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🌬 Capítulo 1 - Um Ômega Diferente🐺


Inverno de 3897, alcateia de Manroar.

O som estridente da campainha lembrava Hento que era hora de entrar na sala de aula, ele estava no primeiro semestre da faculdade de designer. Com o passar do tempo, o mundo novo conservava algumas coisas do mundo velho: As universidade e escolas eram duas dessas coisas.

Embora uma boa parte das profissões que existiam naquele tempo foram totalmente extintas, algumas ainda existiam como: medicina, arquitetura…coisas que nem o tempo era capaz de apagar. Desde que o mundo é mundo haviam médicos e professores, não importa quantos meteoros caiam na Terra.

Hento suspirou e colocou suas mãos dentro do casaco, era inverno, sua época preferida do ano. Ele amava a neve e achava que os campos de flores ficavam encantadores naquela estação.

Claro que também houveram muitos impasses, um deles foi que no início do mundo novo ômegas não podiam estudar de forma alguma, levou anos até que fosse permitida a entrada de um ômega na escola. Quando permitiram eles não podiam frequentar o mesmo espaço de um beta ou alfa. O motivo? Bem, vinha da sociedade os achar raros e sensíveis demais para se misturarem com os outros.

Foram anos de batalha para que os ômegas pelo menos tivessem o direito de estudar e de se misturar com os outros, pelo menos nas escolas e universidades. Claro que na época do Cio eles eram dispensados, nenhuma escola aguentava um ômega na época do Cio, eles já tinham um cheiro doce por natureza e quando no cio esse cheiro ficava mais forte. E bem, eles ainda eram vistos como seres raros e sensíveis, e não importava que eles estudassem, no fim o ômega sempre acabava prenho e cuidando do lar.

Hento revirava seus olhos azuis em deboche, ele amava desenhos, sempre amou. Por isso não foi difícil escolher o que iria fazer da vida, ele queria ser um grande pintor, até aí não tinha problema. O problema veio quando ele se deu conta que sua sala era repleta de ômegas risonhos, sensíveis e delicados. Eca! Ele quase correu para sua casa quando se deu conta naquele terrível dia, o dia que percebeu que teria que conviver com aqueles ômegas.

Quem o via falando imaginava que ele era um beta, mas não era. Hento se lembrava perfeitamente do pior dia da sua vida. Há dois anos atrás, precisamente no inverno quando fez 18 anos. Ninguém sabia ao certo seu status, uma vez que até os 18 anos Hento ainda não havia se transformado em lobo, diferente de seu irmão que era um alfa e sua irmã uma beta.

De uma coisa ele tinha certeza, ômega ele não era, pois ele era muito atrevido e curioso para ser um, não tinha delicadeza e nem um pingo de graciosidade em Hento. Seus pais sempre o protegeram, pois segundo eles, Hento quase nasceu morto, então ele teve que conviver a vida toda com a proteção exagerada dos seus pais.

Mas ele não se dava por vencido, quanto mais seus pais o protegiam mais trabalho ele dava, era de sua natureza ser impulsivo. Mesmo sua mãe dizendo que ele era especial e protegido pela deusa da lua — Uma deusa que ele nunca viu— o fato era que ele nunca se sentiu especial, e de certo seu cabelo azul era uma anomalia genética e do seu lobo não ter aparecido até os 18 anos se resumia ao fato dele ser um beta cinza preguiçoso, só de virar lobo e ter quatro patas ele sentia preguiça.

Porém não foi bem assim que o destino quis, em seu aniversário, Hento descobriu o quanto estava enganado. No começo do inverno de dois anos atrás, ele estava revirando os olhos impaciente pela centésima vez naquele dia, e tudo porque seus pais sempre ficavam melosos no dia de seu aniversário, se dependesse de Hento, ele estaria com seu enorme fone de ouvidos verde gigante, sozinho deitado em alguma relva no meio da floresta ouvindo suas músicas preferidas.

Mas não, o líder e rei Ake Manroar quis fazer daquela data algo grandioso. Com sua cara de tédio e com o maior bico que sua boca podia fazer, Hento não teve alternativa a não ser ficar, ele deu de ombro para si mesmo e disse que pelo menos tinha bolo, fez uma nota mental que iria comer aquele bolo inteiro sozinho. No grande baile que seguiu sua festa, Hento teve que passar pelo constrangimento de receber felicitações de quem ele nunca nem viu. Todavia  aquele dia ficaria marcado como o inverno que mudaria para sempre sua vida, não somente a sua, como a de todo seu povo.

Tudo começou quando ele tinha acabado de discutir com a sua irmã Cat, essa por sua vez estava com a maior cara de bunda e nem tentava disfarçar. Depois da discussão, Hento foi se encher de bolo, até que do nada sentiu seu corpo ficar quente. Inesperadamente ele colocou sua mão suada na têmpora e constatou que ele estava mais quente que o normal, logo ele começou a arfar, será que seu lobo beta finalmente deixou de preguiça e resolveu dar as caras? Hento tinha um desejo secreto de sair junto com as sentinelas nas caçadas, sua família nunca permitiu que ele fosse, quem sabe depois do seu beta aparecer, seus pais poderiam mudar de ideia.

Hento sorriu feliz com a expectativa de sua transformação, feliz e ofegante chamou seus pais para que vissem que ele finalmente iria se tornar um lobo. Quando notaram a voz do filho caçula diferente, o casal correu para perto do menino, depois de quase perder Hento no nascimento, o casal se tornou um tanto protetor com o filhote caçula. Hento franziu o cenho em confusão quando sentiu um cheiro incomum sair dele, era uma mistura de rosas das relvas com morangos silvestres.

—Não, não, não! — Ele sussurrou para si mesmo em desespero.

Enquanto seus pais o fitavam com adoração, ele estava vivendo uma crise interna de negação. Ele não podia ser um ômega, aquilo não estava acontecendo. Mas como é que o destino zombava dele? Seu corpo alcançou uma temperatura inimaginável, era um processo doloroso: Os ossos se alongavam violentamente e mudavam de forma, movendo-se por vezes tão drasticamente que chegavam a romper a pele. Do início ao fim, a transformação levou alguns minutos e o resultado final foi uma criatura em forma de um belo lobo azul. Quando ele estava como lobo não sentia a dor da transformação.

Ele pôde ver seu pai se ajoelhar em devoção e todas as outras pessoas também, até sua irmã estava perplexa e ele sabia o motivo —Era um ômega da lua— isso explicava porque ele era diferente. Um sorriso cruzou seus lábios. Naquele dia ele saiu correndo feliz pela floresta, ele realmente era diferente e havia encontrado seu lugar no mundo. Quem sabe agora seu pai permitiria que ele se juntasse a matilha nas caçadas.

Engano dele, seu pai não só não permitiu, como passou a protegê-lo mais ainda, se era que aquilo fosse possível,  segundo ele um ômega da lua era raro e só aparecia a cada cinco décadas e se a deusa da lua o fez um ômega dela, era porque ele tinha um destino. Hento ficou rebelde com todo esse cuidado, agora até seu irmão passara protege-lo e sempre que o ômega ia reclamar com a mãe, ela dizia:

—Querido, seu pai e seu irmão sabem o que fazem, você é muito especial para andar sozinho, se as outras alcateias souberem que em Manroar há um ômega da lua, teremos muitos problemas com sua segurança, também precisamos te guardar para seu alfa...

Ele não deixava sua mãe terminar, subia pisando duro para seu quarto. Hento era um passarinho preso, que queria correr em liberdade, mas tudo que ele ganhava em troca era proteção. Sua condição o fazia sonhar com seu alfa, o seu Companheiro predestinado, não que ele fosse como os outros ômegas que sonhavam com o alfa encantado, Hento estava longe disso.

Ele imaginava que quando seu companheiro chegasse, finalmente poderia conhecer a liberdade, sair correndo livre pela floresta, caçar. Tudo isso que não podia fazer em sua vida.

Mas seu alfa não chegou, sua liberdade também não, Hento mal sabia como conseguiu entrar na faculdade, talvez porque seu pai entrou em desespero com sua greve de fome. E também porque ele era o " ser raro de Manroar" ninguém iria ousar mexer com ele. De volta aquele som da campainha, ele respirava fundo para ter que lidar com as próximas 4 horas com aquele bando de ômegas chatos e melosos.

Quando ele entrou, os ômegas se encolheram de medo, eles ficavam assustados com a impulsividade e personalidade forte de Hento. Suspirando impaciente o ômega da lua foi até sua mesa que ficava no final da sala, seu fone de ouvido o fazia relaxar, ele puxou a cadeira, abriu um chocolate e o enfiou inteiro na boca. Até que do nada sentiu uma mão delicada roçar seu ombro. Quem seria o tolo?

— Você sabia que não é de bom tom para um ômega comer feito um animal? Se você fosse membro do clube dos ômegas de Manroar, saberia disso e também iria aprender a se vestir de maneira melhor. — terminou o ômega corajoso.

