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Capítulo 21 - Bianca

Entrei no meu apartamento com o Felipe e o deixei na sala enquanto eu me arrumava

No momento do meu banho eu o usei para refletir, ver o percurso da minha vida e tudo que eu havia feito para chegar até aqui, isso era realmente o que eu queria para mim? Ser mãe aos 22 anos de um "lar" desestruturado?

Independente da forma eu vou ser mãe, isso já é uma certeza em minha  vida.

Não  foi convencional e muito menos desejado, más  com toda a certeza que eu tenho em meu coração, eu garanto que ele vai ser amado.

Depois de tomar o banho e me trocar eu levo minha nécessaire para sala, para finalizar e fazer companhia para o Felipe.

   - Você vai mesmo a esse jantar? - ele perguntou assim que eu cheguei na sala.

    - Ué?! Por quê de não ir? - fiquei confusa

    - É que...sei lá, parece tudo tão  errado.- Ele estava claramente nervoso

     - E porque seria errado? É um jantar comum Felipe, como qualquer outro que você tenha participado com.... sei lá  sua família  por exemplo.

   - Essa é a questão Bih, eles não  são  sua família, o bebê não  deveria ficar exposto a esse tipo de situação.- Seu tom foi ríspido e estava começando a me estressar.

   - Eu sei que não são e nem quero que sejam, porém  eles são a família do bebê e até  onde eu sei ele está  dentro de mim e sem capacidade de mobilidade própria ainda, então  ao menos que você arranje uma forma de tirar ele daqui, antes dos 9 meses eu sugiro que não opine nos lugares de onde eu levo o MEU filho. - Me faltou até  o ar agora

   - Eu vejo que já se estressou. - ele constatou o óbvio.

   - Eu não  me estressei, você  me estressou. A forma que você colocou me põe em lugar de intrusa e na verdade eu fui convidada, você  acha que eu queria estar no lugar que virou minha vida de ponta cabeça? Onde eu quase morri? - eu preciso respirar durante minhas falas.

  - Eu não  tinha pensado nesse lugar desta forma.

  - Eu sei que não, porque se vc tivesse se colocado pelo menos uma vez no meu lugar, você saberia que esse lugar não é um reino para mim e que estar nele me traz memórias desagradáveis, e que de qualquer forma o pai de Eduardo vem me apoiado desde de o início e aceitar seu convite é o minimo de generosidade que eu posso oferecer para ele. E se ao menos tivesse "pensado" não teria aberto aboca - Ok talvez eu tenha pego pesado.

   - Desculpa Bih, eu não  queria te chatear - seu olhar realmente  transmitia ressentimento.

   - Pense da próxima vez antes de falar, me poupa de ouvir os seus desaforos.

   - É que o Eduardo... - antes que terminasse seu celular começou a tocar

  - Alô. Agora?.Pode ser daqui à uma meia hora. É que eu estou oucupado.Ok. Daqui a pouco estou aí.- ele desligou o telefone .

  - Era A sra.Ricalde parece que ela quer ajuda extra para o jantar, umas amigas dela também vão estar lá, e ela quer o máximo de serviço. 

  -  Tudo bem pode ir eu me viro daqui. - respondi ainda  um pouco ressentida pela conversa de alguns minutos atrás.

  - Eu espero você, é meu dia de folga e  eu vou trabalhar, eles não podem me penalizar por chegar tarde.

  -  Fil, eu não quero te prejudicar, eu dou meu jeito, pode deixar se precisar eu chamo um táxi.

  - Você  tem certeza? As ruas estão perigosas ultimamentes.

  - Eu sei me cuidar, além disso tem o Eduardo também que vai para  o mesmo lugar.

   - Lógico que vai - ele revirou os olhos - Só toma cuidado com ele.

    - Como eu já disse, eu sei como me cuidar...

     - Eu vou indo então, cuidado. - ele beijou minha testa e saiu.

Ok! Esse dia não está saíndo como eu esperava !

Terminei de me arrumar e com a cara mais lavada eu vou bater na  porta do Eduardo.

