Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo V- Amizade


Alec estivera distraído por longos minutos quando fora despertado de seus pensamentos pela voz preocupada de Mary a indagar-lhe pela segunda ou terceira vez seguida se ele estava bem ou se precisava de algo.

Ao dar-se conta que estivera tempo demais repassando suas próprias palavras ele pediu para que ela chamasse Joseph e que ele lhe preparasse um banho.
Desculpou-se alegando estar com sono e saindo logo em seguida em direção ao quarto que lhe fora designado. Instantes depois já no quarto Alec esperou Joseph trazer-lhe a água quente para tomar um banho relaxante.

A imagem de Katherine não o abandonou nem por um segundo. Seu pensamento viajou até ela e um contentamento estranho se apoderou dele ao imaginar que ela encontrava-se apenas a uma pequena distância dele mais precisamente à alguns passos, no quarto ao lado. Ele se perguntava como poderia existir alguém tão incrivelmente linda e sequer dar-se conta desse fato, ela certamente não imaginava como o afetava.

Claro, ela não podia ver a forma como ele a olhava nem como ele sorria e se sentia feliz somente por estarem no mesmo ambiente. Para ele era motivo de alegria indizível poder estar com ela mesmo que o sentimento não fosse recíproco. Após o banho quente ele sentia-se revigorado pronto para encarar novamente seu desafio mais doce. Pronto para recomeçar e tentar provar para ela o quanto se importava com ela. Iria vê-la e conforme o estado dela ele planejava ir à casa do tio...

Mas antes de tudo queria vê-la bem, totalmente recuperada e desperta mesmo que fosse para voltarem a discutir. A ideia de protegê-la acompanhava-o constantemente. Ele desejava vê-la sorrindo, caminhando pela praia e até mesmo correndo só que desta vez esperava que não fosse fugindo dele mas em sentido contrário...

Depois quando já estava no quarto com Katherine a examinando, ele a observava num sono tranquilo. Com a respiração leve, olhos fechados...
Tomou a pequena mão na sua para verificar a pulsação e sentiu-a quente, quente demais, a febre havia aumentado novamente o que o preocupou bastante. Viu-a entreabrir os lábios e sussurrar uma única palavra que o fez sorrir largamente: " Alec".

Ela dissera seu nome. De uma forma tão terna e doce, sem toda a reverência ou a formalidade que exigia o decoro e os bons costumes da época.

Então ele percebeu que ela estava sonhando e que era óbvio que ele estava presente no sonho. A curiosidade o dominou e ele desejou saber os acontecimentos daquele sonho no qual ele não era um mero espectador mas um participante ativo nos fatos ocorridos.

Logo depois ela voltou a falar mas desta vez qualquer sombra de sorriso se desfez no rosto dele com o que ela disse:" Eu não posso". Apenas três palavras e estas foram suficientes para fazê-lo mergulhar numa dúvida cruel, na incerteza do que ela queria dizer com aquilo. Ele se perguntava a que ou a quem ela se referia. Por julgar que se tratava de algo bastante sério ele almejava saber o que ela não poderia...

Ele aproximou-se um pouco mais dela e levou a mão que ele ainda segurava aos lábios e depositou um beijo suave. Numa reação instintiva ela retirou rapidamente a mão e se remexeu na cama mas não acordou.

Alec lamentou o fato dela até mesmo dormindo parecer querer fugir dele. Empurrou a sensação desagradável para longe e voltou a examiná-la desta vez tocando sua testa suavemente e constatou que a febre havia subido mais ainda desde a última vez que ele havia observado. Ele também achou estranhou o fato dela estar dormindo a tanto tempo. Pensou na possibilidade dela ter piorado mas não tinha certeza pois ela aparentava estar melhor apesar da febre. Se ao menos ela estivesse desperta ele poderia ouvir de sua própria boca como ela se sentia.

