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♡ Capítulo 40: "...eu conheci minha alma gêmea."

Sentado nessa cadeira de acompanhante em um quarto de hospital não é como havia planejado a minha volta para a casa e sinceramente, eu não me importo. Zoey está dormindo tranquilamente e mesmo com o cabelo bagunçado e a roupa de hospital, ela continua tão linda.

Minha mente não para de reviver o episódio dessa madrugada. Zoey gritando e chorando foi uma cena muito dolorosa de presenciar. Esse foi o segundo momento mais doloroso da minha vida. O primeiro foi ter visto a Marie morrer em meus braços e não ter nada que eu pudesse fazer para impedir.

Ali naquele hospital, decidi que não poderia mais ignorar os sentimentos que Zoey me fazia sentir. Resolvi ser sincero e colocar eles na mesa.

Não tem mais volta.

Zoey também tinha sido, parcialmente, sincera comigo em relação ao seus sentimentos, até explicará sobre o motivo do seu sumiço repentino, mas ainda há algo que seu olhar esconde. A garota ainda têm algum segredo guardado para si. Eu não sei como será daqui pra frente, mas eu não vou retroceder e nem fingir que nada aconteceu.

Todo o trajeto naquele táxi, até o Hospital Rainha Elizabeth tinha sido preenchido por vários pensamentos que eram péssimos e muito negativos. Eu tive medo que pudesse perde-la novamente. Tive medo que ela fosse tirada de mim tão rápido quanto eu tinha sido agraciado com a sua volta.

Não consegui dormir direito, tudo o que me permiti foram breves cochilos e todas as vezes em que acordava sobressaltado, checava se Zoey ainda estava ali, dormindo serena. Realmente, essa cadeira não foi projetada para que os acompanhantes tivessem um bom descanso. Essa cadeira de hospital é extremamente desconfortável, assim como Zoey dissera.

Minhas costas estão me matando.

Ouço várias movimentações vinda por trás da porta. Olho para o relógio em meu pulso, o mesmo aponta para às sete horas da manhã e alguns segundos.

O dia no hospital começou.

Me levanto da cadeira, esticando os meus braços para o alto da minha cabeça, fazendo com que a minha coluna fique reta. Solto o ar devagar, enquanto abaixo os braços no mesmo ritmo. Me sinto quebrado, talvez o café ajude. Café é sempre um bom aliado em qualquer situação.

Será que Zoey também gosta de café? Na viagem, eu tinha visto a garota tomar um capuccino, quem sabe não encontro alguma cafeteira aberta por perto. Sei que na ala de refeição do hospital há uma máquina de café, mas julgando como a comida daqui não é agradável, o café também não seria. Depois de tudo o que nos aconteceu, acho que merecemos um café decente.

— Com licença. — Chamo por um das enfermeiras assim que saio pela porta do quarto.

— Bom dia. — Fala a morena sorridente.

— Bom dia, caso a garota do quarto doze acorde, pode avisa-la que eu saí para comprar café e que em breve eu volto? — Peço, com gentileza. Minha voz está mais grossa que o comum, o cansaço parece mexer com as minhas cordas vocais. — E também, peço que, por favor, não contem o resultado dos exames até que eu esteja presente. É importante para mim. Não quero que ela esteja sozinha, independente de qual for o resultado. — Pareço suplicante e a enfermeira morena em minha frente me encara com admiração.

— Claro, pode deixar. Cuidaremos muito bem dela até o senhor retornar, fique tranquilo. Ela tem sorte em ter alguém que se preocupe com ela. — O seu sorriso é sincero. — Eu não conheci muitos homens assim. — O sorriso em seus lábios vacila por um momento. Não deixo de sentir compaixão por essa jovem enfermeira, ela parece ter tido seu coração partido diversas vezes.

— Há alguns anos atrás, eu conheci minha alma gêmea, mas a perdi cedo demais. E nos últimos meses, tive a consciência de que algo que outrora eu não acreditava, é real. O amor de almas existe. Então, eu te asseguro, sua alma gêmea está por aí, procurando alguma forma de chegar até você e quando isso acontecer, você irá compreender o porquê de nunca ter dado certo com alguém antes. E ao chegar esse dia, você não terá dúvida ou medo em viver algo tão delicado e bonito quanto um amor genuíno.