Assim que  ele abriu a porta não  negou sua cara de espanto, posso estar louca, más eu juro que o vi me fitar de cima abaixo.

Eu estava com o cabelo solto(como sempre), passei um pouco de gloss nos meus lábios e carreguei no rímel, estava  em duvida do que vestir, eu não faço a mínima idéia do propósito deste jantar, mais eu também  sei que a mãe do Eduardo não faz o tipo "simples", mais eu não  iria colocar uma  roupa de gala só para comer.

Acabei optando por um vestido preto longo que estava guardado, ele era de alça e tinha espécies de furos no seu comprimento, nos pés coloquei uma sandália aberta de salto baixo, para evitar contratempos.

 Assim que terminei e depois de conferir se havia pegado tudo o que precisaria, caminhei até  a casa de Eduardo e bati na porta e assim que ele abriu a porta, eu pedi carona

Pode até parecer loucura minha, más eu jurei de que o Eduardo me olhou conferindo cada detalhe de cima a  baixo meu, o que me deixou desconfortável  e irritada

   - Quando você acaber de conferir me avisa, porque eu quero ir logo - disse já  sem paciência.

Ele me olhou como se fosse  um pedido de desculpa, porém não falou nada fechou a porta de sua casa e fomos andando até  o elevador em silêncio.

    - Cadê o seu amigo? - quebrou o silêncio constrangedor entre nós.

    - Ele já está lá. - respondi - O que me faz lembrar, qual o propósito deste jantar?

    - É...bem...eu não sei ao certo é coisa da minha mãe - ele ficou nervoso com a pergunta, algo muito suspeito tenho que dizer.

O silêncio se instalou mais uma vez entre nós até chegarmos ao carro, desta vez fui eu quem resolveu quebrar o silêncio.

    - Eu achei que você morava na casa dos seus pais. - disse de  uma forma em que ele me respondesse o motivo, sem eu ter que  perguntar diretamente.

    - Eu saí de lá à algum tempo, más voltei depois para reformar meu apartamento. - respondeu da maneira da qual eu esperava - Você se acostumou com o prédio já?

    - Para ser sincera não. Sinto falta da minha casa antiga, lá eu conhecia todo mundo, o trabalho era perto, e aqui parece que todo mundo vive de mau humor, e a única pessoa que eu conheço é você e bem... as circunstâncias falam por si só.

    - Eu estou me esforçando para ser um pouquinho melhor - ele respondeu com sinceridade 

    - E o que causou essa repentina mudança? - perguntei curiosa, pois realmente  notei uma alteração no comportamento de Eduardo.

   - Para ser sincero, eu não sei. Depois de toda essa confusão eu resolvi dar uma trégua, eu tenho planos para esse menino - olhou minha barriga - e percebi que até o nascimento dele, eu vou ter que segurar a onda um pouco.

   - E se for menina? - Perguntei devido ao fato dele colocar o bebê como menino.

Não me importa o motivo da mudança dele, desde de que ele pare de me importunar.

   - O que? - ele preguntou confuso

   - Você disse 'menino' e se for uma menina? O bebê. - esclareci

   - Eu quero que seja um menino, menina dá muito trabalho, mais se vier menina ok.- ponderei suas palavras - E você quer o que?

   - Eu não parei para pensar ainda, mais eu sempre tive vontade de ter um casal de gêmeos.

   - Gêmeos é? Trabalho dobrado. - ele disse enquanto eu pensava em um casal de gêmeos me deixando louca.

   - Sim, mais acho que no final vale apena sabe?! Menino é o sonho de quase toda mulher, seria o homem da casa, o chaveirinho da mãe, e a menina é a boneca real, seria a confidente, amiga, tem mais diversidades de roupas, pentear o cabelo, fazer maquiagem, para quando crescesse contasse do primeiro beijo, a primeira paixão  tudo. Seria um combo mais qie perfeito. - Eu realmente queria ter gêmeos futuramente.

