#09- O Anjo Negro
Depois que Willy sai do hospital todos continuam a vida normalmente, mas Willy acaba se aproximando muito de Elizabeth e ficam conversando sobre Leonardo e tudo que estava acontecendo com o garoto.
Elizabeth e Margarida se atrasam para aula, mas o professor não importava com pequenos atrasos desde a morte de Leonardo.
_ Seus atrasos tão sendo habituais. _ diz Willy.
_ Dessa vez a culpa foi da Margarida, ela me atrasou muito. Fiquei um século em frente à casa dela.
_ Vamos sair depois da aula?
_ Sim, marquei um encontro no parque perto do shopping, ele vai estar lá.
_ Vocês dois poderiam ficar mais calados, eu queria escutar a aula. _ diz Margarida os repreendendo.
_ Desculpa. _ fala Elizabeth.
_ Desde quando são amiguinhos assim?
_ Aquele dia que ele quase foi atropelado. O Leo era tudo para ele, não precisa ter ciúme.
_ Ciúme dele, eu teria mais ciúme do Leonardo. Ele não representa ameaça nenhuma aqui.
_ Eu me sentiria ofendido. _ diz Willy de olho na conversa das garotas.
Leonardo, Lucas e Lívya como de rotina ficavam no parque em que se conheceram. Com a chegada do inverno era normal ver as pessoas totalmente agasalhadas, por mais que os três não precisassem preocupar com isso já que não sentiam frio.
Leonardo vê algumas crianças brincando e começa a sorrir abertamente, fazendo com que os outros dois percebam.
_ Lembrando da infância Leo? _ pergunta Lívya também sorrindo.
_ Sim, eu tinha uma máscara, era apaixonado por ela. _ diz o garoto com boas lembranças da infância.
_ Por mais que ela fosse uma máscara parecida com de extraterrestre eu fingia ser um herói com ela, eu era fora de lógica.
_ Você é um herói hoje.
_ Estou longe de ser um herói.
_ Você salva pessoas, então só falta a princesa. _ diz Lucas rindo.
Leonardo imagina Elizabeth como uma princesa, mas balança a cabeça em seguida se livrando dos pensamentos. Lívya e Lucas caem na gargalhada olhando para o amigo que fica bastante corado.
Os três continuam olhando as crianças, mas Leonardo observa um caminhão que estava dando a volta na praça, mas em um piscar de olhos o veículo desliza em uma poça congelada e perde o controle. Leonardo vê o caminhão indo em direção as crianças e de um salto sai correndo em direção as crianças.
_ Leo, o que está fazendo? _ grita Lívya sem entender.
O caminhão chega mais perto, mas Leonardo tenta parar o caminhão. O motorista pisa no freio e começa a buzinar, as crianças começam a correr, mas uma delas cai e o caminhão começa a aproximar.
_ Leo, está louco? Sai daí! Isso é um caminhão, como você vai parar essa coisa? _ grita Lucas.
_ Que droga, para isso!
A criança consegue se levantar, mas o caminhão acaba a acertando. Depois de alguns metros como motorista sem tirar o pé do freio o caminhão para e Leonardo vai correndo, mas ao ver o sangue espalhado no rosto da criança o garoto fica totalmente paralisado. Lívya e Lucas chegam mais perto e vê a criança no chão.
_ Deus! _ fala Lívya chocada com a cena.
_ Leo, você está bem? _ pergunta Lucas.
Leonardo sai correndo assustado sem olhar por onde ia, Lucas tenta ir atrás, mas é parado por Lívya que pede para Lucas deixar o garoto pensar um pouco, pois não queria piorar a situação em que se encontravam e não sabia o que fazer para deixar o garoto melhor.
Leonardo corre até os limites da cidade, um lugar que não aparentava ter ninguém por perto. Leonardo fica pensando apenas no ocorrido com a criança, o garoto se ajoelha e começa a gritar com muita raiva. O céu começa a ficar escuro, mas Leonardo pouco importava com o que acontecia ao seu redor. Vultos começam passar perto do garoto, mas seus pensamentos não saiam do acidente, mas uma voz misteriosa começa a ecoar no local:
_ Por que? Por que? Por que não conseguiu? Você é fraco, um fraco!
Leonardo fica um pouco assustado, mas segue ouvindo a voz que continua dizendo as mesmas coisas.
_ Isso tudo aconteceu por que sou fraco?
_ Sim, você é fraco! Um fraco... era somente uma criança. Você é fraco!
Leonardo fica tonto, com as vistas turvas, mas continua seguindo os vultos que vão até sua frente. Duas grandes asas negras se formas e quando vão se abrindo revela o homem moreno, com olhos vermelhos, cabelos negros, com corpo bem definido.
_ Quem é você? _ pergunta o garoto sem enxergar direito.
_ Meu nome é Ashtarote, um anjo negro, um dos mais poderosos anjos do Reino do Inferno.
_ E por que está aqui?
_ Como tem a coragem de me perguntar isso? Você matou uma criança, ser fraco causou a morte de um ser tão inocente.
_ Mas eu não matei, eu...
_ Então quer jogar a culpa nos outros? _ pergunta o anjo interrompendo o garoto. _ uma criança indefesa precisando de você e não conseguiu ajudar? Meu mestre disse que sua alma é dele.
_ Seu mestre?
_ Sim! Lúcifer, ele disse que depois do que aconteceu, sua punição é ir para o inferno.
Leonardo senta no chão ainda escutando várias vozes ecoando ao redor e o anjo negro em sua frente pronto para levar ao inferno.
_ Eu ir ao inferno, mas Rafael disse que...
_ Onde está o Rafael agora? Está pensando que isso é piada garoto. Olha o que você fez, lembre daquela criança, morta por sua fraqueza, por sua culpa, você não tem salvação.
_ Uma criança, apenas uma criança.
Ashtarote continuava provocando, deixando o garoto cada vez pior que ia repetindo as palavras do anjo a si mesmo.
_ Foi minha imprudência, meu erro, uma falha que não tem como consertar. _ diz Leonardo perturbado.
_ Isso mesmo, então vamos fazer o que deve ser feito, você não tem salvação, é o culpado.
_ Todos pagam pelos erros.
_ Sim Leonardo, você deve pagar pelos seus.
O anjo negro vai chegando perto do garoto, deixando-o cada vez mais confuso, mais frágil, com coração mais quebrado.
_ Agora não precisa ter medo e nem dúvidas, vou te levar onde merece estar, será condenado pelos seus pecados, iras as profundezas, o único lugar que deve estar, o inferno.
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