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Capítulo XX

O deus entrou no quarto sem dizer uma única palavra. Ele vestia um colete aberto sem botões que ia até o meio das coxas e uma calça larga de linho, sob o colete aberto seu abdômen trincado poderia ser contemplado sem esforço. Ele olhou em volta e finalmente falou.

- Vejo que redecorou o quarto.- disse sem interesse.

- Você disse que podia fazê-lo, mas me surpreende que tenha notado, não mudou quase nada. - Falou.

- É clarou que eu teria notado, eu mesmo escolhi cada móvel. - Murmurou pra si.

- O que disse? Eu não ouvi. - ela realmente não ouviu, estava destraida

- Nada.

- Veio aqui ver o quarto? - disse com ironia.

O deus olhou para ela, mas Aiala não olhava para ele, como sempre ela encarava algo aleatório no ambiente.

- Vim porque estava curioso. - Falou Poseidon, caminhando lentamente em direção a garota parada de pé próxima ao guarda-roupas.

- Sobre o que? - Ela não queria saber, na verdade se arrependeu no momento em que falou pois sabia muito bem o que era.

- Por que você nunca me olha nos olhos? - Perguntou sem exitar. - A princípio achei que era algo comum entre os humanos, sei que em algumas cuturas os súditos sequer olham nos olhos de seus reis, então imaginei que era algo natural. Contudo o tempo em que passamos juntos me fez perceber que esse não é o motivo, você é audaciosa demais e não teme faltar com o respeito.

- Assim você me ofende. - Debochou.

- Aí está. Exatamente como eu disse. - Falou parando a um passo da garota.

Ele nem estava tão perto, mas a garota conseguia sentir o calor do corpo do deus, aquilo a afetou mais do que ela gostaria de admitir. Poseidon era atraente, não podia negar, ela nunca pensou sobre algo como "alguém que faça meu tipo", mas não deixou de considerar que a criatura diante dela poderia se encaixar na categoria. A única coisa que não lhe agradava era o fato da existência de um destino pré-determinado, mas as coisas poderiam ser diferentes se Poseidon fosse um humano que ela encontrou por acaso. Pensar sobre isso a fazia questionar se não havia certa medida de hipocrisia em seu posicionamento, raciocinar sobre isso a fez se divertir internamente.

- Vai fugir da minha pergunta? - disse o deus.

- Ninguém aqui está fugindo. - Uma mentira descarada, mas a idéia de fugir não era agradável ao ego da jovem.

- Então me diga, porque não me olha nos olhos. - falou. - Está com medo de gostar e não querer ir embora nunca mais? - Ironizou, os outros deuses ficariam chocados se o vissem contando uma piada.

Aiala não respondeu.

- Não é uma pergunta tão difícil. - Disse se aproximando ainda mais.

Aiala se afastou, atrás dela ficava a parede e a medida que o deus se aproximava ela se afastava em direção a essa parede.

- Por que está fugindo? - Perguntou o deus.

- Não estou. - Falou descaradamente enquanto dava mais um passo para trás.

- Está sim, vejo claramente. - contestou.

- Não estou não. - Se afastou ainda mais e então sentiu suas costas encostar na parede.

- E agora? Quero ver se vai atravessar a parede. - Falou Poseidon. - Não entendo porque tanta apreensão, não fiz nada a você desde que chegou... O que te faz pensar que faria qualquer coisa contra sua vontade agora? -

"talvez não seja contra minha vontade" pensou a garota se repreendendo mentalmente logo em seguida.

- Não fará nada contra minha vontade? - Perguntou a garota.

- Juro pela minha honra e pelo  estinge. - Respondeu o deus aproximando-se ainda mais.

O deus apoiou as mãos na parede em cada lado do corpo da garota, seus corpos não estavam colados, mas estam bem próximos. Ela não fugiria.

- Agora não tem pra onde "não fugir". - falou. - Me diz o que há de tão desprezível em olhar nos meus olhos.

- Não disse que era desprezível.

- Porque outro motivo seria? Sei que você não me odeia, tenho inimigos e estive em guerras o suficiente pra saber quando estou na presença de alguém que quer me matar ou algo assim. Mesmo que não goste de mim, conversar olhando nos olhos de alguém é o mínimo. - Inconscientemente ele se aproximou um pouco mais dela.

A tensão entre eles mudou, o que a garota sentia estava longe de ser desconforto, em vista disso, ela não tentou afasta-lo quando ele se inclinou sobre ela e aproximando o nariz de seu pescoço aspirando seu perfume.

