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Capitulo 16

Quando terminamos nossa brincadeira percebo que o banheiro estava encharcado. Enrolo uma toalha em meu corpo e outra em meu cabelo, sentia-me nova depois daquele banho, após vestir-me e pentear meus cabelos volto ao banheiro e seco-o completamente, deixo tudo em seu devido lugar. Olho-me no espelho novamente, pareço feliz, e talvez realmente estivesse.
Após Audrey lavar-se e colocar roupas limpas, nós andamos calmamente até um corredor que nos leva até a cozinha, Aaron sabia que era seguro ir até lá pois apenas as empregadas circulavam por ali, com um pouco de vergonha eu abri um dos armários e peguei alguns pães e manteiga. Nós voltamos até o quarto e trancamos a porta que dava acesso aquele corredor. Comemos com prazer, já faziam alguns dias desde de nossa última refeição.
— Vamos viver aqui? — Audrey perguntou, olhando ao redor.
— Não, mesmo que quiséssemos, não é seguro viver aqui. — Ela soltou um murmúrio.
— Em qualquer lugar é perigoso. — Disse tristemente.
Nossa breve conversa foi interrompida pelo som de batidas na porta, ficamos em silêncio automaticamente e esperamos.
— Sou eu, Aaron. — Suspirei aliviada ao ouvir a voz grossa de Aaron. Fui até a porta e destranquei-a, Aaron entrou rapidamente e logo trancou a porta novamente. Ele sorriu ao ver que estávamos comendo.
— Tenho boas e más notícias. — Disse enquanto tirava sua bóina e logo depois seu uniforme, ficando apenas com uma blusa branca de mangas compridas.
— Primeiro as más.
— Schulz está procurando desesperadamente por quem atirou na porta. — Ele sentou-se conosco à mesa. — E as mortes com gás continuarão.
— Já era esperado, ele não deixaria isso passar. — Disse encarando Aaron. Audrey ouvia tudo atentamente. — Agora conte-me as boas notícias.
— Bom, devido as mortes, você continuará aqui até que seja seguro ficar lá fora e Schulz não desconfia que fui eu quem atirei na porta e nem irá desconfiar. — Aaron tinha um sorriso confiante em seu rosto. Não pude evitar sorrir junto com ele. — Como foi a tarde?
— Sinceramente foi um tanto quieta demais, mas fico feliz por estarmos seguras.
— Imagino que não esteja acostumada a fazer nada.
— Nem um pouco. — Encaro-o por longos segundos e ele faz o mesmo.
— Bom... — Ele diz, levantando-se. — Vou me lavar.
Fico a sós com Audrey novamente.
— Tenho que admitir que ele é uma pessoa legal. — Ela sorri com o canto dos lábios — é tão bom comer de verdade... Tomar um banho...
Olho para sua expressão, Audrey estava com um sorriso que não sabia que existiria depois da morte de nossa mãe, mesmo não sabendo como ele estava ali. Depois de estarmos fartas de tanto comer, Audrey cochilava no sofá. Lavava as louças quando vejo Aaron sem blusa à minha frente, enrubesci, vê-lo daquela forma deixava-me nervosa, não por medo ou vergonha, mas pelo meu corpo responder positivamente, o que assustava-me, pois não sabia o que era capaz de fazer. Sua toalha estava em seu ombro e ele encarava-me em frente à porta, por algum motivo que eu não sabia qual não queria que as louças terminassem, mas elas terminaram. Viro-me e Aaron continuava na mesma posição, sequei as mãos em minhas roupas e encarei-o, ele fez o mesmo, porém encarava-me profundamente e causava-me sensações indescritíveis. Após longos segundo eu finalmente desviei o olhar e tentei sair de sua presença, mas quando tentei passar por ele seus dedos fortes seguraram meu pulso, parei aonde estava e continuei a olhar para o chão.
— Olhe para mim! — Disse firmemente, mas não cedi. — Por que não olha para mim? Meu rosto lhe assusta? — Sua voz é suave desta vez. Sinto o toque de seus dedos gélidos em meu queixo e cedo à tentação de olha-lo.
— Seria melhor se me assustasse. — Sussurrei.
— O que quer dizer com isto? — Ele encarava-me com uma sobrancelha erguida e um sorriso no canto dos lábios.
— Estou cansada. — Desvio o assunto e mais uma vez tento sair de sua presença, mas sua mão continuava a segurar-me.
