Capítulo 2 - Tudo é um plano
LISA
- Jennie? Pirou? - reclamo e abaixo minha arma, frustrada. - Não devemos conversar e sim entrega-los a YG!
- Assim, sem graça? Meninas, nunca tivemos uma operação tão rápida. Precisamos nos divertir antes!
- Qual é a sua diversão? - B.I pergunta.
- Você saberá logo. - Jennie sorri - É o líder daqui?
- Sou.
Sentamos em roda no chão e iluminamos o local com as telas dos nossos celulares. Nossas armas estavam longe de nós, o que me deixava em alerta, não desgrudando o olhar das minhas bebês nem por um segundo. Percebo que, apesar de fazerem parte de uma máfia pesada, eles não são tão velhos quanto imaginávamos. Para falar a verdade, todos parecem ter menos de 26 anos, e reunidos assim, todos nós parecemos ex-colegas de faculdade se reencontrando.
- É verdade que traficam armas e órgãos?
- Armas sim, mas órgãos só os corações das gatas. - o loiro sorri.
- Que cantada mais podre! - Jennie revira os olhos.
- Isso era uma cantada? - debocho.
- Enfim, nunca ouvi falar de vocês. - o líder nos encara.
- Que desatualizados. - Rosé revira os olhos - No entanto, todos da qual prendemos já sabiam de cor.
- Ao invés de se gabar, apenas se apresente.
- Por que deveríamos?
- Se vão nos prender de qualquer forma, não faz muita diferença nós sabermos a identidade secreta de vocês, né? - ele argumenta.
- Roseanne. - ela responde.
- Nome diferente... Bonito. - ele a analisa - Sou Jinhwan.
- Eu me chamo Lalisa. - respondo achando tudo muito tedioso.
- Eu sou o B.I, líder.
- E os outros são Donghyuk, Yunhyeong e Chanwoo. Já sabemos. - Jen diz.
- Mas nós não. Quem é você, metida? - B.I a encara.
- Jennie. Mas pode me chamar de superiora. Quem vocês "raptaram" é a JiSoo.
- Mas ainda não entendi porque vocês me escolheram para espionar. - Bobby cruza os braços.
- Na verdade, JiSoo que escolheu.
- Ah é? E por quê? - ele arqueia a sobrancelha e olha para ela.
- Achei que você fosse o líder. - ela dá de ombros. Mentirosa, todas nós sabemos mais sobre eles do que os mesmos podem imaginar. Para falar a verdade, também gostaria de entender porque JiSoo o escolheu, mas me convenci que talvez o motivo seja que ela o viu como um desafio, já que o garoto é grande e muito forte.
- Que absurdo! - B.I reclama.
- Mas a questão é: por que JiSoo para nos espionar? - Donghyuk, que antes só observava, se pronuncia.
- Porque ela é nossa profissional de luta. - Jennie sorri, orgulhosa de JiSoo.
- Então ela realmente estava falando sério? - Bobby arqueia a sobrancelha.
- Pois é Ji Won, eu não brinco em serviço. - JiSoo sorri.
- Maluca... Não iria poder comigo, de qualquer forma. Quebro-te em duas. - ele sorri maldoso.
- Duvido muito. Eu te faço virar pó, faço suquinho com seu sangue. - ela sorri de volta.
- Delícia! - exclamo.
- Você tem problema? - Junhoe me encara.
- Cala a boca, não estou falando com você - reviro os olhos.
- Da para pararmos com isso? Estou ansiosa para saber qual é a proposta de vocês. - Jennie diz com curiosidade. Também estou.
- Vocês não entregam a gente e nós faremos tudo que quiserem. - B.I olha fixamente para Jennie.
- Tudo mesmo?
- Sim. - ele diz sério.
- Lisa, me diz que a Jennie não vai fazer isso. - Rosé sussurra.
- Ela pirou? - JiSoo se intromete.
- Não acho que será ruim se aceitarmos. - sorri de lado - Eles farão tudo que nós quisermos! Alô, alô, podemos manipula-los!
- Ah não, você também? - Rosé franze o cenho. - Aish, e se o YG descobrir?
- Ai fodeu. - JiSoo morde os lábios.
- Minhas meninas estão conversando sem mim, melhor eu ir falar com elas antes. - Jennie vai para um local mais afastado deles e nós a seguimos. - Acredito que vocês não estejam gostando da ideia.
- Odiei essa ideia! - JiSoo revira os olhos.
- Jennie, se fizermos isso estaríamos traindo a confiança do YG, estaríamos trabalhando do lado de criminosos ao invés de estar trabalhando do lado da população! - Rosé fala nem tão calmamente assim.
- Ei, relaxa! - Jennie passa os braços pelo ombro de Rosé - Acham mesmo que eu farei isso?
- E não vai? Poxa Jennie, seria legal manipula-los. - faço bico.
- Meninas, prestem atenção. - Jennie sussurra - Vamos jogar dos dois lados. Vamos fingir que aceitamos a proposta e não entregamos eles... Por agora. Depois o YG vai saber de tudo.
- Boa Jennie! - sorri largamente - Gosto assim, menina inteligente!
- Eu sei. - ela sorri - Rosé e JiSoo, estão de acordo?
- Sim, chefia. - elas respondem.
Não vou mentir: não é a primeira vez que fazemos coisas do tipo. Para falar a verdade, já fizemos muitas coisas piores antes de por uma máfia atrás da grade, como por exemplo: seduzir o chefe da gangue, dormir com um deles, se passar por amiga, fingir que quer fazer parte do grupo... Uma agente secreta precisa fingir ser quem não é para conseguir informações, afinal. Então, nos fazer de bestas e aceitar a proposta deles por agora para dar o golpe futuramente não vai ser uma tarefa complicada. O que pode dar errado?
