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Cap. 22 - A dor, ela dói.

Verifico meu celular, e ainda são 19:00. Esse dia parece nunca acabar! Visto uma roupa confortável e desço para a sala. Algumas persianas ainda estavam abertas.

— Alexa, fechar persianas. E acender luzes da sala.

As cortinas começam a se fechar, impedindo que algum vizinho curioso visse o que eu faria. Preciso treinar minhas habilidades, mas ninguém vai morrer...

Me concentro em outro cômodo da casa e, um instante depois, surjo no meu quarto. Repito o processo e apareço na garagem. A cada vez que teleporto, isso se torna ainda mais familiar. Faço isso por mais um tempo... Depois da décima vez, já estava ficando exausto, então decido treinar meu físico.

Saio de casa em direção à academia do condomínio, esperando não ter que falar com ninguém. Chegando lá, vejo algumas pessoas desconhecidas fazendo seus treinos. Sigo para um local isolado e não cumprimento ninguém. Agora, já sozinho, começo a fazer uma série de abdominais e flexões, até eu simplesmente não aguentar mais. Sem parar, vou para um banco deitado, pego uma barra e coloco no suporte. Adiciono mais de 100 kg facilmente. Deito-me, ergo a barra com o peso e desço-a até o meu peito, depois a suspendo. Faço isso várias vezes. Cada vez que fazia, sentia mais dor e o cansaço me dizia que eu devia parar, mas aquilo me distraía de lembrar do que aconteceu. Dou tudo de mim até não aguentar mais e não conseguir erguer a barra. Agora, ela me prendia no banco, e com o resto da minha força, eu tentava empurrá-la para cima, até que dois homens se aproximam e me ajudam a erguer a barra e colocá-la no suporte.

Respiro profundamente, com cada parte do meu corpo doendo, mas a dor física não era nada comparada à que eu sentia no meu peito.

— Obrigado!

Agradeço aos rapazes e me viro.

— Tenta pegar um peso que aguente!

Um deles indaga.

— Vou anotar!

Saio de lá sem dizer mais nada. No caminho, sou fuzilado por pensamentos autodestrutivos... Então vou para um lugar onde sempre fico mais calmo: a piscina. Chegando lá, estava vazio, e agradeço aos céus por isso. Não quero falar com ninguém. Tiro a camisa e salto nas águas cristalinas, e os pensamentos se calam assim que fico submerso. Continuo lá por um bom tempo, até meus pulmões ansiarem por mais ar. Então nado em direção à superfície, e ela me observa, com um sorrisinho que mostrava as covinhas. Ela é deslumbrante.

— Oi Jon, como você está?

Isis pergunta.

A vida é tão irônica. Não queria falar com ninguém, e justo ela aparece.

— Estou... Bem... Eu acho!

Digo.

— Não parece nada bem, o que houve?

Ela salta na água e se aproxima mais de mim, ficando frente a frente. A pergunta dela me fez refletir sobre tudo o que me aconteceu nesse dia tumultuado, e lágrimas ameaçam cair. Só de pensar no fato de não ver minha mãe de novo, não ter aquele abraço caloroso... A dor da perda, ela dói muito.

Não me dei conta, mas lágrimas escorriam dos meus olhos, e Isis gentilmente as secou com as mãos e me puxou para os braços dela.

O cheiro dela é tão doce, as mãos macias acariciam meus cabelos e ela diz, com aquela voz calma, parecendo até uma brisa de vento ao pôr do sol.

— Seja o que estiver acontecendo, espero que fique bem Jon... Pode contar comigo para o que precisar... Nos conhecemos recentemente, mas já te considero muito importante para mim, então não hesite em me ligar se precisar.

Ela não sabia, mas as palavras dela, foram meu momento de força, foi um momento em que eu senti que podia contar com ela de verdade, Isis, se tornou meu porto seguro, e estar nos braços dela... Era mágico.

— Obrigado Isis, não quero sobrecarregar você com meus problemas! Obrigado pelo abraço.

Me desvencilho dela, não quero ter que reviver tudo de novo, e se eu contar o que houve, terei que repassar por isso novamente.

Ela me avaliava, e expressa.

— Saiba que sou uma ótima ouvinte, quando quiser conversar sobre, estarei aqui para você...

Ela é boa demais, para minha vida conturbada. E não posso deixá-la se aproximar demais, todos próximos a mim sofrem e acabam morrendo eventualmente.

