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♡ Capítulo 63: "Amar Zoey é como amar uma estrela."

"Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre."

William Shakespeare.

Sexta-feira havia chegado, é o último dia da semana de provas e consequentemente, o último dia que verei Zoey.

Meus últimos dias tinham sido de um loop de angústia. Ministrei aulas com zero motivação e mais devaneios do que gostaria. Eu me perdi tantas vezes olhando para Zoey, lembrando dos breves nossos momentos juntos, que até me esquecia de onde estava e qual o papel que eu estava desempenhando ali.

Meu irmão, Matthew, tinha batido em minha porta uns três dias atrás, pedindo perdão. Eu não sinto mais nenhum rancor pelo soco em meu olho esquerdo, Matthew cometeu um erro estúpido, assim como eu.

Eu o perdoei.

Bebemos um pouco e acompanhamos pela TV um jogo de beisebol, algo que não fazíamos há muito tempo. A noite em companhia do meu irmão tinha sido boa e me fez esquecer um pouco do quão solitário e vazio me sinto.

Katherine também tinha dado as caras, a mulher me telefonou noite passada. Katy está muito chateada com aquilo e espera que eu fique bem. É impossível ficar bem quando a pessoa que você ama está te deixando.

Eu preciso começar a carta de recomendação que prometi que faria, tinha enrolado a semana toda para escrevê-la. Essa carta de recomendação, significa que está mais perto do meu amor ir embora.

Sentado na mesma mesa de sempre, na grande sala dos professores, com o meu notebook sobre a mesa, uma caneca de café preto ao lado, eu me coloco a escrever.

"Enquanto professor da Universidade Saint Andrews, conheço a aluna Zoey Lancaster desde a sua transferência no início do ano letivo. A referida, se mostrou uma aluna bastante empenhada em adquirir novos conhecimentos, passando a se destacar dos demais alunos com facilidade. Em nosso curto tempo de convivência, pude observar que Zoey Lancaster, é uma pessoa altamente responsável e com uma forte determinação para alcançar seus objetivos. Também possui uma personalidade fácil de lidar e é bastante participativa Se provou ser capaz de concluir múltiplas tarefas em um micro espaço de tempo. Zoey Lancaster está em um nível acadêmico bastante avançado. Ela se mostra interessada em regressar para Oxford. Considero-a com boas qualidades, para conseguir um estágio em qualquer área de Ciências Políticas.
Atenciosamente, Professor Keanu Davies.
Da Universidade de Saint Andrews, no Reino Unido."

Após reler e analisar o artigo, suspiro e o envio para o reitor de Oxford. O sentimento é de que estou abrindo mão de Zoey.

Talvez eu deva insistir para que ela fique?

Estou sendo um fraco por deixá-la ir?

Abaixo minha cabeça e levo as mãos ao meu cabelo.

— Keanu, está tudo bem? — A voz de Margareth me pega de surpresa.

Fecho o notebook rapidamente.

— Está sim, tudo bem. —Lanço um meio sorriso para a mulher em minha frente.

— Ele está bem, Marg. Só está chateado que a melhor aluna que ele tem vai embora.

— Como é? — Pergunto, me levantando e virando para encarar Mason.

— Não está sabendo? Zoey entrou com um pedido de transferência hoje. A garota veio bem cedo para falar com o diretor Bluncher.

— Claro que estou sabendo! - Esbravejo. — Me admira você estar sabendo disso.

— Eu estava passando pela portaria e ouvi a conversa. — Mason dá de ombros. — Agora eu me pergunto. O que levou a garota pedir transferência?

— O que está insinuando, Mason? — Questiona Margareth, eu fico em silêncio.

— Nada. — O homem ruivo diz. - Só que é estranho alguém pedir transferência assim, tão repentinamente. Será que Zoey não gostou de passar tanto tempo estagiando com você, Keanu? Talvez você a tenha feito se sentir desconfortável...

— Essa acusação é muito grave, Mase. — O tom de voz de Margareth esclarece tudo. Mason está insinuando que estive abusando de Zoey.

— Não estou acusando ninguém, apenas possuo algumas teorias. — Seu sorriso é provocativo.

Eu sinto vontade de quebrar todos os seus dentes.

— Não houve nada entre mim e a senhoria Lancaster, Mason. — Controlo minha raiva e falo calmo. Demonstrar irritação ao Mason, só fará com que ele provoque ainda mais. — Nosso relacionamento é restritamente profissional, algo comum entre um professor e sua aluna. — Mason apenas arqueia as sobrancelhas e ri.

