Heróis. Voz ouvida no nada, nos convida a uma jornada.

Atraídos da juventude caçavam uma fonte, mitificada.

Na minha juventude havia uma fome, de insubordinação.

Visão moderna, avança pensamento do vilão.

Se esconde em terra, vive no sonho e esquece sua missão.

Vida é eterna, busque sua evolução.

Sua alma não ta em jogo, ela ta em construção.

Noites em claro. Num claro sinal de desespero.

Onde a água não mata a sede, e o álcool é meu enfermeiro.

Aonde ir com muita sede ao pote, pode ser um erro.

O pai sustenta família catando lixo em aterros.

Adeus aos berros silenciosos de um coração cansado.

Que viveu tempos ociosos, sozinho mesmo com alguém do lado.

Esperando o tal futuro prometido.

Contando doses de ilusão, meu cupido devia ser demitido.

Ódio atenuado, de quem não tava antenado.

De quem hoje viu que corpos são descartáveis.

Transitando no limbo que é meu passado.

Descobri que corações não são recicláveis.

Não somos inabaláveis como eu previa.

Cada bala, são frases. Que nostalgia!

Ela me ofereceu doces, me ensinou travessuras, e olha que nem era dia.

A noite, longa, ardia mais que minha garganta.

Construtor da propiá mente, afinal já tenho a planta.

Desdenho a santa, com ela, deito e canto, sátiras.

Respeito sua pele pálida, paladina.

Sexta-feira, fria como a noite russa.

Tentando viver mais um dia, nessa vida que é uma roleta russa...