𖤍𖡼↷ 𝐎𝐍𝐄
𝐀𝐋𝐔𝐑𝐀 sabia que para quem via Akeri Shinkai e Kenma Kozume juntos, poderia parecer um tanto quanto inesperado. De fato, era um relacionamento com nuitas nuances devido a personalidade de ambos, mas para Alura, não era nenhuma novidade que estivessem agora em um namoro (ela podia até não saber como aquilo entre os dois funcionava, mas sabia que funcionava). Desde que conheceu Akeri e Kenma, sabia que estavam destinados a ficar juntos, afinal, Alura era capaz de ver algo que ninguém mais conseguia enxergar: o fio vermelho do destino. E aquele relacionamento que para muitos poderia parecer uma piada, para Alura era algo que ela já esperava que acontecesse (ela não esperava que fosse demorar tanto, mas aquilo era um mero detalhe).
Sentada no refeitório rodeada pelos garotos do clube de vôlei, observando enquanto Taketora zombava de Akeri e Kenma por serem um casal estranho, Alura não podia deixar de achar graça no como o destino podia tardar, mas não falhava. Em partes, ela supunha, pois existiam as almas gêmeas destinadas a se manterem separadas. Alura fielmente acreditava que Kuroo e ela eram uma dessas almas, já que ela tinha plena consciência que Kuroo jamais olharia para ela da mesma forma como Alura olhava para ele.
Mas aquilo era um pensamento muito deprimento para se ter aquela hora da manhã, de qualquer forma. Afinal, Alura já deveria estar acostumada; haviam se passado anos que ela sabia sobre sua ligação com Kuroo; e agora, ela estava no terceiro ano, seu último ano ao lado de Kuroo antes de suas vidas seguirem rumos diferentes. Era como se tivessem tempo contado, mas não era como se Alura tivesse alguma esperança que algo fosse mudar (bem, era difícil de acontecer quando ela não tentava fazer isso). Às vezes, Alura odiava ter nascido com aquele tipo de dom. Parecia apenas uma piada cruel do universo. As almas destinadas a ficarem juntas, mas nunca se encontram; e as que se encontram, mas nunca ficam juntas.
Talvez seja por esse tipo de pensamento que, na noite anterior, irritada com sua vida e com o mundo inteiro, Alura fez o impensável novamente: pegou a primeira tesoura que viu, segurou o fio vermelho e o cortou. Ela já estava habituada a vê-lo se partir e sumir, causando um vazio em seu peito quanto ela o fazia. Deveria ser por aquele motivo que seu dia estava tão preto e branco, sem vida e sem vigor. Sempre acontecia quando ela o cortava, mas ela o fazia mesmo assim, em uma esperança tola de fazer a dor de saber quem é sua alma gêmea e não te-la sumir. Mas aquilo durava apenas um curto período de tempo.
Foi naquele momento que Kuroo sentou ao lado de Alura, a fazendo se assustar por ter chego de fininho. Ele sempre fazia aquilo, em especial quando Alura cortava o fio que os unia, quase como se Kuroo pudesse sentir que havia algo fora do lugar. Seus olhos se fixaram em Alura com tanta intensidade que o peito dela doeu.
-Me diz uma coisa, Alura, você me odeia? - ele perguntou, sem se preocupar em dizer "oi" antes. Sempre aquela pergunta; era engraçado o como todas às vezes que Alura cortava aquele maldito fio vermelho do destino, Kuroo, no dia seguinte, a perguntava se Alura o odiava. Ela sabia o que aconteceria depois de sua resposta, pois sempre acontecia, mas ainda assim, sua resposta para Kuroo era sempre a mesma:
-Não. Eu definitivamente não te odeio. - em um sussurro sofrido, Alura observou o fio vermelho retornando, ligando os dois em um destino que ela tinha dúvidas que um dia se uniria de fato. E quase como se vendo o fio retornar entre eles, Kuroo sorria para ela e sempre a puxava para um abraço, o que tinha um imenso efeito sobre Alura, fazendo com que o coração dela disparasse dentro do peito com tanta força que ela tinha medo que Kuroo fosse capaz de sentir.
-Que bom, achei que tivesse começado a me odiar. - ele riu, como se aquilo sequer fosse possível.
Às vezes, Alura se sentia uma grande covarde. Se fosse um pouco mais corajosa, diria a Kuroo tudo o que sentia, e talvez as coisas pudessem ser diferentes entre eles. Mas sua insegurança, seus medos e traumas eram maiores do que qualquer outra coisa. Akeri havia passado anos brigando com Alura para dizer a Kuroo como se sentia; mas ela nunca teve coragem de o fazer, mesmo quando estava tão próxima de Kuroo que podia sentir a respiração quente dele contra seu rosto. Alura sabia que estava condenada e que não havia nada no mundo que pudesse fazer para ser salva.
-Você sempre fica com essa conversa estranha. - Alura resmungou, se permitindo, pelo menos naquele instante, ser abraçada e abraçar Kuroo de volta. Fechando os olhos com força, Alura desejou nunca sair de dentro dos braços de Kuroo, mas se afastaram rápido demais. Ele abriu um enorme sorriso para ela, um daqueles que sempre causava um grande estrago no coração de Alura.
-Eu só preciso ter certeza que ainda vou ter você na minha vida. - Kuroo retrucou, fazendo Alura piscar os olhos. Só um pouco de coragem, era só isso que ela precisava. Mas não tinha.
-Você é tão estranho, Kuroo. - Alura suspirou e escutou Akeri dar risada do outro lado da mesa, seus olhos brilhantes se fixando em Alura por um segundo. Akeri vivia reclamando dos olhares de gato que Kenma gostava de lançar, mas o quão diferente ela era do namorado, afinal? Com uma careta, Alura virou o rosto para o lado, ignorando sua amiga.
-Ei, se era para me ofender, não deu certo. Podemos ser do bondinho dos esquisitos juntos, Alura! - Kuroo zombou, jogando um braço ao redor do ombro de Alura e a apertando com força, a fazendo chiar.
-Sim, claro, só que não! - Alura reclamou, o empurrando para o lado. -Eu definitivamente sou bem mais normal. Aliás, de todos vocês, eu sempre fui a mais normal. - Alura apontou para Kenma, Akeri e Kuroo, deixando claro de quem estava falando. Kenma apenas arqueou uma sobrancelha, mas Akeri chiou, indignada.
-Definitivamente não! - Akeri riu. -Você só finge melhor.
Fingir melhor; Alura sabia que Akeri estava se referindo a sua personalidade, mas ainda assim não deixava de ser como tomar um soco no estômago, pois de fato, Alura era ótima em fingir e se esconder. Não havia feito isso todos aqueles anos onde escondia e mentia sobre seus reais sentimentos por Kuroo?
Durante toda sua vida, Alura aprendeu algo de extrema importância: nem sempre podemos ter tudo aquilo que sonhamos e desejamos. E às vezes é preciso saber abrir mão.
Mas será que abrir mão de algo sem nem ao menos tentar poderia ser conderado como algo bom, afinal?
boa noite, povo bonito!
tudo bem com vocês?
espero que sim!
primeiramente perdão
a demora para atualizar
prometo que vou ser mais
frequente e escrever capítulos
mais longos!
esse foi mais curto só para
apresentar a Alura adolescente
e seus sentimentos conflituosos
inclusive, postei uma
fanfic nova de Haikyuu,
do Osamu, para
quem quiser ler s2
vejo vocês no próximo
capítulo!
espero que gostem!
~Ana
Data: 16/06/24
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