- Nós já decidimos. - voltamos para perto deles.
- Isso de vocês fazerem o que nós mandarmos será... Interessante. - Sorri para Junhoe.
- Lembrando que isso acontecerá apenas se não nos entregarem. - Junhoe adverte.
- Não iremos. Prometo. - Jennie sorri cínica. Olho as mãos dela que estavam atrás do corpo e ela estava com os dedos cruzados.
- Isso não depende só de promessa. - Bobby nos encara. - Saibam que eu não admito uma traição.
- Não estamos mentindo. - JiSoo diz séria. Uma coisa que aprendemos no nosso treinamento, é que além de aprender a identificar mentiras, também aprendemos a conta-las.
- Então digam... O que querem por agora? - B.I pergunta. - Dinheiro? Joias? Carros? Somos milionários, podemos dar tudo isso a vocês.
- Eu quero um mocha de menta. Fiquei com vontade. - sorri - Loirinho, pode comprar para mim enquanto eu vejo o estoque de arma de vocês? Preciso de mais para minha coleção.
- Você vem comigo. Se quiser ver o estoque de armas eu te mostro depois. - Junhoe responde.
- Af... Então tá. - reviro os olhos.
Saímos do esconderijo e eu aprecio a luz que havia do lado de fora. Ficar presa num local sem luz é bem horrível. Começo a andar lado a lado com ele, para impedi-lo de tentar fugir, mas ele parecia bem relaxado com essa situação.
- Vocês não tem medo de nada? - Junhoe pergunta.
- Por que teríamos? Somos muito bem treinadas para nos protegermos de qualquer tipo de perigo.
- E o que vocês ganham com isso?
- A satisfação de prender bandidos como vocês - levanto o queixo dele e dou risada. Ele revira os olhos - E o que você ganha com isso?
- Muitas coisas, como dinheiro, carros, mulheres, fama... Quer mais? - ele sorri - É uma vida boa.
- É uma vida bosta. - rebato.
- Vai dizer que não queria? - ele me encara.
- Não desse jeito sujo. Eu prefiro trabalhar para conseguir as coisas, e não trapacear roubando e cometendo crimes iguais vocês.
- Nesse caso, o problema é seu. - ele dá de ombros - Mas então, me fala mais sobre o trabalho de vocês. São mesmo bem treinadas?
- Claro que somos! Já capturamos máfias piores do que a de vocês, se quer saber. - sorri de lado.
- Suas amigas tem um porte pesado, principalmente a líder. Isso seria tudo um plano vindo dela? - ele me encara.
- Por que acha que eu estar indo comprar café com você faz parte de um plano? - arqueio uma sobrancelha.
- Porque enquanto eu estou aqui com você, suas amigas podem estar fazendo uma matança geral nos outros.
- Fala sério. Não é assim que funciona. - reviro os olhos.
- Mas comigo sim. - antes que eu pudesse raciocinar, ele me agarra por trás e me dá um mata leão, me deixando sufocada. Começo a tentar me soltar dele, mas ele não dá escapatória. - Vocês podem não ter pensado nisso, mas eu sim. Já pensou que enquanto eles estão lá, eu posso te matar bem aqui?
- M-me s-solta... - falo com dificuldade respiratória.
- O quê? Você não é bem treinada? - ele diz irônico. - Se fosse, nunca que iria sair comigo sem estar armada. Mas cadê seu revólver? O meu está aqui.
Ele aponta um revólver na minha cabeça e eu começo a me desesperar. Como fui burra! Como pude esquecer minhas bebês lá e sair junto com um bandido igual a ele? Parabéns Lalisa, agora por consequência você vai morrer da forma mais idiota possível!
- V-vai me m-matar no m-meio da rua? - falo quase sufocada.
- Claro que não! - ele dá risada e guarda a arma. Junhoe me solta aos pouquinhos e eu consigo recuperar meu ar. Por pouco eu não tinha desmaiado. - Só estava te testando.
- IDIOTA! - dou um soco forte em seu peitoral, mas ele só dá risada.
- Vem, vamos comprar seu mocha de menta. - ele pega em minha mão e me puxa até o Starbucks, enquanto eu ainda tento me recuperar do susto. Ele é duas caras, dá para perceber.
Lá ele comprou um mocha de menta no copo grande para mim, um no copo pequeno para ele e acabou comprando um cappuccino para o resto dos meninos e a bebida favorita das meninas, porque eu pedi. Se ele era rico, comprar bebida para onze pessoas não ia nem doer no bolso.
No caminho de volta, nós fomos mais calados do que antes, e eu já tinha até acabado de beber, já que estava com muita vontade. Não havíamos mais trocado nenhuma palavra, e Junhoe andava dois passos a minha frente. Era minha oportunidade perfeita.
- Ei, Junhoe! - o chamo. O mesmo para e se vira para trás.
Rapidamente dou dois passos na frente dele e "pew", o som da minha faca entrando e cortando a pele dele era uma delícia de ouvir.
Junhoe arregalou os olhos, surpreso, e abriu um pouco a boca, deixando escapar um gemido doloroso.
- Nunca pense que nós estamos despreparadas. Quando eu digo que sou treinada para lidar com gente igual a você, eu estou dizendo que eu posso te matar até com um alfinete. - Olho em seus olhos e arranco a faca do corpo dele com brutalidade, e a mesma sai toda ensanguentada. - Então, não tente me testar.
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