Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo XLVII

 - Aquela idiota! - Disse Dídimo indignado.

 - E agora? O que a gente faz? - Perguntou Nikolaus. 

- Me recuso a acreditar que ela morreria só com isso. - Comentou Aiala. - Vamos subir a corda e eu desço para ver o que aconteceu. Puxe a corda Dídimo. - Falou a garota enquanto ajeitava sua bolsa. 

Dídimo começou a puxar a corda, mas antes que a subisse muito sentiu um leve puxão, como se tivesse fisgado um peixe.

 - Parece que a madame deu o ar da graça. - Anunciou o guia. - Ela deve ter achado a entrada do túnel. 

- Como tem tanta certeza? - Indagou Nikolaus. 

- Se não fosse o caso ou se ela estivesse em perigo, preferiria morrer do que dar sinal de vida. - Respondeu Dídimo. - Ela saberia que no instante em que desse qualquer sinal a gente desceria imediatamente e isso poderia nos colocar em perigo também. 

- Humm… - Nikolaus deu um sorriso sugestivo. 

- Não me faça cortar a corda na sua vez de descer. - Brincou envergonhado. 

- Vou descer, crianças, se comportem. - Provocou Aiala antes de imitar o que Íris havia feito antes.  

Depois da garota, foi a vez de Nikolaus descer e por último Dídimo. A corda ficou pendurada, acharam melhor não cortá-la para o caso de uma emergência. 

O túnel era bem amplo, tanto que um gigante poderia caminhar por ele sem muita dificuldade, baixando a cabeça em pontos bem específicos. Apesar do abismo ser terrivelmente escuro, no túnel a iluminação era semelhante a do lugar de onde tinham saltado e naquela altura seus olhos já estavam habituados, uma sutil brisa gélida percorria o ambiente em sua corrida para a saída da caverna. 

- Não temos tempo a perder e é melhor nem pensar no que podemos encontrar. - Disse Aiala. - Dídimo… 

- Eu sei! Eu sei! "Vá na frente". - Resmungou tomando a liderança do grupo. 

- Com cuidado desta vez. - Acrescentou ela.

Dídimo seguia confiante, se tem algo em si que ele tinha extremo orgulho eram suas habilidades de navegação. Se havia um lugar para o qual o jovem não pudesse navegar, então ninguém mais poderia. 

- Deviam ter visto a cara de vocês quando eu pulei. - Disse Íris contendo o riso. 

- Devo pedir encarecidamente que não torne a fazer algo do gênero senhorita Íris, isso não é um passeio turístico, um deslize e você morre. 

- Certo! Certo! - Respondeu Íris. 

A ruiva continuou a caminhar enquanto encarava fixamente Aiala, a princípio a garota pensou em fingir que não estava vendo nada, mas sabia que Íris não desistiria. 

- O que você quer? - Perguntou levemente incomodada.

- Você e o Nikolaus estam tendo um rolo? - Perguntou Íris para que apenas Aiala pudesse ouvir. 

- De onde tirou isso? Somos amigos e só. - Respondeu Aiala. 

- E o seu precioso Noivo? - Íris estava decidida a ter aquela conversa. 

- Que engraçado. - Debochou Aiala. 

- É sério! Você me disse que ele te arrastou para o Palácio dele contra a sua vontade. Eu andei pensando sobre isso e não sou a maior conhecedoras das histórias dos deuses, mas até onde sei  aquele deus é orgulhoso demais, não se envolve nos assuntos dos outros e não vejo motivos para ele mover um dedo por uma mísera humana, sem ofensas. - Disse a ruiva. 

- Na verdade eu meio que ouvi algo sobre isso mais tarde, uma das servas do Palácio me contou uma coisa. 

- E o que ela disse? - Os olhos da garota brilhavam de curiosidade. Ela fazia parecer que alguém que não fosse capaz de saciar sua fome e alimentar sua curiosidade estava cometendo algum crime.

- Ela disse: " Meu senhor não faz nada sem um bom motivo, ele deixou o palácio às pressas depois de receber uma certa informação de um de seus súditos que tinha voltado da terra firme, depois de ouvir a pessoa ele ficou inquieto e partiu, voltou mais tarde com a senhorita." - Aiala repassou o que ouviu com exatidão. 

- Não perguntou a ela o conteúdo da informação? - Indagou Íris. 

- Não, mas algum tempo depois aconteceu algo que me deixou com a pulga atrás da orelha. - Respondeu a garota. 

- Me conte tudo. - Pediu a ruiva animada. 

