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Motivos

"Acho que não damos valor à sorte que temos."
— Um Passado de Presente.

Chris

Estava com a cabeça tapada por um saco que fedia e amarrado a uma cadeira. Nem sei quanto tempo estou aqui eles até me bateram. Sei que mereço essa surra do universo por tudo que já fiz as pessoas sofrerem.

Quando finalmente tiram o meu capuz podem ver Brandom em minha frente estava com um sorriso diabólico.

— Me tire daqui — mandei forçando as cordas.

— Não — falou cruzando os braços.

— Nem te conheço, cara — falei.

— Mas conheço o seu querido irmão — falou.

— Eu não sou ele — falei — Não posso pagar pelos seus erros — falei vendo ele me encarar.

— Logo irá embora daqui — falou.

— Porque fez isso? — perguntei.

— Sabe estou entendiado — falou fazendo um sinal para que os mesmos homens que me pegaram na boate trouxe uma cadeira pra ele, se sentou em frente a mim — O maldito do meu pai acabou perdendo todo nosso dinheiro e por causa dele não irei pra faculdade — falou dando um sorriso fraco — Por isso peguei você seu irmão dará uma grande quantia em dinheiro que irá me ajudar a sair desse lugar e fazer uma boa faculdade — explicou.

— Minha família pode ser rica, mas não temos tanto dinheiro em espécie, tudo que entra vai parar os investimentos — expliquei.

— Não importa — falou me acertando um tapa forte na cara.

De repente a porta do armazém foi arrombada por vários homens de terno preto. Renderam todos os capangas que estavam lá dentro e principalmente Brandom.

Eles me desamarraram me tirando daquele balcão quando saí de lá meus pais vieram correndo me abraçar.

Ambos não conseguiam conter a emoção de me ver vivo já que estava com o rosto todo machucado por terem me batido nesses dois dias que fiquei aqui.

— Não precisam desse chororô todo — falei um pouco indiferente apesar de estar feliz de vê - los — Estou morrendo de fome — revelei vendo ambos sorriem já que fiquei apenas em pão e água.

Percebi que meu irmão e a Mirela não estavam com eles no fundo, queria tanto vê-los.

Entrei na limousine da minha família e me levaram até o nosso apartamento, mas tarde os federais iam pegar o meu depoimento.

Meus pais estavam me segurando pelo braço já que não aguentava andar. Dou de cara com o meu irmão segurando uma maleta enorme preta.

— Aonde vai? — perguntei.

— Chris ai meu Deus — falou desviando da minha pergunta jogando a maleta no chão e correndo para me abraçar.

— Vai com calma — falei gemendo de dor.

— Solta seu irmão filho, ele tem que tomar um banho e comer algo o médico está vindo te ver — Meu pai falou.

Meu irmão me soltou então os dois me ajudaram a subir as escadas. Quando cheguei no meu quarto tomei um banho demorado e vesti o meu pijama e saí do banheiro vi que o médico me esperava.

Não o reconheci já que foi a primeira vez que havia visto ele.

Me examinei e depois uma enfermeira chegou curando os meus machucados.

Quando finalmente terminou de colocar os bandoletes saiu e a empregada trouxe uma bandeja de várias coisas gostosas. Terminei de comer tudo e acabei dormindo estava tão cansado.

Horas depois.....

Acordei já estava me sentindo recuperado. O agente do FBI veio pegar o meu depoimento. Estava com muitas saudades da Mirela peguei o meu celular e vi o horário. Se me lembro bem ela deve estar na aula de karatê. Fui até o quarto do meu irmão pedir pra ele ir comigo já que os meus pais não iriam me deixar sair sozinho.

Por sorte o meu irmão aceitou me levantar então fui para o meu quarto me arrumar não queria estar com uma aparência derrotada.

Quando finalmente chegamos até o shopping ele me acompanhou até onde era o dojo do Léo.

Quando chegamos lá vejo ambos treinando ele desviou de um golpe segurando o seu braço ele a girou a trazendo para mais perto.


Ela estava com um lindo sorriso assim como ele percebeu que os olhares deles se encontraram. Naquele momento percebi o quão ambos combinam talvez poderia deixá-los ficarem juntos.

Apenas saí de lá sem ao menos fazer barulho, não queria atrapalhar o momento deles.

— Vai deixar aquele otário roubar a sua garota? — Meu irmão me perguntou.

— Não viu eles lá? — perguntei vendo ele me encarar — Parecem ser tão perfeitos juntos — falei sentindo inveja.

— Idiota — falou — Dar pra ver em seus olhos que está apaixonado por aquela garota está dando ela de bandeja para um carateca de merda — falou tentando me fazendo abrir os olhos.

— Meu irmão é um poeta — falei impressionado.

— Chega de papinho vai lá pegar a sua garota — mandou.

Respirei fundo e voltei até lá não irei desistir da única mulher que me fez perder a cabeça. Mi estava saindo dando risadas com o Léo quando ela me viu correndo ao meu encontro me dando um forte abraço.

— Que bom que está bem — falou, depositando um beijo em minha bochecha.

— Eu te amo Mirela Winter — me declarei lhe dando um beijo.

Depois de alguns minutos nos separamos percebi que algumas pessoas observam.

— Eu também te amo meu fuckbooy — se declarou dando uma leve mordida em meus lábios.

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