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Quebrando

Acordei pela manhã totalmente indisposto, pois é, como se não pudesse tudo piorar, eu teria que ir ao almoço de noivado da Hinata. Sim, desgraça pouca era bobagem, ela convidou meus pais e, assim que soube do meu retorno, fez questão de estender o convite a mim também. Como se tudo fosse simples entre nós, como se fossemos apenas amigos distantes. Eu, claro, poderia muito bem não ir, óbvio. Ninguém iria me obrigar; contudo, sentia que precisava ver com meus próprios olhos que a perdi, para reunir forças e seguir em frente. Do contrário, ficaria preso para sempre em Hinata.

Se seria fácil? Com certeza não, iria doer mais do que doeu quando o pai dela a afastou de mim na adolescência. Iria doer mais do que eu podia suportar, já que, pelo menos ainda a tive depois. Por um curto período de tempo, mas tive; e, dessa vez, eu não a teria. Eu nunca mais a teria.

Era definitivo.

Preciso explicar como foi que tudo desandou, estávamos apaixonados, apesar da gigante onda que nos abateu. Tínhamos decidido ficar juntos, foi o que Hinata me disse, que também me amava. Eu tinha por volta de dezesseis anos apenas; porém, já a amava com todas as minhas forças. E, claro, pensava ser recíproco, no entanto, ao mesmo tempo, eu lutava contra a possibilidade de Hinata me culpar pela morte de seu pai.

Como eu temia, dias depois, ela começou a ficar estranha, fria e distante comigo. Eu achei que era devido ao luto, pensei que talvez devesse dar algum espaço à Hinata e foi o que fiz, eu acreditei que ela precisava lidar com a perda e ficar um pouco mais próxima da família, de Hanabi e Harumi.

Eu não podia acreditar que Hinata estava se afastando de mim. Só que, com o tempo, passamos a nos ver cada vez menos, sempre que eu ligava ela não estava, estava na casa das amigas, ou ocupada demais para me atender; ela quase nunca podia falar comigo. Como eu era ingênuo, não entendia muito bem o que tudo aquilo significava, só morria de saudades dela. Ainda assim, sempre insisti, a esperava na saída da escola, a procurava no intervalo, fazia de um tudo para poder estar perto, para dar o meu apoio. Até que eu finalmente comecei a entender que o problema era eu; Hinata não me queria por perto.

Aliás, eu sempre a via com os amigos, com a irmã, o primo, com todos, menos comigo. Eu cheguei a conversar com o meu pai, pedi conselhos, mas ele sempre me dizia que Hinata precisava de tempo e eu teria de ser paciente com ela.

Entretanto, um certo dia, na saída da escola, eu a vi. Hinata não estava sozinha, muito pelo contrário, ela andava de mãos dadas com um garoto de cabelos brancos e olhos perolados como os dela. Eu nunca o tinha visto na escola, acredito eu que não estudava lá, tinha ido buscá-la apenas. Eu me aproximei sorrateiramente, fazendo o possível para que não me vissem e fiquei espiando-os, qual é? Não me julguem, sei que fariam o mesmo se estivessem em meu lugar.

Foi aí que eu ouvi a conversa que acabou comigo e levou embora a centelha de esperança que ainda me restava:

— Já falou com ele sobre nós? - o tal garoto questionou, parando de frente para a minha hime.

— Ainda não, eu não consegui. - ela olhou para o chão, da mesma forma que fazia comigo, quando estava envergonhada. - Naruto é muito importante pra mim, eu não quero magoá-lo.

— Mas será preciso, hime. - ele a chamou de hime, somente eu a chamava assim. - Seu pai ficará feliz sabendo que estamos juntos, era isso o que ele queria, desde sempre. Você sempre foi minha prometida.

Ao ouvir tais palavras, apenas saí correndo, desnorteado, sem rumo. Lágrimas quentes rolavam pelo meu rosto e turvavam minha visão. Eu não conseguia respirar, estava tudo confuso em minha mente. Eu só podia ouvir a sentença sendo repetida diversas vezes, como em um looping infinito:

"Eu a perdi. Eu a perdi."

Depois disso nada mais fazia sentido para mim e foi aí que eu decidi ir embora.

