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♡ Capítulo 56: "Vem, Marie."


[ALERTA DE GATILHO]
Esse capítulo contém relato de violência e abuso sexual.
Se você está passando por isso, ou conhece alguém que está, disque 100 e denuncie.
O canal de denúncia funciona diariamente e qualquer um pode denunciar, sendo menor de idade ou não. A ligação é gratuita e pode ser feita de forma anônima.

Se o tema for muito pesado para você,
por favor não leia.


A situação que estou vivendo é muito conflitante. 

Eu estava decidida a levar essa terapia regressiva evolutiva até o final, mas agora não estou tão segura disso.

Eu me sinto no estado de piloto automático. Estar na casa de que pertencia a Marie, após saber mais sobre sua vida com Keanu, é extremamente incomoda, mas não posso falar isso para ele. Ingenuamente, pensei que conhecer mais quem eu tinha sido na vida passada me faria entender qual é o meu objetivo de vida, no entanto, eu me sinto uma invasora.

Mais uma sessão está se iniciando e assim como em todas as outras anteriores, estou deitada no sofá do Keanu tentando relaxar a minha mente. Inconsciente, minha mente relembra a visão de Marie e Keanu nesse sofá, planejando os futuros filhos.

 — Se você não clarear a sua mente, não vamos conseguir viajar hoje, Zoey. — Steven é bastante irritante quando se trata da terapia, eu ainda não me sinto confortável com o fato de estar sendo filmada.

Forço a minha mente a apagar todos os pensamentos e como se eu fosse um computador, me programo para que tudo fosse resetado.

— Vamos, concentra-se na onda das chamas dessas velas. — Desta vez, Steven não trouxe o relógio para realizar a hipnose, mas sim, algumas velas normais que se encontram em mercados.

As chamas das velas tremem em contato com o ar. Ela é instável, assim como a minha vida. Cedendo ao pedido de Steven, me concentro no seu balançar e sinto minhas pálpebras começando a pesar e em como todas as hipnoses anteriores, eu sou enviada para minha vida passada.

Estou em um quarto, bem limpo e grande. Os móveis são brancos e na parede há um papel de parede cheio de pontos turísticos de diversos países diferentes. Ao lado do guarda roupa há um enorme espelho e nele, eu vejo meu reflexo, Marie adolescente.

Seus cabelos castanhos escuros estão soltos e com uma franja charmosa caindo sobre os meus olhos, uso um vestido azul com flores brancas.

Marie era uma lady em sua adolescência e eu nem sei qual é a minha personalidade ainda. Os sentimentos de Marie são de felicidade nesse dia.

Sinto um cheiro gostoso de carne assada e me sinto afobada, corro até o jardim e a minha família...

A família de Marie.

Está reunida no jardim florido, as mesas estão fartas de comida e na churrasqueira saí muita fumaça.

Venha querida. — Ouço a mãe gentil me chamar.

Caminho até ela e dou um beijo em seu lindo rosto. Apanho um pãozinho recheado com Ricota.

Marie se deliciou.

Eu me delicio com o sabor.

Isso está muito bom, mamãe. — Falo. Isso é muito bizarro para mim.

Marie! — A voz do papai me chama atenção. — Vai com seu tio Harrison buscar mais bebidas no mercado.

Tá bem, papai! — Respondo.

Respondeu Marie.

Estou no carro com o tio Harrison, no rádio toca uma música country e eu não gosto desse estilo de música. Já havíamos comprado os refrigerantes e as bebidas.

Minha garotinha cresceu. Você está linda, Marie. — Diz tio Harrison, levando uma mão até a minha coxa.

Eu me sinto completamente incomodada com aquilo, mas minha garganta está tampada. Minha respiração sobe e desce, acelerada.

Tio Harrison... — Tento falar, mas o homem me impede.

Shiu. — Ele diz, apertando mais forte a minha coxa e fazendo uma curva rápida.

Eu não reconheço o caminho.

Meu coração está acelerado.

O que acontecerá comigo?

O que aconteceu com Marie?

Repentinamente, Tio Harrison para o carro.

Não há mais nada ao redor.

Tio Harrison desce e dá a volta no carro com seus olhos em mim.

Eu estou paralisada no lugar, congelada no banco do carro.

