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Cap. 26 - Reencontro

Já está quase na hora de encontrar Isa, ela topou me encontrar no café onde nos conhecemos. Hoje quero só me distrair um pouco, quero que minha mente me dê trégua, devido ao caos que minha vida está... Nada vai estragar minha noite!

Ao sair do chuveiro, observo meu guarda-roupas em busca de algo adequado. Opto por um conjunto composto por um blazer de corte elegante, que parece ter sido feito sob medida para mim, e uma camisa social branca de algodão impecável. Completando o visual, escolho uma calça de caimento perfeito e um par de sapatos sociais que exalam elegância. Ao me olhar no espelho, sinto uma pontada de orgulho diante da imagem refletida. Ao descer, opto por pegar o carro desta vez. Abro a garagem e entro no veículo, sentindo a familiaridade do volante sob minhas mãos. A direção se tornou algo fácil para mim, como se estivesse codificada em minha essência.

Dirijo tranquilamente, apreciando o cenário que passa pela janela. Estaciono a uma distância segura do café, a cerca de 5 minutos a pé. Decido fazer o restante do caminho a pé, permitindo-me absorver um pouco mais do ambiente ao meu redor.

Por um breve instante, sinto como se algo estivesse me observando, espreitando nas sombras. Uma sensação fugaz que faz um arrepio percorrer minha espinha. Fecho os olhos por um momento, tentando dissipar a inquietude que se instalou em mim.

Olho para o relógio e percebo que faltam apenas 10 minutos para o meu encontro. Oficialmente meu primeiro date romântico... Um sorriso nervoso escapa enquanto entro no café. Já não a vejo na recepção; em seu lugar, um jovem com uma camisa branca de manga e uma gravata borboleta me cumprimenta com um sorriso.

— Boa noite, senhor. Posso ajudar com algo?

— Com certeza, me arranje uma mesa para dois. Respondo, enquanto ele assente e me convida a segui-lo. Opto por sentar-se de frente para a janela, e aproveito para observar o ambiente do café.

O local é aconchegante, com uma decoração clássica que mescla tons de marrom e bege. Grandes janelas permitem a entrada de luz natural, iluminando as mesas bem-dispostas com toalhas brancas imaculadas. Ao fundo, um suave aroma de café paira no ar, misturando-se com o som suave de vozes murmurantes e o tilintar de talheres. As prateleiras exibem uma coleção de livros antigos, conferindo um toque de intelectualidade ao ambiente. É um lugar perfeito para uma conversa tranquila.

Quando achei que ela não viria, uma mulher com um vestido azul deslumbrante, que acentuava graciosamente suas curvas, adentrava o café com passos confiantes. Seus saltos ecoavam de forma delicada no ambiente, enquanto ela se aproximava com um sorriso contagiante, os olhos brilhando com uma mistura de confiança e calor humano. Levanto e puxo a cadeira para ela assentar ao meu lado.

— Obrigada, Jon. Você é um verdadeiro cavalheiro.

— É apenas uma das muitas habilidades que tenho de conquistar uma mulher tão encantadora quanto você. E esse vestido... Ficou espetacular em você.

Comento apreciando como a tonalidade do vestuário realça a beleza natural de Isa, realçando suas curvas de forma elegante e combinando com a cor de seus olhos.

Ela sorri, ficando levemente roseada a área de sua bochecha.

— Assim eu vou ficar com vergonha, e você também está ótimo.

A garçonete se aproxima com os cardápios, mas seus olhos parecem se demorar um pouco mais em mim. Percebo o desconforto em Isa e falo

— O que você vai querer amor.

Um sorriso enorme aprece na boca de Isa. E a garçonete fica extremamente sem graça, e ela desaparece para a cozinha deixando nós a sós novamente.

— Você é um bobo, ela ficou morrendo de inveja quando viu você comigo.

— Estou causando tudo isso?

Sorrio para ela.

— Bastante, você é diferente dos outros, sua beleza, um ar de mistério, e uma coisa magnética que me atrai, não sei explicar, mas gosto disso.

