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Por que temos tanto medo da página em branco?


VOCÊ SE SENTA NA FRENTE DO COMPUTADOR, AJUSTA A POSTURA, RESPIRA FUNDO E... NADA. A página em branco, antes um convite para criar, se transforma em um abismo que engole cada traço de inspiração que você tem. O cursor pisca, impaciente, à espera da sua criatividade, mas as palavras fogem de você.

Você já passou por isso ou conhece alguém que passou?

Saiba que você não está sozinho, não está sozinha. O medo da página em branco é quase um rito de passagem para quem se aventura na escrita criativa. Ele aparece de mansinho, se instala nos cantos da mente e, quando você percebe, está em uma batalha silenciosa contra si. E um problema é que muitas pessoas não conseguem sair desse ciclo amedrontador, principalmente nestes tempos de redes sociais, onde tudo parece rápido demais, "perfeito" demais, exigente demais e as pessoas se sentem pressionadas a performar metas impossíveis de serem alcançadas.

No meu caso, esse medo nasceu do excesso de expectativas. Eu escrevia com a esperança de criar algo memorável, algo que tocasse as pessoas. Porém, essa necessidade de "acertar a qualquer custo" logo de primeira, sem ter experiência alguma na escrita, isso me paralisou por muito tempo. A página em branco refletia não apenas a falta de palavras, mas o peso que eu colocava sobre cada uma delas.

Esses primeiros anos foram de ansiedade, autoboicote e muita angústia. Esse foi um dos motivos que fizeram com que o livro "O Bailarino de Arcèh" levasse longos 10 anos para ficar pronto. Viu o impacto desse medo da página em branco?

Vou te dizer a real: no fundo, a questão não é a página, mas sim o medo do fracasso; o receio de que o texto não seja bom o suficiente, de que não corresponda àquilo que imaginamos em nossas cabeças. Esse medo cresce porque alimentamos o desejo de "perfeição" — e, ironicamente, é esse desejo que nos impede de ver a escrita com mais tranquilidade.

Falando especificamente do vídeo que acompanha este artigo, ele não traz a lista de dicas práticas para superar o bloqueio criativo que estarão mais adiante neste artigo. Porém, tanto no vídeo sem as dicas como aqui com elas, eu peço que você não espere um passo a passo milagroso. O que trago é a minha experiência, sincera e crua, com esse "monstro" silencioso, já que percebi que, muitas vezes, o medo da página em branco não desaparece — nós aprendemos a conviver com ele. Escrever, mesmo com medo, é um ato de coragem.

Escrever é enfrentar o vazio e se permitir errar. Erre.

Eu te garanto que, gradualmente, as palavras surgem. Talvez tímidas no início, sim; talvez tortas e desalinhadas, quem sabe. Mas elas surgem.

Se você sente que a página em branco te assusta, escreva mesmo assim. Comece por qualquer ponto. Escreva sem saber aonde quer chegar. Como eu sempre digo, ligue o foda-se. É sério. Não precisa publicar tudo. Brinque com as palavras, teste, refaça, invente, reinvente; desafie-se. Nem tudo é sobre publicar e obter visibilidade e números e sucesso e tudo isso que nos impõem. Relaxa.

Vamos para algumas dicas básicas?

1. Escreva mal de propósito

Sim, é isso mesmo que você leu: escreva mal de propósito. A perfeição paralisa. Dê a si a liberdade de escrever mal, sem julgamentos. O importante é começar. Você pode lapidar depois, mas a primeira versão precisa existir — e um detalhe: a primeira versão do teu texto é só tua! Não publique NADA que não esteja revisado e reescrito. Hoje, você sucumbe à ansiedade de publicar qualquer coisa e amanhã virá o arrependimento de ter feito isso sem esmero. E eu garanto que o arrependimento virá.

2. Comece com qualquer palavra

Não precisa começar pelo começo. Só você está vendo o primeiro rascunho, lmebre-se disso. Portanto, faça o que te der na cabeça! Escreva qualquer coisa que vier à mente, mesmo que pareça bobo, ninguém vai ver — ninguém deve ver. "Ai, mas meu namorado quer ler meu texto senão ele fica com ciúmes..." Diga não e toque de namorado. É sério. Portanto, pode ser uma frase solta, um diálogo ou até uma descrição, não importa. Comece de algum ponto. Muitas vezes, o fluxo criativo se desbloqueia depois do primeiro impulso.

