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Onde Estou?


Eu não fazia à mínima ideia de onde eu estava, ou como fui parar ali. Meus cabelos estavam repletos de folhas e meu rosto doía de forma estranha, minha pele ganhara uma palidez descomunal – mesmo sendo um negro de pele clara, me vi acinzentado – fazendo parecer que estava ali há dias. A única coisa me lembrava com clareza, era de um passeio que fiz com minha namorada.

Estávamos felizes por enfim podermos assumir nosso relacionamento. Havíamos nos mudado para uma casa nu- ma em outro estado, saímos de Minas Gerais e fomos para Amapá. A princípio lhes direi que a família da garota – nem a minha – aprovavam nosso namoro, uns pela nossa diferença de idade, e outros pela morte recente da mãe de minha namorada em questão.

Lembro-me de estarmos na orla da Praia da Fazendinha, sentados na areia – na verdade, estávamos sobre uma canga. Beijávamos como dois adolescentes, quando, na verdade, só ela era uma, ao menos era o quê nossa família dizia: "Dezoito anos? Ainda é uma menina, é nova demais para você Kleberson, meu filho!", era a opinião de minha mãe, e sim, eu sei que meu nome não é nada condizente aos dias atuais, mas quando nasci – há 44 anos – era bem moderno até. Houve um momento em que fomos interrompidos – e antes que pense que estou lhe dando fatos incoerentes e desnecessários, digo, de antemão que tudo fara sentido em breve. Um garoto magrelo trajado de roupas de banho, se aproximou e nos mostrou uma flor, disse que a mesma possuía um cheiro maravilhoso.

Tanto eu, quanto minha amada, inocentes, demos uma boa fungada na flor-amarela, que lembrava muito uma flor de Ipé. Depois aspirar o aroma realmente agradável da flor, lembro-me apenas de encarar minha amada e vê-la fechar os olhos e desabar de lado para fora dos limites da canga. Voltei os olhos para o garoto, e este sorria descontroladamente com as mãos na barriga.

Após acordar no local desconhecido caminhei sem rumo em meio a floresta, que me parecia Amazônia – não que eu conheça a Amazônia pessoalmente, mas já vi muitos documentários e fotos –. Andei por aproximadamente uma ou duas horas, até encontrar um lugar para passar a noite – a saber que já estava prestes a anoitecer – como fazem geralmente os personagens de filmes de aventuras na selva. Ajeitei-me numa pedreira, era como um morro de pedras, onde as maiores sobre as menores formavam cavernas rasas com mais ou menos dois metros e meio de profundidade, porém tinham espaço o suficientemente para me deitar pela noite.

Ajuntei algumas folhas de palmeiras e gravetos para uma possível fogueira, caso eu conseguisse ascender batendo duas pedras. Durante a caminhada passei por uma mangueira, apedrejei-a inconsequente e consegui derrubar mangas o suficiente para que eu matasse minha fome.
Antes que a noite chegasse, preparei alguns gravetos em um pequeno monte, os cerquei com pequenas pedras para conservar as chamas e impedir que o vento apagasse a fogueira caso ela tornasse realidade, e entre as madeiras coloquei folhas secas, peguei duas pedras do tamanho de minha mão e as bati uma contra a outra – por muitos minutos –, mas mesmo produzindo faíscas, não consegui ascender a fogueira, então tentei outra técnica, que após um bom tempo de tentativa deu certo – rodando um graveto sobre outro pedaço de madeira envolto de folhas secas trituradas à mão. Consegui então produzir então uma pequena chama, a qual assoprei e esta se propagou ascendendo minha fogueira. Catei as mangas que recolhi durante a tarde e fiquei ali, sentado à beira da fogueira, devorando-as e pensando:


"Onde eu estou? Como vim parar aqui? Alguém me trouxe? Se trouxe, por qual motivo? O que eu faço? Busco ajuda? Preciso encontrar saída dessa floresta! Construo um abrigo, uma casa de madeira ou pedra nessa pedreira, faço lanças, flechas e arcos com fibras de palmeiras e sobrevivo da caça? Tenho que achar água! No fim das contas, não há ninguém me esperando em outro lugar mesmo, sem amigos e sem família, talvez eu encontre uma tribo indígena por aqui e me torno um membro dela... Espera, e minha amada Valentina, ela também está aqui? Cacete, tenho que encontrá-la! Depois de encontrar água é claro, ou vou morrer desidratado. "

Meus olhos se fechavam sem eu querer, e sem me preocupar com animais rastejantes típicos de pedreiras, adormeci sobre minha cama de folhas de palmeira. Contudo, meu sono não foi tão tranquilo assim, despertei em meio a madrugada ao ouvir alguns sons de passos arrastarem as folhas secas não tão longe de mim. Abri os olhos e procurei permanecer imóvel, afinal, tudo estava um completo breu, e se fosse um animal eu o atrairia com movimentos bruscos.

O som de folhas arrastadas se aproximava cada vez mais, e eu não tinha nenhum plano em mente, tampouco algo para me defender. Contudo, cauteloso me armei com uma pedra, era o quê tinha em minha volta com maior poder destrutivo. Mantive-me em silêncio e imóvel, preparado para me defender se fosse o caso. Mas não houve nenhum ataque, ainda sim não me dei ao luxo de dormir o resto daquela madrugada.

Por um momento os sons de passos rastejantes cessaram, mesmo assim esperei um pouco até ter coragem para levantar a cabeça e verificar se tinha ou não algo, o quê confesso saber que era uma má ideia. Vi algo de pé a alguns metros de mim, na descida da pedreira, a princípio pensei ser algum tipo de animal, entretanto, minha opinião mudou ao ouvir um sorriso, infantil até.

Pensei em sair da caverna e ir até lá, isso porque pensei ser uma criança perdida assim com eu, mas quando me levantei, o sorriso fraco e infantil, se tornou um pouco rouco e mais escandaloso, sem falar no tom sádico.

— Isso não é uma criança! — constatei.

Naquele momento estava de pé, e me arrependi muito por ter me levantado. Eu não fazia a mínima ideia de que tipo de bicho era aquele, mas sabia que aquele som imitando o riso era a forma com que ele atraia as presas, e eu fui atraído. Aconteceu que por algum motivo, aquele bicho não veio atrás de mim, ficou parado por alguns minutos gargalhando na escuridão, e depois se foi. E devo dizer que, por mais que eu repetisse em minha mente que aquilo era um "bicho", no fundo sabia que se tratava de outra coisa, mas não era um bom momento nem um bom lugar para encher minha mente de paranoias sobrenaturais. Até porque estava perdido em uma floresta desconhecida, e saiba que passaria muitas noites ali, ou seja, provavelmente veria aquilo numa outra noite, ou em várias delas.

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