Capítulo 20
Um tempo depois dona Clara nos chamou para lanchar falando que tinha feito sanduíches e suco, nós sentamos a mesa e comemos tudo enquanto conversávamos.
-Onde seus pais trabalham querida? Ela perguntou.
-Minha mãe trabalha como professora na UFRJ, e meu pai eu não sei onde ele trabalha ou se ele está trabalhando pois a gente não tem muito contato, ele não mora com a gente.
-Ah sim, me desculpe pela pergunta.
-Não tem problema. Falo sorrindo enquanto Guilherme nos observa conversar.
-Você tem irmãos? Ela pergunta interessada.
-Sim, dois, o mais velho, Bruno, e o mais novo, Leonardo.
-Ah, aliás, onde sua irmã se meteu Guilherme?
-Ela disse que ia pra casa da Lia, ou seja, ela foi pra casa do Caio.
-Ligue pra ela voltar pra casa logo, eu não quero ser avó tão cedo, e isso conta também para vocês dois. Ela fala olhando pro Guilherme e para mim.
-Eu e Guilherme não temos nada. Falo rapidamente.
-Ainda. Guilherme completa sorrindo.
-Sua sorte é que eu gostei muito dela, muito mais que sua antiga namorada, a Lia, mesmo sendo filha de grandes amigos da família eu nunca fui com a cara daquela menina.
-Sem implicância mamãe. Ele fala.
-Não estou implicando, estou falando a verdade.
-Chega mamãe, agora eu vou até o escritório, papai disse que queria conversar comigo.
-Tá bom, vou ficar aqui conversando com a Maria Eduarda.
-Juízo mamãe, e não fale nada que possa me envergonhar.
-Pode deixar, vai logo. Ela fala e ele sai e entra no que deve ser o escritório.
-Então.......quando você e meu filho vão assumir alguma coisa, porque nem adianta esconder, eu reconheço um casal de longe.
-Não sei, relacionamento é algo complicado.
-Realmente querida, eu que o diga.
-Por que dona Clara? Falo fingindo não saber de nada.
-Digamos que minha relação com o Pedro, meu marido, não está nada boa, está praticamente acabada, mesmo eu ainda amando ele, está difícil demais.
-Vocês já tentaram conversar de verdade? Como dois adultos de verdade? Abrir o jogo civilizadamente, sem brigas?
-A gente mal consegue se falar, qualquer coisa já tá brigando, é muito difícil.
-Chama ele pra conversar, diz tudo que você tá sentindo, deixa ele falar também, confiança é a base de tudo.
-Eu vou tentar fazer isso.
-Tá bem, sabe o que é uma boa ideia também? Vocês poderiam citar tudo que odeiam que o outro faça e assim tentar melhorar.
-É realmente uma boa ideia, obrigado Maria Eduarda.
-De nada, no que eu puder ajudar pode pedir que eu faço.
-Você é um anjinho, sorte do Guilherme ter você. Ela fala e eu sorrio.
Guilherme volta do escritório e dona Clara entra lá pedindo boa sorte.
-O que vocês falaram?
-Em um jeito de salvar o casamento dos seus pais.
-E o que ela vai fazer?
-Conversar com ele como dois adultos civilizados.
-Você acha que vai funcionar?
-Espero que sim.
-Então agora é só esperar.
-Você espera, porque já são quase 18:30 e tá chegando minha hora.
-Eu vou te deixar em casa.
-Não precisa Guilherme.
-Eu vou, espera aí, eu vou lá em cima rápido, já volto. Ele fala e sai correndo escada a cima.
Eu me sento no sofá olhando as fotos na parede e acabo pensando em Guilherme quando criança, como ele deve ter sido alegre e a dor de cabeça que ele devia dar pra dona Clara. Estava tão distraída que nem percebi quando ele chegou na sala.
-Vamos pedacinho de gente? Ele fala sussurrando no meu ouvido.
-Ai que susto menino. Falo colocando a mão no peito.
-Desculpa, vamos? Ele fala estendendo a mão, pego a mão dele e levanto do sofá, nós resolvemos não atrapalhar os pais dele e saímos.
Chegamos a minha casa e ele falou que não poderia entrar pois queria chegar logo pra ver o que tinha acontecido nessa conversa que os pais deles estavam tendo.
-Até amanhã pedacinho de gente. Ele fala e me dá um beijo na testa.
-Até, coisa gigante. Falo sorrindo e ele sai mandando beijinhos no ar e rindo.
Entro em casa e suspiro encostada na porta, incrível como o Guilherme tem o poder de mexer muito comigo.
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