Nossos olhares travam em um convite silencioso, promessas sutis em cada troca de olhares.

— Já decidiu o que vai pedir?

Pergunto.

— Esse cappuccino é divino, e a tortilha de frango é simplesmente magnífica.

Ela responde, um brilho de antecipação em seus olhos.

Sorrio, satisfeito com sua escolha, e faço um gesto para chamar a garçonete.

— Vamos querer dois cappuccinos e duas tortilhas, por favor.

Solicito, enquanto a garçonete, embora disfarce bem, parece um pouco menos interessada do que inicialmente. Ela assente e se afasta, nos deixando a sós para continuarmos nossos flertes, até que o lanche chegue.

— O que acha de dormir lá em casa mais tarde? Proponho, com um sorriso sugestivo.

Ela me observa com um olhar desafiador e responde:

— Eu não costumo dormir no primeiro encontro.

No entanto, sua expressão revela uma ponderação intrigante.

— Mas não sou um cara qualquer. Algumas dizem que não encontram outro que faz o que eu faço, se é que me entende.

Comento com um ar de confiança. Mesmo nunca tendo feito sexo na vida... Porém aprendo rápido, e não deve ser difícil.

"Não se preocupe, seu ancestral aqui é especialista em levar mulheres ao céu, isso vai ser sua habilidade logo."

Uma risadinha surge na minha mente.

Ela sorri, ainda avaliando a sugestão.

— Vou pensar Jon, vamos ver como você se comporta.

Nossos lanches chegam, comemos em silencio, quando ela quebra o gelo e pergunta.

— O que você faz da vida?

Ela inclina a cabeça com interesse, os olhos curiosos.

Bom, salvo pessoas nas horas vagas... Se é que, o que faço pode ser considerado ajudar alguém...

Hesito um pouco, mas respondo, sentindo seu olhar sobre mim:

— Trabalho em um escritório de advocacia.

Ela parece surpresa, os lábios levemente entreabertos, como se prestasse muita atenção.

— Uau, um advogado. Achei que você trabalhasse com outra coisa.

— Pensou que trabalhasse como que?

— Bom, algo que exija esforço físico, esse corpo aí não parece ser de um advogado, bom, os que conheço não tem um corpo assim...

A todo o momento ela me observa.

— Eu treino bastante, me alimento bem, isso me ajuda muito a ter um físico ótimo.

Seus olhos se deslocam de meus olhos para o corte do meu blazer, revelando os contornos dos músculos. Ela parece impressionada:

— Suponho que seus pais o incentivem a cuidar do corpo.

A lembrança da minha mãe vem à tona com força, algo que tentei evitar ao me encher de compromissos. Por mais que tentasse, o sentimento de luto toma conta de mim e o sorriso se desfaz, dando lugar a um olhar triste.

— Acho que disse algo de errado, se for o caso me perdoa Jon.

— Na real perdi minha mãe recentemente, e ainda não superei o fato de não a tê-la comigo de novo.

Saiu mais como um desabafo!

"E lá se vai, sua primeira transa... Tchau tchau..."

A voz mental, diz em tom de divertimento.

Você não presta!

— Eu sinto muito que tenha passado por isso Jon, imagino como esteja difícil para você, ter que aguentar tudo sozinho.

Ela diz, seus olhos transbordando de compaixão. Tento conter uma lágrima, mas ela insiste e desce pelo meu rosto, estou me mostrando vulnerável para uma mulher que conheci recentemente.

Ela se levanta encurtando a distância, e eu faço o mesmo. Ela me lança os braços, colocando-os sobre minhas costas, e me dá um longo abraço apertado.

— Obrigado por isso, estava precisando.

— Por nada Jon, se precisar conversar passe aqui mais vezes. Assinto com a cabeça.

— Sabe o que eu acho?

— O que Jon?

— Acho que não vou conseguir te levar para minha casa hoje a noite.

— Na verdade não tem nem clima para isso.

Ela dá um breve sorriso.

— Mas oportunidades não vão faltar.

— Assim espero viu.

Acabamos de comer, e conversamos mais um pouco.

