjaram os melhores médicos, os melhores tratamentos, sem sucesso algum. Então, depois de meses sendo submetida a todos os tipos de coisas absurdas e inúteis afim de me curar eu desisti. Já não suportava mais as dores constantes que era obrigada a suportar. Como nenhum deles queria me contrariar acabaram aceitando minha vontade. Quando eu já me sentia confiante para andar sozinha pela casa e pelo jardim eu dava ocasionais passeios que contavam quase sempre coma companhia de Frederick. Após mais alguns meses ele sempre me trazendo flores, presentes e fazendo tudo para tornar meus dias felizes. Ele se declarou e pediu minha mão. Eu me deixei absorver por todas as atitudes gentis e acabei aceitando. Nossa rotina permaneceu a mesma por várias semanas. Até que faltando apenas um mês para a cerimônia eu o flagrei numa conversa íntima com outra mulher. Escutei o necessário para entender que tudo não passou de encenação. Um plano para tomar posse da minha parte na herança que fora deixada ao encargo do Senhor Léfrev, que fora nomeado meu tutor até que me casasse. Mas meu pior erro foi confrontar Frederick, pois ele me humilhou de todas as formas possíveis. Ele me... não sei bem a certo o que ele fez, pois perdi os sentidos antes que ele fosse mais adiante com suas investidas... Quando recuperei a consciência me encontrei numa posição em que só teria duas possibilidades, me casar com ele ou fugir. Como eu não suportaria viver com um homem sem caráter e infame me decidi pela segunda opção. E desde essa época tenho vivido aqui. Agora o senhor me entente?- Kate estava com os braços envoltos no próprio corpo e com um olhar distante.
Alec, apesar de revoltado com a atitude do homem que deveria ser o primeiro a proteger Kate não sabia como responder a pergunta dela. Mas tinha absoluta certeza que nada mudaria seus sentimentos por ela. Se aproximou aos poucos e tomou as mãos dela entre as suas antes de lhe falar.

- Kate, eu sinto muito por tudo que lhe aconteceu. Sim, eu entendo agora seus motivos. Garanto a você que tudo que me disse me faz amar ainda mais a sua força, sua coragem, determinação. Você é e sempre será a minha primeira e única escolha. Nada nesse mundo irá mudar isso. Mas eu compreendo também que devo dar tempo a você, para que possa me aceitar... E não se preocupe eu jamais farei algo que possa machucá-la. -
Alec levou as delicadas mãos aos lábios e beijou cada um do dedos causando uma doce sensação de bem estar.

Eles ainda falaram de assuntos menos conturbados, como foram seus dias sem a presença um do outro. Mesmo não admitindo era perceptível que ela também havia sentido saudades.
Retornaram à casa somente para Kate apanhar uma capa, pois o clima ainda manifestava uma certa friagem. Se despediram de Mary e Joseph e seguiram caminho para a residência de Thomas.

A caminhada não era muito longa, Kate fora advertida que iriam buscar seu presente. Seguiam juntos de braços dados, ela curiosa para saber do que se tratava e ele ansioso por sua reação.
Lá depois de todos os cumprimentos e um pequeno prolongamento causado pelo serviço de chá ao qual Thomas adorava por fazê-lo recordar sua querida esposa.

Ao saírem da casa Kate se mantinha mais curiosa do que antes. Quando se aproximaram do estábulo ela relutou por um instante, porém logo se deixou guiar para o interior da contrução para conhecer seu presente. Era um lindo garanhão malhado com manchas semelhantes às de um leopardo.
Ao chegar perto do cavalo e ouvir os relinchos Kate temeu que não pudesse se aproximar mais.

- Kate, não tenha medo ele é muito dócil. Fiz questão de escolher o mais manso de todos. A pessoa que o recomendou é da minha inteira confiança.

- Quem é essa pessoa? Se é que posso saber!

- Meu pai! Na volta de Londres fiz uma parada para visitar a ele e mamãe e decidi lhe comprar esse lindo cavalo.

- Você pode descrevê-lo para mim?

- Posso fazer melhor e mostrar ele a você. Venha me dê sua mão.
Ela lhe estendeu mão. Ele pegou-a com delicadeza e deslizou pelo pelo do animal.

