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♡ Capítulo 37: "Posso te fazer companhia?"

O dia está mais complicado do que imaginei que seria. Após o episódio com Margareth eu me sinto horrível e extremamente culpado. Eu não deveria ter dormido com ela, isso é mais um ato insano na lista de Keanu Davies.

Minha cabeça está martelando, uma dor insuportável. Meu corpo também não está no melhor estado essa manhã, parece que eu entrei em uma luta corporal com o Incrível Hulk e ele fez de mim seu saco de pancadas particular.

Vasculho por toda a minha bagagem procurando por algum analgésico que possa aliviar a minha dor de cabeça, prometo a mim a mesmo que se eu conseguir sobreviver ao dia de hoje, eu nunca mais abuso do uso de bebidas alcoólicas. Claro que não vou cumprir, isso é uma promessa vã.

Me sento frustrado observando a bagunça que eu fiz na mala, tudo isso para nada. Não há nenhum remédio para dor. Eu sou um homem adulto e não sei organizar uma mala. Aparentemente, eu só sei sofrer e fazer merda.

Quando viajava com Marie, ela sempre colocava algum medicamento na bolsa em caso de acontecer alguma coisa. Eu zombava dela, dizendo que era demais. Um peso a mais na bagagem. Mas, olha para mim agora: Estou com uma mala toda revirada, com uma dor de cabeça alucinante e faltando poucas horas para o voo de volta para o Reino Unido.

De saco cheio deixo todo a bagunça em cima da cama e vou tomar um banho. Deixo a água quente levar toda a preocupação do dia e todos os acontecimentos da noite anterior também. De fato, essa será uma viagem muito marcante.
A viagem que deu tudo errado, pelo menos, em suas horas finais.

Saio do chuveiro congelando. Água pinga do meu cabelo para as costas, ela já não é tão quente quanto estava minutos atrás. Tiro a toalha que está enrolada em minha cintura e passo em meu cabelo. Ele fica todo bagunçado, porém não me importo com isso agora, quero me agasalhar.

Coloco uma blusa social azul marinho, uma calça sarja preta e sapato também preto. Esborrifo um pouco de perfume no pescoço e peito. Passo as mãos pelos fios de cabelo molhado desfazendo alguns nós, em seguida pego o pente e começo a pentear os fios castanhos, deixando o cabelo um pouco mais apresentável.

Por mais que estivesse me sentindo péssimo, eu não posso deixar que meus alunos notem isso.

Ainda falta alguns minutos para o café da manhã do hotel, não estou com fome, mas preciso comer alguma coisa antes do voo. Quero aproveitar também para pedir algum comprimido para dor na recepção. 

Antes de descer para o primeiro andar do hotel, começo a arrumar toda a bagunça que fiz. Tive que voltar diversas vezes até o banheiro por esquecer algumas coisas que precisava colocar na mala. Retiro minhas camisetas dos cabides no armário e antes de guarda-las, paro novamente em frente a janela, para observar a vista. O vento bate forte nas folhas das árvores e as mesmas parecem dançar ao seu sopro ou talvez isso fosse coisa da minha cabeça, a dor está me fazendo delirar. Com as camisetas em mãos, volto para a cama e as dobro, colocando-as na mala logo em seguida, fecho o zíper e suspiro.

Em breve estarei em casa.

Desço as escadas indo em direção a recepção. Passo a mão pelo cabelo úmido enquanto espero para ser atendido no balcão.

— Em que posso ajudar, senhor? — O recepcionista pergunta para mim, após entregar a chave para uma moça ao meu lado.

— Gostaria de pedir um analgésico. Abusei da bebida no bar ontem, estou com uma dor de cabeça horrível. — Massageio a minha têmpora com as pontas dos meus dedos.

— Só um minuto, senhor. — O homem diz, saindo do meu campo de visão e não demora muito e o mesmo está de volta com um pequeno comprimido de Advil em mãos. Agradeço com um meio sorriso e saio, me dirigindo para o refeitório.

Ainda não vi Margareth ou Zoey. Na verdade, só dessa vez, eu queria poder evitar de ver Zoey. Minha mente já está perturbada demais e vê-la sempre tão linda, não vai me ajudar muito. Porém, Zoey é tão brilhante que não tem como evita-la.