- Acontece que coincidentemente uma divindade foi ao palácio a minha procura, algum tempo depois da minha chegada. - Aiala ponderou. - E depois dela me ver Poseidon me deixou ir facilmente, como se nada tivesse acontecido. Sendo que ele me impediu de sair por todos aqueles meses. 

- É realmente estranho.

 - Não tive a chance de investigar. - Comentou Aiala. 

- Então pergunta pra ele, ué? - Disse Íris sem mais nem menos.

A ruiva era uma pessoa direta, para ela tudo que lhe faltava era só pegar emprestado com outra pessoa, ela não arrumava desculpas ou via empecilhos, sua impaciência a movia a tentar resolver tudo da forma mais rápida e prática possível. Contudo, para Aiala que sempre foi metódica em nome de sua sobrevivência, a idéia de simplesmente perguntar diretamente sequer lhe ocorreu. 

- Vou fazer isso na próxima vez que o encontrar. - Respondeu por fim a garota. 

Tendo encerrado essa conversa, as duas adiantaram os passos e voltaram para junto dos garotos. Dídimo havia parado para esperar que as duas se juntassem a eles. 

- Estamos quase lá. - Anunciou ele voltando a caminhar. - O portão está perto, mas tem algo me incomodando. 

- E o que é? - Perguntou Aiala. 

- Só o fato de que nos encontraremos com um guardião pior que o Cerberus. - Respondeu ele. 

- O que poderia ser pior que o Cerberus? Sinto que depois dele posso lidar com qualquer tipo de monstro. - Comentou Íris. 

- O portão é guardado por um monstro, traiçoeiro e impiedoso que já causou problemas à humanidade no passado. - Falou Nikolaus. 

- Tá!? - Disse a ruiva levemente entediada. - O que seria esse monstro? Talvez ele nem esteja mais no portão, quem sabe não se cansou e começou a vagar por aí. 

- Não sabe o quanto eu quero que você esteja certa. - Ponderou Aiala. 

- Infelizmente estamos falando de alguém que não tem esse tipo de personalidade. - Argumentou Nickolaus. - Segundo o livro,  a Esfinge é filha de Tifão e Equidna.

- Espera! Estamos falando da Esfinge? - Questionou a ruiva surpresa. - Mas ela não morreu depois do que aconteceu entre ela e Édipo? - Disse. - Segundo a lenda ela devorou sua própria carne. Me lembro vagamente de ter ouvido algo assim.

- Se o que diz no livro estiver correto, não foi o que aconteceu, está escrito que  depois do fiasco em Tebas*, os deuses a jogaram aqui em baixo, assim como fizeram com todos os monstros. Ninguém ia querer aquela coisa perigosa por perto. - Explicou Nikolaus. - Parece que ela não usava dos enigmas para devorar apenas humanos. 

- Tem chance dela usar o mesmo enigma que usou com Édipo de novo? - Perguntou Dídimo. - Como era mesmo? - Tentava encontrar em sua mente. - Era: " Qual criatura pela manhã tem quatro pés, ao meio-dia tem dois, e à tarde tem três?". Se for essa dá para responder. 

- E a resposta é…? - Questionou Íris. 

- Sério que você não sabe? - Aiala estava surpresa. Aquela era uma lenda bem conhecida. Íris balançou a cabeça em negação. - É o Homem. 

- Como assim? - Insistiu Íris. 

 - O Homem engatinha quando bebê, caminha sobre duas pernas quando é adulto e se apoia em uma bengala quando está velho. - Respondeu Dídimo. - Estou interessado em saber qual é o plano? 

- O plano é responder o enigma. - Disse Nikolaus. - É bom decifrar o enigma se não quisermos virar refeição. 

- E se não der para responder? - Foi a vez de Íris perguntar. 

- Nesse caso faremos o que os humanos costumam fazer com outras criaturas… - Disse Aiala. - Exterminamos. 

- Você faz parecer que é fácil. - Comentou Nikolaus. Aiala deu de ombros.

Não levou mais que alguns minutos para que o grupo chegasse ao local indicado no mapa. 

- É aqui. - Anunciou o guia. 

-Ótimo! Agora me diz como a gente atravessa a parede. - Debochou a ruiva.  

Aquele era um problema, não havia portão, apenas parede. A idéia de terem ido por todo aquele caminho para dar de cara em um beco sem saída era mais aterradora que a presença de qualquer monstro. 

- Tem que ter algum jeito. Vamos vasculhar a área, procurem por qualquer coisa fora do comum, mas não mexam antes de avisar aos demais. - Disse Aiala. - Está ouvindo Íris? 