Decidiu descer as escadas e pedir a Sra. Johnson que o auxiliasse. Mary o ajudou a decidir se deveriam acordá-la ou não. Optaram pela segunda opção por constatarem que ela parecia bem apesar da febre e ademais tentaram a despertar mas não conseguiram. Chegaram a conclusão de que ela deveria estar muito cansada e também fraca pois parecia mais pálida do que o normal.

Concordaram em esperar até o fim do dia para chamá-la mais uma vez enquanto isso Mary prepararia um caldo para tentar fazer com que ela comesse. Provavelmente seu organismo precisava de tempo para se recuperar...

Alec, Mary e Joseph mal comeram preocupados com a saúde da menina. No fim do dia ela havia conseguido tomar apenas um chá de com mel e hortelã e uma infusão de ervas feita na tentativa de baixar a febre mas continuava dormindo.

Tentaram acordá-la novamente mas não obtiveram êxito. À certa hora da noite a febre a abrandara e Mary e Alec se revezavam para observar a ocorrência de algo fora do normal. Fato que não aconteceu já ao alvorecer Mary deixou o médico vigiando a moça e foi cuidar de seus afazeres.

O cenário se repetiu, durante o dia havia uma melhora significativa a febre baixava ou sumia. Mas durante a noite a piora era preocupante.

Ao todo Katherine permaneceu neste estado durante cinco dias e mais dois intercalando momentos de consciência e a maior parte do tempo dormindo...

Enquanto isso o rapaz lembrava sua última visita ao tio na qual ele admitiu finalmente que estava apaixonado ao que Thomas respondeu que já sabia apenas estava esperando que ele admitisse. Exigiu do sobrinho que logo que a moça estivesse em condições queria conhecê-la.

Temendo a reação do tio Alec achou por bem preveni-lo da condição física de Katherine contando a ele sobre a tragédia na qual ela perdeu os pais e a visão complementando que caso não tivesse a aprovação do tio não a deixaria jamais mesmo que isto significasse perder o direito à herança prometida.

O tio mais uma vez o surpreendeu ao dar-lhe todo apoio e garantir que a posição tomada por ele em defesa do seu amor o tornava ainda mais digno da afeição da moça e da confiança depositada nele.

Com essas palavras Alec sentiu-se ainda mais motivado.
Katherine sentia a fraqueza comum de quem passa muito tempo dormindo sem se alimentar adequadamente. Estava sem febre e a pouca dor sentida era apenas consequência da torção no tornozelo.

Tentou sair da cama com dificuldade e foi lentamente em direção à grande janela do quarto que estava com as cortinas abertas, ela adorava sentir a brisa balançando seus cabelos e tocando de leve seu rosto. Alec observava à distância todos os passos dela. Ele sentia um grande alívio depois de todos os dias de temor que ela não mais despertasse.

A cada dia e hora que se passava ele pensava que não suportaria perdê-la e que se fosse necessário e possível daria a própria vida por ela, para vê-la bem. Ele percebeu que não via seu futuro sem tê-la por perto, ao seu lado de preferência.

Ele sonhava que ela pudesse corresponder ao seus sentimentos, que o aceitasse e que ela pudesse permitir que ele demonstrasse o quanto poderia amá-la e dedicar sua vida a ela. Provaria todos os dias que nada no mundo seria mais importante do que ela.

Decidiu que mudaria drasticamente seus planos. Ele precisava voltar à Londres com urgência... Organizaria sua vida de modo que sua amada seria o ponto central. Ele não queria afastar-se dela...seria inevitável. A viagem era imprescindível mas antes ele queria deixá-la segura e com uma boa impressão de seus sentimentos. Ele havia tomado sua decisão iria conquistá-la mesmo que levasse toda a sua vida para isso.

Mary como de costume e fora verificar como passava sua querida menina e deparou-se com o médico a admirando tão distraidamente. Foi até ela que ao sentir o toque virou-se depressa para cumprimentar sua querida protetora. Ela sentiu-se tranquila ao ter a governanta ao seu lado mas logo inquietou-se ao constatar que Alec estava bem próximo dela.