- Gosto do seu cheiro. - Disse. - É inebriante, vicioso. - A consciência do deus parecia estar distante e a sanidade de Aiala parecia querer a acompanhar a consciência dele.

O deus roçou os lábios no pescoço dela e subiu em direção aos lábios da garota, e ficou alí a milímetros de toca-lo, mas como se tentasse inutilmente  recuperar o controle de suas ações ergueu um pouco sua cabeça colando os lábios na testa de Aiala beijando-a gentilmente. Aiala não sabia o que fazer, ela não estava certa de que queria que aquilo acabasse, o leve  afastamento do deus a fez pensar que ele tinha desistido de continuar e isso lhe causou um leve desapontamento, mas o sentimento foi embora no instante em que o deus encaixou seu quadril entre as pernas dela e a ergueu do chão, levou-a até uma mesa alta que ficava perto da cama e a sentou alí. Aiala inconciente cruzou as pernas em volta do deus, ele aproximou o rosto mais uma vez do dela, mas se deteve antes do contato, parecia temer que ela quebrasse. Beijou o pescoço dela e a garota sentiu a pele esquentar no local, roçou os lábios no dela uma vez mais e os selou rapidamente uma vez antes de se afastar um pouco. Aiala estava com os olhos fechados, o mínimo de consciência que havia restado a impedia de abri-los.

- Mesmo agora não olhará em meus olhos? - Seu tom era quase uma súplica.

Aiala queria, mas não podia, ela sabia que não podia. Ele beijou uma vez mais o pescoço da garota e sentiu o corpo dela estremecer.

- Nós queremos, nós dois queremos eu sei, mas não lhe darei até ceda a esse único desejo meu. - Dito isso ele começou a se afastar.

Sem que pudesse conter suas ações, Aiala estendeu as mãos e segurou firmemente o colete aberto do deus trazendo-o de volta, mas não abriu os olhos. Mesmo de olhos fechados ela sabia bem onde estava cada parte do corpo do deus, principalmente o seu quadril, então ela moveu seu próprio quadril suavemente, roçando nele. O corpo do deus tensionou por completo com o ato.

- Isso é bem egoísta e cruel da sua parte. - Falou se aproximando ainda mais, para sentir melhor a movimentação da garota.

Ele beijou-a novamente, mas dessa vez não foi um beijo rápido, foi um beijo cheio de desejo e intensidade, não demorou para que as línguas começassem a dançar em sincronia, como se fizessem isso durante milhares de anos, as mãos da garota deslizavam pelo abdômen do deus as vezes o arranhando levemente. O beijo foi ficando cada vez mais intenso e os dois mal paravam para respirar, a naturalidade daquilo faria qualquer um que os visse imaginar que eles já tinham feito aquilo várias vezes. Aos poucos um desejo incontrolável de abrir os olhos, mesmo que só um pouco preencheu Aiala, ela queria vê-lo, queria guardar a imagem dele a beijando em sua alma de modo que não esqueceria mesmo após mergulhar no rio Lete* e beber de sua água. Por um instante ela queria esquecer a profecia e aceitar qualquer consequência, mesmo que aquilo a fizesse sofrer como um cão.

Aiala então abriu os seus olhos ignorando a razão, aquela altura ela não estava se importando com a possibilidade de suas ações a enviarem diretamente para os braços de uma erínia. Mas o que a garota viu a princípio não foram os olhos de Poseidon, ele estava com os olhos fechados, beijando-a com vontade, parecia querer gravar em seu ser aquela sensação, como se estivesse provando algo totalmente novo. Suas mãos deslisavam pelo corpo de Aiala em  adoração e a movimentação de seus quadris seguia o ritimo dos movimentos dela, quase como se já tivessem feito aquilo milhares de vezes. Aiala concluiu com espanto algo que ela dificilmente diria em voz alta: ela queria mais daquilo. O deus percebeu que o ritimo da mulher em deus braços tinha mudado, então ele lentamente abriu os olhos. Ela olhava em seus olhos e aquilo desencadeou um acontecimento inédito para ambos.

Poseidon lentamente afastou seus lábios dos dela sem desviar o olhar, o tempo sumiu e não havia mais nenhum som, a garota sentiu  a pele arder, nada desconfortavel ou insuportavel, mas o desconforto durou apenas uns segundos e cessou. Aiala via o reflexo de seus olhos nos olhos do deus e sabia que ele via o mesmo, o vermelho e o Verde Azulado se misturavam como uma coisa só, não havia mais nada no mundo além daquele olhar e mesmo que a razão de Aiala lhe gritasse que ela estava condenada, ela não se importou. Estava consumado.