- Por que só eu? Isso é maldade. - Fez beicinho. 

Os dois rapazes fingiram demência e simplesmente sairam para cumprir sua missão atual.

Foram horas de busca, nada parecia se destacar no ambiente, em algum momento Íris desistiu de procurar e simplesmente se sentou em uma pedra aleatória. No momento em que a ruiva se sentou na rocha, um sonoro estalo preencheu o lugar silencioso, a parede onde deveria estar o portão começou a esfarelar, partes dela foram se soltando até revelar o imponente portão. 

O portão parecia ser feito de Ametista, haviam escrituras em uma linguagem antiga e desconhecida pelo grupo, no centro estava entalhado a imagem de um poderoso, orgulhoso e imponente leão. 

- Certo, consigo ver o dispositivo por onde se abre. - Comentou Dídimo. - Estão prontos? 

- Não, mas não há nada a se fazer sobre isso. - Respondeu Nikolaus. 

Dídimo segurou então um anel grande que estava preso ao portão por uma corrente negra, ele puxou e após um leve estalo o portão lentamente começou a se abrir. Assim que a porta abriu as narinas de cada membro do grupo foi agredida por um mau cheiro nauseante. Aquilo os deixou levemente tontos, tentavam ao máximo ficar despertos e pensar com clareza. Sem muita opção eles adentraram o lugar e a porta rapidamente se fechou em suas costas fazendo o chão tremer com o impacto. O ambiente era iluminado por uma luz roxeada. Eles mal tiveram tempo para se recuperar do transtorno que o aroma fétido tinha lhes causado, quando começaram a ouvir ruído de passos. Passos de uma criatura grande. Antes que a monstruosidade se revelasse diante do quarteto, ela começou a falar. 

- Ora! Ora! Ora! Fui agraciada com a presença de deliciosos humanos. - Disse a criatura. Falava com certa gentileza na voz.- Uma iguaria que não como a muito tempo. Certamente estou impaciente, mas façamos como manda o bom costume. - O monstro finalmente apareceu por completo diante dos humanos. 

O corpo deles enrijeceu, queriam fugir para os montes, ir parar um lugar onde abominável criatura não existisse. Esqueçam a idéia de tentar responder a qualquer enigma proposto por aquilo, não conseguiam pensar em nada, sua capacidade de raciocínio foi com os deuses. O monstro tinha Corpo de leão, asas de águia, cabeça, colo e seios de uma bela mulher. Usava na cabeça algo semelhante a uma tiara de ouro e pedras preciosas, caminhava com graça e fazia pouco ruído em comparação ao seu gigantesco tamanho. 

- Decifra-me ou devoro-te: - Disse a esfinge. -  Do bem abastado ao miserável, do tolo ao sábio, do poderoso ao fraco, no fim, tudo que é vivo morrerá, no fim, todos se curvam a mim. Quem sou? - Após finalizar a pergunta a abominável criatura sorriu, via-se em seus olhos o lampejo da felicidade de alguém que teria sua fome saciada. Ela estava certa de que sairia vitoriosa. 

- Que tipo de pergunta é essa? - Dídimo murmurou quase que em um lamento. Se questionava se havia realmente uma resposta para aquilo. 

Vale ressaltar que diante da pressão de vida ou morte, pensar se torna muito mais difícil que em situações comuns. A verdade é que para responder a algo como aquilo era necessário a presença de pelo menos uma dessas duas coisas: a primeira é nervos de aço, a segunda é instinto selvagem de sobrevivência, algo que os humanos deixaram de lado no decorrer da sua história na terra. 

- Darei a vocês dois minutos e então começarei a atacar e comer um por um. - Disse quase salivando. - Se algum de vocês possuírem a resposta, deixarei ir os que ainda estiverem vivos. Eu juro pelo estige. 

 O tempo era impiedoso, principalmente quando eles pareciam ter simplesmente desistido, provavelmente a besta liberou algum encantamento misturado aquele odor terrível, algo capaz de fazer a presa desistir antes mesmo de tentar. O silêncio dominou o ambiente e nenhum deles se atreveu a se mexer, para o prazer da Esfinge, nenhum deles tinha uma resposta quando o tempo expirou. Sem aviso algum o monstro atacou. 

*Faz referência ao mito de Édipo.

🌊🌊🌊🌊🌊🌊🌊🌊🌊🌊🌊🌊🌊🌊

Obrigado por ler mais um capítulo. Logo volto com mais.💜💜💜 bom feriado a todos.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro