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CAPÍTULO 30 - LOLLA


Uma semana depois

Coloco a última caixa da mudança no chão e Minga vem logo atrás.

— Nem aquedito que esse casão é de nór doi.

— É apartamento, Minga. E, não é nosso, é alugado, mas logo teremos o nosso de verdade.

— É, mar vamo vive aqui.

Me jogo no sofá novo e ele também.

O apartamento fica no quarto andar, na Barra da Tijuca, no quarteirão da praia. Imagino o quanto seja o custo desse aluguel, mas Jaime disse para não me preocupar, então, faço o que meu empresário mandou.

O mais legal era que poderia ir à praia andando, sem precisar descer o morro, apenas um mero elevador e algumas dezenas de passos.

Jaime se prontificou a mobiliar todo o apartamento. Geladeira, fogão, mesa, sofá, televisões e um dos quartos com um armário enorme e algumas roupas e sapatos novos. Uma penteadeira com várias maquiagens e uma prateleira com um mostruário de todas as minhas novas tiaras de cores e estampas diferentes. É um sonho.

O novo escritório da Soares Consultoria é no edifício ao lado para facilitar as minhas aulas. E nessa última semana eu foquei no que realmente importa.

Confesso que foi fácil. Não vi o Jaime, mesmo sabendo que ele estava sempre monitorando. Fabiana, secretária da Prime, agora me assessora. No fundo acho que ele à colocou apenas para intermediar as coisas simples do dia a dia entre nós dois. Recebo os seus recados o tempo inteiro. Finjo que não me importei, mesmo ficando puta com a situação.

Ele fode comigo e depois fica fugindo como um covarde? Eu deixei claro que esqueceria isso. Ele não poderia fazer o mesmo?

Mas eu não iria brigar. Eu ainda estou pisando em ovos.

No canto da sala está a encomenda que chegou cedo de uma transportadora: a prancha rosa que ele me deu lá na Ilha.

Logo estou aqui relembrando o que aconteceu no último final de semana. Como esquecer algo que me marcou tanto?

Esquecer não seria possível, mas fingir seria moleza. Afinal, tudo tem o seu tempo. Logo eu esqueceria de vez. Tenho fé.

Minga se levanta e vai até a cozinha.

Num tem nada nessa giladera num. Só água — Minga me tira dos pensamentos. Contei a ele sobre a viagem, sobre como foi legal a minha interação com a Ana e omiti o fato de ter dormido com o meu empresário.

— Tá nervusa?

Faço que sim.

vai rasar nu show hoje. A galela do Vigigal toda vai.

— É meu primeiro show tendo o... Jaime. — Falar dele me deixa estranha.

Ele já havia mudado a minha vida por completo.

Num se peocupa. Tarei lá pá te judá.

Olho para o meu primo. Sua vida também estava mudando.

Jaime negociou algumas das suas composições depois que registrou todas para Minga. Ele nem sabia que isso era para ser feito. Minga agora também tem consulta com uma fonoaudióloga três vezes por semana.

— Toma! — retiro o cartão que Jaime me deu do bolso. — Vai no mercado. Compra alguma coisa.

Ih, num piciso disso aí num, viu! Jaime vendeu dua música minha. Ganhei uma bolada!

Sorrio para ele, enquanto o vejo sair.

É, definitivamente, Jaime estava mesmo mudando a nossa vida.

Olho para o meu celular. A última mensagem dele ainda está ali, sem ser lida. Eu estava online quando recebi, mas de birra não li. Afinal, Fabiana já tinha me passado todas as informações do show de hoje.

Resolvo abrir agora, horas depois de receber.

Minutos depois ele mandou mais:

Suspiro.

Sinto falta das suas mensagens antes de dormir.

Verifico a hora. Estou atrasada.

Coloco meu maiô e pego a prancha.

Convidei Ana para surfar comigo. Mesmo que Fabiana tenha me passado a instrução para não sair e focar no show de mais tarde. Não sou do tipo que fica trancada em casa. Preciso do mar para relaxar. A carga da semana já havia sido intensa e só preciso de um mergulho. Sei que só me faria bem.

Ana, está sozinha, na orla, com o celular na mão e acena feliz quando me avista atravessar a rua.

— Pertinho da praia, hein.

— Estou chique agora.

Ela me abraça.

— Senti sua falta, Lolla.

— Também senti, Aninha. Como está o Marquinhos?

— Está bem, teve prova no cursinho, mas mandou um beijo pra você.

— Ele é um fofo.

Vamos para a areia e ela abre sua canga para nos sentarmos. Passo a parafina na prancha e ela passa na dela.