Quando ia protestar Mary sussurrou-lhe ao ouvido que ele estivera o tempo inteiro de sua convalescença cuidando dela com bastante interesse.

Alec ficara constrangido por ter sido pego em flagrante e apressou-se em pedir licença e sair desculpando-se com a ideia de pedir a Joseph para trazer água para o banho da moça.

- Mary ele esteve aqui sozinho comigo todo esse tempo?

- Ah, querida confesso que jamais vi um médico mais dedicado. Eu fiquei ao seu lado até que sua febre passasse mas o doutor convenceu- me a ir dormir um pouco pois não conseguia descansar enquanto você estava em risco e ele ficou cuidando de você.

- Mas Mary ele é um homem!

- Sim Kate sei disso mas nem todos eles são iguais. Veja Joseph por exemplo, não há ser mais amável do que ele. E o doutor parece ser um bom homem querida. Dê-lhe uma chance de provar seu valor. Ele parece gostar muito de você ou você acha mesmo que todos os médicos passam à noite inteira cuidando de seus pacientes durante tantos dias como ele fez com você?!

- Bem, creio que não mas deve ser a culpa por ser ele o causador do meu resfriado.

- Katherine Louise Williams-Cosworth ouça-me com atenção! Deixe de ser cabeça dura e permita que esse rapaz seja seu amigo. Eu não estou mandando casar-se com ele apenas dê-lhe o benefício da dúvida.

Katherine sabia que quando Mary a chamava pelo nome de batismo completo não adiantava argumentar era assim também com sua mãe e Mary era o que ela tinha mais perto disso. No momento tinha que dar o braço a torcer e acatar fosse o que fosse que ela lhe pedisse. Portanto, achou por bem não questionar.

- Agora eu vou descer e preparar algo para o desjejum e a senhorita trate de continuar repousando, isso é uma ordem!

- Sim senhora!- Kate respondeu no mesmo tom que Mary havia usado com ela.

Depois da saída da governanta Kate voltou a se deitar ainda pensando em tudo que ouvira. Será mesmo que ele gosta de mim! Pensou ela. Mas qual razão ele teria para gostar? Nem ao menos nos conhecemos, como é possível gostar de alguém sem conhecer? Ainda mais alguém como eu!

Ela pensava e pensava, enquanto sentia a presença e o cheiro de colônia masculina que Alec deixara no ambiente. Isso juntamente com o som de sua voz grave ecoando em seus ouvidos foi deixando claro para ela como era estranho e ao mesmo tempo envolvente estar na presença dele e sozinha.

Ela lembrou-se da manhã que ele a carregou no colo até sua casa. Também lembrou da sensação absurdamente estranha que sentiu ao estar naqueles braços. Para seu desespero ela deu-se conta tarde demais que havia gostado de sentir seu toque.

Teve um lampejo de memória de seu rosto muito perto do dela e teve a impressão de sentir seus lábios tocarem os seus. Mas era absurdo, só podia ser um delírio. Era isso ela estava delirando. Sentiu suas bochechas aquecerem imediatamente, o coração descompassar.

Por temer uma nova crise nervosa levantou com certo esforço e tentou sair do quarto mas havia algo em seu caminho que a fez tropeçar e cair.

Com o barulho Alec que estava no corredor entrou no quarto meio atordoado mas ao ouvir um Ai! Deu-se conta do que tinha acontecido ao ver Katherine no chão.

- Não pensei que você dormiria por tanto tempo e acordaria tão disposta. A senhorita encontra-se bem? Deseja alguma coisa?

- Eu...eu...estou bem mas preciso de Mary. Por favor deixe- me e vá chamá-la! - Falou já entre lágrimas.

- A senhorita não me parece nada bem! O que houve machucou o tornozelo novamente?- Tentou ampará-la...

- Estou bem! Chame Mary, por favor!

