Para Além do Inverno, Primavera, Outono e Verão.

10 anos depois, Inverno em Kurohk.

No meio da floresta de inverno, um lobo ômega muito raro corria feliz da vida entre as árvores. Atrás dele estava seu alfa, que adorava ver seu pequeno travesso todo feliz no meio de uma caçada, ainda mais quando era inverno, a cor azul de Hento era tão incrível que parecia que o inverno era dele.

Dez anos já havia se passado, Hento ainda era chamado de meu pequeno pelo seu alfa e ele seria o pequeno de Nap para sempre, assim como Nap sempre seria seu alfa. Muitas coisas aconteceram nos últimos anos.

Nap e Hento estavam praticamente iguais, uma vez que lobos demoram a envelhecer, Manroar estava recuperada e próspera. Yuma o irmão de Hento se casou com uma beta, foi uma outra quebra de paradigmas da sociedade.

A bela beta negra se chamava de xevis foi bem recebida pela família. Já Dakota e May para felicidade de Hento se uniram, hoje o casal tem um belo filho que adora passar seu tempo brincando com os filhos de Nap e Hento. E Dakota passou a viver em Kurohk e era um dos principais braços direitos de Nap.

Depois da revolução de Hento, o mundo novo nunca mais foi o mesmo, agora por todo o mundo os direitos dos ômegas eram reconhecidos e eles tinham direitos iguais a de todos os alfas, assim como os betas também os tinham, ninguém era mais visto como um ser inferior, assim tanto Hento por sua coragem e Nap por sua força foram eternizados.

A revolução de Hento, assim foi dado o nome, entrou para os livros de história e era a principal revolução que já havia tido no mundo novo.

Hoje Hento, era o principal comandante do clube de lutas de Kurohk, assim como ele, outros ômegas também participavam dos treinos, e claro que nem todos queriam lutar, mas aqueles que quisessem aprender eram bem-vindos.

Os tempos eram de paz, e mesmo que tivesse algum inimigo a espreita, ele não ousaria se meter com o alfa lúpus e o ômega da lua.

Hento e Nap tiveram três filhotes, Piety sua bela alfa lúpus de outono, que já estava com 10 anos. Depois veio seu lindo bebê de verão, Ambrose, um belo alfa de cabelos cinzas, quase brancos e cacheados.

E por fim o caçula deles que era o ômega lindo de primavera, Benjamin. Tanto os papais como os irmãos eram todos bobos por ele.

Benjamin ainda era um filhote de três anos e Hento morria de medo de deixar o mesmo sozinho, Nap sorria sempre e perguntava se agora Hento entendia o sentimento de proteção, e a contra gosto, o ômega da lua deu os braços a torcer.

Sim, agora ele entendia, na verdade ele começou a entender no momento que segurou a sua filha Piety nos braços. Hento os protegia, mas sempre os dava a chance de viver livres e de fazer as própria escolhas e se as escolhas fossem as errada, ele e Nap sempre estariam ali para os filhos.

Depois de anos e de muitos invernos. Mais um chegava aquele ano, ah, o inverno era estação preferida deles, foi no inverno que Hento nasceu, foi no inverno que eles se conheceram, e naquele inverno depois da caçada ambos já em suas formas de homens, se beijavam loucamente em uma relva de flores azuis. Ofegantes eles interromperam o beijo em busca de ar.

— Quer me fazer perder o fôlego, senhor meu marido? — disse Hento sorridente.

—Eu já perdi o meu a muito tempo, meu pequeno ômega. Que tal a gente aproveitar essa tarde de inverno e fazer amor aqui na nossa relva?

Hento abriu um sorriso de felicidade e disse:

— Não importa que estação seja, a gente sempre faz amor na relva: Inverno, Verão, Outono e Primavera.

Nap beijou delicadamente o nariz de Hento e disse:

— E nos dois sempre tivemos uma escolha.— Nap se lembrava de todas as vidas deles, nas outras estações e outros tempos. — E eu sempre escolhi você.

Hento se emocionava toda vez que se lembrava que sempre pertenceu a Nap, assim como Nap sempre foi dele. Existia algo de único em saber que ambos sempre se amaram em todas suas vidas anteriores. E que nem mesmo tempo foi capaz de separar aquele amor.

— E eu sempre escolhi você. —disse Hento emocionado.

— E nossas escolhas fez toda diferença, seja elas em uma floresta de inverno, verão, outono ou primavera. Meu caminho foi e sempre será você, sempre. — sussurrou Nap. —Já estamos em nossa eternidade e nos relembramos de tudo. Eu sempre te amei com mesma intensidade, você sempre foi minha vida.

— E você a minha. Eu te amo com a mesma intensidade de sempre. Seja em qualquer floresta, uma eternidade só nossa, sempre foi um caminho e uma escolha. Essas escolhas nos trouxeram até aqui,  fizeram nosso amor desafiar  o tempo.

—Na primavera e verão...— sussurrou Nap.

—No outono e inverno. —sussurrou Hento.

—Eu te amo.—disse ambos. E por fim, se amaram naquela bela tarde de inverno.

Naquela linda relva que sempre foi deles— não importasse qual floresta fosse, nem qual estação era— eles sempre se escolheram, eles sempre se amaram, afinal sempre foi um só  caminho,  e isto fazia toda a diferença.

Fim da série.