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Risos


James imaginava todas as desculpas possíveis para dizer ao seu treinador enquanto contava o seu dinheiro. Não tinha o suficiente para pagar o curso, muito menos a conta do hospital. O seguro-desemprego era uma mixaria. Teria que arrumar um emprego rápido e cortar gastos. A herança dos pais não cobria nenhum dos dois.

Respirou fundo, com a cabeça escorada no sofá. Hoje era um dos dias em que ele não tinha vontade alguma de sair de casa. Mal quis levantar-se da cama, não comeu nada, a louça na cozinha estava transbordando e a casa precisava de limpeza.

Mas para James, tudo que tinha para fazer parecia inalcançável.

Ele sabia que em dias assim precisava ao menos tentar. Mas às vezes tentar era tão cansativo que ficar sem fazer nada parecia mais seguro.

A companhia tocou e ele temeu. Se fosse Sirius, ele não teria energia alguma para lidar.

A companhia tocou de novo e mais uma vez. Bufando, se levantou e andou até a porta, rezando para não ser Sirius. Quando a abriu, porém, apesar de não ser a pessoa que tanto temia, arregalou os olhos em completa confusão.

--Severus?!

O homem olhava ao redor da vizinhança, como se ele próprio não soubesse o motivo para estar aí. James, incrédulo, o convidou para entrar.

"Como você encontrou a minha casa?"

Severus andou pensativo até a sala e se sentou no sofá, olhando ao redor igual o fazia no batente da porta.

--Você me contou onde mora no sonho.

James franze as sobrancelhas. Ele não se lembrava de muita coisa que havia falado para Severus, mas talvez tivesse contado.

Se sentou ao seu lado no sofá, vendo-o analisar os papéis que olhava minutos antes. Ele estava com as sobrancelhas franzidas, o mesmo sobretudo, as mesmas calças... James se perguntava se o homem tinha outras roupas.

"Está desempregado?"

James não esperava a pergunta, então demorou até processá-la.

--Fui demitido por ter passado dois meses em coma.

--Tenho certeza de que eles não podiam ter feito isso. Já os processou?

James piscou, confuso. Ele não sabia por que Severus estava aí, o que havia o levado a agir daquela maneira avoada principalmente.

--Severus, por que você está aqui?

A pergunta parece o pegar de surpresa. O homem, porém, não demonstra confusão por muito mais tempo.

--Estava passando por perto, pensei que gostaria de me ver.

Aquilo não era mentira, mas James duvidava que fosse o motivo. Talvez Severus estivesse pior do que ele. Talvez uma companhia fosse necessária. Talvez se ficasse sozinho, alguma loucura fosse feita.

--Não, eu não os processei.

--Pois deveria.

Severus continuou olhando e lendo os papéis, por um tempo que James apenas ficou analisando seu rosto concentrado. Era bom tê-lo aí.

--Não tem dinheiro o suficiente para o curso?

James se assusta com a pergunta. Havia ficado tão centrado no rosto de Severus, que mal notou que ele havia falado.

--Não... Eu preciso arrumar um emprego.

Severus não disse nada, apenas largou os papéis e se escorou no sofá tal qual James estava antes. James esperou e esperou, até que numa voz baixa, Severus proferiu:

--Quer ajuda para arrumar um emprego?

--Você me ajudaria?--A voz de James, assim como seu rosto, se iluminou.--Sério?

Severus não parecia querer fazer tal coisa. Seu semblante estava até irritado. James não conseguia imaginava o motivo para ele lhe oferecer ajuda.

--Sim. Quer atualizar o seu currículo?

James dá de ombros. Bem... Ele precisava mesmo de ajuda e talvez esse fosse o jeitinho dele agir.

--Não tem muita coisa nova para colocar.

--Pode colocar que está fazendo curso para a polícia.

James franze as sobrancelhas. Severus agora, com um rosto contrariado, mas objetivo, parecia disposto a ajudá-lo... Disposto demais para quem havia aparecido do nada e dito que estava apenas passando por perto. Além de ter passado um longo tempo com a aparência irritada.