Meu café da manhã precisa ser bastante reforçado e com esse pensamento, apanho meu café preto de sempre e mais alguns bolinhos que me chamaram a atenção. Engulo o comprimido seguido de um gole longo de café. Esse café está mais forte do que o da manhã passada e agradeço internamente por isso. Um dos bolinhos está recheado com uma fruta que eu não conheço, é vermelho e tem um gosto meio agridoce, combina perfeitamente com a massa leve do bolinho. O sabor é de salivar os lábios, com certeza me lembrarei de perguntar para a cozinheira do que são feitos.

De repente, sinto todo o ambiente congelar ou foi eu quem congelou? Vejo Margareth passando pela recepção e vindo em direção a ala de alimentação. Seu rosto parece de alguém cansado, mas não há nenhum traço de que havia chorado em meu quarto. Seus olhos esmeraldas estão brilhantes e ao passar por mim, Margareth lança um pequeno sorriso.

Será que realmente estamos bem? Questiono a mim mesmo.

Então porque me sinto tão culpado?

Não consigo retribuir o sorriso, acabo de me perder em orbita quando outra pessoa aparece em meu campo de visão.

Zoey.

A garota usa uma camisa cor de vinho. Parece ser um tecido de veludo, ela está usando uma saia rodada, uma espécie de couro sintético e a mesma bota de ontem. A minha garota está com um colar no pescoço. Seu cabelo está livre e parece mais brilhoso do que nunca.

Me perco nela por um instante, mas logo volto a consciência quando vejo Margareth se sentar na mesa da frente. Eu não consigo ficar no lugar. Pego meu café e os bolinhos e caminho até a mulher loira.

— Posso te fazer companhia? — Pergunto. Margareth parece surpresa e um pouco incomodada com a minha presença.

— Pode, desde que em silêncio. Estou com dor de cabeça. — Ela me olha de relance e volta a atenção para o seu café da manhã. Estou um pouco desconfortável com a situação, mas eu não quero retroceder.

— Quero me desculpar novamente pelo que aconteceu. — Sussurro.

— Tudo bem, eu entendo agora. Quando saí de manhã, alguns alunos estavam andando pelo corredor.

— Eu me sinto tão culpado. — Confesso mais uma vez.

— De ter saído sem avisar ou por ter dormido comigo? — Margareth sussurra essa segunda parte, apenas para nós dois.

— Por ter saído. — Pego em sua mão em um impulso. —  Eu não me arrependo do que aconteceu entre a gente. Quer dizer, cheguei a pensar que não deveria ter feito, mas, se voltasse atrás, faria novamente. — Sou sincero ao encarar os seus olhos verdes e sinto meu peito se aliviar um pouco.

— Isso é bom. — Margareth solta de minha mão e morde o croissant, espero impaciente até que termine de mastiga-lo. — Não se sinta culpado, Keanu. Somos adultos e podemos passar por isso. — A mulher sorri gentil. Seus olhos parecem esconder o que de fato sentem, mas eu não quero forçar ela a dizer seus sentimentos novamente, eu só quero trazer um pouco de conforto, afinal, eu a magoei.

Terminamos nosso café em silêncio, assim como Marg pediu, somente alguns sorrisos tímidos foram trocados entre nós.

— Eu quero de verdade saber o que tinha nesse bolinho que comi, é algo como uma geleia vermelha, mas não soube identificar do que. — Confesso para Margareth.

— É goiabada. — Ela diz, enquanto coloca o copo e o prato na divisão entre a cozinha e as cozinheiras. Margareth se vira para mim pegando o meu copo e colocando-o no mesmo lugar que os dela.

— É gostoso. Qual a origem da fruta? — Quero saber. Levo as mãos aos bolsos enquanto aguardo pela resposta.

— Você não espera que eu realmente saiba disso, não é? — Margareth sorri ironicamente.

— Desculpa, eu só estou curioso. — Lanço um sorriso envergonhado e coço a nuca com uma das mãos.

— Venha, vamos avisar os alunos que depois do café eles terão que pegar as malas no quarto. — Confirmo com a cabeça e a sigo obediente.

Enquanto sigo Margareth, sinto meu coração ficar menos pesado. Mesmo após termos conversado em meu quarto, alguma coisa ainda não parecia resolvida para mim. Eu ainda sentia algo pesar em meus ombros e esse café da manhã com Marg, fez com que toda a culpa e o desconforto pelo que aconteceu entre nós dois fosse realmente deixado para trás.

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