Capítulo VI- Busca por respostas
Depois de saírem da casa de Thomas Alec e Kate apanharam novamente a charrete. Depois de ser ajudada por ele a subir no veículo seguiram em direção ao lugar favorito dos dois.
Ao chegarem, eles caminharam por alguns minutos em silêncio antes de alcançar a extensão de areia branca. Até surgir a frase que denotava grande alegria por parte dela.
- Estamos na praia! Não foi uma pergunta e sim uma afirmação.
- Sim, ainda me impressiono com sua habilidade de reconhecer tudo a sua volta mesmo sem poder ver!
- Depois de um tempo eu precisei me habituar a me localizar e reconhecer tudo ao meu redor. E aqui é muito fácil de identificar pelo cheiro e pelo som. Não conheço o mundo inteiro, mas creio que não haja nenhum outro som ou cheiro igual ao do mar.
- Eu creio que seja verdade. Sei o quanto você gosta deste lugar e quis trazê-la aqui afinal já faz algum tempo que não pode vir aqui. Deve sentir muitas saudades!
- Nem imagina o quanto! Esse lugar é especial! Me traz muitas lembranças boas...
- Eu sabia que iria gostar! Para mim também é especial porque foi aqui onde a conheci.
- Também gosto muito desse lugar. Na verdade, o adoro! Confessou com um olhar brilhante de contentamento.
Katherine não perdeu tempo e logo retirou seus sapatos no intuito de caminhar mais à vontade. Alec apreciou a cena de vê-la descalça com os pés plantados no chão repleto de areia. Ele pensava o quanto ela era maravilhosa. Sentia-se cada vez mais envolvido pelo que sentia por ela...
Observar como ela agia despreocupada e livre de seus temores fazia-o desejar poder fazê-la feliz todos os dias...
Andaram por bastante tempo trocando opiniões a respeito do local. Alec permanecia embevecido pela aura de pura satisfação e felicidade que cercava Kate diante daquele cenário natural. O vento soprava desmanchando seu penteado e fazia seus cabelos dançarem. As ondas quebravam na praia cobrindo as pegadas de ambos e desfazendo-as na areia... Eles caminhavam num ritmo lento molhando seus pés nas águas frias do mar.
Com um enorme sorriso ela contava a ele como fora feliz no passado durante as visitas da família à casa da praia.
Os minutos e as horas passaram rapidamente. Eles só se deram conta quando o sol declinava no horizonte. Seguiram rumo à casa da moça. Onde Alec a deixou ao se despediram na entrada.
Após esse dia Alec e Kate estavam muito felizes. O tempo passado juntos era muito muito prazeroso. Eles compartilhavam histórias de infância e se alegraram ao saber que eram mais parecidos do que imaginaram. Haviam vários gostos e hábitos partilhados entre eles. Como o amor e admiração pela imensidão do mar e seus mistérios. A vontade de viajar por lugares novos. O gosto pela leitura e o amor pela música. Entre tantas outras coisas...
Investiam várias horas partilhando recordações todas elas felizes e engraçadas de suas vidas num passado distante. Foram assim habituando-se a estar na companhia um do outro. Entre eles havia algo, uma ligação que nenhum dos dois sabia identificar. Ambos guardavam seus sentimentos somente para si. Contudo, quem os olhasse juntos poderia facilmente supor que havia algo mais que amizade entre eles.
Dias depois...
Alec e Kate estabeleceram uma rotina agradável. Na qual passeios e conversações eram pontos essenciais. Em muitas dessas ocasiões o jovem notou que a moça era quase sempre reticente em relatar fatos de sua vida passada pelo menos os fatos relacionados aos últimos anos. Sendo bastante determinado e persistente ele aos poucos conseguiu extrair algumas das informações que tanto desejava.