- Ele é belíssimo na cor branca, coberto por manchas marrons, idênticas a um animal selvagem encontrado nos países do continente africano. Aqui próximo da crina ele tem manchas bem esparsas, no flanco, ele posso outras mais juntas, nas nádegas as manchas são quase imperceptíveis, as patas são quase inteiramente marrons e no focinho também. Já a crina e a calda são quase brancas apenas possuem um leve toque da cor marrom.
Terminada a inspeção detalhada Kate ostentava um grande sorriso.

- Ele é lindo! Porque o trouxe para mim?

- Pensei que gostaria de voltar a montar como fazia antes.

- Não acredito que você se lembra do que falei. Pensei que não havia prestado atenção!

- Kate, eu presto atenção sempre a tudo que você me diz. Para mim sua felicidade é muito importante! Então quer dar um passeio?

- Não sei se consigo. Tenho medo!

- Não se preocupe, confie em mim. Eu estarei ao seu lado guiando o cavalo.

Assim sendo, ele a ajudou a subir na cela sentada de lado e conduziu o cavalo por vários minutos pelo espaço aberto do campo de pastagens logo a frente do celeiro. Ao final do passeio ela estava exultante e ele feliz por tê-la feito realizar um antigo desejo que no que dependesse dele se repetiria infinitas vezes. Já no chão, Kate acariciava a crina do cavalo e agradecia pelos bons momentos passados ali.

- Obrigada, ele é maravilhoso!

- De nada!

- Então, acho que devo voltar para casa.

- E seu cavalo não irá levá-lo?

- Hoje não, preciso pedir a Joseph que reforme o estábulo, pois há muito tempo não temos um novo animal e jamais tivemos um tão especial quanto este.

- Entendo. E como irá chamá-lo?

- Bem, pensei em Akira ou Dakarai.

- Nomes bem incomuns, o que significam?

- Akira significa brilhante, luminoso e Dakarai é felicidade. Qual você acha mais adequado?

- Para mim ambos são bons, cabe a você escolher!

- Acho que Dakarai combina perfeitamente com ele, pois me senti feliz de verdade depois de muito tempo.

- Está decidido, ele se chamará Dakarai.

Kate abraçou o pescoço do animal e beijou várias vezes o local demonstrando o quanto estava feliz! Ela se despediu do seu mais recente amigo com muitos afagos e carícias e, após uma passada rápida para dar adeus a Thomas, ela e Alec fizeram o caminho de volta para casa em meio a uma conversa alegre e cheia de planos.

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Olá!

Mais uma pequena parte desse belo romance. Devo fazer algumas observações. A primeira é que a escolha do cavalo foi feita por um motivo bastante especial. A raça Appaloosa é muito antiga e originária da região da Espanha. Eles tem essa coloração predominante e, há poucos anos foi descoberto que esses animais possuem uma carga genética que os fazem desenvolver um tipo de distúrbio visual que causa cegueira noturna. Uma certa semelhança com a personagem para justificar a afinidade surgida de um jeito rápido. É sabido que animais possuem uma sensibilidade incomum em nós seres humanos. Eles percebem coisas que ignoramos total e completamente.

Bem, saindo da linha da Biologia, eu quis demonstrar que certas raridades são mais recorrentes do que se imagina. Além de fazer uma homenagem a uma querida amiga que pelos meus conhecimentos é uma grande admiradora de cavalos, inclusive possui um maravilhoso espécime. @Asagami, espero que em algum momento você leia isso e saiba que ocupa um lugar especial no meu coração! 😍😍😍😍😍😍😍

A outra observação é que o nome escolhido por Kate, também tem uma referência. Através dele quero honrar minha querida amiga moçambicana @LeticiaTyga28, você é muito talentosa moça!😘😘😘😘😘

E por fim, esse livro é uma grande realização tanto por ser minha primeira tentativa de expor minha escrita como pelo tema central. Ele se tornou um imenso desafio e também um prazer indescritível. Depois que comecei a escrevê-lo precisei fazer pesquisas em diversas áreas e novas fontes para poder enriquecer o conteúdo do enredo. Espero estar suprindo as expectativas!

Peço que comentem suas opiniões e se eu merecer votem e compartilhem minha obra com seus amigos. Antes do fim deste ano quero terminar as postagens. Então me ajudem por favor a conseguir. Um forte abraço e até breve!!!

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