O clube que ele falava era dos ômegas de Manroar, nele um ômega aprendia boas maneira e como ser um ômega de classe. O sonho dos seus pais, era que ele fizesse parte, afinal o filho do rei que era o ômega mais raro de Manroar não fazer parte, era no mínimo estranho. Mas toda vez que seus pais falavam em leva-lo, ele fazia a maior birra, nenhum alfa no mundo seria capaz de arrasta-lo até o clube. Assim Hento suspirou, e com cara de pouco caso olhou para aquele ômega inconveniente e disse:

—Engraçado que você faz parte dele e não aprendeu que não se deve incomodar uma pessoa, eu por exemplo. Não pedi sua opinião, mas já que você está aqui, por que não pega sua opinião e vai para inferno  com ela? — despejou Hento piscando os cílios.

O outro ômega ficou vermelho de vergonha e começou a chorar. Pronto! Mais um ômega que ele fez chorar.

—Chorão! Não aguenta nem ouvir a verdade e quer se meter na minha vida, vê se pode uma coisa dessa.

Colocando seu fone de ouvido, ele viajou até sua aula terminar. De volta para o palácio, ele encontrou seu melhor amigo Dakota, um belo negro e alfa. Todos poderiam achar estranha a amizade entre um alfa e um ômega da lua, porém eles eram amigos antes de Hento saber sua condição, e depois os lanços de amizades deles ficaram mais fortes.

O líder permitia à amizade, ele sabia que com Dakota por perto seu filhote sempre estaria protegido. E por sua vez, Dakota não ligava por ter um amigo ômega, o cheiro único de Hento até poderia enfeitiça-lo, mas o alfa lembrava para si mesmo que Hento tinha um predestinado e que um dia esse alfa chegaria.

—Como foi sua aula? Fez mais um ômega chorar?

—Eles são muito sensíveis. —respondeu Hento, revirando os olhos e fazendo uma careta que o deixava engraçado.

Dakota gargalhou alto e disse:

— Esse é meu garoto.

Enquanto Hento trocava de roupa, seu pai pediu para ter um particular com Dakota e o irmão mais velho de Hento, Yuma. Na hora do jantar estavam todos reunidos a mesa, Hento brincava com os legumes em seu prato, aquela era outra parte chata de sua vida, seus pais não o deixam comer comidas que, segundo eles, eram impróprias. Assim o ômega teve que virar um verdadeiro traficante de chocolate e outras comidas. Sua irmã Cat estava, como sempre, com a cara de bunda, Hento podia ouvir a reclamação dela na mesa.

—Quando vocês vão convidar o poderoso alfa Nap para vir até nossa alcateia? Ele é o alfa mais poderoso que existe, não acredito que papai ainda não tenha tido assuntos com ele.

—É claro que conhecemos o alfa Nap, ele é um dos poucos alfas lúpus que existe, mas minha filha, você sabe o que isso significa, que ele só pode viver com  o seu ômega predestinado.

E ali estava, a explosão da sua irmã, ela olhava para Hento ressentida, porque ele era tudo o que ela desejava ser. Só que Hento não abaixava a cabeça para as maldades de sua irmã, isso não. Quando era pequeno ele corria até ela, em busca de afeto, mas ela sempre o empurrava e destratava, assim o ômega cresceu sabendo que não teria o afeto da irmã.

— É claro, eu não sou uma ômega. — Ela disse ácida.

Hento deixou de prestar atenção em sua irmã e na paixão dela por um alfa irritante que ela nem mesmo conhecia. E prestou atenção na conversa que rolava entre seu pai, irmão e o amigo Dakota.

— Parece que foi solicitada nossa ajuda. Uma alcateia de um amigo foi invadida por lobos de uma matilha desconhecida. Eles solicitaram a ajuda do líder Nap também, mas Kurohk, a matilha de Nap que é a mais poderosa e  também a mais distante, e até eles chegarem poderia ser tarde demais.

— Partiremos hoje mesmo pai? —questionou Yuma.

—Sim filho.

—Posso ir com vocês? —perguntou Hento com expectativa.

— Filho, já conversamos sobre isso. Fique aqui com sua mãe, um campo de batalha não é lugar para um ômega, ainda mais para um como você.

Assim os três alfas se levantaram, Dakota deixou um olhar de compreensão para o amigo, ele sabia que o sonho de Hento era participar de uma batalha.

Hento cravou suas garrinhas em seu próprio pulso e sussurrou para si mesmo:

—Não é, né? Vamos ver se eu não vou.

O que Hento não sabia, era que sua vida não mudaria naquela noite de inverno, ela começou a mudar a vinte anos, no dia do seu nascimento.

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