— Não está tão tarde assim. — Ele solta meu pulso e depois segura ambos, seus olhos estão fixos em mim, ele me observava por inteira e eu sentia meu corpo esquentar por vergonha. — Venha. — Ele segura uma das minhas mãos e me leva até um dos sofás, sento-me e ele vai até sua pequena adega e analisa alguns dos vinhos antes de escolher um, logo depois abre um dos armários de madeira e pega duas taças. Enquanto ele volta olho para Audrey e vejo-a dormindo profundamente, seu rosto estava pacífico.
Aaron senta-se ao meu lado e coloca as taças na mesa de centro, em movimentos rápidos ele abre o vinho e serve a nós dois.
— Saúde! — Ele segura sua taça e eu faço o mesmo, brindamos e damos um gole no liquido, o vinho é amargo na medida certa e se saboreasse bem, podia sentir um adocicado no fim. Aquilo lembrava-me de Aaron, seu jeito era intimidador e sempre tão duro, mas eu sabia que havia uma bondade nele, sabia um pouco sobre ele e queria saber mais, confiava nele, mas ainda não estávamos no maior nível de confiança, minha insegurança estava sendo uma grande barreira entre nós, e nossas diferenças sempre estavam aparentes.
— Você se perde em seus pensamentos frequentemente. — Aaron chama minha atenção para a realidade.
— Foi um dos únicos direitos que me restou. – Sorrio após dizer aquilo, apesar de não ser algo que mereça um sorriso.
— Tem sorte por estar viva, não deveria reclamar de direitos nesse momento. — Sua expressão se endurece e ele parecia não ter gostado do que eu havia falado.
— Não acredito em sorte, acredito em Deus.
— Sorte, Deus, chame do que quiser, mas você está viva e é o que importa. — Ele disse com um pouco mais de suavidade.
— Ainda não entendo Aaron. — Tomo mais um gole de vinho e prossigo. — Você quase morreu para me salvar.
— Ah Shayia, nem eu entendo. — Ele relaxa e sorri calmamente. — Assim como não entendo sua semelhança com a minha mãe. Sempre achei que não existia ninguém com uma personalidade igual a da minha mãe, então conheci você, você é corajosa, sabe se impor e mesmo que tenha, não transparece seu medo, você está sempre forte apenas para sustentar as pessoas que ama. Você é como ela. — Ele termina de falar e eu fico em silêncio, falar sobre nossas mães era um assunto delicado e era estranho termos algo em comum. Ambos perdemos nossas mães e tivemos figuras de pai ausente, a vida não fora justa conosco.
— Gostaria de tê-la conhecido... — digo olhando para a taça de vinho em minha mão.
— Você teria gostado dela... — olho para ele, seus olhos estão baixos e entristecidos, aquele assunto o deixava cabisbaixo, de certa forma incomodado, mas mesmo assim ousei-me em perguntar.
— Como ela morreu?
— Meu tio a espancou, infelizmente ela não resistiu — Sua expressão se transformou ao falar sobre, eu pude ver sua raiva ferver por algum momento, porém seus olhos azuis profundos encararam-me mostrando, expondo, sua dor, sua tristeza, vejo seus lábios moverem-se — E eu não pude fazer nada... Ela sempre dizia que eu seria um bom homem — Ele encarava-me com intensidade — E olhe para mim agora, sou como o desgraçado que a matou — Ele virou o rosto para o lado. Automaticamente levantei, ajoelhei-me ao lado de onde ele estava sentado, ele ainda virava o rosto, subo minhas mãos até seu queixo e o viro para mim com delicadeza, aproximo-me de seu rosto.
— Você é um bom homem Aaron, você não é como eles.
— É claro que sou Shayia, ou você nunca parou para pensar em quantos judeus eu já matei para chegar a essa posição?
Realmente era verdade, eu nunca havia parado  para pensar nisso, mas o fato em questão era que apesar de tudo que ele já havia feito eu sabia que mesmo com a consciência de que era errado, ele era muito mais do que parecia ser, e eu pude ver essa restrita parte de seu ser, eu pude prova-la, eu posso ver, mesmo agora olhando em seus olhos que ele era um bom homem.
— Não sei o que você fez, mas sei o que você ainda pode fazer, sei que seu coração não é como o deles, sei que você não é tão desumano assim, sei que você não é assim, e se já foi... Foi apenas para fingir algo que não é, porque eu sei que você é um bom homem.
