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ELA


https://youtu.be/rB6mXBWrPXY

— Como foi a faxina? — Tália perguntou ansiosa. Porém, seu rosto estava pálido e cansado. Assim que a vi me preocupei.

— Você está bem? Teve febre?

Aproximei-me dela e toquei a sua face. Ela estava deitada na cama e o rosto salpicado de suor. Tália gemeu com o meu toque gélido.

— Vou te levar no médico — eu disse a ela.

— Eu estou bem — ela respondeu manhosa. — Como foi a faxina?

— Foi bem.

Tirei a carteira da minha bolsa e mostrei para ela as três notas de cem. Tália se animou e logo se sentou na cama.

— Nossa! Trezentos reais! Mas o combinado era bem menos.

— Eu sei — falei. — O moço foi generoso.

Sentei-me na beirada da cama. Tália esticou a mão e segurou os meus dedos.

— Você está cansada — ela disse de forma gentil.

— Não estou não. — Forcei um sorriso.

Sim, eu estava cansada. Mas esse era um cansaço que transpassava o físico. Era um cansaço espiritual. Doloroso demais. Insuportável demais. Minha vida era adornada por uma melancolia sufocante. E hoje era um daqueles dias em que tudo estava sombrio. Em que eu estava sem ar.

— Talvez — Tália começou depois hesitou por um momento —, talvez você precise de ajuda médica. Alguém para conversar.

— Eu tenho você. Posso conversar com você e não com um estranho.

— Existem coisas que nós não conseguimos falar para conhecidos. Nesse momento estamos conversando, mas você está distante. Você sempre está longe. Você nunca me conta o que está pensando.

— Isso não é verdade. — Tentei me defender.

— Ah é? Então me conta o que você está pensando.

— Estou pensando em nada. Minha cabeça está completamente vazia. As vezes eu me sinto tão preenchida. Tem dias que não consigo dormir de tantos pensamentos pairando sobre mim. E há dias, como hoje que me sinto exausta, porque não há nada. Mais cedo sentia-me iluminada era como se eu tivesse acordado de um longo pesadelo. E agora é como se tudo tivesse explodido. E eu me dei conta de tão insignificante eu sou. Se eu morresse hoje só você e a mamãe sentirão a minha falta. Ninguém mais.

— Eu sinto muito que você se sinta assim. Mas você é jovem, Natasha. Ainda dá tempo de ser feliz.

— Como se eu me sinto morta?

— Você precisa achar um novo sonho para amar.

— Eu não consigo fazer isso — falei sentindo os meus olhos enchendo de lágrimas. — Eu não consigo amar mais nada. E acho que por isso ninguém nunca vai me amar. Porque o amor atraí o amor. E eu só carrego tristeza comigo. Como pode a tristeza atrair o amor?

— Por isso mesmo você precisa encontrar o amor. Não em um homem, mas em si mesma. Você é incrível, Natasha. Não desperdice todo o seu potencial pensando no passado. Ele já se foi. Você precisa olhar para o agora.

As lágrimas saltaram dos meus olhos. Era tão difícil seguir em frente. A dança morava em mim. Ela fazia parte de mim. Deixá-la ir era como uma traição para mim. Algo que eu não podia suportar.

— Eu não consigo viver sem a dança. Eu não posso.

— Então volte a dançar.

Olhei estupefata para Tália. Como assim?

— O ballet não é o único tipo de dança do mundo. Você pode tentar outros ritmos, outras danças.

— Eu não sei se consigo. — Balancei a cabeça inquieta.

— Não seja medrosa, Tasha.

— Eu... — hesitei. — Eu tenho... Eu tenho esse sentimento aqui no meu peito. Eu não sei explicar.

— Olhe nos meus olhos, Tasha. — Tália pediu.— Prometa para mim que vai ao menos tentar ser feliz. Prometa para mim que vai se abrir para a felicidade. Você promete?

Apesar de uma voz sussurrar em meu ouvido de que eu jamais conseguiria ser feliz novamente. Eu afastei esses pensamentos e balancei a cabeça meio sem jeito e sem graça. Tália apertou a minha mão, uma lágrima desceu silenciosa em seu rosto. Minha irmã me amava e eu também a amava. Eu iria tentar ser feliz não por mim, mas por ela.

— Mas me conte. Como foi a faxina? — Tália mudou de assunto enquanto limpava o rosto com as costas da mão.

Sorri por um momento ao me lembrar de Max. Ele era o homem mais lindo que eu já vira na vida. Mas então me lembrei de quem eu era. De como eu era e de como a namorada dele era. Ela era linda. Exuberante. Eu era só uma pobre coitada digna de pena. Abati-me só de pensar. Um homem como ele jamais olharia para mim com outros olhos.

— Foi tranquila. O apartamento é grande, mas é bonito e foi tudo muito rápido.

— Como ele é?

— Ele quem?

— Ora não seja boba, Tasha. O dono do apartamento. Como ele é? Todas as madames do prédio dizem que ele é um deus grego. — Tália pareceu animada falando de Max.

Sorri sentindo as minhas bochechas arderem.

— Ele é... Nossa.. Eu fico até sem ar.

Nós rimos. Tália gargalhou tanto que eu pensei que ela fosse ter um infarto de tão vermelha que ela ficou. Ela tossiu no final e eu prossegui:

— E ele foi muito gentil comigo. Fez até o almoço e sentou comigo na mesa.

— Sério? — Tália parecia chocada e curiosa ao mesmo tempo.

— Sim, ele é muito educado. — Pensei em contar a ela que eu o conhecia do mercado, mas resolvi deixar para lá.

— E você sabe se ele namora? — ela perguntou intrigada.

— Sim, ele namora uma loira fitness de perna cumprida.

Tália sorriu.

— É sempre assim. Homens ricos ficam com mulheres ricas.

Assenti sem jeito.

— Você não sente falta? — ela inquiriu com uma sobrancelha arqueada.

— O quê?

— De homem. Você não sente falta de um namorado? Faz tempo que você não sai e não namora. Aposto que não beija ninguém há séculos.

— Eu não sei. As vezes sim. As vezes não. Eu não consigo lidar comigo mesma imagina ter que lidar com outra pessoa. Além disso, você sabe que eu gosto de estar apaixonada.

— Então você realmente sentia algo pelo Victor?

Abaixei a cabeça envergonhada. Sério que iriamos falar sobre ele? Eu não queria falar sobre ele. Era passado. Há única parte do meu passado que eu consegui enterrar para sempre.

— Eu gostava dele. Nunca o amei de verdade. Acho que nem fui tão apaixonada por ele.

Era verdade. O que o Max despertava em mim era muito superior aos sentimentos que eu sentia pelo Victor.

— Ele está triste sabia? A esposa faleceu a pouco tempo. O coitado mal casou e já ficou viúvo. Você devia ligar pra ele um dia desses. Lembre-se que antes de namorados vocês eram melhores amigos.

— Eu acho melhor não, Tália. Eu não estou pronta para falar com ele. Não depois de tantos anos. Eu nem sei se quero falar com ele.

— Você que sabe. Mas fique sabendo que eu sempre achei que você e o Victor eram almas gêmeas. Vai ver você não se lembra mais disso. De como vocês eram próximos. E de como ele faria qualquer coisa por você.

*********************

Quando acordei essa manhã eu pensei: "Mais um dia comum da minha vida". Eu havia prometido a Tália que correria atrás da felicidade, mas a verdade era que as coisas não eram bem assim. Eu ainda tinha dentro de mim o espírito da derrota. Ainda sentia-me triste e pesada com o fardo da vida. Eu não conseguia mais olhar para a luz do sol e ver um dia perfeito e a oportunidade de brilhar que havia sido dada a mim. Eu tinha mais o porquê viver. A verdade era que eu estava morta. Minha alma descansava em outro lugar, bem longe daqui.

Foquei no meu trabalho. Limpei as mesas. Servi os granfinos que apareceram. Fiz tantos cafés. Lavei tantos copos. Então eu o vi. Max.

Ele se aproximou do balcão. Um leve sorriso desenhado em torno dos seus lábios. Ele passou as mãos sujas de tinta nos cabelos. Se sentou e olhou para mim. Então abriu um sorriso. Tão iluminado quanto o sol que brilhava lá fora.

Meio tímida , com as pernas bambas aproxime-me dele. Tentei retribuir o sorriso, mas eu estava me derretendo por dentro. Pensei que eu fosse desmaiar.

— Oi — eu disse a ele.

— Oi — ele retribuiu com os olhos fixo em mim, só em mim. Era como se só existíssemos nós naquele lugar.

— Você vai pedir? — perguntei tímida.

— Sim. — Havia uma certeza em sua voz, mas o seu olhar continuava preso em mim. — Eu vou querer um cappuccino com chocolate e espuma de leite.

— Ok. — Meu rosto queimava tanto que eu pensei que fosse morrer. Talvez morrer de vergonha por estar terrivelmente vermelha. — Mais alguma coisa?

— Sim — ele falou de um jeito firme. — Eu quero a sua companhia.

Eu abaixei a cabeça envergonhada. Tive que apoiar as minhas mãos no balcão para me manter em pé. Por que ele mexia tanto assim comigo. Max me encarou por um bom tempo. Um sorriso malicioso desenhava a sua face.

— Eu vou trazer a sua bebida — eu disse a ele.

— E eu vou te esperar aqui pra gente conversar.

— Tá — minha voz saiu como uma gato miando.

Eu arrastei os meus pés para a cozinha, suada e com um calor insuportável. O que ele queria falar comigo? Eu não sabia, mas sentia que se continuasse assim me aproximando de Max eu entraria em uma cova profunda de onde eu nunca mais sairia.

**********************

O que será que vai acontecer? Max vai contar a verdade para Natasha? Max e Natasha vão ficar juntos? Vocês shipam esse casal? Vocês já se apaixonaram pela pessoa errada? Contem-me tudo não me escondam nada!! Na quinta teremos capítulo! Essas semanas tem sido uma correria, mas estou adorando escrever esse livro ♥

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