--Eu não acho que isso conta dependendo do serviço que eu mandar o currículo.

--Mas eles gostam de pessoas com habilidades.--Severus passou os olhos pelo currículo.--Você me disse que jogava futebol e que era ótimo na época de escola.

James não sabia onde Severus queria chegar. As suas habilidades no futebol não o ajudariam a conseguir um emprego.

--E como futebol me ajudaria a conseguir um emprego?

James teve que engolir em seco quando o olhar do homem focou em seu rosto. Havia conseguido irritar Severus de novo, mas dessa vez muito mais. Mas, quando esse falou, não havia qualquer raiva na voz.

--Tudo é válido quando se quer conseguir um emprego, James.--Ele largou o currículo e olhou ao redor do ambiente.--Cadê o seu computador para atualizarmos?

--Eu tenho um notebook.--James se levantou.--Espere que eu vou pegá-lo.

James correu para o quarto, temendo deixar Severus só por muito tempo. Tinha pavor de ele correr de sua casa, deixando-o sozinho. Antes de ele chegar, não teria o procurado, mas agora que aí ele estava, temia ficar sozinho novamente, por mais estranho que fosse Severus ter aparecido aí tão de repente.

Quando voltou para a sala, Severus analisava suas fotos em cima da lareira. Não havia tido coragem de tirá-las daí, não havia nem tirado o pó. Sua casa estava com pó em todas as superfícies e rezava, mesmo sendo em vão, que Severus não tivesse notado o estado do ambiente.

--Esse daqui é o Sirius?--Severus perguntou quando James chegou perto, apontando para uma foto em que ele e Sirius estavam um no lado do outro, preparados para o baile de formatura.

--Sim...

--Essa daqui é a Lily?--Ele apontou para outra foto do baile, uma em que ele abraçava uma Lily linda num vestido verde, com um penteado estonteante. Estava com um sorriso gigante, com planos para o futuro que nada poderia arrancar-lhe.

Leigo engano...

Se seus pais não tivessem sofrido um acidente... Se o caminhão tivesse freado. Se algo naquele dia tivesse acontecido diferente... Talvez ainda estivesse com Lily... Talvez nunca fosse descobrir que Sirius a amava. Talvez fosse feliz.

Engoliu em seco, tentando conter seus malditos pensamentos.


O passado não é mutável

Pergunte àqueles que já se foram.


--Sim, é ela.--Respondeu com a garganta cortante.

Severus vira as costas à foto e anda até o sofá, onde James havia colocado o notebook. Ele o pega, abre e começa a digitar. James, com as sobrancelhas arqueadas, anda até o sofá e se senta ao lado de Severus, esperando qualquer reação, qualquer palavra que pudesse deixá-lo melhor.

--Existe muitos peixes no mar.--Ele se assusta com a frase. Por um momento achou que Severus não fosse falar nada.--A Lily não passa de uma mira ruim.

Aquilo poderia ter deixado James pior. Talvez ele devesse ter começado a chorar, xingado Severus ou corrido para o quarto, mas o que ele fez foi rir. Por quê? A ironia do momento, talvez. A ironia da fala de Severus. Se lembrava da noite em que encontrou Lily e Sirius em sua cama. Havia contado para Severus quando finalmente conseguiu dormir e passou a sonhar. Suas exatas palavras foram: "A sua mira é péssima." Aquilo foi a única coisa que ele disse naquela noite.

Severus não entendeu as risadas por alguns segundos, James notou ao analisar seus olhos. Mas James, porém, não precisou que ele entendesse. Ao parar de rir seu riso sem sentido, que ele mal entendeu, apenas se escorou no sofá.

--Escreva o que você achar que me trará um bom emprego.

Severus não protestou.


Algumas risadas

Meu caro

Chegam em momentos estranhos

Mas essas

Meu amigo

São as mais necessárias

São aquelas que aliviam um coração destroçado.  

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