Despeço-me dela, e saio de lá, sigo para a minha casa... Chego lá, a primeira coisa que faço é pegar meu celular e são 22:37 e sei que além do dia longo, a noite também será longa... Tomo outro banho, troco de roupa, e me jogo na cama. Abro o app de mensagens, e tem mensagens do meu amigo.

Ontem

Júlio: Cara, espero que esteja curtindo o acampamento.

Júlio: Quando comentei contigo antes da viagem, sobre a vontade constante de usar drogas? Já faz cerca de 3 dias, e não tive vontade alguma de usar...

Júlio: O mais louco, é que isso nunca aconteceu antes, tenho a necessidade constante de estar usando algo, mas desde que você esteve aqui essa sensação desapareceu.

Júlio: Não sei o que você fez, mas isso é até um milagre cara, será que posso contar um testemunho na igreja?

Júlio: Na verdade, acho que caio por terra antes de entrar dentro de uma...

Júlio: Me liga quando chegar de viagem!

***

Reflito o que aconteceu no dia que estive lá, a única coisa diferente que me lembro foi da explosão de luz quando ele tocou a espada, mas será que isso foi responsável pela mudança repentina nele.

— Sabe de algo?

"Bom, isso acontecer dessa forma é a primeira vez. Mas pode ser possível sim, a espada de um agente possui muita energia magica, quando ele tocou a espada, ela pode ter matado ou limpado se preferir, o sistema nervoso, e até mesmo o cérebro dele de coisas que o estavam matando lentamente''.

— Isso é loucura, não faz sentido algum.

Reflito perplexo diante da colocação do meu ancestral.

"Não devia procurar sentindo, magia age de muitas formas, agradeça, pois, essa loucura, salvou a vida do seu amigo. E sim é algo inédito, até porque nenhum agente que se preze, mostraria sua espada, ou contaria do mundo magico para um mortal".

— Você é irritante as vezes, não estamos no século XV fica tranquilo.

"Ei, não tenho isso tudo de idade babaca. Mas leve o que digo a sério, é perigoso os mortais saberem do nosso mundo, você precisa ser mais discreto."

— Agradeço a sugestão!

Volto minha atenção ao celular e respondo a mensagem de Júlio.

Hoje

Você: Eu fico imensamente feliz meu amigo. Que bom, jogue o restante das drogas que tem aí fora, porque não sei o que aconteceu, e dizem que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar...

Você: Amanhã vou ao banco sacar o dinheiro e pagar sua dívida.

Desligo meu celular e coloco no criado-mudo. Espero o sono vir, mas ele não vem. O meu celular marca 23:48 e nada do sono aparecer, apenas os pensamentos ininterruptos do quão fraco eu sou... Minha mente repassa o acontecimento da floresta diversas vezes, parece que estou revivendo aquilo em um loop. Mais um tempo se passa e, finalmente, meu corpo simplesmente apaga e adormeço depois de longas horas de espera... Acordo no meio da noite com minhas roupas encharcadas de suor. Tive um pesadelo com sombrios, e que minha mãe foi morta...

— Mãe, pai?

Me levanto e corro para o quarto deles na esperança de que tudo seja um pesadelo ruim, mas quando chego lá, tudo está vazio e silencioso. O pesadelo não era um pesadelo, e sim minha realidade atual... Caio de joelhos no chão e começo a chorar. Dói demais não os ter aqui comigo, dói ainda mais saber que a culpa foi minha dela ter sido morta. E meu pai...

***

Algum tempo atrás, eu pensava que meus poderes fossem bênçãos. Hoje, vejo como uma maldição, um fardo pesado que tenho que carregar. Daria tudo para ser só mais uma pessoa normal, vivendo sua vida sem saber da existência de monstros, ou de um lugar mágico... Trocaria tudo o que tenho para tê-la de volta, e tudo ser normal.

***

Ergo-me do chão e seco meu rosto. Volto ao meu quarto, e o celular marca 04:38 da madrugada. Sei que não vou conseguir dormir, então tomo uma ducha rápida, me troco e desço para a sala.

— Alexa, ligar luzes da sala.

As luzes se acendem. Empurro o sofá para o canto para ganhar mais espaço...

— Gladius videtur.

A espada se materializa em minhas mãos. Lanço golpes contra o ar, e a cada golpe que desferia, visualizava os sombrios sendo atingidos pela minha espada, visualizava-a cortando-os, igual quando rasgamos uma folha de papel. Repito o processo várias vezes. Depois faço uma série de exercícios, só parando quando chego ao meu limite. Me teleporto para o meu quarto, pego meu aparelho celular para ver as horas: 05:54. O sol já está dando indícios de sua aparição, então decido correr.