   - Primeira paixão? Como assim ela nem nasceu e você quer que ela se apaixone, se for uma menina ela vai se manter casta até os 30 anos. Aí  trancamos ela em um quarto, e aí nós enchemos ela de comida até  ela ficar enorme de gorda e não conseguir passar pela porta, e assim não  vamos precisar nos  preocupar com garotos cheio de hormônios expostos.

Caí na gargalhada. De tudo o que eu havia falado, ele só captou a parte de uma menina inexistente ao nosso saber, arranjar namorado eu eatava rindo tanto que nem conseguir questionar o fato dele ter conjugado sua fala no plural o que meio que  me incluía nisso tudo.

   - O que eu disse de tão engrassado? - perguntou confuso. Assim que parei para me  recompor, respondi

    - É só que você, será um pai excessivamente ciumento. As garotas geralmente crescem proximas das mães, o que as dá certas intimidade de tratar de alguns assuntos - respondi agora já recomposta.

   - Você falava disso com sua mãe? - sua pergunta me pegou de surpresa, eu tinha intimidade com minha mãe, porém nessas épocas tinha meu pai que estragava com tudo e qualquer clima que ouvesse, e quando não  era ele em si, era sequela de suas ações.

    - Eu e minha mãe sempre fomos muito próximas, só que a maioria da vezes a gente não tinha "liberdade" de falar desse assuntos. - respondi selecionando bem minhas palavras, para que assim encerrasse o assunto e eu não precisasse dar esclarecimentos

Acho que foi o suficiente, Eduardo não tocou mais nesse assunto, algo pelo qual fiquei agradecida, pois não queria lembrar, más como nossa mente é traiçoeira foi quase impossível não ser atacada com lembranças.

FLASHBACK ON

Eu estava ansiosa para chegar em casa e contar as novidades para a minha mãe, eu havia perdido o meu BV.

SIM EU TINHA DADO O MEU  PRIMEIRO BEIJO!

Eu tinha 13 anos, foi no caminho de volta da escola, estavamos eu e meu amigo Daniel como de costume, eu tinha uma quedinha por ele.

Sua casa era três depois da minha, sempre estavamos juntos e ele era tão cativante que foi impossível não me apaixonar por ele, todas as garotas eram apaixonadas por ele.

  Estavamos perto da minha casa quando ele começou a se despedir de mim, e sem que eu esperasse ele foi se aproximado e ganhando espaço até  me beijar, eu sei que para muitas pessoas o primeiro beijo é horrivel, más o meu foi espetacular.

Eu praticamente corri para casa para contar para minha mãe, e eu já  tinha iniciado o assunto e estava prestes a contar, quando meu pai chegou mais uma vez bêbado e concerteza mais agressivo

Ele iniciou uma discussão sem sentido  com a minha mãe, porque o feijão não  era fresco e ela começou a reclamar com ele dizendo que se ele quisesse ele  mesmo preparava, e revoltado com a retaliação ele prensou a cabeça da minha mãe contra o armário da cozinha com força e começou a gritar com ela apertando ainda mais o seu rosto.

Indgnada com a situação e pelo fato da minha mãe aceitar atitudes como essa eu me tranquei no quarto, cansada de tudo. E assim foi marcada a minha infância e o início da minha adolescência.

FLASHBACK  OFF

Olá meninassssss!

Eu sei que estou sumida e demasiadamente atrasa, e sei que o capítulo não está tão bom.
Porém peço que tenham calma e paciência comigo, sou uma escultura a ser lapidada, ainda preciso de remanejamentos e organização.

Vou ver se consigo deixar uns capítulos armazenados e assim não demoro tanto para voltar.

Diga nos comentários o que estão achando, se estão gostando ou até mesmo um sugestão para o próximo capítulo.
É isso beijos, não esqueça de deixar seu voto e de me seguir no instagram

@dannylsantos

Lá eu soltou várias Tags sobre o livro e sobre o capitulo do dia, e até mesmo sobre o dia que vou publicar.
Não esqueçam de comentar lá #vimpelowattpad
Para mim saber de onde vocês estão surgindo.

Beijos e até a próxima

😚❤

   

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