3. Estabeleça curtos períodos de escrita

Defina um cronômetro para 10 ou 15 minutos (um Pomodoro mecânico ou um despertador manual são ótimos para isso) e escreva sem parar até o tempo acabar. A pressão do tempo ajuda a enganar o cérebro e evitar que ele analise demais cada frase. Deixe fluir e faça esse exercício.

4. Aceite que a página em branco é parte do processo

Nem todo dia será produtivo — e tudo bem, vida que segue, beca o beco. Permita-se ter dias de poucas palavras. Às vezes, só sentar e encarar o vazio já é um avanço. Vivemos em uma época de excesso de informação inútil e isso rodeia a mente. Que tal um momento de ócio? Sério: tuas redes sociais e teu WhatsApp não são tão essenciais que você não possa ficar uma horinha longe disso.

5. Use esboços e mapas mentais

Se a narrativa não flui, desenhe um esboço da história. Sim, voltamos ao meu mantra do roteiro, roteiro, roteiro. Ou então, crie um mapa mental: você pode escrever palavras-chave ou ideias soltas que traduzem a tua história e aí vai conectando aos poucos. Aesthetics funcionam da mesma forma. Brinque com eles, porém, imponha um limite para não se perder tanto na busca por imagens e vídeos, ok? Não é para esmiuçar detalhadamente cada parágrafo da narrativa, sim para fazer uma espécie de "sobrevoo de reconhecimento" da tua trama. Afinal, uma página cheia de rabiscos, ou um conjunto de aesthetics, é menos intimidador do que uma página em branco.

6. Escreva uma carta para alguém (ou para você)

Troque a ideia de "escrever uma história" por "escrever uma carta". Imagine que está explicando uma cena ou ideia a um amigo, uma amiga. Isso traz leveza e ajuda a destravar. Outro exercício bem interessante é você escrever sobre você, mas em terceira pessoa. Terapeutas e psicólogos usam muito esse mecanismo para os pacientes conseguirem se distanciar dos problemas e ter um olhar mais impessoal. Parece bobo no começo, mas funciona e flui bastante. Experimente.

7. Escreva fora do papel (ou do teclado)

Fale em voz alta. Sim, voz alta. "Ai, mas o pessoal vai escutar..." Ligue o foda-se e fale. Narre para você o que gostaria de escrever, encene, deite-se em algum lugar e deixe a mente divagar. Lembra que falei acima sobre um momento de ócio? É sobre isso. Se der, grave um áudio descrevendo a cena ou a emoção também. Essa é uma forma de desbloquear a criatividade. Depois, transcreva as partes que fizerem sentido. Enquanto você transcreve, normalmente outras ideias virão.

8. Estabeleça um ritual de escrita

Crie um pequeno ritual para se preparar, algo que você vá fazer sempre que se preparar para escrever. Pode ser tomar um café, ouvir uma música específica, acender uma vela, brincar com teu animal de estimação... Invente. Esses rituais vão sinalizar ao cérebro que é hora de escrever. Nos primeiros dias, você precisará forçar isso. Depois, se torna natural, quase instintivo. Eu coleciono trilhas sonoras e me acostumei a escutá-las antes de escrever. Virou um hábito.

9. Leia ou assista algo que te inspire

Muitas vezes, o medo vem da sensação de "não ter nada para dizer". Inspire-se lendo um trecho de um livro, assistindo a um vídeo, show, filme, ou até observando a natureza. O contato com outras formas de arte vai te auxiliar a "entrar no clima".

10. Lembre-se: escrever é um ato humano!

Escrever é errar, voltar, refazer. E, às vezes, jogar tudo fora, respirar fundo e recomeçar. O mundo não vai acabar por causa disso. Você é humano, você é humana, não se cobre tanto. Você não precisa escrever algo incrível agora. De fato, esse "algo incrível" só vem com o tempo e com a prática. Para de ler livros de autores e autoras já consagradas e pensar que vocÊ nunca vai chegar naquele ponto. Aquele autor e aquela autora que hoje faz sucesso começou do mesmo jeito que você: errando, tentando, recomeçando. Exatamente por isso é que ele/ela está no lugar de destaque hoje. Você só precisa escrever.

*** 

Obrigado pela leitura. Espero que este artigo tenha feito você refletir. Qualquer coisa, vamos conversar pelos comentários. Abaixo, segue o vídeo que inspirou este texto e finalizo com uma frase do médico e educador Eugenio Mussak:

"Ser escravo da perfeição, principalmente a da mídia, é um atestado de burrice".

https://youtu.be/2cHQGDCWdlM

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