"Você precisa descansar um pouco".

A voz me relembra.

— Preciso é ficar mais forte, não posso simplesmente parar, ou meus pensamentos vão me consumir.

"Entendo, descanso também é uma parte importante para ficar mais forte, Jon. Não esqueça isso."

— Agradeço o conselho, embora não tenha sido pedido.

A voz se cala e não ouço mais nada. Talvez eu quisesse discutir, mas isso não aconteceu. E me sinto um pouco mal pela forma como disse.

Em um instante, no quarto, no outro surjo na sala. Destranco a porta e saio para correr pelo condomínio. Devido ao horário, não devo encontrar ninguém...

O ar frio bate contra o meu rosto, mas isso não me impede, então corro mais rápido, a iluminação vinha de hastes de metal, com led por toda a extensão do perímetro... E minha mente estava calada... A única coisa que meu corpo dizia era que "precisamos descansar". Porém, continuo correndo. Depois de um tempo correndo, vejo a casa dos meus pais novamente, e minha ficha cai... Eu dei a volta no condomínio correndo! O que era um fato impressionante, isso aqui é gigante.

O sol começou a nascer. Entro em casa, fecho a porta, e em um piscar de olhos, surjo no meu banheiro. Deixo a água bem quente cair na banheira, tiro minhas roupas suadas enquanto espero. Quando coloco meus pés naquela água, meu corpo se regozija. Coloco outro pé até ficar completamente submerso.

O banho durou muito tempo, não queria mais sair de lá, mas o dia de hoje será repleto de compromissos. Então, saio enrolado na toalha e pego minha melhor roupa: uma camisa branca, blazer preto, e uma calça de alfaiataria que meu pai mandou comprar. Calço um tênis preto para combinar. Já vestido, repasso tudo o que preciso fazer.

Tomar café, ir ao banco sacar um dinheiro, visitar Júlio para entregar o dinheiro, e ir ver meu pai.

Desço para a cozinha, desta vez opto por ir lá à moda antiga, andando. Abro o armário e encontro pães de forma, e alguns biscoitos. Pego isso e deposito no balcão. Vou até a geladeira e tem ovos, queijo. Pego isso, coloco no balcão e procuro uma panela. Localizo uma frigideira e faço os ovos com queijo, depois coloco nos pães de forma. Pego um caneco e coloco no fogo com um pouco de água e uma colherzinha de açúcar. Depois de ferver, tiro e coloco algumas colheres do café em pó no caneco de alumínio e mexo bem, deposito a solução líquida na xícara. Assopro antes de provar e, quando provo, me decepciono. O café estava forte demais, nada próximo de como minha mãe fazia...

Pego leite na geladeira e viro na xícara, e me sento na bancada para comer. Depois de um tempo, finalizo meu café da manhã e me teleporto ao meu quarto. Escovo os dentes, ajeito os cabelos e pego meu celular que marca 07:05. Deposito no bolso da calça, caminho até o escritório do meu pai, e vou até a gaveta pegar o cartão que o senhor Pearson me disse. Ele era escuro. Guardo o cartão no bolso e saio dali.

Entro no carro que está na frente da garagem da minha casa, dou partida no motor e sigo em direção ao banco. Como eu não sei onde é, coloco o nome que estava escrito no cartão, direto no maps, demora cerca de uns 30 minutos para chegar lá, estaciono próximo do banco. Caminho em direção ao banco, as ruas lotadas como eu me lembrava, algumas mulheres me olhavam brevemente, não sei explicar o motivo.

Ando por mais um tempo tentando desviar das pessoas em meu caminho, e por fim avisto o banco que meu pai disse ele é um prédio majestoso, com colunas imponentes que se erguem até o céu. As janelas reluzem sob a luz do sol, e a fachada exibe a solidez e a confiança de uma instituição financeira respeitável. À medida que me aproximo, o aroma de dinheiro e tinta fresca impregna o ar, misturando-se com o burburinho da atividade bancária.

Ao entrar, sou recebido pelo ar fresco e limpo, contrastando com a agitação da rua lá fora.

Observo os detalhes da decoração, as obras de arte que adornam as paredes, transmitindo uma sensação de prestígio e segurança. As luzes brilham sobre os balcões de mármore, destacando a importância do ambiente. Cada movimento é calculado e preciso, criando uma atmosfera de confiança no interior do banco. As atendentes atrás dos balcões operam com eficiência, enquanto os consultores ajudam os clientes a navegar pelo labirinto financeiro.