Alec aproximou-se e mesmo com a pouca luz do quarto pode perceber ela tremendo e ao ouvir uma súplica em meio a respiração ofegante o fez deduzir que ela realmente não estaria bem.

Ele tomou-a nos braços e levou até a cama deitando-a novamente. Por estar com os cabelos soltos uma mecha cobria seu rosto. Alec tocou levemente o local retirando a mecha de cabelo. Katherine sentiu um calafrio percorrer seu corpo. Entretanto guardou silêncio absoluto.

- Desculpe meu atrevimento apenas quis ajudá-la. Agora irei chamar a senhora Johnson. Com licença por favor!

Durante a descida das escadas Alec se perguntou o que havia de errado com ele... Perto de Katherine ele simplesmente ficava totalmente fora de si. Dizia coisas desconexas e fazia coisas absurdas e sem sentido. Perdia totalmente o controle. Tudo que conseguia pensar era em estar junto dela, protegê-la, cuidar dela... Saindo de seus devaneios chegou no final da escada e encontrou com Mary.

- Senhora Johnson, a senhorita Katherine parece-me estar precisando da senhora mas não parece estar muito bem, parece nervosa e agitada...eu tentei ajudar, ela não permitiu e pediu que a chamasse.

- Tudo bem doutor, pode deixar comigo! Não se preocupe ela estará bem em pouco tempo.- Respondeu e saiu apressada rumo ao andar de cima. Nessas horas Mary desejava ter alguma ajuda Kate demandava muito atenção e o serviço da casa tornava tudo mais fatigante. Deliberou convencê-la a contratar uma boa moça que a ajudasse. Ia pensando nisso durante a subida ao aposento da jovem.

Alec a seguiu com o olhar mas não ousou se intrometer pois achava que mais uma vez fosse o responsável pelo mau estar da moça.

Em pouco tempo Mary conseguiu acalmar Katherine. Depois passou-lhe mais um sermão sobre o mesmo assunto de sempre o respeito devido ao médico e à gratidão pela maneira que ele cuidou dela.

- Kate, querida você está sendo muito intransigente no seu comportamento. Eu estou muito feliz de vê-la bem mas também estou chateada pela maneira como a senhorita tem agido. Seja sincera comigo o que está havendo com você? Por que tem tratado tão mal alguém que apenas tem-lhe feito bem?

- Oh, Mary eu não sei. A presença dele me desconcerta, me perturba...eu não consigo controlar o que sinto...

- E o que você sente Kate?- Essa última pergunta pegou-a desprevenida, ela não soube o que dizer.

- Bem, eu não tenho certeza...

- Querida eu a conheço desde que nasceu. Na verdade conheço-a antes de nascer. Eu trabalho para sua família antes mesmo do casamento de seus pais. Eu pude ver o amor deles nascer e florescer. Venha vou contar-lhe uma história....- Mary sentou-se na cama e pôs a cabeça de Kate no seu colo e começou a falar novamente enquanto acariciava os cabelos da moça.

- Seus pais não se conheciam até que as famílias de ambos decidiram que o casamento dos dois seria bastante vantajoso. Durante o noivado e a véspera da cerimônia sua mãe fez tudo que pôde para fazer seu pai desistir de casar. Mas ele se mantinha firme.

Certo dia, eu o questionei sobre as razões dele para continuar com os planos, em resposta ele disse-me que a compreendia e até gostava da maneira que ela tentava o afastar. Então, ele confessou que a amava mesmo que ela ainda não sentisse o mesmo. Ele acreditava que a conquistaria e assim foi. Em toda a minha vida jamais vi um casal se amar mais do que aqueles dois. E a prova desse amor é você minha menina!

Quando Mary terminou Katherine chorava de emoção ao recordar dos pais e de como eles eram felizes juntos. Internamente ela desejou sentir-se amada da mesma forma.
Depois de secar as lágrimas a moça falou com certa hesitação na voz:

- Tudo bem Mary, eu prometo que me comportarei melhor e serei grata ao doutor...