— O papo está ótimo, Jon, mas minha casa é um pouco longe e deixar para ir mais tarde é perigoso.

— Ela comenta enquanto observa o relógio. Assinto para a garçonete pedindo a conta.

— Você sabe que ainda pode ir para a minha casa, né? - Digo, oferecendo uma alternativa.

Ela sorri.

— Acho que você adoraria!

— Pode apostar que sim, a gente nem dormiria.

Faço um comentário mais provocativo e ela me lança um olhar sugestivo.

A conta chega e pago pelo cartão. Me viro para Isa e sugiro:

— Eu te acompanho.

Sinalizo para a porta, pronto para encerrar a noite.

Ao sair do café, o ar frio enche nossos pulmões e percebo que Isa está tremendo. Tiro meu blazer, deixando os músculos mais evidentes, e o coloco sobre os ombros dela. Ela sorri.

— Obrigada.

Caminhamos juntos em direção ao carro dela. Quando chegamos lá, Isa me dá um abraço caloroso e me beija com intensidade. Envio meus braços ao redor de sua cintura, trazendo-a ainda mais perto do calor do meu corpo. O momento é carregado de energia e emoção. Ficamos assim por mais um momento, e ela interrompe o beijo e diz.

— Até a próxima Jon! Ela adentra o veículo e me devolve o blazer que eu a havia entregado.

— Pode ficar com ele, assim tenho uma desculpa para te encontrar de novo...

Sorrio.

— Espertinho... Então você pega comigo no nosso próximo encontro então?

Ela sugere.

— Por mim está perfeito. Até Isa. Aceno enquanto ela sai com o carro.

Caminho pelas ruas escuras e desertas, o som dos meus passos ecoando no silêncio da noite. À minha volta, os prédios e as lojas estão todos fechados, suas fachadas iluminadas apenas pela luz fraca dos postes. Não há sinal de vida, todos buscaram abrigo do frio em seus lares. O vento sussurra entre as construções, criando um arrepio que percorre minha espinha. As sombras se esticam pelo chão, criando formas fantasmagóricas que parecem se mover à medida que avanço. A sensação de estar sendo observado é inegável, como se olhos invisíveis me seguissem a cada passo. Chego até onde meu carro está estacionado, um pouco afastado. Ouço um ruído vindo de um beco escuro nas proximidades. Consciente de que posso me arrepender, ainda assim, adentro aquela escuridão. A cada passo que dou, a presença sinistra se torna mais tangível, como se o próprio ambiente estivesse impregnado por ela.

De repente, algo me atinge com força, e caio de encontro ao chão. Aos poucos, minha visão se ajusta à luz e consigo discernir claramente o que me atacou. Diante de mim, inconfundível, como se fosse talhado em pedra, está a Sombra Devoradora. Suas garras enormes se destacam, um terror incontrolável percorre cada fibra do meu corpo.

— Oolhaa ooquuee eeuu eencoontreeii! Voocee nããoo saabee oo praazeer quuee eeuu tiivee eem diilaaceeraar oo aamiigoo daa suuaa mããee.

A criatura dá um sorriso sinistro que faz todo o meu corpo estremecer. Com os músculos tensos e a mente focada, ergo-me rapidamente, assumindo uma postura de combate. Sinto a energia pulsante dentro de mim, uma mistura de adrenalina e poder pronto para ser liberado.

— Quem te mandou fazer isso?

Minha voz ressoa no beco, ecoando contra as paredes de tijolos sombrios. O silêncio é a única resposta, um vácuo de indiferença que me cerca.

— Quem te mandou?

Insisto, a determinação firme em cada palavra, mas a criatura permanece impassível, como se a minha pergunta fosse apenas uma breve interrupção em seu plano sinistro.

A resposta sombria vem em uma gargalhada trovejante, reverberando pelo beco estreito, uma cacofonia de malícia.

— Nããoo iinteereessaa!

A voz da criatura é carregada de escárnio, um desafio descarado à minha determinação.

Percebo, então, que o diálogo é inútil. Em um piscar de olhos, desapareço no ar, uma sombra fugaz, e em seguida ressurjo atrás da criatura, com a velocidade de um raio. Meus punhos encontram apenas uma barreira de sombras densas, uma defesa habilmente tecida para repelir meu ataque. Era exatamente o que eu estava contando. Novamente, desapareço em um turbilhão de sombras e ressurjo um pouco mais distante. Com um grito estridente, liberto uma onda de energia focalizada, despedaçando o escudo de sombras em inúmeras partículas. A escuridão que protegia a criatura agora é apenas uma chuva de fragmentos fugazes.

Em um instante, trago à tona a chama que me auxilia. Duas esferas de fogo ardente dançam em minhas mãos, brilhando com uma intensidade quase hipnotizante. Com precisão calculada, lanço-as na pequena abertura que conquistei. As bolas de fogo cortam o ar em um rastro incandescente, atingindo o alvo com precisão letal.

A criatura desaba no chão, soltando um uivo agônico que ecoa pelo beco, uma sinfonia de dor e derrota. A vitória é um sabor momentâneo, uma pequena luz na escuridão que permeia aquele beco sombrio.

Com passos cautelosos, me aproximo da Sombra Devoradora, fixando meu olhar nas profundezas escuras que compõem sua forma sinistra.

— Quem te mandou?

Minha voz é firme, ecoando pelo beco. Mas em resposta, apenas o silêncio profundo e inquietante permeia o ambiente.

A tensão aumenta, e uma nova labareda de fogo crepitante ganha forma em minhas mãos. Amarroto as chamas com determinação, preparando-me para lançá-las. A criatura permanece imóvel, como se já estivesse além do reino dos vivos, uma figura congelada na eternidade das sombras.

É então que percebo que não estou sozinho. Há algo mais ali, uma presença sutil que se intromete na periferia dos meus sentidos. A sensação de ser observado, de não estar sozinho com aquela criatura, desencadeia uma nova onda de alerta e curiosidade em mim. A risada, mais uma fusão de sombras e ecos, reverbera ao meu redor, parecendo emanar de todos os cantos do beco. Cada riso parece ter vida própria, uma presença insinuante que se entrelaça com o ambiente sombrio. Sinto-me como se estivesse imerso em um pesadelo, onde o riso sinistro ressoa incessantemente, envolvendo-me em uma atmosfera opressiva de desconforto e tensão.

O sussurrador da mente emerge de entre as sombras, sua presença tão etérea quanto sinistra. Seus contornos se formam gradualmente, uma figura esguia envolta em uma aura sombria que parece dançar ao seu redor. Seus olhos, frios e penetrantes, fixam-se em mim, transmitindo uma sensação de controle absoluto. A voz ecoa na minha mente, uma presença invasiva que sussurra diretamente em meus pensamentos.

— Impressionante, você quase matou a sombra devoradora, evoluiu bastante Jon.

A criatura murmura, suas palavras carregadas com uma mistura de sarcasmo e superioridade. Cada sílaba é como uma gota de veneno, infundindo-se em minha consciência. A revelação da verdadeira identidade da criatura me atinge como um golpe. Era o Sussurrador da mente, o controlador oculto das mentes alheias, o responsável pela morte da minha mãe. Um calafrio percorre minha espinha, e a sensação de ser observado por um ser tão sinistro e poderoso aumenta a minha vulnerabilidade. Mantenho minha postura, as defesas mentais erguidas, preparado para enfrentar o desafio que se apresenta diante de mim. Cada músculo está tenso, prontos para agir ou reagir ao que quer que esteja por vir.

Não abaixe os escudos mentais nem por um segundo, porque se ele conseguir acessar sua mente, ele pode te destruir em um piscar de olhos, fique alerta e vigilante.

A voz do Sussurrador da mente parece se espalhar pelo beco, provinda de todos os cantos e de lugar nenhum em particular. Era como se a própria escuridão o transmitisse.

— Você sabe, Jon, quando entrei na mente do seu pai e o dobrei à minha vontade, fazendo-o acabar com a vida da sua mãe...

A criatura sibila, suas palavras atravessando minha mente como lâminas afiadas. Uma sombra de tristeza permeia suas palavras, um breve lampejo de humanidade em meio à monstruosidade.