Faço minha vez na fila, observando as pessoas ao redor, cada uma com sua história e seus objetivos. Algumas estão sorrindo, outras parecem mais tensas, mas todas compartilham o mesmo propósito de cuidar de suas finanças. Finalmente, chega minha vez. Abordo o funcionário com uma confiança que mal sabia que possuía.

— Bom dia senhor como posso ajudá-lo.

O rapaz do banco diz em um tom solicito.

— Preciso sacar um dinheiro.

Retiro o cartão do bolso, colocando sobre a mesa. O atendente corre o olho pelo cartão e pergunta.

— Qual o seu nome Senhor?

— Sou Jon Ferrat, meu pai disse que poderia usar o cartão para o que precisar, e preciso sacar uma quantia significativa.

Explico por auto.

— Entendo senhor, por gentileza posso verificar seu documento?

Solicita me avaliando.

Procuro minha identidade nos meus bolsos, e me dou conta que deixei ela em casa, mas que merda.

— Desculpe-me, pensei que a tivesse pegado quando sair de casa, mas acabei esquecendo, vou buscá-la e retorno daqui a pouco.

Comunico.

— Ok então, meu senhor, como preferir. Vou aguardar o senhor. Ajudo em algo mais?

— Somente por enquanto. Obrigado!

O atendente assente e saio dali, quando estava indo em direção ao carro, me lembrei que poderia simplesmente me teletransportar para minha casa.

Avisto uma cafeteria, a mesma que usei quando teletransportei pela primeira vez, adentro ela, cumprimento a atendente com bom dia, e ela me responde com um sorriso, caminho até o banheiro, e entro em uma cabine vazia, com foco e concentração, surjo na sala da minha casa em um piscar de olhos, vou até o meu quarto procurar minha identidade, leva um tempo, mas a encontro, estava no closet. Pego-a e guardo em um dos meus bolsos, meu celular vibra, no mesmo instante tiro ele do bolso e o visor mostra o nome Pearson, rapidamente atendo a ligação.

— Bom dia Sr. Pearson, alguma novidade?

— Bom dia, direto ao ponto Jon, seu pai ensinou você muito bem... Não tenho boas notícias... O juiz não liberou a fiança, como encontraram a faca no corpo da sua mãe, com as digitais do seu pai, isso é uma prova incontestável... Já acionei o procurador geral que me deve uma, e daqui um tempo seu pai está fora das grades.

— Tem a possibilidade dele ser solto mesmo senhor Pearson? Já sabe a data do enterro dela?

— Com certeza, quem tem contatos vai longe Jon. Sobre isso, vou olhar novamente com minha secretaria e ligo para você com uma resposta.

— Obrigado senhor Pearson.

— Por nada Jon, mais tarde ligo para você.

A ligação se encerra. Espero que ele seja solto, embora a minha intuição me diga que isso não vai acontecer, espero estar errado! Concentro novamente ao banheiro e um momento depois surjo lá. E agradeço por não ter ninguém na minha cabine, destranco a porta e saio, lavo minhas mãos. Passo pela recepção e é a mesma moça sorridente de mais cedo, mas agora a observo com mais tempo.

Ela é uma mulher de estatura média, com longos cabelos negros e sedosos que caem em cascata por seus ombros. Seus olhos são de um azul intenso, como o oceano em um dia claro, e contrastam de forma deslumbrante com sua pele pálida com sardas que dão um charme para ela. Possui um sorriso cativante que ilumina todo o ambiente quando se abre, e sua postura confiante a torna uma presença marcante.

Ela me olha percebendo que eu a encarava descaradamente.

— Você já veio aqui antes? Sinto que já te vi outras vezes não tenho certeza.

Sorrio para ela e falo.

— Eu tenho essa habilidade de passar e não ser notado.

— Eu tenho que discordar senhor, você é diferente, eu te notaria.

Ela sorri me analisando. Seus olhos azuis brilham com curiosidade e um leve traço de fascinação.

— Talvez, algum dia eu venha tomar um café, mas só se você tomar comigo.

Digo para ela como um convite, enquanto mantenho um tom gentil e respeitoso.

— Vejo que você é galanteador, saio de segunda a sexta às 18:00, sábado e domingo estou de folga, se você estiver tranquilo e quiser ter a honra da minha companhia.

Ela responde, revelando um brilho de expectativa em seu olhar. Há uma promessa de algo especial no ar.