Após algum tempo olhando nos olhos um do outro, compreensão surgiu na face do deus... Ele finalmente tinha entendido tudo.

- Então é por isso que se recusava a me olhar nos olhos? - Murmurou para si. - Estamos condenandos e a culpa é minha. - Sussurrou olhando-a com culpa.

"estamos"? Pensou a garota, a idéia de que um deus maior pudesse estar condenado a algo nunca lhe passara pela cabeça, mas antes que pudesse falar qualquer coisa batidas frenéticas na porta a impediram. Após receber autorização do deus, um homem abriu a porta e tentou disfarçar sua expressão ao ver a cena memorável a sua frente. Poseidon, o deus inabalável, preso entre as pernas da mulher que ele jurava de pé junto que não desejava.

- Meu Lorde, chegou para ti uma visita incomum. - Falou.

- Mande-a embora. - Falou sem interesse, virando-se novamente para Aiala, curvando-se e apoiando sua cabeça no ombro dela escondendo sua face no pescoço da garota. O ato fez cada pelo no corpo da jovem se eriçar.

- Eu sinto muito, Meu Lorde, é uma visita do tipo irrecusável.

O deus suspirou sem paciência, se afastou vagarosamente da garota e deixou o quarto, claramente descontente. O soldado fechou a porta atrás de si e seguiu seu soberano. Aiala ficou sozinha no quarto sem qualquer reação.

- Isso não foi tão ruim quanto eu achei que seria, imaginei terremotos e coisas do tipo. - Falou para si. - Talvez não seja dos males o pior estar perto dele, quer dizer... Ele me trata bem e tals. Também não acho que ele vá fazer qualquer coisa contra a minha vontade e... - Ela parou e levou as mãos a cabeça e agarrou os cabelos suspirando exasperada. - O que estou fazendo? Isso vai dar ruim Aiala, vai dar muito ruim, se recomponha. Você sabe muito bem o que acontece com quem se envolve com deuses, Poseidon não é nenhum santo, quando ele se cansar de você o que você fará? Estará lascada. Recomponha-se e arranje um jeito de fugir. Você não ama nada e certamente não deve começar pelo proibido.

Enquanto encerrava sua reunião consigo mesma, Aiala começou a reunir suas poucas coisas com o intuito de aproveitar a presença da visita e deixar o Palácio. Prendeu o seu cinto na cintura junto a bolsa que carregava sempre consigo. Enquanto se preparava pra sair algo lhe ocorreu.

- Quem será a visita que nem mesmo ele pode recusar?

Ela estava curiosa, queria saber e isso a fez arrumar o vestido, bem como o cabelo. A garota deixou o quarto rumo a sala reservada a conversas particulares do deus, uma espécie de escritório e no caminho sentiu um calafrio, seus instintos lhe diziam que estava fazendo algo particularmente perigoso, mesmo que não parecesse perigoso a primeira vista. Como o sentimento não a abandonava, a garota pegou uma das adagas usadas para ornamentar um corredores do Palácio, o corredor em especial estava cheio de desenhos nas paredes retratando batalhas importantes na histórias dos deuses e a possibilidade de que uma aquelas armas que não havia sido forjadas por mãos humanas lhe seria útil fez com a garota pegasse a pequena adaga. A sala em questão não tinha porta nem precisava ser guardada por guardas, afinal o deus não era alguém que precisava de proteção,  então Aiala se escondeu detrás da parede e tentou ouvir o que se passava lá dentro. Uma voz feminina, muito irritante, foi a primeira coisa que ela ouviu. A mulher falava com naturalidade e sem usar honoríficos com Poseidon, isso fez com que Aiala percebesse que se tratava de uma das deusas que compunham os 12 deuses do Olimpo, mas qual? Não demoraria muito para que ela decobrisse.

*Lete é um dos rios dos domínios de Hades, seu nome significa "esquecimento". Aqueles que bebem de sua água ou, até mesmo, tocam na sua água experimentam o completo esquecimento. Acreditasse que quando uma alma escolhe renascer em vez de ficar em Elísios, primeiro ela tem que mergulhar no Lete.

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É isso meu povo... Obrigada por votar e comentar nos capítulos. Espero que estejam gostando da leitura, voltarei com mais capítulos em breve. 😘💜💜💜💜💜💜💜💜💜

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