A jovem enfermeira sorri de canto de lábios e agradece, posso notar que seus olhos brilham de emoção, sorrio sem jeito e levo minha mão direita até a nuca, desviando o olhar. Eu não sei em que momento eu perdi a minha postura. Nesse patamar eu já não reconheço o Keanu Davies de meses atrás. Eu estou voltando a viver e eu estou gostando bastante de me sentir vivo novamente. Tudo isso graças a Marie. Sim, ela nunca se foi de verdade, ela está aqui, naquele quarto de número doze. Dez vezes mais bonita, com uma voz muito mais doce e um olhar ainda mais penetrante.

Minha Zoey.

Essas palavras soam tão bem ditas pelo meu subconsciente.

Já fora do prédio, caminho em passos lentos pela calçada, com as mãos nos bolsos. Cenas de Zoey no aeroporto passam por minha cabeça, não consigo parar de pensar no acontecido.

Minha mente está turbinada com isso.

O que será que houve com a minha garota? O que foi capaz de colocá-la naquele estado? Eu sei o quanto a nossa mente pode nos torturar, mas eu nunca tinha visto algo como aquilo... Até o momento. O surto que ela teve outro dia não foi nada comparado com este. Estou realmente preocupado com a saúde dela, preciso saber logo o resultado desses exames.

No meio do caminho encontro uma cafeteria simples, mas que me chama bastante atenção, sem pensar muito eu entro no local. A cor do estabelecimento é de um salmão suave, as mesas são todas brancas, assim como as cadeiras, o lugar exala um maravilhoso cheiro de café. Pelos quadros nas paredes consigo deduzir que os proprietários se inspiraram na antiga Paris. Vou guardar esse lugar com vigor em minha mente, ele é tão aconchegante que consigo visualizar com exatidão Zoey e eu sentados em uma dessas mesas, ela sorrindo e me contando como foi seu dia no trabalho e eu, resmungando, queixando me de tantos artigos para corrigir.

Sorrindo como um adolescente apaixonado, faço o meu pedido: um café preto moído e passado na hora, acompanhado de um croissant tradicional, que cá entre nós, me faz sentir que eu realmente estou na França, o sabor é incomparável. Posso dizer com propriedade, o melhor croissant do Reino Unido pertence a este lugar.

Após terminar o meu café da manhã, me dirijo novamente até o balcão. Marie, assim como eu, gostava dos croissant tradicionais, mas para Zoey, eu peço dois croissants, um tradicional e um doce. Caso ela opte apenas pelo tradicional, será mais uma prova de que Zoey possui a alma de Marie e se por ventura, ela escolher o croissant doce, não irá mudar em nada. A certeza de que Zoey é a minha falecida esposa arde em meu coração.

Fico admirado com a perfeição com que eles embalam os pedidos. O capuccino é servido em uma garrafa térmica de verdade e não naqueles copos plásticos que costumam vir em todos os lugares. Os croissants estão bem colocados em uma pequena vasilha descartável. O papel é de um salmão muito bonito, da mesma cor do estabelecimento, na embalagem está desenhado a Torre Eiffel* e o nome da cafeteria, Café DiLa Flores*.

Pago por todos os pedidos e me despeço com gratidão. Volto com mais pressa do que havia vindo, não quero que os croissants de Zoey esfriem. Por todo o percurso de volta ao hospital, eu imagino o seu sorriso.

Quero muito agradar a Zoey e vou fazer o meu melhor para isso.


*Torre Eiffel é um famoso ponto turístico da França. Foi inaugurada em 31 de Março de 1889, para a Exposição Universal de 1889. A Torre foi construída para honrar o centenário da Revolução Francesa. A Dama de Ferro é um símbolo de luta e de orgulho por terem conquistado a tão sonhada liberdade.

Café DiLa Flores* não existe, é um nome fictício.

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