— Calado! Você vai pagar por isso, todos os responsáveis vão!

Grito, a raiva borbulhando em mim, tornando minhas palavras um rugido de determinação.

— Acho difícil. Tudo vem de onde você menos espera... Como o seu pai por exemplo, ele machucava sua mãe, e você não fazia ideia disso... Quanta inocência.

A criatura responde, sua voz tingida de deboche, e uma gargalhada gélida se segue, fazendo meu sangue gelar em minhas veias.

— O que quer dizer com isso

Pergunto, enquanto minha mente trabalhava para decifrar as palavras enigmáticas do sussurrador.

— Se eu contasse, seria fácil demais. Mas tenho uma proposta para você, já que estou com muito tempo disponível.

A criatura diz, me avaliando com olhos ardilosos, como se estivesse pesando minhas opções.

— Jamais me unirei a você!

Declaro, a determinação firme em cada palavra, enquanto me preparo para o confronto iminente.

Observo atentamente a criatura, cada movimento dela sendo meticulosamente avaliado enquanto elaboro minha estratégia para derrotá-la. Um pensamento incômodo atravessa minha mente: será que ele já está dentro da minha cabeça, lendo meus planos?

Concentro todo o meu poder, trazendo-o à superfície como uma torrente de energia pronta para ser liberada. Invoco a chama, e em um piscar de olhos, ela se transforma em uma esfera incandescente, dançando em minha mão como uma promessa de fogo e destruição. Lanço-a com toda a força, mas a criatura se esquiva com uma agilidade surpreendente, seu sorriso predatório me atingindo como uma afronta.

Decido mudar de tática, desaparecendo e reaparecendo ao lado da criatura, lançando uma série de golpes velozes. No entanto, ele parece antecipar cada movimento, desviando-se com uma facilidade perturbadora.

— Se esforce mais, é assim que teria salvado sua mãe? Agora entende por que você foi tão facilmente derrotado? Você é fraco.

Ele provoca, suas palavras injetando um veneno de raiva crescente dentro de mim.

Sinto uma explosão de ódio se formando, ameaçando me consumir, mas respiro fundo, lembrando-me de que exaurir todo o meu poder em um único golpe me deixaria indefeso.

Em um último esforço, lanço um ataque concentrado contra a criatura, mas ela desaparece antes que meu golpe a alcance. Ela reaparece à distância, sorrindo como se estivesse se divertindo com meu desespero e inabilidade de acertá-la. A frustração se mistura com a determinação, e volto a me preparar para o próximo movimento.

Se eu te deixar sozinho é capaz que você morra. Lembra da luta com o Sombra devoradora, quando ele estava te segurando, e você o lançou longe com um ataque de energia? Na realidade você usou o ar em um estado solido, que te permitiu o afastar. Busque isso, e talvez tenhamos uma chance.

O sorriso sinistro da criatura parece se ampliar diante do meu desafio. Desapareço no ar, reaparecendo com rapidez suficiente para lançar outro grito sônico concentrado. Contudo, o Sussurrador desvia com uma facilidade desconcertante, como se as sombras dançassem ao seu redor, antecipando cada movimento que faço.

— É tudo o que o Agente dos agentes tem? Esperava mais, estou desapontado.

A criatura debocha, seu sorriso carregado de predatória diversão.

A provocação me motiva ainda mais. Aproveito o momento de fala para acessar a habilidade de manipular o ar. Uma sensação estranha e aguda se manifesta lá no fundo do meu ser, e a trago à tona. No entanto, a criatura parece estar ciente disso. Ela some completamente do meu campo de visão e, antes que eu possa reagir, reaparece com um golpe devastador, arremessando-me contra uma parede de concreto. Fico atordoado, surpreso com a forma como a aparência dela não dá indícios da força sobrenatural que possui.

