Capítulo 30 (Parte 2) - Eduardo
Talvez eu esteja alucinando...
Não pode ser possível!
O trajeto todo de volta ao prédio, eu só conseguia pensar na maneira como eu conseguia me sentir perto da Bianca, vez o outra eu olhava para ela que cantava distraída a música do Sam Feldt enquanto tirava sujeira de suas unhas.
Eu não acredito no que eu estou vivendo, se recomponha Eduardo!
Ela com certeza tem um ímã que puxa toda a minha atenção até ela, e eu como um tolo metal, atendo essa magnética inexplicável
- Tem como parar em algum posto de gasolina próximo? - perguntou interrompendo sua cantoria
- Não tem nenhum posto de gasolina próximo dessa região. Posso saber o porquê desse pedido inusitado? - perguntei
- Nada. Só...tente chegar em casa o mais rápido possível por favor - falou desviando o olhar para fora da janela
Mais alguns metros ela retornou a pedir para que eu acelerasse acho que pela 3 vez, e inconformado com a insistência resolvi falar
- Porque toda essa pressa para chegar em casa? Está tão desconfortável assim comigo? - indaguei atordoado
- Não que sua presença seja de todo bom, mas ela não é o principal fator que está me incomodando hoje e a não ser que queira que eu molhe o seu carro todo devido a minha bexiga cheia ou pare em um posto de gasolina o mais rápido possível, ou o ambiente vai ficar um pouco menos agradável em bem breve - disse ela um pouco(muito) exasperada
Sem questionar mais, apenas consentindo levemente com a cabeça eu acelerei o carro e poucas quadras antes do prédio Bianca falou novamente
- Para o carro - apenas
- Oi? Falta só mais um pouco aguenta aí - Respondi
-É SÉRIO EDUARDO PARA, PARA LOGO O CARRO - Gritou apertando o apoio de mão
parei o carro em um acostamento próximo ao mato e a observei caminhando na direção do mesmo - Fala serio? Você não vai urinar aí vai? - ela apenas sinalizou com o dedo para que eu fechasse o vidro - Fala sério Bianca qualquer um vai te ver aí
ela olhou para os lados constatando que o movimento de carro era considerável o bastante para que vissem ela, percebendo isso ela se aproximou novamente da janela do carro
- Desce do carro - ela pediu e respondeu o em seguida o meu questionamento do porque - é sério eu vou precisar da sua ajuda
Sem entender para o que a minha ajuda seria necessária obedeci como um fiel cachorrinho
- Olha o plano é o seguinte, você vem junto comigo e segura a sua blusa como uma parede e vira de costa - falou indo para o local mais escuro
- Sem condições, você só pode ser louca - falei analisando esse plano horrível
- Para de ser idiota, não seria a primeira vez que faria isso e caso não aceite eu vou me aliviar dentro do seu carro, então só faz logo o que eu estou falando - falou mandona como sempre
- Isso não vai dar certo - murmurei tirando a camisa e estendendo a blusa, e ela fez um sinal para que eu virasse de costa e bufei em represália
Assim que me virei ela me chamou de novo
- O quê foi agora garota? - falei já exausto dessa situação
- Você está muito perto, eu não vou conseguir - ela falou levantado de novo
- Eu estou de costa agiliza o processo aí porquê a noite não está exatamente quente para eu ficar sem camisa. - pontuei
- Você está próximo o suficiente para ouvir e já estamos em uma posição mais do que constrangedora agora
- A gente já tinha chegado em casa sem essa sua enrolação toda
- Já sei - falou - Começa a cantar
- Você está louca? Eu não vou cantar - Respondi firme
- Canta logo - estava prestes a negar mais uma vez quando senti a pressão de um tapa na minha nuca - CANTA LOGO!
Qual o objetivo dessa idiotice? - Acho que pensei alto porque logo obtive um retorno
- Só faz o que eu estou falando - e obedeci e escolhi cantar a musica que ela estava cantarolando no carro a pouco - Mais alto!
Percebi que ela estava fazendo porque....- AAAA BIANCA FALA SÉRIO ESTÁ RESPINGANDO NO MEU PÉ CARA!
- CONTINUA CANTANDO! - Gritou
- Eu vou mandar meu sapato para sua casa para você lavar, esteja ciente - respondi e mais uma vez como um cão adestrado voltei a cantar, e sem nenhum obrigada ela saiu andando na minha frente e entrando no carro.
Inconformado usei a camisa para limpar o meu sapato e me direcionei de volta ao carro, assim que entrei ela estava na mesma posição de antes com a cabeça virada para o vidro dessa vez sem cantarolar, me virei e joguei minha camisa para trás
- De nada a propósito - falei bem próximo ao seu ouvido e posso estar
doente a um estado alucinógeno, mas juro que a percebi estremecer
- Não tenho porque te agradecer uma vez que minha bexiga deverás resistente do passado, se encontra mais sensível devido a uma gravidez totalmente indesejada - falou irredutível
- Você fala como se o erro fosse meu e não da clínica - retruquei
- Garanto que não fui eu que te obriguei a doar, vender seja lá qual merda que você se sujeitou a fazer naquela mesma clínica.
- AHHHH é assim que a gente está jogando então, meu amor?- falei carregando fortemente a ironia. - Porque devo ressaltar que você também foi a clínica por livre e espontânea vontade, se eu errei você também e não acho que estejamos em pé de julgamento depois do que eu me sujeitei hoje.
