Eu desperdiço o tempo como se ele fosse infinito.
- Escrito nas Estrelas
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Chris
Estava no avião ao lado do meu irmão conversando sobre os meus sonhos que tinha com a Mirela mesmo antes de conhecê-la.
— Acredita em hipnose? — perguntou.
— Um pouco — respondi — Mas porquê? — perguntei.
— Irei fazer isso em você — respondeu pegando um velho relógio de bolso — Talvez vocês tenham se conhecido e algo na sua mente bloqueou esse fato — explicou.
—Tá bom, vamos tentar — concordei com a ideia maluca.
Fechei os olhos e me deixei levar exatamente um ano atrás. Como sempre estava em uma festa de encerramento das aulas que o Roberto havia organizado.
Foi naquela mesma noite que havia recebido uma ligação dizendo que Sayuri tentou suicídio por culpa dos boatos que espalhei sobre ela.
Bebia que nem louco a culpa estava me consumindo pegava qualquer moça que me dava bola. Estava andando pelo lado da piscina até que acabei escorrendo.
Naquele momento meu corpo não se movia, a água entrava dentro das minhas narinas. Talvez poderia estar sonhando, mas vi uma moça me segurando e me tirando da água.
Sinto que estou deitado em algo e lábios macios pressionam os meus. Escuto uma voz que não consegui reconhecer muito bem.
— Mi, vamos sair daqui, ele já está bem — sugeriu.
— Espero que bem, pudinzinho — falou me dando um beijo na testa.
Despertei do transe percebendo que já havia chegado. Resolvi que não iria pra faculdade já que ainda não terminei os trabalhos.
Meus pais haviam comprado um apartamento num bairro nobre. Iria me mudar pra lá a noite já que minha mãe pessoalmente cuidaria da minha mudança.
Todos irão saber que sou rico já que acham que sou pobre por ter dois empregos, um de garçom nos fins de semana e outro de auxiliar de segurança a noite.
Estava na lanchonete atendendo algumas mesas que estavam quase na hora do meu almoço.
Escutei os sinos da loja tocando, olho em direção à porta e tive uma grande surpresa ao ver duas belas loiras entrando.
Uma conhecia muito bem era a minha Mirela e a outra uma loira de meia idade, deve ser a mãe dela.
Segui em direção a mesa de ambas para atendê-las. Mirela me olhou com os olhos arregalados, pelo jeito não esperava me ver trabalhando aqui.
— No que posso ajudar? — perguntei sorridente.
— Affs, não acredito que justo você está aqui — Mirela falou irritada.
— Filha, calma, o moço só está fazendo o seu trabalho — falou, a loira mais velha.
— Mãe, esse é o Chris, ele nunca quer ajudar ninguém — Mirela falou irritada.
— Então ele se chama Chris, querida — loira mais velha falou analisando a situação.
— Mirela, eu trabalho aqui, quero te atender — insiste.
— Não queremos nada desse lugar — Mirela falou, se levantando da cadeira e saindo.
A loira mais velha, foi correndo atrás dela. Como meu horário já havia terminado, fui atrás delas.
Precisa de uma vez por todas falar com ela. Ambas estavam sentadas no banco da praça.
Estava com a minha câmera no bolso, peguei e tirei uma foto já que ambas estavam muito bonitas. Sai de lá não queria atrapalhar aquele momento.
Mirela
Me surpreendi ao ver o Chris trabalhando. Discutimos um pouco vendo minha mãe me olhar sem entender nada. Por fim, não aguentei apenas sair dali.
Me sentei num banco da praça precisava respirar. Minha mãe se sentou ao meu lado.
— Filha, nunca te vi falando com algum garoto como falou com aquele garçom — Minha mãe falou preocupada.
— Mãe, por culpa dele, quando cheguei aqui todos começaram a falar mal de mim — expliquei — Ele fez um posta no instagram insinuando que havíamos ficado — falei.
— Filha, será que ele não gosta de você? — perguntou.
— Acho que não, mãe ele só é um fuckbooy sem sentimentos — respondi.
— Mas você gosta dele, certo? — perguntou.
— Talvez — respondi envergonhada.
— Vamos almoçar querida e pense no que te falei — falou.
Fomos até um restaurante e fizemos os pedidos. Resolvi contar pra minha mãe o que havia acontecido com a Valerie. Percebi que ainda não era a hora de eu contar que sabia a verdade sobre as minhas origens.
Saímos de lá e fomos para casa dos Monteiro. Valerie estava na cozinha comendo um pote de sorvete de morango.
— Filha vai à frente — Minha mãe mandou.
Nada disse apenas subi para o meu quarto. Peguei o celular e mandei uma mensagem para o Leronard.
Mirela Winter 👑: Vamos ao cinema hoje?
Melhor 👥: Não posso.
Melhor 👥 : Tenho campeonato infantil pra organizar por isso nem fui a aula hoje.
Mirela Winter 👑 : Não tem problema não.
Melhor 👥: Outro dia marcamos tá bom?
Mirela Winter 👑 : Ok.
Me surpreendi ao ver Valerie entrar no meu quarto em silêncio se sentou ao meu lado.
— Me desculpe, Mi — pediu.
— Está tudo bem? — perguntei lhe dando um abraço.
— Sua mãe é muito sábia, abriu os meus olhos sobre as minhas atitudes — explicou — Você é uma garota leal, por isso não me contou já que o segredo não cabia a você — falou.
— Aaa — falei — Depois tenho que agradecer a minha mãe — falei alegremente — Agora preciso arrumar alguém pra ir ao cinema comigo — falei bufando.
— Já chamou o Léo? — perguntou.
— Já, mas ele não pode ir — respondi — Vai às 5 horas tarde — falei.
— Ainda tem tempo para encontrar alguém — falou saindo do meu quarto.
Hoje não iria precisar ir para biblioteca já que era um grande alívio pra mim. Me deitei olhando para o teto de madeira.
Chris
Havia acabado de sair do almoço. Era hora do treino, vejo Felipe mexendo no celular e sorrindo.
Sorrateiramente olho as mensagens dele vendo que estava de papo furado com a Valerie.
— Então vocês dois estão saindo? — perguntei, fazendo ele levar um susto.
— Não — respondeu.
— Pergunta sobre a Mirela fazendo o favor — pedi.
— Tá bom — concordou.
Vejo ele digitando perguntado sobre ela. Valerie contou que ela estava louca atrás de um par para ir ao cinema. Essa era a oportunidade perfeita para me aproximar dela.
— As mocinhas vão ficar aí de papinho? — O treinador perguntou irritado.
Felipe guardou o celular e fomos treinar. O treino acabou às 3 horas da tarde. Peguei o meu celular e vi que havia uma mensagem do meu irmão avisando que o motorista estava no portão da faculdade me esperando.
Nem tomei banho iria tomar em casa mesmo. Fui até o portão onde o meu motorista estava. Em poucos minutos chegaram no meu novo apartamento. A empregada me explicou onde era o meu quarto.
Fui direto para o banho e saí vestindo o meu roupão. Não tinha roupas muito bonitas aqui. Fui ao quarto do meu irmão.
— Me empresta uma roupa e também o seu perfume — pedi.
— Vai sair com sua sereia né? — perguntou parando de mexer no celular.
— O que? — perguntei ignorando a pergunta dele.
—Quando estava sob efeito da hipnose, contou pra mim tudo que aconteceu — respondeu.
— Nossa — falei meio sem graça.
Segui em direção ao seu closet e o abrindo pra pegar tudo que precisava.
Sai dali de fininho para os seguranças não perceberem que não queria ninguém atrás de mim, peguei um uber.
Em poucos minutos estavam na porta das casas do Monteiro eram exatamente 4:30.
Vejo Mi saindo de lá estava tão arrumada, me aproximei dela.
— O que faz aqui? — perguntou confusa.
— Me lembrei de tudo que aconteceu da festa do ano passado, foi você que me salvou de me afogar na piscina naquele dia — respondi vendo ela me encarar.
— Ah que bom — falou desinteressada.
— Calma, vamos sair um pouco — insisti.
— Vou ao cinema com meus amigos —falou.
— Posso ir com você? —pedi.
—Ah pode ser — falou dando os ombros e um sorriso discretamente.
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