- E...

- E pedirei desculpas a ele. Satisfeita agora?

- Ah, agora sim estou mas não pense que me convence tão facilmente. Eu a vigiarei de perto! -Disse antes de beijar-lhe a testa e descer apressada as escadas pois suas panelas foram deixadas sem ninguém cuidando.

Katherine ficou repassando tudo que ouvira e concluiu que Mary estava com a razão. Contudo ela precisava antes de tudo compreender o que realmente sentia em relação ao médico.

Era absolutamente inegável que seus sentimentos eram intensos mas a dúvida era por que motivo. Eles mal se conheciam na verdade não sabiam nada um do outro a não ser pouco mais além dos nomes, pelo menos era o que ela pensava.

Decidiu que se esforçaria para cumprir o que prometera a poucos minutos imaginando que seria um sacrifício.

Ao chegar à cozinha Mary deparou-se com tudo na mais perfeita ordem enquanto um Alec cheio de desenvoltura se movia de um lado para o outro cuidando das panelas.

A princípio a surpresa fora tremenda mas logo ela se lembrou de um relato do rapaz no qual ele dizia que morava sozinho portanto era natural que ele soubesse preparar refeições mas jamais havia visto alguém com tanta agilidade nem mesmo as melhores cozinheiras que ela conhecera ao longo dos anos.

- Muito bem meu rapaz o senhor a cada dia consegue se superar e mais uma vez me surpreendeu!

- Olá, senhora Johnson perdoe-me a intromissão! Como a senhora saiu apressada pensei em ajudá-la ao menos com isso.- Alec falou meio inseguro.

- Ora, eu devo-lhe agradecer pois certamente se não fosse pelo senhor não teríamos nada para comer ou eu teria que recomeçar outra vez atrasando a nossa refeição.

- Não será necessário. Como está a senhorita Katherine?

- Obrigada mesmo assim! Ela está bem foi apenas um mal entendido!

Ao ouvir isso Alec arqueou as sobrancelhas em dúvida sobre a que tipo de mal entendido ela se referia mas achou melhor não dizer nada. A verdade é que ele estava exausto e faminto, esperava poder comer um pouco e descansar antes de enfrentar mais uma batalha com sua doce porém espinhosa rosa.

Depois de pronta a comida e servi-lo um bom prato a governanta insistiu em desculpar-se em nome da mocinha mas garantiu-lhe que ela mesma o faria mais tarde e que seu comportamento teria uma mudança considerável.

Alec não acreditava muito que tal mudança ocorreria de fato mas deixou passar mais uma vez apenas alegando que não seria necessário e que não havia ficado ofendido com as atitudes da moça. Ele estava sendo sincero realmente não se ofendera apenas ficara triste.

Dito isto Mary preparou um prato de ensopado e o levou ao andar de cima imaginando que sua menina estaria disposta a alimentar-se.

Após Alec terminar de comer ela pedira a Joseph que quando acabasse sua refeição preparasse o banho do rapaz que apreciou bastante os minutos de tranquilidade enquanto se banhava. Vestiu-se e respirou fundo como se fosse possível apaziguar suas emoções diante daquela que lhe tirava o sono e toda a concentração além de causar uma avalanche de sensações inusitadas no seu interior.

Ao encontrá-la nos seus aposentos notou que ela estava com os cabelos soltos e molhados pensou em repreendê-la mas não desejava recomeçar uma discussão naquele momento.

Devido a porta estar aberta ele limpou a garganta antes de adentrar ao cômodo chamando a atenção dela que parecia distraída com seus pensamentos.

- Olá, senhorita vejo que parece estar bem disposta agora. Vim examiná-la uma última vez antes de partir, mas claro, com a sua permissão!

- Sim...estou bem agora! Doutor, antes preciso falar com o senhor...posso? - Disse aparentando incerteza e corando. Deveria estar envergonhada pelo que houve mais cedo.