— Aliás nem perguntei seu nome, senhorita? Acrescento com um toque de arrependimento por minha própria distração.

— Pode me chamar de Isa e o seu? O sorriso dela é a coisa mais linda que eu já vi, tenho que rever essa mulher.

— Sou o Jon. Me passa seu telefone Isa. Dessa forma fica mais fácil de nos falarmos e combinar algo.

Entrego o meu celular, e ela digita adicionando seu número.

— A gente se fala. Foi um prazer!

— Digo o mesmo, Jon. Até breve.

A despedida é pontuada por um sorriso cúmplice, e enquanto saio da cafeteria, sinto uma promessa de algo especial no ar.

Caminho de volta para o banco, olho o meu celular e vejo que se passaram 30 minutos, desde que deixei o banco. No caminho, sou tomado por pensamentos. Se eu fosse para casa de carro, demoraria mais de uma hora, teletransporte é simplesmente uma habilidade insana...

Chegando na agência bancária, espero minha vez na fila novamente, e retorno ao mesmo atendente de mais cedo.

— Voltei, agora com meu documento.

Sorrio, enquanto retiro a identidade do bolso e entrego ao atendente, que assente e pega meu documento e diz.

— Vou verificar no sistema, só um instante senhor.

Ele diz enquanto digitava no seu computador.

Depois de alguns minutos ele me olha, posso ver um pouco de desconfiança no olhar dele, e até mesmo receio, então o atendente quebra o silencio.

— Senhor, aqui diz que você morreu a sete anos atrás.

Me dei conta que após o meu retorno, meus pais ficaram tão empolgados e eu também, que esquecemos de fazer uma coisa superimportante, me trazer de volta aos vivos. Nem sei o que dizer a ele... A única coisa que consigo formular agora é.

— Pois eu não morri...

Ele me observa incrédulo, e diz.

— Pode ligar para os seus pais liberarem, dessa forma será mais rápido, se você for mesmo quem está dizendo ser...

A questão é que não posso ligar para nenhum deles... Então em um momento de lucidez, me vem o nome do senhor Pearson na mente, ele saberá resolver isso.

— Meus pais não podem falar no momento, mas vou ligar para um amigo dele.

Explico, enquanto pego meu celular e procuro o nome dele no buscar.

— Não vai adiantar senhor, só posso liberar o dinheiro mediante a autorização de um dos titulares da conta.

Assinto, enquanto a ligação está chamando, e por fim ele atende.

— Jon, está tudo bem?

Pearson, indaga com certa preocupação.

— Então senhor Pearson, preciso sacar um dinheiro, mas o atendente disse que não pode liberar, pois, precisa da aprovação de um dos titulares da conta...

Explico a situação para ele.

— Você pode usar o cartão de crédito, não precisa sacar o dinheiro para comprar as coisas. A senha é 2908.

Ele diz. Reflito por um momento, esses números juntos são o dia e o mês do meu aniversário. Não acho que os bandidos aceitam cartão de crédito, então digo.

— Eu sei, mas para o que preciso, é bom ser dinheiro vivo...

— Entendo, de quanto precisa?

— De R$15.000,00

Silencio do outro lado, então ele reponde.

— Está bem, passa o celular para o atendente.

Acho ótimo ele não perguntar o porquê. Faço o que ele pediu, e entrego ao atendente, que me observa sem entender.

Eles conversam por um breve instante, mas nesse curto espaço de tempo, podia jurar que o rapaz tremeu na base algumas vezes, então ele se levanta, e antes de sair me diz.

— Ele quer falar com meu gerente! Me dê alguns minutos.

Depois de um tempo, retorna ele, mais o gerente com um envelope marrom em mãos que me cumprimenta e diz.

— Sinto muito por ter que esperar tanto Jon, mas é protocolo nosso para segurança dos nossos clientes, aqui está o valor que solicitou...

Ele me entrega o envelope estufado.

— Obrigado.

Pego minha identidade da mesa, e guardo no meu bolso interno, o atendente devolve o meu celular e o senhor Pearson ainda está na linha.

— Obrigado Pearson! A gente se fala.

— Por nada, depois passa aqui no escritório. Precisamos te trazer ao mundo dos vivos...

Ele dá uma risada do outro lado.

— Pode deixar. Passo aí mais tarde.

Desligo a ligação, e cumprimento o atendente e o gerente e saio do banco, agora com o dinheiro necessário para livrar meu amigo de seus problemas...

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