— Eu acredito em Keanu. Há vários motivos para um aluno pedir transferência. A senhorita Lancaster não será a primeira e nem a última aluna a fazer isso. — Margareth me defende e sorrio em gratidão. — E você, Mase. Pare já com essas falsas acusações!

— Não está mais aqui quem falou. — Sigo Mason com o olhar até o mesmo deixar a sala.

— Mason é um imbecil, não ligue para isso.

— Há tempos eu não dou ouvidos ao que Mason fala. — Minto, dessa vez eu me importo sim.

Ele não está de todo errado. Eu, havia sim me envolvido romanticamente com uma aluna e é por minha causa que ela está largando a universidade de Saint Andrews. Por sorte, Mason não parece obter provas ou o mesmo não perderia a oportunidade de me chantagear com elas, ou até mesmo de mostra-las ao diretor Bluncher. Para todos os defeitos, Mason é apenas um imbecil.

Alguns alunos já se encontram na sala, menos a dona daqueles olhos lindos. Meu coração pesa ao imaginar que aquela cena se tornará corriqueira, a partir de hoje, sua mesa estará vazia. Paro de encarar a mesa que pertence a Zoey e me viro para o quadro negros atrás de mim, escrevo o tema da aula de hoje, vou reforçar um pouco mais sobre os tipos de poderes.

A risada doce de Zoey atinge os meus ouvidos e imediatamente me viro para olhar de onde ela vem. Meu amor está entrando na sala junto com Mirna e mais um garoto, ela não parece notar que eu a observo, com medo da possibilidade dos seus olhos se encontrarem aos meus, retorno minha atenção para o quadro.

— Noto que todos estão aqui. — Falo, observando a sala. Na verdade, os meus olhos repousam perdidos no retroprojetor ao fundo da sala de aula. — Posso dar início a mais uma aula.

Passo uma atividade de fixação de conteúdo. É importante que os meus alunos saibam diferenciar e apontar os diversos tipos de poderes governamentais que existem, suas diferentes formas de pensarem e o que os motivam a esse senso de poder.

Enquanto isso, me perco em Zoey. A garota está olhando para o caderno, os seus cabelos castanhos seda estão soltos e caem por seus ombros. A menina é tão linda e tão esperta, possui um brilho fantástico, e eu tenho certeza que Mirna a invejava em silêncio.

Zoey é toda uma constelação de estrelas brilhantes no céu.

Eu amo admirar as estrelas.

Amar Zoey é como amar uma estrela, posso apenas admirar de longe, mas nunca vou poder toca-la.

Não mais.

Ao final da aula, estou organizando minhas coisas para deixar a sala quando sou surpreendido por ela. A minha garota segura um papel em frente ao peito e não diz nada, apenas permanece com os olhos fixos em mim. Decido quebrar o silêncio desconfortável que há entre nós dois.

— Precisa de alguma coisa, Zoey? — Pergunto gentil, forçando os meus lábios em um pequeno sorriso.

— Eu preciso que você assine isso. — A garota estende o papel em minha mão.

É o seu atestado de transferência. O diretor Bluncher já tinha assinado, falta apenas a minha rubrica. Apanho a minha caneta azul de ponta fina e com as minhas mãos trêmulas rabisco na língua marcada. Entrego o papel em suas mãos e giro o meu rosto rapidamente para o lado, camuflando os meus olhos marejados com o cabelo que cai sobre meu rosto. Não quero vê-la deixando a minha sala pela última vez, mas para minha surpresa, não ouço o bater de suas botas no chão. Sinto o toque quente de Zoey em minha mão, sobre a mesa.

— No quero que seja como se você nunca tivesse existido. — Levanto minha cabeça, jogando os cabelos para trás e olhando-a nos olhos. — Eu quero que sejamos amigos, Keanu.

— Zoey, é uma situação difícil para mim.

— Promete tentar? Eu preciso ter você comigo mesmo que seja por uma mensagem de bom dia.

Sorrio fraco.

Eu também preciso dela.

— Prometo. Eu também preciso de você, Zoey. — Admito e a garota parece sorrir mais leve com minha resposta. — Afinal, nós temos uma conexão.

— Nossa conexão é intensa e não dá para ignorar. — Zoey completa o meu raciocínio. Eu apenas assinto com a cabeça, meus olhos estão fixos nos seus.

— Que horas é o seu voo? —Pergunto, voltando a guardar minhas coisas na maleta.

— É às sete da noite. — A garota morde os lábios. — Eu estava pensando Keanu, talvez você queira me acompanhar até o aeroporto.

—Sim... — Respondo baixo. Minha voz saiu arranhada devido ao choro que seguro. — Claro que te acompanho.

—Que bom! Estamos nos entendendo. — Zoey sorri e ela brilha feito uma estrela cadente.

A noite, me encontro arrumado e pronto para me juntar a Zoey e Katherine no aeroporto. Eu tenho separado comigo um livro para entregar a minha ex aluna, algo para ela ler durante o voo até Oxfordshire.

O caminho até o aeroporto é monótono e triste. Há um nó enorme roçando em minha garganta.

Por quê eu concordei com isso?

Eu não gosto de despedidas.

Ao pisar no aeroporto, não estou pronto para o que eu vi. Zoey de malas feitas. Uma coisa é ter a ciência que ela estava indo embora, ter enviado uma carta sobre ela para outra universidade, ter assinado seus documentos de transferência, outra coisa é ver ela ali, com todas as malas e bem decidida sobre me deixar.

A garota me vê e lança um pequeno sorriso, seus olhos estão marejados.

Ela quer chorar.

Katherine está da mesma forma.

Todo nós estamos um pouco quebrados.

Zoey me abraça com ternura.

O nó em minha garganta aumenta a cada segundo que aproxima o horário de seu voo.

— Promete que irá me visitar? — Zoey pergunta para Katherine.

— Sim, eu prometo e vou levar aquele macarrão com queijo de outra noite.

— Ah não, por favor! — Zoey faz uma careta e as duas amigas riem, lágrimas rolam pelo rosto da minha linda menina. É doloroso observar essa cena.

Zoey vira para mim e meu coração dispara, minha garota...

— Quanto a você, Keanu. Me promete mandar mensagem sobre qualquer nova curiosidade que tiver, igual aquela do Petit Gâteau?

— Eu mando sim. — Respondo, encarando um de seus olhos, o azul.

Um azul tão límpido quanto o céu.

— Você sabia que a cor azul, é a cor que mais acalma? — Solto sem pensar, envolvido por seu olhar. Zoey me olha sem entender, suas sobrancelhas estão levantadas e sei que está curiosa pela minha explicação. — Azul é a cor da mente. Existem certas tonalidades que tem o poder de mudar o clima do ambiente, e o azul, é uma delas. Diferente das cores mais intensas, o azul tem uma função calmante e que ajuda na concentração... Essa cor também proporciona uma boa comunicação.

— Não sabia que um dos meus olhos tinha o poder de manipular as emoções e ambientes. — Sorri Zoey.

Tão ingênua.

— Você não faz ideia do quanto... — Nossos olhares continuam conectados.
Palavras são enviadas pelo silêncio.

Ouvimos a tão odiosa chamada de voo, alertando-nos que é hora da despedida. Zoey abraça primeiro Katherine, eu consigo ouvir os gemidos chorosos das duas mulheres.

As duas haviam desenvolvido uma amizade muito bonita.

A garota de cabelos castanhos se volta para mim, os seus olhos estão molhados e as duas bochechas estão rosadas. Zoey pula em meu colo e entrelaça as pernas ao redor de minha cintura. Eu a seguro em uma abraço apertado.

— Eu amo você e agradeço por você me entender e respeitar a minha vontade. — A voz de Zoey abafada em meu pescoço me causa pequenos arrepios por todo o meu corpo.

— Eu nunca vou te forçar a nada, meu amor.

E recordo-me de mais uma citação de Shakespeare e parece incrível o quanto se encaixa com o momento triste que estou vivendo. O poeta escreveu uma vez que as pessoas vão embora, mesmo quando o nosso maior desejo é que elas fiquem conosco para sempre.

Tudo o que mais desejo é que Zoey fique comigo para sempre.

Eu quero prometer que faria tudo o que estiver ao meu alcance para deixá-la mais confortável.

Jurar que removeria todo os quadros de Marie das paredes.

Nesse momento, estou pronto para dizer tudo o que ela quisesse ouvir, mas eu não posso.

Não posso chantageá-la com promessas das quais não sei se, de fato, sou capaz de cumpri-las.

Zoey precisa desse espaço, ela precisa fugir dessa confusão e para a minha infelicidade, eu sou uma parte de toda a confusão.

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