Eu não consegui ficar na sala, eu choro até quando o vento toca o meu rosto, imagina vendo uma reportagem, onde a Ludmilla se permitiu ser exporta ao ponto de me machucar. Eu fechei a porta do quarto, e lágrimas rolaram no meu rosto, mais eu precisava ser forte, eu fui direto para o closet onde a minha mochila estava, e comecei a trocar de roupa eu tinha que ir embora o mais rápido possível.

       Escutei a maçaneta da porta girar, e ela entrar e fechar a porta logo em seguida, eu respirei fundo tentando conter minhas lágrimas, e Continuei a me trocar.

- Bru você não vai embora essa hora assim, ainda mais sozinha, para com isso - Disse a ludmilla parando na porta do closet - Vamos conversar, eu não te falei nada , por ...

- Nem continua, você teve tempo suficiente para sentar comigo e conversar, mais você preferiu me esconder a verdade. Você saiu não foi só pra ir no estúdio, você foi fazer uma coletiva e nem mencionou nada para mim, por que você sabia que poderiam falar do ''Beijão" que vocês deram.

- Bru não foi isso tudo também, pediram para repetir umas 10 vezes que não estava ficando bom essa porra desse beijo, e eu não estava aguentando mais, ou eu dava o beijo, ou eu ia repetir mais 10 vezes, se coloca no meu lugar.

- E VOCÊ SE COLOCOU NO MEU? Você não falou nada disso para mim Ludmilla, eu não sou sua amiguinha não, eu sou sua namorada.- Eu disse me virando e olhando pra ela.

- Noiva, você aceitou se casar comigo - Ela disse abrindo os braços.

- Piorou, me pediu em casamento para ficar me escondendo as coisas - Eu disse fechando a mochila, e indo em direção a porta e ela me puxou para perto dela.

- Fica Bru- Ela disse secando as minhas lágrimas, olha a hora amor - ela me deu uma abraço forte - O beijo foi um erro tá? - ela disse olhando nos meus olhos.

- Não é apenas o beijo, Ludmilla por favor, você mentiu para mim, e omitiu algo que está me machucando agora. Você  dorme comigo, me trás para sua casa, eu falei de você para a mia, para o Brunno, para os meus amigos, e agora você me expõe ao ridículo, você tem noção o quanto eu tô me sentindo traída?

- Bru, é o meu trabalho, eu precisava mostrar verdade naquele beijo.

- E por que você não me mostrou verdade também? - Questionei.

- Você não entende, e nem quer se dar o trabalho de entender - Ela disse me soltando.

- Eu não entendo? Eu não me dou o trabalho de entender, tem certeza? Você lembra bem o que eu conversei com você em Angra dentro daquele quarto, você não é nenhuma doida. E se fosse eu? Se fosse eu me pegando no carro com um cara, e não falasse nada, você se sentiria como?

- Você tá exagerando Brunna também não foi assim.

- Se não foi assim, por que ele disse, que o seu beijo é incrível, e não teve nada de técnico? E você nem desmentiu ne? sabe por que? Por que você sabe que foi isso que aconteceu.

- Você queria que eu falasse o que?

- Queria que você tivesse cumprido o que me prometeu em Angra, só isso, e nada disso aqui estaria acontecendo agora.

- BELEZA VOCÊ QUER IR ENTÃO VAI - Ela falou em um tom mais agressivo, e foi para o banheiro e me deixando sozinha,e isso me irritou ainda mais.

- A Isabelly tinha mesmo razão, uma hora ou outra isso ia acontecer, a minha vez de ser trouxa chegou.

- AAAH A ISABELLY !  ELA É UM ANJO NE BRUNNA? VOCÊ TA FALANDO DELA ENQUANTO ELA ESTA LOUCA PARA ESTAR AQUI NO SEU LUGAR.

- É MESMOS?  ENTÃO CHAMA ELA DENOVO, ELA ACEITAVA SUAS TRAIÇÕES, MAIS EU NAO VOU ACEITAR, EU NÃO SOU IDIOTA. AGORA EU ENTENDO, ELA QUEBRAVA TUDO, TE FAZIA MAU, POR QUE VOCÊ TAMBÉM FAZIA MAU A ELA.

- CALA A BOCA, VOCÊ TA FALANDO MERDA BRUNNA. - Ela disse voltando para perto da cama.

- CALAR A BOCA? QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA ME MANDAR CALAR A BOCA ?  - Perguntei sem acreditar, que ela estava falando daquele jeito comigo.

- Brunna você tá fazendo uma tempestade em copa d'água atoa.

- Você mais uma vez tá deixando o seu orgulho me ferir. VOCÊ NÃO ACEITA NUNCA O SEU ERRO, E SEMPRE ISSO - Eu disse pegando o celular e comecei a chamar o Uber, a nossa conversa nao ia dar em nada.

- Você vai falar de orgulho denovo? - Ela perguntou se sentando na cama.

- Com você me mandando calar a boca? Eu não falo mais nada, fica você com a sua consciência.

- Chega Brunna.