Soube como ela acordou depois do incêndio, como foram os primeiros dias e meses de adaptação de Kate à sua nova condição. Como ela se sentia sozinha e como foi difícil seguir em frente. Soube ainda o quanto ela sofreu com as consultas e tentativas de tratamento a que fora submetida sem resultado algum. Como foi humilhada e destratada na casa de sua tia. Como fora enganada e traída por aqueles que deveriam a amar e consolar.
Agora ele entendia os motivos dela se retrair, se esquivar, fugir e se esconder. O senso de justiça e proteção afloraram intensamente dentro de Alec. Ele desejava consolar e proteger Kate, porém continuou mantendo a discrição necessária por receio que ela o rejeitasse ou pior ainda, que pensasse que ele queria se aproveitar de sua fragilidade...
Com o auxílio de Mary o rapaz conseguiu convencer Kate a buscar novamente uma forma de tratamento ou cura. Ele sabia que criar grandes expectativas nela era muito arriscado. Mas ponderou que não poderia permanecer de braços cruzados enquanto ela deixava sua vida passar e se afundava cada vez mais nas sombras da tristeza...
Ele traçou um plano bem organizado. Ele iria à Londres, passaria algum tempo lá para organizar a estadia de sua amada, procuraria o melhor especialista do país ou fora dele, caso fosse necessário para atendê-la. Estava decidido, ele resolveria sua situação... Enquanto isso permaneceria em contato com ela através de cartas que Mary leria como já havia sido combinado antes entre eles.
Ele sentia muito por ter que partir, mas esta seria a única forma de dar a ela a oportunidade de se recuperar e talvez até constatar uma centelha de sentimento por ele ao permitir seu coração se abrir para o sentimento mais puro e forte do que a própria morte. Ele sabia que ela gostava dele mas desejava que ela sentisse algo além do que apenas amizade e gratidão.
Para evitar os transtornos da demora e o risco que as correspondências se extraviassem ele deixou várias cartas escritas e enumeradas para que chegassem até a residência da moça. Para tal encarregou seu tio Thomas para remetê-las.
Depois de analisar minuciosamente Kate tanto no comportamento quanto na maneira de se expressar e demonstrar suas emoções. Era perceptível a enorme tristeza, a mágoa e...o temor... Mas a que ela temia? Alec se perguntava se havia acontecido algo mais do que ela havia lhe dito. Em determinados trechos de conversas ela parecia distante, aérea... Haviam muitas lacunas entre os fatos relatados. Peças que não se encaixavam no quebra-cabeças que ele tentava montar desde que a conhecera.
Na véspera da viagem Alec acordou muito cedo e preparou tudo. Entregou as cartas ao tio, desceu as malas para o andar de baixo e se encaminhou ansioso para o que seria sua última visita à Kate antes de regressar.
O coração o denunciava ao bater forte. Suas mãos suavam e uma forte ansiedade o dominava por inteiro. E ele se perguntava se seria possível que as outras pessoas pudessem ouvir o retumbante som que aos seus ouvidos parecia semelhante a uma orquestra composta somente por tambores...
Ao ser recebido por Mary e Joseph logo depois de sua chegada Alec reafirmou ao casal que partiria no dia seguinte e que desejava conversar com Kate e que confiava que daria tudo certo durante a viagem e que seu regresso não tardaria.
A visão de sua amada descendo as escadas com desenvoltura e delicadeza enchia-o de expectativas. Ela estava ainda mais linda. Usava um vestido com tecido leve e numa cor clara que Alec supunha era semelhante ao branco que fazia o tom dos fios castanhos dos cabelos de Kate sobressaírem. Os cabelos presos numa longa trança. Ela sorria discretamente. O som da voz do médico já era-lhe bastante familiar e ela não confundiria com nenhuma outra que poderia ouvir. Era um som único aos seus ouvidos...
- Olá, doutor como vai? Apesar de estar feliz ao ouví-la com tanta formalidade sempre presente nas palavras traziam uma sensação de distância. Algo que não o agradava em nada.
- Olá, senhorita Katherine. Vou bem e a senhorita como está? Alec respondeu no mesmo modo sério e formal.
- Estou bem! A que devo a honra de sua presença tão cedo?
Deveras ainda era manhã e ele costumava fazer sua visita próximo ao horário do entardecer desse modo podiam apreciar o pôr-do-sol através da varanda, do jardim ou ainda uma caminhada pelo entorno da propriedade como faziam quase todos os dias.
- Senhorita, Katherine vim me despedir. Vou fazer aquela viagem que mencionei alguns dias atrás. -Ao ouvir a notícia Kate desfez o sorriso que sustentava momentos antes e não pode conter uma expressão de surpresa. Ela tinha conhecimento da referida viagem, porém pensava que fosse algo que pudesse ser adiado ou sem grande importância.
- Oh! Vai mesmo viajar?
- Infelizmente é algo que não posso mais adiar. Preciso mesmo ir para resolver umas questões importantes. Mas eu volto o quanto antes. Eu não conseguiria ficar muito tempo longe...- Falou a última frase num sussurro quase inaudível, não fosse o fato de Katherine possuir uma impressionante habilidade auditiva não o teria escutado. Contudo apesar de estar bastante intrigada optou por não questionar o que ouvira.
Kate pensava internamente no teor das palavras de Alec. E se perguntava os motivos dele afirmar não poder ficar longe por muito tempo. Não resistiu a fazer a pergunta.
- Quando o senhor voltará?
- Creio que daqui a cerca de duas semanas no máximo!
Ele percebeu tristeza no olhar de Kate, mas não saberia identificar se era algo relacionado à viagem ou se era por outra razão.
- Desejo-lhe uma boa viagem e um retorno seguro e breve! Espero que consiga resolver seus assuntos. Sejam eles quais forem devem ser realmente importantes. -Ela tentou manter o tom de voz neutro, mas por fim não conseguiu demonstrando inevitavelmente uma certa tristeza e, talvez ressentimento.
- Obrigado senhorita! Antes de ir quero pedir para me dar o prazer de sua companhia uma vez mais. Podemos?
Dizendo isto estendeu a mão próximo a Kate que apesar de não enxergar possuía uma incrível habilidade de sentir a presença das pessoas diante de si. Especialmente a de Alec era-lhe bastante perceptível. Ela o sentia mesmo antes de ouvi-lo falar. Ela estendeu a mão instintivamente na direção de Alec e sentiu o toque quente em sua mão sem as luvas. O que lhe causou uma sensação inexplicável e inesperada de conforto, segurança e algo mais que ela ainda não entendia... Há muito tempo sentida ou talvez jamais experimentada antes por ela.
- Bem, em nome de minha gratidão por ter salvo minha vida eu aceito. Mas, me diga, aonde iremos? - Alec sorriu ao entender a pequena provocação.
- Foi um imenso prazer salvá-la! Quanto ao local é uma surpresa a senhorita terá que controlar sua curiosidade. Permita-me conduzi-la ao menos uma vez. Posso? - Indagou tomando-lhe um dos braços e entrelaçando ao seu. Katherine surpreendeu-se com o gesto repentino pensou em protestar. Porém conteve-se ao recordar que esta seria, quem sabe a despedida dos dois... Decidiu fazer uma pequena concessão.
Mesmo relutante permitiu-se ser guiada. Mary que presenciava toda a cena com um largo sorriso de aprovação prevendo uma possível crise alcançou imediatamente um par de luvas de pelica junto com um casaco e entregou a Kate da forma mais discreta que pôde usando a desculpa de que talvez estivesse frio e seria bom que a moça se protegesse.
Apesar de não estarem no auge do inverno a temperatura ainda não era a mais quente do ano. Alegando que poderia surgir uma friagem ou uma brisa repentina.
Então, eles saíram e foram em direção a um bosque que ficava próximo da propriedade de Thomas. Era uma caminhada curta de cerca de dez minutos.
