Capítulo 10
Segunda-feira chegou e com ela mais um dia de aula, em casa a correria foi grande pois todo mundo resolveu acordar atrasado então já viu, gritaria e nervosismo para todo lado.
E é por isso que eu estou agora comendo um sanduíche com suco que mamãe mandou, porque não daria tempo tomar café em casa, estava lindamente concentrada no meu sanduíche quando alguém se senta ao meu lado e vejo que era Lídia.
-Ah, oi Lídia, tudo bom? Eu falo mordendo meu sanduíche.
-Tô bem, e você, por que tá comendo agora? Ela pergunta fazendo uma cara de desentendimento muito fofa.
-Acordei tarde e não deu tempo tomar café em casa. Explico terminando o sanduíche.
-Ah sim, entendi. Ela fala e o sinal toca- Vamos? Ela pergunta e eu concordo me levantando.
Andamos até nossa sala e descobrimos que o professor tinha faltado e que teríamos um tempo livre, eu e Lídia ficamos conversando e ela diz que vai beber água e sai.
Vejo Guilherme entrando na sala e reviro os olhos enquanto ele sorri.
-Enfim sós. Ele fala sorrindo como um ator de novela.
-Infelizmente. Resmungo.
-Você disfarça tão bem o amor que tem por mim. Ele fala sorrindo de lado, então eu, subo na carteira e digo:
-Eu Maria Eduarda Bernardes no dia de hoje declaro o senhor Guilherme alguma coisa, como a pessoa mais iludida desse mundo. Eu falo rindo como em um decreto.
Faço ação de pular da carteira e ele grita:
-Não! Espera! Pular de uma altura dessas é muito arriscado para você pedacinho de gente, pode ser fatal. Ele fala fingindo desespero e vem até mim me pegando no colo.
-Me solta Guilherme, pelo amor de Deus menino, me coloca no chão. Eu grito e ele ri me colocando no chão.
-Você nunca mais faça isso. Falo devagar apontando meu dedo para ele
-Tudo bem, agora abaixe a arma, se acalme minha senhora. Ele fala rindo mais ainda.
Eu então num ato completamente infantil, cruzo os braços e faço bico me sentando na cadeira e aí Lídia entra na sala e faz cara de desentendimento e ao mesmo tempo se segurando para rir, não posso julgar, deve ser uma imagem hilária quando se vê uma menina emburrada e um garoto caindo de rir.
Guilherme se recompõe e fala:
-Sua amiga não quer admitir que me ama. Ele fala olhando para mim.
-É porque eu não te amo. Eu falo séria.
-Aham sei, e eu sou Zeus. Ele diz, talvez não Zeus, mas eu poderia muito bem dizer que ele é como Apolo¹.
-Vocês são hilários, mas você não me contou que estava namorando com Guilherme Tavares, namorar com um dos caras mais populares da escola é o tipo de coisa que uma amiga sabe da outra. Ela fala me olhando como se fosse óbvio.
-Não... Lídia não, nós...eu e ele, não estamos namorando não. Eu falo tentando explicar enquanto Guilherme apenas ria.
-Ah, mas eu achei que...
-Achou muito errado...nós... é...nós nem somos tão amigos. Eu falo com um nervosismo incomum.
-É Lídia, nós não temos nada, ainda. Ele fala e sorri, e troca um olhar cúmplice com minha amiga.
-Que palhaçada, menino mais prepotente, nós não temos nada, ponto final, nada de "ainda". Falo rápido fazendo aspas com as mãos.
-Você é muito dura comigo pedacinho de gente, coloque para fora todo esse amor que sente por mim. Ele fala fazendo movimentos exagerados com as mãos e sorrindo, uma coisa eu não posso negar, não tem como manter a sanidade com ele sorrindo daquele jeito, por isso eu digo:
-É...eu, eu preciso ir no banheiro e beber água antes que o outro professor chegue, até mais idiota, e volto já Lídia. Falo e saio andando rapidamente.
Melhor fugir antes que eu perca totalmente minha sanidade.
¹Na mitologia grega, Apolo é considerado deus do sol. Mas sua atribuição como também Deus da Beleza se dá pelas suas características de jovem, atlético, de rosto liso e com aspectos de beleza nata.
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Mais um capítulo pra vocês e quero agradecer por estarmos quase com 200 visualizações e avisar que amanhã tenho uma surpresa para vocês.
Digam o que acharam e votem, divulguem o livro.
Xoxo💙
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