- Já acabei ludmilla, eu vou embora se preocupa não - Eu disse terminando de chamar o Uber que já estava bem próximo.

- Se você for, eu não vou atrás de você - Ela disse me olhando, e eu vi que aquela não era a ludmilla que eu conheci, nao era a lud carinhosa , que fazia qualquer coisa para ficar comigo.

- Não precisa, você nunca vem mesmo, eu já me acostumei, eu me viro sozinha - Disse saindo e fechando a porta, eu respirei fundo, sequei minhas lágrimas e desci as escadas, e a tropa estava na sala comendo, e a tia Sil provavelmente ouviu alguma coisa e ela estava lá com eles.

- Bru sua pizza - Disse o Marcos.

- Não Marquito eu não vou comer, eu tô indo embora, obrigado.

- Ir embora sozinha essa hora Bruninha? não, senta aqui - Completou a Patty.

- Não, eu não vou ficar, não dá !

- xoxo São 2:20 da madrugada, não vai não, dorme comigo - Disse a Luanne insistindo.

- Já chamei o Uber.

- Não, então eu te levo Bru- Disse o Marcos.

- Não Marquito, Obrigado, eu vou sozinha.

     A tia Sil veio na minha direção e me levou para a cozinha, encheu o copo de água e me entregou , eu tomei recuperando a minha voz normal.

- Vocês brigaram? - Ela perguntou próximo de mim, e eu acenei com a cabeça que sim.

- Vocês estão nervosas meu amor, respira um pouco, se você quiser ficar, você dorme lá comigo, não precisa você ir assim, essa hora com um desconhecido.

- Tia você conhece a Ludmilla melhor que ninguém, ela está se achando no direto de me magoar, é como se fosse normal e eu não tenho que aceitar isso.

- Ela está muito nervosa com a preparação do DVD, mais ela te ama - Disse a tia Sil tentando me acalmar e querendo justificar o que estava acontecendo.

- Ela me mandou calar a boca tia, e disse que se eu for embora, ela não vai atrás de mim. Isso é amor ?

- Ela falou isso ? - Perguntou sem acreditar.

- Falou, eu também tenho sentimentos e também estou nervosa por ela com esse DVD. Você sabe que eu sempre venho atrás da ludmilla, e dessa vez eu não venho mais. tia eu tenho que ir - Eu disse abraçando ela, e ela me abraçou forte e nos despedimos.

       Eu entrei no Uber sem ação, eu chorava pelas palavras dela, eu chorava por que ela foi fria comigo e aquilo doía mais que tudo, eu liguei para o Mário Jorge e ele rapidamente me atendeu.

   📞 Amiga eu já vi a fofoca, você está a onde?

Ele atendeu já querendo saber a onde eu estava , por que sabia que eu não suportaria ficar na casa dela, ele me conhecia muito bem.

  📞 Eu estou indo pra casa, mais eu lembrei, que a mia tá no plantão - eu disse soluçando e Continuei- Deixa eu ir pra sua casa por favor, eu não quero ficar sozinha.

  📞 Não desliga , fica comigo na ligação, eu estou aqui no portão esperando, vem pra cá.

     Eu fui, e meu amigo estava lá como todas as vezes, ele sempre foi meu apoio, sempre foi com quem eu chorava e agora não ia ser diferente,eu estava tão perdida, eu só não queria ficar sozinha, eu cheguei no seu portão, e ele me deu o abraço mais demorado, e o mais apertado, e eu contei tudo o que tinha acontecido, e mesmo sendo difícil aceitar tudo, eu precisava, eu tinha que seguir a minha vida.

       7 dias se passaram, e não nós falamos mais, eu prometi que não ia atrás dela denovo, e eu estava cumprindo o que prometi, mesmo com meu coração doendo, eu silenciei o grupo que a gente tinha em comum com os nossos amigos, e tentei ao máximo esquecer tudo o que tinha acontecido, a Lari me chamou para sair com ela e com alguns dos bailarinos ,mais eu não tinha clima para isso. Voltamos para os ensaios que estavam cada vez mais intensos, e cansativos, e ela pela primeira vez não apareceu nós ensaios nenhum dia da semana.

      Eu fui para casa depois de um dia de ensaio, e o Mário Jorge, e a Ju estavam junto com a mia me esperando em casa.

- Gente que isso? - Eu perguntei assim que abri a porta e vi eles sentados na mesa da cozinha.

- Viemos te sequestrar - Disse a Ju.

- Ae ?

- É vai logo tomar banho, se arrumar - Disse o Mário Jorge me arrastando para o quarto.

- Não, eu não vou, eu tô muito cansada, tô desanimada também, tô sem clima - Eu disse me sentando na cama.

- Desanimada? Bru você precisa viver, enquanto você ficar aí deitada nessa cama, nada vai mudar.

     Eu atendi o pedido deles, eu tomei banho, coloquei um vestido rosa, uma solto fino preto, fiz uma maquiagem legal e saímos de casa sem destino, o primeiro pagode que encontramos paramos, e pegamos cada um uma cerveja e começamos a nossa noite

(...)