Tio Harrison abre a porta do carro e estende a mão, continuo sem me mover, em estado de choque.

Vem, Marie.

Não, eu quero ir para casa! Me leve para casa, tio Harrison! — Exclamo em plenos pulmões.

Pode gritar, ninguém irá te ouvir. Agora pare de ser uma garota mimada e venha. — Meu tio me puxa pelo braço com força, eu tento me soltar, mas não tenho força contra o homem em minha frente. Em seguida, tio Harrison me coloca contra uma árvore.

Seja boazinha que eu serei rápido. — Meu coração está ainda mais desesperado.

Marie sabe o que vai acontecer.

Fecho os meus olhos, as lágrimas que seguro caem pela pressão que faço ao pressionar as minhas pálpebras e minhas unhas agarram com força o tronco velho da árvore.

Uma.

Duas.

Três.

Quatro.

Cinco.

Seis.

Sete.

Oito.

Nove.

Dez.

Onze.

Doze.

Eu jamais me esquecerei desses números.

Marie jamais se esqueceu.

Doze estocadas em minha intimidade.

Sinto algo escorrer entre minhas pernas, mas não tenho coragem para olhar.

Doze gritos abafados por uma mão nojenta em nossa boca.

E lá estou eu, de volta ao sofá da sala de Keanu.

Coração desesperado, boca seca e os olhos cheios de lágrimas.

Marie foi estrupada pelo próprio tio.

Meus olhos correram para Katy, há uma ligação entre nós também e eu pude sentir que ela sabe.

— Harrison. —  É tudo o que sai da minha boca e logo sou agarrada para um abraço apertado de Katherine.

— Eu preciso falar com sua mãe. — Falo, após sair dos braços de Katy.

— Você precisa nos relatar o que viu. Nesse plano, apenas ouvimos você fazer barulho, lágrimas escorrendo por seus olhos e seus punhos estavam fechados. — Comenta Stoucker.

— É um assunto particular! — Esbraveja Katy. — Não é um show para a sua carreira!

— Está tudo bem, Katy. Eu concordei em seu filmada. —Tento acalma-la. — Mas primeiro, eu preciso falar com a senhora Olsen. — Meus olhos intercalam em cada pessoa naquela sala, Keanu tem um olhar preocupado, mas não diz nada. — Você me acompanha, Keanu? Você pode vir também senhor Stoucker, mas quero pedir que não grave o que acontecer por lá.

— Certo, eu posso concordar com isso. — Diz o homem de óculos e cabelos brancos.

— Eu não posso, Zoey. — Keanu se nega e eu olho incrédula para ele. — Eu tenho uma reunião.

— Mas não foi hoje após a aula? — Questiono - o.

— Sim, mas... — Ele não está olhando em meus olhos.

Keanu está mentindo.

Ele prometeu estar comigo em todo o tempo.

— Ok. — É tudo o que eu respondo. — Vamos então, Katherine, Steven? — Falo me levantando e olhando para os dois citados.

— Zoey, me desculpa... — Keanu olha profundamente em meus olhos.

— Tenha um boa reunião. —Respondo, passando por ele e indo em direção a saída.

Que outra reunião ele poderia ter em uma sexta-feira? Uma só reunião para o corpo docente não é suficiente?

Eu não posso agir como uma namorada ciumenta, afinal, nem definimos o que temos.

Não temos um rótulo.

Mas agora, isso não importa.

Eu preciso contar para os pais de Marie o que aconteceu com sua filha no passado.

Respiro fundo ao paramos em frente a uma casa enorme, o jardim é impecável, luzes enfeitam a varanda. Em alguma noite anterior, Katherine havia me atualizado de como estava as coisa em sua casa referente ao assunto reencarnação, e o que Katy me contou não me deixa nenhum pouco preparada para aquele momento.

Katherine me disse que seu pai está lidando bem com a situação e até está ansioso para me conhecer, mas a senhora Olsen não está satisfeita com nada daquilo. Katherine usou o termo impostora, para explicar como a mãe de Marie me vê. Mal sabe Katy que é exatamente assim que eu me sinto, uma impostora.

Tento ignorar tudo isso, assim que Katherine pressiona a campainha.