— Eu treinei a semana toda. — Ana tem um sorriso nos lábios.

— Sério? Marquinhos te ajudou?

— Não, meu tio.

Paro o que estou fazendo para lhe dar atenção total.

— Pensei que ele não ia mais entrar no mar.

— Que nada! Ele está empenhado. Falou que precisava aprender também. Está sendo legal ter ele perto de novo. O surfe tem nos ajudado.

Volto a cuidar da prancha. Quero perguntar um monte de coisa, mas me controlo.

— E você... — dou meio de ombros. — Tem gostado mais da nova tia?

Ela joga uma mão para o alto.

— Eu nem a vejo, Lolla, acredita? Desde o fim de semana passado em Angra que ela estragou nosso dia. Sei lá, ela trabalha de madrugada, um coisa assim. Mas não falo com ele sobre ela, não. Nem ele dela.

— Melhor mesmo, Aninha. O importante é que ele está feliz.

Ela faz que não na cabeça.

— Essa semana ele estava com um bico enorme, tinha que ver! Não reparou?

— Não nos vimos.

— Ah, imaginei. Ele não fica assim com você.

Olho para ela. Esperando um complemento do seu comentário.

—Mas e aí? O show de hoje, animada? Não deveria estar se preparando?

— Shhhh! — peço, brincando, para não falar alto. — Sim, mas tenho tempo! Preciso do mar.

— Está certa! Eu estarei lá no show.

— Jura?

A apresentação de hoje será especial. Jaime conseguiu me encaixar em um festival de música que acontece aqui no Rio. Vários artistas que eu admiro estarão lá. Eu estou preparada, sei que estou, mas ainda sim me sinto ansiosa. Não era só isso que está me deixando nervosa, claro. As viagens começaram amanhã e já fui informada por Fabiana que ela me acompanharia na pequena turnê de alguns dias. É claro ele fugiria disso também. Mas, conforme Fabiana mesmo disse, ele estaria por trás de tudo.

— A família toda. Meu tio fechou um camarote inteiro pra gente ir te ver. Não é legal?

Fico ainda mais apreensiva.

Eu sei. Sei que mesmo diante de tudo o que aconteceu, Jaime acredita em mim. Eu honrarei com o meu talento.

Pegamos algumas ondas. Ana faz o certo e é cautelosa na maioria das vezes.

Consigo relaxar, esfriar e colocar a cabeça em ordem.

Saímos do mar e percebo que agora estou um pouco atrasada. Lembro das informações da Fabiana: figurino, cabelereiro e maquiador estarão à sua espera no local. Por isso, deve sair com antecedência.

— Preciso ir, Aninha. Alguém vem te buscar?

— Sim, meu pai... ele ficou de vir.

— Não quer ir lá para casa e pedir para...

— Ali! — ela aponta para a calçada.

Ao invés do Henrique, vejo Jaime.

— Puta merda! — praguejo alto e ela solta uma risada. Viro-me com pressa. — Ah, diz que ele não me viu aqui, Ana. Estou atrasada e ele vai me matar.

— Tarde demais, ele já nos viu e não vai te matar. Ele gosta de você, Lolla.

Viro-me para perguntar o porque ela acha isso, mas Ana sai correndo para ir falar com o tio, acenando animada.

Penso em voltar para o mar, mas me atrasaria ainda mais.

Bufo com raiva e vou até eles com a minha prancha.

Quando os olhos deles pairam em mim, sinto como se uma corrente elétrica percorresse todo as minhas terminações nervosas.

Os mesmos olhos que me desejaram.

Ana olha para ele e depois para mim, e depois de volta para ele.

— Não adianta te passar instrução? — O antigo Jaime volta. Reparo no seu tom de voz mais duto.

Ele me olha de cima abaixo antes de desviar para a sobrinha.

Sinto um arrepio na espinha.

— Hum... eu atrasei a Lolla — Ana coloca a prancha no chão.

— Eu preciso ir. Até mais tarde — digo, passando por eles.

Eu não iria ficar ali explicando. Será que ele gostaria que eu dissesse que alguém fodeu minha cabeça e eu precisava relaxar? Será que ele entenderia esse motivo? Cretino!

— Eu a levo, Lolla.

Meu nome em sua boca me faz parar. Percebo que o tom mais ameno volta. Fico um pouco feliz com isso.

— Não precisa, você sabe que eu moro logo ali. Tchau.

Atravesso a rua com pressa, sem me despedir.

Estou tendo a mesma atitude que antes julguei como errada: estou fugindo.

Corro para a casa e só dá tempo de tomar um banho antes do motorista chegar para me buscar.


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