- Sim, sobre o quê? - Respondeu adorando vê-la demonstrar insegurança pela primeira vez desde que se conheceram.

- Eu devo-lhe um pedido de desculpas e também quero agradecer por seu cuidado Mary mencionou sua dedicação durante todos esses dias. Obrigada!

- Não há o que agradecer eu apenas cumpri meu papel como médico e afinal como a senhorita mesmo disse o que aconteceu foi minha culpa.- Disse cada palavra calmamente com um sorriso divertido no rosto somente para irritá-la.

- Também quero me desculpar por acusá-lo. Eu pensei bem e creio que me enganei a respeito do senhor. Acredito que não posso responsabilizá-lo pelo ocorrido. Foi mais culpa minha do que sua. Perdoe-me!- Disse ela baixando a cabeça. Ao vê-la assim Alec arrependeu-se do que disse.

- Bem, não é necessário e eu compreendo no fim das contas sou um estranho para a senhorita. Confesso que também não agi corretamente invadindo seu espaço e me intrometendo em sua vida. Desculpe-me! Eu proponho que nós recomecemos, deixemos o que houve no passado e continuemos a partir daqui. Eu posso apresentar-me novamente a senhorita se assim me permitir. Depois será sua vez e desse modo nos conheceremos novamente da maneira certa. Concorda?

- Bem, se assim deseja eu concordo! - Ela falou e sorriu o que fez o coração do rapaz dar cambalhotas dentro do peito.

- A boa educação exige que eu ceda minha vez a senhorita. Pode falar primeiro.

- Desta vez eu aceito mas não se acostume! Me chamo Katherine Louise Williams-Cosworth e sinto-me honrada em conhecê-lo! - Estendeu mão para ele e fez uma reverência exagerada.

- Sou Alexander McBright encantado em conhecê-la senhorita Katherine! Seu nome combina perfeitamente com a sua pessoa.
- Também estou encantada em conhecê-lo senhor. Não imaginei que seu nome fosse tão imponente...- Katherine ironizou e logo depois vencida pela curiosidade questionou- Mas o que o senhor quis dizer ao falar que meu nome combina comigo?

- Seu nome simboliza pureza e castidade. E devo concordar senhorita, jamais em minha vida vislumbrei alguém mais doce e bela como a senhorita. -Disse Alec tomando a pequena mão entre as suas e depositando um beijo suave fazendo-a sentir um arrepio na espinha.

Seguiu-se um estranho silêncio. Alec viu o sorriso desvanecer nos lábios da dama à sua frente enquanto ela mergulhava numa atmosfera de introspecção repentina. Como se estivesse presente apenas no aspecto físico mas sua mente pairasse à quilômetros de distância. Era verdadeiramente assim... Alec estranhou o comportamento contudo preferiu não questionar pois temia que voltassem a se desentender.
Depois de algum tempo Alec arriscou-se a retomar o diálogo.

- Perdão senhorita eu sinto se falei algo que a desagradou não era minha intenção. Tudo bem? Está sentindo alguma coisa?

- Bem, sim...não... Quero dizer está tudo bem apenas recordei o passado.

- Ele percebeu que a referida recordação não era agradável e decidiu mudar de assunto.

- Então a senhorita considera meu nome imponente? Imagina se lhe dissesse o significado!- Falou para atrair de volta a atenção da moça e obteve sucesso.

- Diga-me então doutor, o que significa?

- Mas peço que não me julgue arrogante afinal não fui eu quem escolheu esse nome! Significa protetor e defensor da humanidade.

- Muito pelo contrário doutor, creio que lhe cai como uma luva. Como médico e como um cavalheiro o senhor parece ser o prefeito defensor da vida de damas indefesas. - Falou num tom carregando de ironia e graça na tentativa de desviar os pensamentos de seus próprios anseios.

- Agora que somos amigos podemos nos tratar sem tantas formalidades. Peço que me chame apenas de Alec, por favor!