Desafiado, levanto-me, sentindo a ponta do poder cada vez mais ao meu alcance. Invoco a chama que tantas vezes me auxiliou. Meus olhos brilham com uma intensidade vermelha incandescente, minhas mãos agora envoltas em chamas. Lanço algumas bolas de fogo na direção da criatura, consciente de que ela as esquivaria. Desapareço e reapareço, como previ, e a criatura desvia. Estou agora a uma distância ínfima dela, e desferindo golpes com os punhos em chamas que o acerta com precisão, ouço o gemido de dor escapar dos lábios da criatura.

Ele desaparece numa fração de segundo, deixando-me momentaneamente perplexo. Por um instante, a ilusão de que teria fugido toma conta, mas é logo desfeita quando percebo o brilho malicioso em seus olhos. Ele aproveitou o intervalo para recuperar suas forças de alguma maneira.

Agora, ao invés de apenas desviar, ele parte para o ataque, movendo-se em minha direção com uma determinação sinistra. Minha agilidade me permite evitar alguns de seus golpes, mas em um momento de desatenção, uma de suas garras arranha meu rosto, desenhando uma linha de dor aguda. Solto um gemido involuntário, e a criatura parece se regozijar com minha aflição, seu avanço continuando sem piedade.

Finalmente, sinto a magia do ar ceder totalmente ao meu controle. Um vendaval vigoroso começa a circular ao meu redor, uma corrente invisível de poder. A criatura não percebe imediatamente, e quando o faz, já é tarde demais. Altero a composição do ar, solidificando-o como a mais densa obsidiana.

O impacto é iminente e brutal. A criatura colide com a barreira inesperada, soltando um urro furioso e impotente. Seus olhos, antes confiantes, agora exibem uma mistura de choque e fúria.

Parece que subestimou o poder que eu possuía sobre o elemento. Ele mante uma distância me avaliando e por fim diz:

— Impressionante Agente dos agentes, mas devo te mostrar porque me chamam de sussurrador da mente.

O Sussurrador se mantém à minha frente, um sorriso sinistro nos lábios. Suas palavras ressoam em minha mente, e uma sensação de inevitabilidade toma conta de mim.

— Abaixe essa barreira, e se aproxime de mim!

Meu corpo parece agir por conta própria, a magia que antes fluía livremente agora parece se dissipar, como se estivesse sendo sugada pelo próprio ambiente. Meus poderes parecem escorregar de minhas mãos, tornando-se inalcançáveis. Um frio gélido percorre minha espinha quando começo a me aproximar do Sussurrador, como se estivesse sendo guiado por cordas invisíveis.

Seu olhar penetra fundo em mim, uma promessa de segredos e tormentos. Cada passo em direção a ele parece pesar toneladas, mas não consigo deter meu avanço. As palavras dele ecoam em minha mente, uma ordem que parece impossível de resistir.

A cada passo na direção do Sussurrador, sinto como se estivesse lutando contra correntes invisíveis que tentam me puxar para ele. Cada fibra do meu ser resiste à compulsão, mas é uma batalha árdua e desgastante.

Quando finalmente chego perto o suficiente, o Sussurrador emite um som sibilante, como se estivesse satisfeito com o meu avanço. Suas palavras, no entanto, são uma sentença gelada que percorre minha espinha.

— Gostei da nossa luta, você me surpreendeu algumas vezes, isso é algo que poucos conseguem, diante disso, te concedo uma pergunta antes que eu te mate.

O acordo é estabelecido, uma única pergunta antes do meu destino ser selado. Olho nos olhos sinistros do Sussurrador, reunindo toda a coragem que me resta.

— Quem mandou vocês para cá, a fim de matarem minha mãe, e por que ela e não eu?

Minha voz sai firme, apesar da tensão que me consome.

A criatura parece refletir por um momento, como se estivesse acessando memórias distantes. Sua resposta ecoa na minha mente, revelando um enigma complexo.

— Alguém da outra terra que estávamos, mas não vi a pessoa porque foi usado um intermediador. Entrei na mente dele e vi um jardim bem bonito, com diversas flores, rosas de diversas cores, e algumas peônias, e orquídeas... Parecia haver uma porta para uma espécie de casa. Só consegui acessar isso, antes dele fechar sua mente com uma parede... 

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