- Eu não obriguei ninguém a absolutamente nada - falou baixinho sabendo que a verdade não era bem essa.
- Nem você acredita no que você falou, mas para sua extrema sorte eu estou muuuiiito caridoso essa semana, sendo assim eu - Antes que eu finalizasse a fala o meu estomago ronca, atraindo a atenção dela pela primeira vez desde de que entramos no carro ao que parece notando apenas agora que estou sem camisa - eu aceito, apenas por hoje, um prato de comida feitas diretamente pela sua mão, nada de delivery.
A resposta demorou um pouco para vir, percebi que ela estava desconcentrada, quando notou que eu percebi deu um pigarro e retomou a conversa - E quem é que te garante que o ingrediente principal do seu prato não vai ser veneno?
- Por isso que eu vou estar na sua casa olhando passo a passo do modo de preparo - Ela me olhou indignada, com o ar brincalhão
- E quem é que em suma consciência te falou que eu vou ao menos cogitar a sua entrada na minha casa, meu amor? - eu, meu cérebro e até o idiota do meu coração sabe que a última parte da frase foi totalmente irônica, mas isso não impediu que a minha respiração ficasse pesada, meu corpo arrepiado e mais uma vez o meu tolo coração descompassado.
- Não é como se você conseguisse me impedir de qualquer maneira - falei entrando no estacionamento do nosso prédio, desci e peguei minha blusa no banco traseiro - e não pense que eu esqueci o fato de que você vai lavar minha blusa e o meu sapato, eu não estava blefando.
- Aí você acordou e percebeu que era um sonho - falou enquanto chamava o elevador para subirmos
- Você acha que não, eu vou deixar bem na sua cama e se possível me entregue passada também. Você sabe eu sou exigente com as minhas coisas - falei dando uma piscadinha enquanto as portas do elevador se fechavam
nós subimos os andares no silencio típico e digno de um elevador e assim que ele parou no nosso andar, ela ficou parada no mesmo lugar - Você não vai descer - a questionei?
- Só mais um segundinho - falou erguendo o dedo indicador, voltei para trás para entender o que tanto a prendia, minha falha, porque assim que eu adentrei o elevador o suficiente ela saiu correndo dando gargalhada e aporta se fechou em seguida
Observei a andando calmamente dando altas gargalhadas, se virando assim que ouviu o som do elevador avisando a abertura da porta, instantaneamente ela começou a correr e eu atrás dela rodando a camisa que eu tinha limpado os sapatos como se fosse uma corda, nossas risadas preenchiam o corredor e chegando perto do apartamento dela eu consegui a alcançar a prendendo na parede com a camisa envolta dos seus braços.
- Você está muito saidinha hoje Bianquinha - falei próximo o suficiente para sentir nossas respirações se ricocheteando e instintivamente meu olhar foi direcionado a boca dela e sentia ela fazer o mesmo
- Sabe, você não consegue lidar bem com uma brincadeirinha - falou ela e eu senti uma certa urgência na sua voz
- Oh, eu sei, eu sei muito bem.... - falei aproximando ainda mais os nosso rostos
- Sabe de outra coisa? eu sinto que você está próximo de mais de alguém que você despreza tanto - falou com a voz cadente
- Sabe de uma coisa também, eu não sinto muitos esforços da sua parte para me afastar - falei próximo suficiente dessa vez para sentir seus lábios tremeluzirem aos meus
Foi o tempo de eu encerrar a fala para escutarmos um pigarro próximo o suficiente para fazer a Bianca me arremessar para o lado oposto do corredor
- Pelo amor de Deus jovens, tenham compostura. O amor é lindo, mas preservem a sua intimidade, ainda estão em um corredor com acesso a outros moradores, ninguém precisa estar ciente da suas intimidade. - Eu pedi desculpa sem me preocupar em a corrigir de que não éramos um casal, enquanto a Bianca permaneceu petrificada - Isso é degradante a juventude de hoje realmente está perdida?
~~~🌸~~~
Quem mais aí também sentiu saudade das confusões desses dois?
Bem-Vindo se você é novo! Me desculpe se você já acompanhava 👉🏾👈🏾
Tenho que admitir, " Vocês não sabem o prazer que é estar de volta"
Não vou encher que vocês com pedidos de desculpas, porque acredito que vocês já estejam calejadas, no entanto muito obrigada aqueles que ainda permaneceram aqui para acompanhar essa trajetória, eu sou imensamente grata a todas vocês. Eu pretendia bem mais para esse capitulo, mas os contratempos me bicotaram, e para não deixar vocês sem nada, por mais uma eternidade coloquei incompleto para salientar vocês momentaneamente. Vocês já sabem o que fazer né? Deixem seu voto e não esqueça seu comentário com o que você achou do capitulo e o que acha que vai acontecer no próximo, para eu voltar mais rápido.
Vocês precisam me desculpar, são exatamente 1;01 AM e eu vou acordar 5;30 AM para trabalhar mas eu estou aqui por nós. Não vou colocar datas, mas prometo voltar o mais breve possível, enquanto isso coloquem nos comentários também qual seria o melhor horário de postagem para vocês
Até mais, um beijo e um queijo
Ass: Dhhanny <3
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