- Oh, não sei se consigo mas prometo pensar no assunto... - Dessa forma eles reiniciaram sua história.

Conversaram durante longo tempo depois dele a examinar e constatar que estava totalmente fora de perigo até que Alec lembrou-se que precisava retornar à casa do tio. Juntamente com esta surgiu outra lembrança em que ele havia prometido que levaria Katherine para Thomas conhecer.

Passaram vários dias numa aura de conversação agradável e amistosa. A afeição entre ambos aumentava rapidamente. Alec a visitava sempre uma vez ao dia.

Quando enfim percebeu que ela já estava bem para caminhar ele a convidou a dar um passeio sem revelar o destino alegando que seria uma surpresa. Ela sentiu-se intrigada porém não hesitou em aceitar.

Naquela tarde ela arrumou-se com esmero como há muito não o fazia. Mary a ajudou a escolher um belo vestido e ajeitar os cabelos num penteado simples e muito bonito.

Saíram de charrete porque Alec não queria fazê-la caminhar muito temendo que ainda sofresse algum resquício de dor pela torção sofrida. Ele a levou primeiramente à casa do tio. Tencionava estender o passeio a uma caminhada pela praia depois de encerrarem a visita.

Ao chegarem ele a advertiu de onde se encontravam relembrando que já haviam combinado esta visita com antecedência. Enquanto ele a guiava ela segurava firme seu braço.

Ela não teve tempo de recuperar-se do impacto da notícia. Logo foram recebidos pelo mordomo, conduzidos à sala de visitas... Não havia conseguido raciocinar quando escutou a voz grossa e sonora de Thomas que a cumprimentou com muita efusividade e alegria sincera ao apresentar-se enquanto deixava um respeitoso beijo no dorso da delicada mão coberta por uma luva branca.

Teceu-lhe grandes elogios por sua beleza e elegância. Ela sentia as faces quentes e sabia mesmo sem poder ver que estava muito corada. Agradeceu com polidez. Passaram momentos agradáveis conversando sobre a vida de ambos. Mesmo evitando falar do seu passado ela sentiu-se familiarizada.

Contando com o enorme carisma e as histórias animadas de Thomas a respeito de sua própria vida e de modo especial sobre a infância de Alec... Katherine sorriu muitíssimo ao escutar inúmeras peripécias de quando ele era apenas um garoto.

Emocionou-se ao ouvi-lo falar sobre sua amada esposa, e percebeu a profundidade do amor que havia entre os dois...apesar de não tê-la mais consigo ele ainda o conservava ainda presente no homem de maduro diante dela. Por fim admirou-se do carinho do tio por seu sobrinho e da reciprocidade do jovem à todo o afeto recebido...

Ela foi capaz de sentir o coração aquecer diante da sinceridade e do aconchego existente naquele lar. Em momento algum o homem mais velho demonstrou compaixão, desprezo, repulsa ou benevolência em relação à condição física de Katherine.

Ao contrário falou-lhe de forma franca sobre suas próprias dificuldades devido à idade e a saúde precária ele já não podia locomover-se livremente. Todavia isso não trazia grandes sofrimentos à sua vida. Ele reconhecia que tivera uma vida boa havia aproveitado o melhor da vida. Tivera plenitude e muitas realizações e a maior delas fora conviver com sua amada...

................................................

Olá queridos!

Finalmente consegui criar coragem e postar...

Eu confesso que o capítulo já estava pronto há algum tempo mas eu quis incrementar algumas coisas. E como devem ter percebido eu iniciei uma nova história e convenhamos é bastante trabalhoso arcar com essa dupla responsabilidade mas também é muito gratificante.

Eu fiz o capítulo maior do que o esperado. Eu iria dividir mas resolvi deixar desse tamanho para compensar pelo tempo sem postagem.

Espero que gostem, que comentem, que votem e dêem uma chance à minha outra obra. Basta ir no meu perfil que voces encontrarão. Um forte abraço e até breve!










Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro