Dias depois mal podia acreditar que aquilo havia acabado!

Sentando e olhando para a floresta comecei a pensar em tudo o que acontecera. Com tudo finalmente resolvido, eu não pensaria mais no corpo de minha mãe quando olhasse para Aghata, a floresta dos mortos. Porém, havia mais uma coisa pessoal que eu precisava resolver.

— Por que me chamou? — Elisa perguntou com a cabeça baixa.

Por alguns dias ela se manteve trancada no quarto, envergonhada.

— Qual era a daquele vestido vermelho? — perguntei a primeira coisa que me veio à mente.

Ainda me faltava coragem.

— Estava indo te contar o que descobri e queria que me notasse. Depois de tudo você nem perguntou se eu melhorei ou o que eu passei e muito menos falou sobre a carta. Agora me chama aqui e a primeira coisa que pergunta é o porquê do vestido? — tagarelava como sempre, sem nem respirar.

Eu não podia mais me conter, puxei-a para mais perto pela cintura, levei a outra mão até o seu rosto e olhei em seus olhos antes de beijá-la. Ela me empurrou e me encarou assustada. Eu sorri.

— Eu te amo Elisa, desculpe ter demorado tanto para admitir.

Ela sorriu e colou seus lábios novamente nos meus. Uma sensação da qual eu não queria nunca me distanciar. Seus lábios eram tão macios. Eu havia me perguntado por muito tempo como seriam. Por trás do nosso desespero imenso, uma carência.

Ignorei o celular vibrando em meu bolso. Eu sabia que logo me ligariam. Soube no instante em que os vi colocando faixas amarelas perto da floresta. Embora aqueles quatro crimes tenham sido resolvidos, é claro que os crimes e acidentes em Agatha continuariam. Eu atenderia em alguns minutos, mas não naquele momento.

[***]

Oi meus amores! O que acharam do conto? Gostaram?
Devo fazer uma continuação? 
Será que levo jeito pra romance policial?
Quero saber a opinião de vocês!

Não esqueça de votar e me contar o que acharam!