Lugar era belíssimo. Haviam diversas árvores de tamanhos e espécies diferentes. Que apesar de estarem sujeitas ao clima frio resistiam bravamente. Assim como algumas flores raras que incrivelmente também eram capazes de suportar as baixas temperaturas.
Ao adentrarem o pomar Katherine inspirou profundamente ao sentir o doce aroma de flores. Ela conteve-se o quanto pôde para não comentar nada que pudesse estragar a provável surpresa. Ela estava extremamente admirada, pois nesta época do ano não era comum encontrar alguma planta frutificar ou alguma flor se abrir.
Após alguns minutos caminhando por entre as árvores repletas de frutos indagou onde se encontravam. Alec calmamente respondeu que logo saberia. Guiou-a por mais alguns metros e por fim declarou:
- Chegamos! Este é um lugar muito especial para mim. Há tempos eu quero trazê-la até aqui. Apresento-lhe meu Jardim Secreto. Quando criança eu costumava vir aqui para subir nas árvores, saborear os frutos e viver muitas aventuras imaginárias.
- Me parece um lugar bastante agradável. Eu não sabia da existência desse lugar. A quem pertence essa propriedade?
- Isso não é importante no momento, mas para sua tranquilidade não estamos invadindo. Pertence a um amigo de confiança. Venha nós viemos para aproveitar nosso passeio. - Falou tomando a delicada mão entre as suas e puxando-a delicadamente em direção a uma grande árvore. Soltou-a em seguida para que ela não se sentisse desconfortável afinal não era nada usual um casal sem compromisso algum longe da presença de outras pessoas estar tão próximos como eles estavam.
- Realmente isto me deixa mais calma!
Deixou escapar um sorriso singelo. Enquanto pensava que aquele deveria ser um belo lugar... Vendo-a novamente se perder em meio aos pensamentos Alec tratou de distraí-la.
- Kate eu a trouxe até aqui para lhe mostrar uma coisa. Posso?
- Mostrar o quê?
- Logo você verá! Venha comigo!
Disse dando-lhe a mão e guiando alguns metros a frente.
Alec parou depois virou-se na direção de Kate e pediu mais uma vez que ela lhe desse a mão. A qual ele pegou guiou-a até o tronco de uma grande e robusta árvore sem nenhuma folha sob à qual eles estavam.
- Apenas confie em mim! Fique tranquila e não tenha medo... -
Dizendo isto tomou-lhe a mão entre as suas e fê-la tocar o caule da árvore. Inicialmente ela estranhou seu aspecto rugoso e irregular. Mas a medida que foi-se habituando à nova experiência percebeu que era agradável sentir as pequenas ondulações da grande árvore. Alec apenas a olhava admirado.
- Qual o nome dessa árvore?
Questionou enquanto apalpava a superfície até onde seus braços podiam alcançar afinal esta possuía uma circunferência bastante avantajada.
- Esta é uma Junglas Regia e ao que parece é a mais antiga entre todas as existentes aqui. Ela como a maioria faz parte de um grupo bastante peculiar denominado de árvores de folhas caducas. Fazem parte desse grupo as macieiras, as nogueiras, as ameixeiras, as pereiras, damasqueiros, os carvalhos, os salgueiros e muitas outras.
- Uau! Você parece saber bastante sobre elas.
Ela parecia realmente admirada, ou melhor, fascinada. Tanto pela árvore como peças informações.
- Sim, é verdade. Eu as admiro muito por isso aprofundei minhas pesquisas a respeito. Além do fato de ser parte de minhas obrigações conhecer o máximo possível sobre plantas. Mas o que despertou meu interesse nelas não foi minha profissão ou a necessidade de conhecê-las.
- Então o que o fez ter interesse nelas?
Kate questionou realmente interessada.
- Foi a semelhança entre elas e nós seres humanos...
- Confesso que não o compreendo!
- Irei explicar. Veja bem, temos logo aqui a nossa frente uma Nogueira Comum, logo mais a frente uma macieira e inúmeras outras espécies. Elas todas têm algo em comum. Quando chega a época determinada elas perdem todas as suas folhas. Ficam aparentemente secas dando a impressão de que estão mortas. Depois dessa fase elas voltam a recompor sua folhagem e depois florescem e frutificam. Cumprindo assim sua missão na terra.
- Perdoe-me doutor, mas ainda não alcancei sua ideia.
- Bem, senhorita Katherine, essas árvores são como nós meros homens sujeitos à todas as intempéries da natureza. Algumas vezes sofremos grandes provações que levam consigo nossa vontade de viver. Fazendo com que soframos da mesma maneira como essas árvores ficam desfolhadas. Esse é o nosso inverno. Mas na primavera elas se renovam e renascem. Conosco também ocorre algo igualmente fascinante. Quando conseguimos encontrar nosso caminho e um sentido para nossas vidas nós revivemos. Precisamos deixar nossas folhas caírem e recebermos novas no lugar dessas que nos deixaram. E continuar vivendo apesar de tudo! Às vezes isto ocorre em consequência do perdão concedido a nós por aqueles a quem ferimos ou por nós a alguém que nos fez mal. Pela libertação da culpa, do remorso, a superação de traumas do passado... Ou através de inúmeras outras formas.
Kate compreendeu cada palavra e sentiu-se grata por ele não questioná-la quando o silêncio se fez presente entre os dois. E o único som ouvido eram os sons da natureza, suas respirações e as perguntas não faladas de ambos. Ela conseguiu engolir cada uma das lágrimas que queimavam seus olhos na tentativa de escapar.
Por fim Alec quebrou o silêncio. Arrematando sua exposição.
- Kate nós somos amigos. E os amigos se protegem, se compreendem e se ajudam. Eu estarei sempre aqui para você. Se acaso precisar de mim não hesite em me procurar. Mesmo que seja apenas para ouvi-la desabafar ou para qualquer outra coisa que precisar.
- Como pode dizer isso se está prestes a partir? Nem mesmo sei se voltará!
Então ele soube. Ela sentiria sua falta. E isso o alegrou muitíssimo da mesma maneira que o entristeceu. Conteve sua alegria e tristeza repentinas e voltou a reafirmar.
- Kate, serão apenas alguns dias. Eu prometo que irei voltar!
Ele viu lágrimas na borda dos olhos dela. Os mesmos olhos que pareciam hipnotizá-lo. Não pediu e muito menos esperou que ela pedisse. Ele apenas fez o que seu coração disse ser o certo naquele momento. Acabou com a distância entre os dois e a abraçou. Um abraço longo e repleto de promessas. As quais ele cumpriria com cada uma delas nem que para isso ele tivesse que dar sua própria vida. Moveria céus e terra para realizar seus intentos.
- Eu prometo!!! Não a deixarei apenas ficarei poucos dias ausente.
Kate apegou-se a essa promessa que evocava muito mais do que apenas uma promessa de amigo. E ali nos braços de Alec ela sentiu-se novamente em em casa. Surpreendeu-se por não rejeitar seu toque ao sentir-se abraçada. Porque parecia tão certo. Como se tudo estivesse no seu devido lugar inclusive ela mesma. Junto a ele ela sentia que era seu lugar.
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Olá, meus queridos leitores!
Finalmente eu pude retornar! Não irei me estender muito nas explicações. Apenas saibam que sinto muito pela demora! E garanto-lhes que tive meus motivos.
Perdoem minha demora!
Espero que gostem dessa continuação. Detalhe, esse capítulo tem uma maior quantidade de palavras (cerca de 3.000). Para compensar pela demora.
Comentem para que eu saiba a opinião de vocês. Aceito de bom grado todos os pontos de vista. Um forte abraço e até breve!
P. S. Logo eu terei novidades. Portanto fiquem atentos(as).
😘😘😘😘😘😘😘
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