Ele encarou-me surpreendido por minhas palavras. Sinto sua mão tocar meu rosto.
— Talvez você esteja enganada.
Olho para seus lábios que agora estavam próximos aos meus que suplicavam por mais proximidade.
— Se eu estiver... — Olho para seus olhos que pareciam de predador, sua boca era tentadora, seu toque era perturbador... O que estava acontecendo comigo? — não ligo.
Antes de ver qualquer reação mato os centímetros que separavam nossos lábios, seu toque preciso passa por minha nuca arrepiando-me, nada podia explicar a sensação de seus lábios quentes que passeavam de minha boca para meu pescoço, e quando seus lábios voltaram vagarosamente aos meus o beijo era diferente, aquele beijo era diferente dos outros,  sentia uma sensação diferente, como o beijo que acontecera mais cedo, nossas bocas encontravam-se com ferocidade, nossas línguas entrelaçavam-se em meio àquela explosão de sentimentos, paixão, desejo, e algo a mais. Uma de suas mãos descera para as minhas costas e puxava-me para mais perto de si, nossos corpos ansiavam por mais contato. Em um movimento rápido meu corpo estava sobre o dele, e acidentalmente caímos deitados no sofá, não separamos nossos lábios nem por um minuto, suas mãos seguravam minha cintura e eu tateava seu corpo até chegar ao seu pescoço, não sabia o que poderia acontecer, mas minha única certeza era de que não conseguiria parar.
Fomos interrompidos pelo som de fortes batidas na porta, assustei-me e levantei imediatamente, mesmo que a porta estivesse trancada eu tinha medo que alguém nos visse.
— Quem é? — Aaron perguntou enquanto levantava e fazia um sinal para eu pegar Audrey e ir para o quarto.
— Oficial Stonvick, Senhor. O general Schulz que todos os cômodos da casa fossem vistoriados. — Estremeci ao ouvir aquelas palavras, não conseguia imaginar o porquê de Schulz ordenar aquilo, o que levava-me a crer que ele sabia da minha presença ali. Estava seguindo com Audrey para o quarto e Aaron estava logo atrás de mim.
— Aguarde um minuto, por favor. — Ele falou enquanto vestia uma camisa azul ciano. Logo depois beijou-me na testa. — Siga pela porta que leva até a cozinha e saia pelas portas dos fundos, tome cuidado por favor, sinto muito por não poder protegê-la agora. — Sussurrou em meu ouvido e eu assenti rapidamente e caminhei até a porta que levava até a o corredor, caminhava em passos cautelosos e olhava para todos os lados possíveis. Audrey estava em meu braços e começava a despertar.
— O que houve? — Perguntou-me ainda sonolenta. Fiz sinal para que ela se silenciasse e coloquei-a no chão, continuamos andando até chegar a cozinha, abri a porta cautelosamente e vi que algumas cozinheiras ainda estavam ali, passamos por elas calmamente, as mesmas nos olhavam intrigadas, porém não se pronunciaram. Após passar pela cozinha chegamos ao último corredor que nos separava da porta de saída, estava quase correndo e quando estava prestes a abrir a porta da saída ela foi aberta antes, abri uma das postas que haviam no corredor e entramos rapidamente. Estávamos em um cômodo escuro e com cheiro de mofo. Ouvia passos no pesados no corredor e o medo instalava-se em mim.
— Os alojamentos da área Norte estão quase vazios, o gás está acabando e infelizmente não poderemos matar aqueles nojentos do Sul.— Ouvia a voz de vários soldados. Longos minutos passaram-se até o silêncio se instalar. Abri cautelosamente a porta e olhei para os dois lados do corredor, estava livre. Andamos com cautela e conseguimos sair, a neve nos atingiu violentamente, ao menos aquilo nos dava uma vantagem, a tempestade estava tão densa que ninguém nos veria. Corríamos o mais rápido que podíamos, mas era difícil com o acúmulo de neve nos nossos pés. Apoiado longos minutos conseguimos chegar ao nosso alojamento. Entramos rapidamente, tentando não fazer barulho, pegamos um dos uniformes em uma pilha ao lado da porta e vestimos.
Chegamos em nossas camas e eu vi Kyrie dormindo ao lado de Herr Klein. A cama de Bryan estava vazia.
Deitei na minha própria cama com Audrey ao meu lado, nos cobrimos com lençóis e meu corpo não demorou muito até adormecer.

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