DANILO
Oi oi! Aproveitem a leitura e, novamente, relevem se encontrarem algum Sol com letra minúscula por aí! ;)
DANILO
Acho que a melhor coisa que poderia ser desenvolvida ou inventada pela humanidade seria uma espécie de manual sobre o que responder para uma mulher diante de determinadas frases impactantes ou perguntas perigosas. Seria o maior avanço da humanidade e tenho certeza de que boa parte dos fins de casamento se resolveriam somente nessa cartada.
Uma mulher pergunta, por exemplo, porque a sua mãe não gosta dela. Você sabe que gosta, mas se disser isso, ela vai te xingar e dizer que você está defendendo a mãe, mas se você disser que é verdade, uma terceira guerra mundial entre sua mãe e ela será criada. O que responder numa situação dessa? Eu não faço ideia! Se soubesse, já começaria a escrever esse maldito manual! Por que a verdade é que, no momento, como quase a totalidade dos homens, eu estou precisando de um desses urgentemente.
Sol acabou de ter um ataque de histeria comparando o seu físico com o da outra que roubou seu marido. Como dizer para ela que acho os seios dela, pequenos e aparentemente delicados mais bonitos do que de uma mulher peituda? Acho que não posso dizer isso, pois isso seria terrível levando em consideração que não somos nem próximos de amigos para que eu diga isso. No entanto, não falar nada, a fez continuar com mais raiva do que deveria caber nela, fora o olhar dela de que parece que aceitou aquilo como uma certeza absurda, quando há homens que preferem seios que cabem nas mãos do que seios que pulam para fora.
E eu devia estar muito bêbado para pensar nos seios de Sol numa hora teoricamente profissional dessas. Mas aquilo era verdade. Preferia seios pequenos. Contudo, preferi me calar e deixar que Sol virasse o rosto e desistisse de falar comigo enquanto eu só conseguia pensar em como eu me sentia o garoto idiota do terceiro ano mais uma vez, que não conseguia falar com mulheres direito.
O que já não era mais verdade, vide Vanessa que não para de me encher o saco um segundo sequer.
Mal adentro a minha casa e percebo que Sol se anima um pouco enquanto puxa uma mala de rodinhas caminhando pelo apartamento desconhecido como se fosse seu. Vasculhou todo o apartamento antes que, para minha surpresa, ela achasse o meu quarto e suspirasse enquanto se jogava na cama e dizia:
― Um quarto de visita com suítes! Que perfeito Danilo! ― E eu realmente ainda estava boquiaberto demais para acreditar que ela ainda não tinha dado semancol e percebido que aquele era o MEU quarto e não um quarto de visita. E que ela não ia dormir ali, mas no escritório que tinha um sofá-cama. ― Eu to precisando urgente de um banho quente! A gente se fala daqui a pouco tá? Se você puder deixar as minhas malas aqui... eu vou tomando banho enquanto isso. To muito cansada. ― Minha língua afiada e minha raiva crescente estavam muito a fim de perguntar do que diabos aquela insolente estava cansada, visto que a pessoa que havia trabalhado o dia inteiro ali era eu! E não ela! Então quem merecia um banho, era Eu! Se havia algo do qual aquela louca poderia estar cansada era de fazer compras! E eu com certeza não estaria cansado por isso!!!
Mas não consegui manter a linha de pensamento quando sol me enxotou para fora do MEU próprio quarto enquanto se trancava nele e ia tomar um banho muito alheia a tudo! Que garota idiota! Por um momento pensei seriamente em atrapalhar o barato de Lara com João e mandar ela para os quintos dos infernos e voltar para buscar aquela louca que estava no meu apartamento e que tinha roubado o meu quarto na cara de pau!
Contudo, contei até um milhão e tentei me acalmar dizendo para mim mesmo que era consequência dela ter sido traída. As pessoas enlouquecem às vezes quando passam por um baque monstruoso desses.
Aproveitei o momento para colocar as coisas dela para dentro do apartamento e também para arrumar a disposição do meu escritório para que o sofá-cama esticasse plenamente. Aparentemente ali seria o meu local de sono por uma semana.
Depois disso, sentei no sofá da sala enquanto esperava pacientemente que ela saísse do meu quarto para que eu pegasse algumas mudas de roupas, lençóis e eventuais outras coisas que eu precisaria antes que eu amordaçasse, quer dizer matasse, não, melhor, incomodasse a desvairada visitante sem semancol.
Quando Sol saiu do quarto, percebi que já não estava mais com tanta raiva assim para xingá-la. Ainda mais porque Sol parecia desarmar qualquer um. Ela estava com um pijama em formato de cachorrinho com pantufas peludas é uma faixa deixando seus cabelos para trás do rosto. Quando ela me viu, ela sorriu me desarmando ainda mais.
― Eu queria pedir desculpas por ter sido grossa com você no carro. Às vezes eu...― E ela não terminou de falar, aparentemente sem saber como continuar a frase. Aproveitei a deixa.
― Não se preocupe. Está tudo certo. Eu vou te ajudar a sair dessa situação tensa que seu ex marido deixou. ― E ela concordou meneando a cabeça sem jeito.
― Acho que vou me deitar então. ― Ela disse já virando se e retomando o caminho de volta.
― Pera, só deixa eu pegar algumas mudas de roupa. ― Disse, o que fez ela franzir o cenho.
― Porque você deixa suas roupas no quarto de visita? ― Mas antes que eu pudesse dizer algo, a compreensão passou a tomar conta do rosto dela que lívida e pálida como uma parede branca, ela engoliu em seco e então falou: ― Aí meu deus! Eu tomei conta do seu quarto? ― Eu não saberia dizer se isso era uma pergunta retórica ou não, mas acabei dando de ombros e concordando com a cabeça.
― Não tem problema, Sol. Eu durmo no escritório. ― E ela balançou a cabeça negativamente.
― Mas como você pode ter um quarto tão impessoal e cinza? Não tem nada ali que indique que uma pessoa dorme ali! ― Ela exasperou e eu a fuzilei com o olhar. Agora ela estava querendo tirar o corpo fora por não ter reconhecido o quarto como meu! Só porque eu não gostava de um quarto poluído cheio de coisas pessoais, não queria dizer que aquele não era o meu quarto! Eu pensando que ela ia pedir um pedido de desculpas, falar que ia sair do quarto só para que eu insistisse educadamente para que ela continuasse nele, mas não! A menina louca queria me acusar de ser o problema de ela não ter reconhecido o quarto!
― Pois é. Mas era meu quarto. Você deveria ser mais atenta. Mas agora já era. ― Digo seguindo em direção ao meu quarto para pegar minhas roupas para o dia seguinte. Não pude deixar de perceber que estava sendo seguido por uma mulher bufante reclamando atrás de mim:
― Está me chamando de não ser atenta? Ora, mas você está muito enganado! Eu percebi que aquele quarto mais parece do século passado monocromático! Fora que...que... o dono do quarto é um antiquado! Eu deveria ver que uma pessoa que parece ter ficado longe da humanidade por séculos não deveria sequer saber decorar um quarto! ― Ralhou a louca atrás de mim.
Sabe quando eu disse que a regra era que minha irmã não aprontasse para mim nada onde eu precisasse matar ou morrer para tal coisa? Pois é. Estava bem perto de uma das duas coisas acontecerem. Ou eu matava Sol, ou certamente seria morto por aquela criatura petulante!!
― Longe da humanidade? Então eu sou acusado de estar longe da humanidade por querer que meu quarto seja cinza? ― Exaspero abrindo o armário e procurando uma roupa para mim. A verdade é que não estava enxergando roupa nenhuma, já que minha visão parecia ter tomado um vermelho vivo.
― Sim! Longe da humanidade! Onde já se viu não saber que a fiork é do Caio? Ou que eu sou a modelo do rol da fama que todas as outras mulheres querem seguir, hein? Você está fora do mundo há séculos! ― Ela diz cruzando os braços incomodada. Me viro na direção dela sem acreditar que ela está me acusando de estar longe da humanidade só porque não reconheci um maldito nome com o do ex marido dela. Mas que garota arrogante!
― Para sua informação, enquanto você está no rol da fama, eu estou nos bastidores fazendo com que toda aquela população que convive com você não se afunde em dívidas, que parece que é o que mais gostam de fazer quando se tornam ricos! Então não é da sua conta a minha vida! ― respondo e acabo pegando a primeira roupa que vejo pela frente batendo à porta do armário e saindo em passos largos do meu quarto.
Não dou tempo para que ela fale mais alguma gracinha, batendo à porta do quarto e seguindo rumo ao meu escritório. Se a raiva pudesse gritar, ela bem que xingaria Sol de tudo quanto é nome.
Naquele segundo percebi que essa seria certamente a semana mais infernal de toda a minha vida.
****
Vish! Vocês também acham igual Danilo que vai ser a semana mais infernal da vida dele? Hahaha
Vou começar as postagens em dois dias da semana - se o sono não me matar antes disso - todo sábado e domingo a partir de semana que vem!
Até mais pessoal!
Se estão gostando, por favor, não esqueçam as estrelinhas! ;)
Bjinhoos
Diana
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro