O que há por trás
De uma lágrima
O que há por trás
Da fragilidade
O que há por trás
Do último adeus
O que há por trás
Quando acaba o amor
O que há por trás  🎶

Chris

A voz da Valeri não sai da minha mente. Forçava na minha mente o que havia acontecido naquela festa. 

Infelizmente o diretor não havia me deixado entrar por causa da palestra, mas avisou que as aulas iriam encerrar mais cedo. Precisava criar coragem pra falar com ela.

Mirela

Depois da palestra fomos liberados pra ir para casa. Infelizmente Roberto não iria me buscar, pois ainda iria estar na faculdade.

Fui almoçar perto do colégio mesmo. Já que ainda tinha o estágio da biblioteca para começar. Comprei apenas um pão quente e não estava a fim de comprar uma marmita.

Fui até a lavanderia mandando lavar a toalha que havia se sujado de maquiagem. Parei no pátio e me sentei lá. Estava tão vazio que comecei a comer o meu pão.

— Devia almoçar Milady — Chris falou estendendo um marmitex pra mim.

— Não quero — falei irritada.

Só não joguei a marmita na cara daquele imbecil porque desperdiçar comida era um enorme pecado já que estava com um cheiro tão bom.

Era uma enorme cara de pau dele vir falar comigo depois de tudo que fez.

Por culpa dele todos na faculdade e no colégio falaram horrores ao meu respeito.

— Sei que está irritada pelo o que fiz — falou tentando segurar a minha mão, mas não deixei.

— O que veio fazer aqui? — perguntei sem obter nenhuma resposta — Veio ver o estrago que fez né? — o questionei.

— Primeiro vim te pedir desculpas — respondeu um pouco envergonhado — E segundo preciso saber de uma coisa — falou me encarando.

— Diga — falei revirando os olhos.

— Do que exatamente me salvou? — perguntou curioso.

Fiquei sem ação naquele momento, desviei o olhar olhando o meu copo de suco.

— Não adianta negar que a Valeri deixou escapar — falou firmemente dando um sorrisinho.

Que merda ele tem um sorriso maravilhoso, pena que não vale um real.

— Iremos nos falar só quando se lembrar — falei pegando a marmita da sua mão e saindo.

Fui em direção à biblioteca como estava vazia, comi lá mesmo tomando o maior cuidado. Quando terminei mandei uma mensagem pra Valeri agradecendo por ter me defendido.

Horas depois...

Finalmente o turno havia acabado. Fui até a lavanderia pegar a toalha. Tinha que ir ao shopping ainda.

Roberto me mandou mensagem avisando que estava no treino ainda que era pra mim, ligar pra mãe dele ou a Valeri virem me buscar.

Ignorei que já sou bem grandinha e sei andar por aqui. Afinal já fiquei várias férias aqui. Peguei um ônibus e fiquei mexendo no celular. Havia algumas mensagens da Mari.

Maninha 💜 : O que está acontecendo aí?

Maninha 💜 : Que é esse tal de Chris ?

Maninha 💜 : Não me diga que é o garoto da festa do ano passado.

Mirela Winter 😍 : Sim é o garoto da festa, ele não se lembra do que aconteceu.

Mirela Winter 😍 : Ele postou uma foto minha falando que ficamos, mas na verdade, não rolou nada.

Maninha 💜 : Que cara, escroto.

Mirela Winter 😍 : Como está a Gaby?

Maninha 💜 : Bem.

Maninha 💜 : Tem certeza que não quer que eu dê o seu novo número pra ela?

Maninha 💜 : Ela disse que você não a responde no instagram.

Mirela Winter 😍 : Quando der, respondo ela.

Mandei a última mensagem e bloquei a tela do celular.

Estava distraída olhando pela janela do ônibus, o meu celular vibrou na minha mão, percebi que era uma mensagem da Valeri.

Minha morena 🖤: 📽

( Vi que era um vídeo da festa pra ser preciso no exato momento que eu estava dando um fora no Chris. )

Minha morena 🖤 : Um e - mail desconhecido mandou para todo colégio alguém está querendo te ajudar.

Mirela Winter 😍 : Nossa meu Deus, não sei se fico feliz ou assustada por alguém ter me gravado.

Meu celular desligou havia acabado a bateria. Percebi que havia chegado no shopping. Desci do ônibus e entrei no shopping perguntei onde ficaria o tal dojo. Leonard estava treinando sozinho quando percebeu a minha presença parou. 

— Aqui sua toalha — falei estendendo para ele que pegou e secou o suor.

— Obrigada Mimi — falou com um sorriso.

— Mimi? — perguntei levantando a sobrancelha.

— Achei fofo e resolvi te chamar assim — respondeu guardando a toalha.

— Quer aprender? — perguntou.

— O que? — perguntei sem entender muito bem.

— Aprender karatê — respondeu como se fosse óbvio.

— Melhor não — falei vendo ele me encarar confuso — Não levo jeito pra isso — falei.

— Te darei uma aula grátis não gostar não irei insistir — propôs.

— Tá bom — concordei — Por acaso tem um carregador aqui? — perguntei apontando para o meu celular.

— Tenho sim — falou indo em direção à bolsa e tirando um e me entregando.

Coloquei meu celular pra carregar. Ele me trouxe uma roupa que parecia mais um roupão.

Chris

Tenho um trabalho de meio período no shopping apesar de não precisar, é bom que junto um dinheiro extra, meu celular começou a tocar várias vezes.

Não podia atender celular no trabalho, mas senti que podia ser algo importante. Atendi sem ao menos olhar o nome na tela.

— Boy nem te conto — Felipe.

— O que aconteceu Feh?

— Está rolando um vídeo no whatsapp — Felipe.

— Como assim?

— Um vídeo da garota nova te dispensando na cara dura — Felipe.

— Ah já até sei quem fez isso.

Falei irritado desligando o telefone. Tenho certeza que foi o Leonard os pais dele são da empresa de segurança da maioria dos locais de festa da família do Felipe. 

Já eram 7:30h de fechar o shopping então eu junto com mais alguns seguranças começamos a esvaziar-los. Cheguei no dojo do Leonard fiz questão de pegar o lado dele, sei que ele sempre sai tarde daqui.

Quando havia chegado lá ouço risadas dou uma olhada pela fresta da porta vejo ele ao lado da minha garota. Pelo jeito ele estava ensinando ela a lutar. Me senti desconfortável ao ver ambos se abraçando.

— O shopping vai fechar — falei sem os olhar com toda força que eu ainda tinha.

Apenas sai dali sentindo raiva de mim mesmo por estar com ciúmes dela e nem ter falado com ele a respeito do vídeo que tenho certeza que irá acabar com a minha reputação.