Hinata ainda tentou falar comigo, acho que para massacrar o que restara do meu coração. Só que, dessa vez, eu era quem fugia dela como o diabo da cruz. Eu não poderia ouvi-la me dizer que não me amava e que estava com outro garoto. Isso iria quebrar ainda mais o meu coração, se é que isso era possível.

Frente aos fatos, arrumei todas as minhas coisas e parti, fui embora sem ao menos me despedir, meu destino? Intercâmbio no Brasil. Um país que eu jamais imaginei pisar meus pés; contudo, foi bom por um lado, eu conheci pessoas novas, sai com outras garotas e tive certeza de que era com Hinata que eu queria estar.

Ela que fazia minha vida ter sentido, sem Hinata eu era apenas uma casca vazia, lutando contra o amor assustador que eu sentia por ela. Só que Hinata não era mais minha e eu precisava aceitar isso o quanto antes. No começo, antes de ir embora, eu acordava à noite chamando por ela, meus pais surgiam no quarto e tentavam me acalmar.

Eles não sabiam mais o que fazer; portanto, quando meu padrinho me convidou para morar com ele no Brasil, eu não hesitei. Ficar longe dela e de Toneri era tudo o que eu podia fazer, assim, quem sabe, o buraco em meu peito fecharia com o tempo, só que ele não fechou. Talvez nunca fechasse.

Nesses anos todos, como já era previsto, nos distanciamos, não nos víamos e muito menos nos falávamos. Todavia, eu acompanhava sua vida através dos jornais de Tóquio que meu padrinho conseguia. Eu gostava de me torturar vendo o quão feliz ela estava longe de mim, o causador da morte do pai dela. Nunca mais nos falamos, nem sei o que Hinata pensou quando eu parti sem dizer um adeus. Entretanto, acredito que ela ficou feliz; afinal, não precisou me dispensar, como quem jogava fora um casaco velho que já não lhe servia mais.

Se eu guardava mágoas? Nenhuma, eu jamais poderia. Hinata era minha vida e sempre seria, o amor que eu sentia era grande demais, não havia espaços para esse sentimento em meu coração. Eu só queria que ela fosse feliz, mesmo que longe de mim; e se Toneri podia proporcioná-la a tal felicidade. Eu aceitaria.

Bem, para ser sincero, eu até me enganei por um tempo, saindo com diversas mulheres, achando que, assim, eu conseguiria esquecê-la. Só que isso não ocorreu. Ninguém pode tirá-la de mim. Hinata estava gravada em meu coração, como uma tatuagem. E agora, tudo o que eu podia fazer, era assisti-la correr para os braços de outro no altar, sendo que, meu maior sonho, era que esse outro fosse eu.

Não havia nada mais a fazer.

Inclusive, meus pais acreditavam que eu já a tinha superado, eu era um ótimo ator diga-se de passagem, ninguém sabia o que eu sentia aqui dentro. Ninguém sabia que meu coração ainda batia por ela, ainda gritava por ela. Pela Hinata, a única garota que eu verdadeiramente amei na vida.

Bom, agora, se eu não fosse a esse noivado, simplesmente atestaria que ainda a amava. E eu não podia preocupar meus pais novamente, eles estavam felizes por eu finalmente estar de volta, depois de tanto tempo longe.

Só que ninguém imaginava o real motivo de eu ter voltado; foi assim que Jiraiya me mostrou a capa de um jornal de Tóquio. Onde Toneri e Hinata anunciavam o noivado iminente. Eu não poderia continuar no Brasil sabendo que o amor da minha vida se casaria.

Eu precisava ao menos vê-la uma última vez, depois disso, talvez eu voltasse para o Brasil e continuasse levando a mesma vida leviana de sempre, ou talvez eu permanecesse no Japão e me casasse com a primeira mulher que aparecesse na minha vida. Tanto faz. Sem ela a minha vida era um grande tanto faz.

A única que poderia trazer-me de volta à tona, do mar em que eu me afoguei, tinha 1,60 de altura e era a dona dos olhos mais incríveis que eu já tinha visto. Aliás, o único amor que eu tive e terei em toda minha vida, sem sombra de dúvidas. Era ela, minha melhor amiga de infância e eterna paixão: Hinata Hyuuga.

A certeza que permeava minha vida, era que eu jamais a esqueceria.

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