Um homem de expressão séria nos recebe. Confirmo ser o famoso senhor John Olsen, ex militar. O homem parece muito contente em ver Katy de volta em casa, mas a expressão muda ao notar nossa presença.

— Quem são eles? — O homem repousa o olhar em mim e para a minha surpresa, a resposta parece obvia. Um sorriso trêmulo e emocionado surge em sua feição séria e logo sou puxada para um abraço.

— Zoey! Finalmente você veio nos ver. — John exclama, enquanto aperta os meus órgãos com seus braços fortes.

— Pai, assim você vai esmagar a garota. — Senhor Olsen ouve a filha e me solta.

Katherine minha salvadora.

— Desculpa eu só... Ah olha, você se parece muito com a minha Marie. Você é a minha doce Marie. — Ouvir essas palavras na voz de um dos pais dela é horrível.

— Eu tenho a alma dela, só isso. — Falo, encolhendo os ombros.

— E os olhos. — Pontua Katherine.

— Claro os olhos, como eu poderia me esquecer? — Suspiro e dou o melhor sorriso que posso.

— Pai, onde está a mãe? — Pergunta Katy, assim que entramos dentro da casa dos pais dela.

John não para de me olhar, o ex militar está admirado e isso me gera um enorme desconforto.

— O que essa impostora faz em minha casa?! — Salto do sofá ao ouvir o grito da senhora Olsen.

— Por favor, Suzan. — Pede John.

— Por favor, digo eu!

— Com licença, eu sou um especialista em vidas passadas e posso confirmar com clareza que Zoey possui a alma de sua filha falecida. — Stoucker tenta interferir e acaba sendo mais uma vítima da histeria da senhora Olsen.

—Vá para o inferno, você e suas pesquisas!

— Por favor, me ouça!— Exclamo, após reunir todas as minha forças.

— Por que eu te ouviria? Você não passa de uma impostorazinha. — Suzan Olsen me analisa de cima abaixo. — O que você quer, dinheiro?

— Eu não quero nada... Eu só... — Suzan não me deixa completar a frase.

— Então vá embora! — A mulher volta a gritar enlouquecida e furiosa. — Suma já da minha casa!

Eu preciso fazer com que Suzan me escute e só há uma maneira de ser ouvida, jogando a coisa toda no ventilador.

— Marie foi estuprada pelo Tio Harrison! — Exclamo a pleno pulmões. O silêncio se arrasta por toda a sala, Suzan e John me olham com expressões desacreditadas.

— Você contou?! — Esbraveja a mãe de Katy. —Você contou a ela?! — Noto que os gritos são direcionados para Katherine.

— Não, mãe! A Zoey viu, através da terapia. — Isso parece deixar a senhora Olsen sem qualquer reação.

— Não é possível. — Sussurra a mulher.

— Steven Stoucker é um especialista em teoria regressiva evolutiva. Ele é capaz de fazer as pessoas reencarnadas voltarem a ver fatos da vida anterior. Zoey viu o que aconteceu com Marie naquele dia. — Explica Katherine com cautela.

— Não pode ser. Ei, garota. O que Marie estava vestindo naquele dia?! — A  pergunta é direcionada a mim.

— Um vestido azul com flores brancas. — Respondo o mais rápido do que gostaria.

Suzan me encara. A mulher parece estar em um conflito interno e seus pés caminham lentamente em minha direção, eu congelo no lugar com sua aproximação.
Suas mãos vão até o meu rosto, seu toque é suave e reconfortante.

Ela foca em meus olhos.

— Um azul e outro castanho... — A voz da senhora Olsen saí como um sussurro.

— Desde que nasci. — Respondo baixo.

Sua mão cai ao meu lado, derrotada e lágrimas molham o rosto da mulher em minha frente.

Sou pega de surpresa por um abraço desajeitado.

— Você voltou! — Eu não consigo me equilibrar com o peso da mulher em meus braços e nos duas caímos ao chão. Suzan se desmancha em lágrimas ainda atracada em mim. — A essência da minha filha.— A mulher diz entre os soluços.

— Sim.—  Falo em voz baixa.

Eu não quero estragar o momento, então aconchego a mulher em meu colo e acaricio suas costas.

Eu tenho certeza de que Marie se sente feliz em ver essa cena.

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